A Disseminação da Arte na História
Por: Anderson N.
23 de Agosto de 2023

A Disseminação da Arte na História

História da Arte Geral Ensino Médio Ensino Fundamental Vestibular Pré-Vestibular ENEM
I- A Disseminação Da Arte Na História
Nos momentos de transição de um período da arte pelo mundo, a disseminação se dá quando os artistas em reuniões ou momentos políticos, sociais, culturais e também momentos difíceis que a sociedade passa devido a algum fator social ou político, as pessoas começam a trabalhar pelo desenvolvimento da sociedade devido a essa evolução
constante. A evolução cultural se dá porque a disseminação do belo passa a ser diferente em um território em comparação com outro e os intercâmbios de comércio modificam a arte de um país, devido às várias influências de outro país. A modificação, por exemplo, da arquitetura grega foi devido a arquitetura egípcia que em seu sentido mostrava colunas, capitéis, frisos, entablamentos diferentes e que os artistas gregos foram ao Egito e notaram as suas várias construções. O Egito começou as suas construções de pirâmides, a partir do ano 3000 a.C. Os povos gregos que transitavam pelo mediterrâneo, foram ao Egito e um dos sábios do passado que o visitou foi Heródoto que disse a frase: "O Nilo é a dádiva do Egito", devido ao crescimento que deixava a terra fértil. A estrutura da arte egípcia era uma arte funerária devido às suas terras serem muito quentes e os mortos serem enterrados na areia. A geometrização era um fator tanto presente em sua escrita, como, em relevos e pirâmides. Ou seja, era uma arte mais eterna e espiritual. Isso pode ser encontrado nos livros dos mortos, que era um passo a passo para o morto achar o seu caminho. As escrituras nos túmulos eram para os mortos fazer todos os processos para que ele possa ter o seu devido descanso no outro mundo. A morte sempre foi muito presente, e por não entenderem ou por terem um sentimento pela pessoa as pessoas faziam cerimônias para os mortos. O ciclo vital do ser humano é sempre nascer, crescer, envelhecer e morrer, com isso as pessoas faziam pinturas de mãos nas paredes da caverna, porque queriam colocar ali sua impressão para que permanecesse no tempo. Os objetos que o ser humano construiu para lhe dar prazer, como as flautas, esculturas, pinturas que faziam da sua vida um significado maior e não ficavam com tanto medo do fim que os aguardava. A cultura como um meio que produz entretenimento e pertencimento a um grupo, faz da vida do ser primitivo algo melhor que se interpõem entre ele e a natureza. A contemplação daquilo que eles faziam dava ao seu grupo uma vida mais comunitária e que criam relações de vínculo. O homo Sapiens, como um ser inteligente, foi quem conseguiu permanecer devido a sua inteligência e os vínculos sociais. Porém sabemos que as leis foram inventadas quando o ser humano passou a viver junto, pois as pessoas têm emoções de raiva e ódio, mas também, tem a alegria e outras. As leis foram criadas para manter uma organização para que o bem comum fosse alcançado. O homem primitivo com as suas tarefas como caçador-coletor fez as divisões de tarefas para facilitar o desenvolvimento tribal. Com isso a arte surgiu para animar ou mesmo como algo mágico para que a vida do ser humano fosse rica em detalhes. Usavam-se flautas em momentos de divertimento e também ensinavam por meio da arte a como sobreviver às intempéries. A arte foi usada para conseguir alimento, pois o animal com sua imagem pintada, representava o animal concreto, por ter uma associação entre a imagem e o arquétipo do animal. O ser humano precisava usar a sua inteligência para sobreviver, e essa inteligência era usada principalmente na caça, nos convívios em grupo e, principalmente, na arte. Precisavam criar certos tipos de tintas para fazer as suas inscrições em cavernas, como não tinham todas as tintas, usavam tintas que se relacionam com territórios próximos. A caverna de Lascaux na França tem muitas pinturas que representam bisões e animais daquele território. O homem era nômade, porque o homem precisava caçar animais e nem sempre os animais ficavam num mesmo território por haver deslocamentos. Porém em um certo momento o homem começou a domesticar animais e isso foi mais no período onde ele descobriu a agricultura. O alimento que o homem necessitava era mais calórico, porque era o que sustentava mais e dava mais energia. Apesar disso a suas plantações davam alimentos em certas estações
do ano, mas para não haver problemas de chuva e seca, o homem caçava e guardava consigo certos tipos de alimento. Nas regiões mais próximas aos pólos, o homem caçava e guardava o alimento no gelo para conservar a carne. Devido ao fator geográfico, os homens podiam ter certos tipos de animais ou não em seu convívio, como as ovelhas ou as vacas. Por haver um conhecimento de agricultura o homem devia saber as estações do ano e devia saber sobre o tempo. O seu crescimento em um dado território se dá com a distribuição de afazeres, o consumo de alimentos, a busca do prazer, a procriação de filhos, entre outros. O homem como ser político e social, as suas interações se davam com base na conversa e diálogo, mas por não haver muitas leis naquela época e pôr a ler ser "olho por olho e dente por dente", os assassinatos eram constantes. Porém sabemos que o homem em si é tanto bom como ruim, em certos casos o que prevalece é as conversas ou as brigas. Mas nesse caso por haver uma distribuição de afazeres e pelo homem viver junto as suas vidas eram mais solidárias do que maléficas. A lei ajuda a regulamentar o que não pode ser feito e o que deve ser feito, nesse caso, o homem está sob tutela do estado ou um rei. No caso dos homens antigamente, como os egípcios colocavam um representante que se chamava faraó. O faraó era quem garantia a sua população todos os seus devidos direitos. Para o homem ter uma vida mais organizada era preciso haver uma administração, como no caso do Egito que escrevia em papiros todos os tipos de compra e venda de produtos e as leis que eram escritas para fazer parte do convívio com as pessoas. Por termos uma relação nossa com a natureza, algumas coisas são determinadas, como por exemplo, sociedades que se baseiam na própria estrutura de uma colmeia ou de um formigueiro, mas em uma complexidade maior. Por exemplo, usamos conceitos abstratos para gerar a ordem do mundo sensível. Até mesmo objetos de decoração tem uma ordem implícita no que vai ser usado, como nesse caso, a decoração para deixar o ambiente mais agradável. O jeito que são feitas as coisas por meios de organização nos revela que temos dentro de nós uma propensão a ordem do que do caos, em contraparte, a isso temos instintos que são caóticos que faz uma divisão do homem entre a luta contra a carne e o avivamento do espírito. E assim nós vivemos entre os opostos para fazer da nossa vida um paraíso ou um caos. Com a administração a todo vapor, o homem começou a administrar recursos que estavam presentes em seu território, a partir disso, o homem começa a criar uma espécie de moeda ou de troca, ou no caso o escambo. Os produtos por terem um certo valor de uso e comercial, as pessoas trocavam certos produtos em troca de outros, e isso foi sendo modificado com tempo com a invenção de leis comerciais. A moeda abriu espaço para a arte e a sua disseminação. Os povos gregos ou egípcios ou em territórios próximos ou como os astecas, podiam ampliar o mercado de acesso desses produtos a outros territórios e assim a comercialização disparou no mediterrâneo. O homem com seus atributos sociais a arte era vista como um meio mais ético, onde as relações das pessoas que davam esse atributo de relacionamento. O artista como um produtor artístico via no seu trabalho um meio lucrativo e não subjetivo de aprimoramento. A arte era baseada em cânones e não na própria criatividade particular do artista. As regras artísticas eram baseadas na relação de serviço, onde os artistas-artesãos trabalhavam para algum chefe. A organização na hora de fazer uma obra de arte, era baseada em conhecimentos prévios relacionados a algum faraó que morreu, no caso do Egito. Devido a moeda ter um poder de compra a arte foi vista como um meio rentável, ou seja, a pessoa que fazia a arte comprava certos tipos materiais e para não sair no prejuízo cobrava algum preço pela sua obra de arte.
O comércio de países e o choque cultural faziam as relações culturais serem mais vivas e o intercâmbio de arte gerava novos meios de comercializar a arte. O incentivo na arte se deu porque ao mesmo tempo que era algo rentável era algo que por si só produzia a beleza de uma casa, um território e gerava novos empregos. Ou seja, a arte no começo era mais em uma forma didática de ensinar sobre a vida, com o prazer que a arte deu ao homem o homem começou a cobrar por sua arte para que o seu trabalho fosse melhor aproveitado por outras pessoas. O comércio de cerâmicas, tapetes, azulejaria criava um sentido estético e as pessoas podiam ter em sua casa algo mais elaborado e que servia para gerar status, principalmente aquelas pessoas mais ricas de uma sociedade. Através das compras de arte, o ser humano notou que sua arte poderia ser melhor aproveitada e os mecenas podiam fazer o trabalho do artista gerar fama. E assim o artista poderia ter mais encomendas e ser mais reconhecido socialmente. A arte no seu começo e também hoje, serve mais para um uso imediato, mas que sempre colecionamos ou apreciamos essas artes. É a mesma coisa de darmos um presente para alguém que embeleza sua vida. O reconhecimento do nosso trabalho sempre foi necessário para que a nossa vida tenha mais valor. Os trabalhos de arquitetura geram um senso de monumentalidade que engrandecia uma nação e gerava turismo, as pessoas que passavam perto das pirâmides, principalmente, aqueles que não eram desse território ficavam chocados com o tamanho da sua grandiosidade. A arte como um choque entre o observador e a coisa observada cria uma relação de proximidade e faz-se muitas perguntas sobre, como, porque, essa arte foi feita. As relações entre a arte, o artista e o espectador criam um vínculo entre ambos e cria-se uma relação de proximidade entre o comprador e o artista, para obter a arte. Para se obter maiores ganhos o artista deveria ter uma criatividade maior e ter mais peças de algo que produziu para que assim a pessoa pudesse escolher o que levar para casa. As feiras na beira das estradas era o que gerava esse comércio de artes, bugigangas, vestes e até mesmo de jóias era o que fazia os artistas conseguirem novos clientes. No Egito a sua arte por ser funerária e por não mudar muito com o passar do tempo, os meios rentáveis eram relacionados com a morte de alguém e o preparamento da sua tumba. As pinturas que faziam nas suas tumbas eram para um uso mais funerário, porque a eternidade, o local onde eles queriam chegar era um local de descanso. A cultura de um dado território pode sofrer influências de dentro do território ou fora do território. A arte em toda a sua história sofreu influências. Temos o caso do renascimento que não aconteceu em um único país, mas que sofreu influências externas e internas em vários territórios. As influências podem vir sobre imposição de algum território sobre outros, diálogos entre as pessoas, invenção de novas tecnologias, aprimoramento do conhecimento, que faz com que as influências modifiquem a vida dos artistas. Olhe o caso do Alexandre o Grande ou o Império Romano que modificou completamente a arte do Egito, Grécia e Roma. As viagens de artistas, as suas experiências com o seu trabalho, as suas inspirações podem modificar uma arte completamente. Paul Gauguin, o artista Francês, sofreu influências do Taiti (País), que era diferente dos padrões europeus. As influências que o artista tem em vida, modificam a forma de sua arte e as imposições de uma aristocracia, por exemplo, podem mudar a forma como o artista vê a arte. Os momentos políticos, sociais, econômicos, mudam drasticamente o rumo de uma sociedade e como as pessoas veem a arte. A religião como um fator moral, ético, mostra à sociedade um olhar melhor para a vida e como deve ser uma arte de verdade. A moral como uma mistura entre o que é o belo fazer, nos proporciona o que é belo aos olhos e
o que não é, nesse caso a arte que não se enquadre nos termos do que é arte perde o seu valor. Mas sabemos que a imposição da religião foi um fator que perdurou por muitos séculos, tanto, na Índia, Itália, Espanha, França e vários outros lugares. Por que o elemento ético e moral que incide sobre a vida pública e os elementos ali construídos se dão com base na espiritualidade e na razão de uma sociedade religiosa. Porém não só a religião modifica a sociedade, como foi o catolicismo, que criou a universidade e os jesuítas espalharam esse novo desenvolvimento nas colônias. Os índios do Brasil faziam artes baseados nas artes da Europa e muitos europeus vieram ao Brasil registrar os povos e os ambientes. A religião é um elemento que norteia as pessoas a seguirem um caminho correto e esse caminho correto é o que faz o homem se inspirar mais na vida e na criação de Deus. No entanto, a arte de diversos países é relacionada à espiritualidade, como no caso da Índia. A Índia como um país espiritualizado, os seus atributos se dão com base na religião que esses povos têm com os deuses. A diferença de uma sociedade politeísta para uma monoteísta, se dá, com base nos atributos de expressão, porque quanto mais deuses temos mais expressões diferentes nós temos para representar aquele deus. A diversidade da arte em um território se dá com as influências dos artistas, a sua inspiração que são muitas e isso passa para o plano da ação. A ação é aquilo que o artista vai produzir de acordo com a criatividade, as influências, inspirações e emoções que o artista tem em vida. O plano da ação está mais de acordo com a personalidade do artista e como ele foi educado com o passar do tempo, se tem uma propensão às belas artes. O vínculo do artista com a sua sociedade faz o artista produzir as suas artes, de acordo com as demandas das pessoas ou os mecenas, pois o artista faz sua arte de acordo com o projeto que o mecenas quer, seja esse projeto grande ou pequeno. Antigamente os mecenas que eram os ricos do passado, contratavam o artista para fazer algum trabalho de arquitetura ou pintura. O nível de recomendação do artista, a sua fama, os seus trabalhos, o nível técnico das suas obras era o que era considerado como um grande artista. O gênero de pinturas era feito de acordo com uma certa hierarquia e os artistas eram contratados de acordo com o tipo de serviço especializado que lhe cabia. Se o artista fosse um bom feitor de natureza morta, com toda a certeza, seus trabalhos seriam contratados. A natureza de uma arte está mais de acordo com a fama do artista e suas técnicas, olhe no caso da Gioconda de Leonardo da Vinci: A Monalisa é o exemplo da aplicação da técnica bem feita, temos o caso das mãos, o rosto. Leonardo da Vinci carregou a tela consigo por muito tempo. Esse exemplo, nos mostra a importância que uma obra de arte tem para o artista. A arte é feita de acordo com a inspiração do artista, o artista pode ou não estar inspirado para fazer sua arte, e os artistas em sua "maior parte" são proteladoras. Porque o artista faz a sua arte baseado no momento ao qual está inspirado. A arte antigamente ficava em divulgação nos gabinetes de curiosidade e no Egito os ricos colecionavam artefatos, jóias, e além disso objetos artísticos. Nas casas dos romanos, podemos notar as esculturas, a arquitetura bem planejada. Os artistas ficavam em um certo território e os mais ousados se aventuravam para além do território, ao qual estavam. As cerâmicas na Grécia eram feitas para um uso mais decorativo ou até mesmo para se colocar as coisas. E essas obras artísticas eram comercializadas pela sua parte estética e pelo uso que elas proporcionam. Os territórios antigamente eram muito pequenos se comparado a hoje, as cidades eram cidades que não tinham tantas pessoas e que o comércio local era o que garantia a sobrevivência e a cultura se desenvolvia com o uso da criatividade de artistas, músicos, eruditos, artesãos e histórias
que as pessoas inventam sobre o mundo, o seu povo, as guerras travadas, folclores, a mitologia dentre outros fatores. A parte política de uma nação era feita através dos representantes de uma nação que elaboravam as leis comerciais, civis, penais que contribuem para a organização de uma sociedade e que representavam a dike (justiça) ora dos homens ora dos deuses. A justiça de Deus é diferente, temos o caso do livro da Bíblia em que Deus deu aos homens os dez mandamentos que estão nos livros do pentateuco. A justiça divina não segue uma lógica humana, mas ela se pauta em atributos que representam a nossa vida. Pensando nisso, a lógica de uma ordem divina se atribui aos homens no seu fazer artístico, onde o homem que representa um criador semelhante ao Criador, cria um mundo lógico, matemático, ordenado de acordo com os atributos da natureza e a revelação natural de Deus. Pelo homem ter um atributo de ordem e caos, o apolíneo e o dionisíaco, o contraste entre os dois são vistos em sua vida material, porque em alguns momentos específicos não somos totalmente organizados, já em outros, somos. Mas é natural em sua busca pela verdade, que o homem encontre sua semelhança também com a natureza, porque a natureza tem em si aspectos ora semelhantes aos perrengues e iluminação que o homem passa. No nosso mundo, as leis objetivas e subjetivas contribuem para a segurança da obra e a liberdade do artista, no momento ao qual o artista faz sua arte. O Copyright foi criado por Albrecht Dürer que fazia suas gravuras e colocava seu nome e o número de série que garantia assim a sua originalidade. A originalidade de uma obra de arte, deve passar por várias etapas para que a sua validação aconteça. A arte de um artista pode ser valorizada quando o artista não está entre nós ou por ser muito antiga, o que faz a arte ser mais valorizada, por remeter a algum momento social ou particular do artista. Por isso as obras históricas obtêm o valor maior, por ser uma parte social, histórica e política de nossa civilização. Já as alegóricas obtêm um valor maior, por ter elementos diferentes do que uma pintura de interiores, as alegóricas mostram algo a mais do que uma simples pintura. Nas esculturas dos povos sumerianos, eles faziam as suas esculturas em bronze porque o mármore não estava em seu território, ou seja, existem elementos externos que contribuem para a arte. No caso da Grécia o seu território possui muito mármore, o que faz com que a sua arte clássica dê uma avançada em relação a outros territórios. No caso da Grécia o cânone de Policleto, com o uso da simetria e as atribuições dos pitagóricos com seu elemento matemático como a arché de todas as coisas, contribui para uma arte mais racional do que espiritual em relação aos egípcios que tinham como base a arte mais plana. No renascimento o uso da arte mais livre das esculturas volta a entrar em cena, mas nas pinturas de Albrecht Durer e Da Vinci, com o uso da técnica do sfumato. Onde o corpo passa a ser o elemento principal da pintura, pois na máxima Heraclitiana: "O homem é a medida de todas as coisas" contribui para um humanismo e antropocentrismo, devido aos vários percalços que a sociedade passava depois da idade média com a peste negra. A regra das artes antigas era baseada em cânones (leis) que eram organizadas de acordo com o avanço das descobertas e, também, com o uso da ordem natural das coisas. Os cânones eram baseados em sua própria identidade social da arte que lhe era atribuída, como no caso dos deuses, as mitologias que poderiam dizer muito sobre a personalidade e vida do ser humano. Os animais de um dado território, eram vistos como sagrados, como no Egito o gato e na Índia a vaca. Os animais por serem representações simbólicas de Deus, as suas atribuições se davam no plano da religião, como no caso da síntese de atribuições simbólicas aos homens nas pinturas das mastabas. Os elementos simbólicos
dizem não só sobre o mundo material, a vida em si, mas também no plano metafísico. A disseminação da arte se dá com base nas viagens de estudiosos que levam o conhecimento de um território ao seu lugar de origem, como no caso, das viagens de artistas das colônias portuguesas e espanholas, e em outro caso, os estudiosos gregos que iam ao Egito. As disseminações da arte se dão com outro elemento, no qual são os livros. A história da invenção da escrita se dá com base nos blocos ou papiros do mundo mediterrânicos ou egípcios, que tinham como ponto central a escrita cuneiforme que não muito diferente dos egípcios, hebreus, mas que representavam em formas abstratas os fonemas que com base em um som que representavam uma vogal com a junção de consoantes formava o som e assim produzia o significado da palavra que queriam dizer. Depois com a invenção do papel na China, em 105 d.C eram usados para fazerem xilogravuras que passaram a reproduzir em sua forma manual as representações da vida nas dinastias e a natureza. Com o processo do barateamento do papel e o uso da prensa de tipos móveis feito por Gutenberg as coisas começaram a se deslanchar para a sociedade que temos hoje. O conhecimento da arte se dá mais no seu sentido visual e teórico, enquanto que o fazer artístico se dá no uso prático. Interpondo os dois temos o mundo do artista e o mundo do espectador ou quem sabe alguém que possua um hobby para aprender sobre arte. O artista no seu começo era mais uma relação contratual, de ambas as partes, o mecenas e o artista que fazia o aporte entre a obra e o dinheiro recebido. Através da história podemos notar que a criatividade foi um grande fator que perdurou em vários artistas, e a criatividade, as técnicas, a estética é o que atrai as pessoas para visualizar a arte do artista. O artista como um produtor de arte, tinha as suas escolas de arte, tal como, no renascimento. Antes mesmo de haver o renascimento, os artistas como os beneditinos faziam livros da bíblia manualmente e colocavam ali a sua criatividade. Porém a arte era ensinada por mestres de ofício que transmitiam o conhecimento. Neste caso, temos o exemplo de Leonardo da Vinci que tinha discípulos que aprendiam com ele a pintar a Monalisa e outros tipos de pintura. Assim a experiência da pintura era aprendida e quando o aprendiz aprendia todo o conhecimento ele se tornava um mestre. A disseminação das artes em uma cidade, principalmente Florença, era uma cidade que atrai muitos artistas por ter investimento na cultura e na construção de arquiteturas. Os novos conhecimentos do renascimento fazem as descobertas serem compartilhadas com toda a Europa, como no caso da tinta a óleo. Assim, isso contribui não só para a transição de um período para outro, mas faz as pinturas serem mais realistas. Ademais a transição de um período para outro se dá com a transição das técnicas das escolas de arte, mas a transição é tão lenta que não notamos. É preciso um número muito grande de obras para notar a diferença. Porém se vermos as obras de Botticelli comparado com Rafael notamos uma diferença peculiar, mas ainda assim é do período do renascimento. Em outro caso, a pintura de Velásquez comparado com Rembrandt notamos as luzes e as sombras, mas com um nível de realismo diferente. Nesse caso, os mecenas por incentivarem a sua comercialização fazem os artistas trabalharem muito não só no nível técnico das obras, mas na beleza de uma cidade com as construções de esculturas e arquiteturas. As catedrais antigamente demoravam para serem feitas, e muitas vezes, eram os papas que mandavam a construir. Porém naquele período o papa ainda ficava vivo para ver a catedral. Mas no caso dos papas a transição de um papa para outro faziam as construções nas cidades de Florença e Roma serem construídas com afinco. O que fazia a mão de obra especializada e contratada serem de
alto nível técnico. No Brasil as arquiteturas começaram a ser construídas no período do Barroco e a chegada da família imperial, o estilo de música da corte portuguesa era influenciado por Mozart, Beethoven e outros. Porém sabemos que a música popular brasileira foi muito influenciada pelos africanos que mais tarde deram origem à bossa nova. A transição da arte brasileira se deu com base na disseminação da religião que veio da Europa. Porém o carnaval português influenciou completamente o Brasil e sua arte, principalmente as pinturas dos tetos das igrejas barrocos feitas pelo mestre Ataíde. O Brasil por não ter muito mármore no território as artes brasileiras focaram seu uso mais na pedra sabão que não é tão rígida igual o mármore. Depois da transição da arte indígena com a mistura da portuguesa e africana, o Brasil começou a sofrer influências de fora do país, principalmente os franceses com a missão artística francesa no Brasil. O império português criou a academia imperial de belas artes no Brasil o que fez muitos artistas estrangeiros virem ao Brasil e mudarem a forma como o Brasil via a sua arte. Podemos notar a influência que teve Villa Lobos com a sua música clássica de mistura mais erudita com influências brasileiras. A transição da arte brasileira se deu no plano das cidades que tinham um grande número de contingente de africanos. A mistura da raça brasileira foi o que modificou completamente a arte brasileira, que depois mais tarde com o modernismo foi enquadrado o estilo do país nos moldes da arte colonial. O Brasil sofreu influências de vários países, principalmente aquelas pessoas que vieram escondidas para o Brasil, os judeus, que alteraram seus nomes para não serem perseguidos. As construções de naves nas catedrais e igrejas começaram a ser construídas com as influências egípcias e árabes e dos povos normandos. Que alteraram completamente a forma como vemos o mundo. Na idade média os mosteiros cristãos ficavam numa posição mais elevada da sociedade, dizendo que aquela posição estava mais próxima de Deus, e em outros lugares como o Tibet e China os mosteiros também ficam em uma posição elevada nos montes. Mas até mesmo antes disso os povos mesopotâmicos faziam seus templos em uma posição elevada, como os jardins suspensos e outras formas mais planas de templos. Isso está muito associado ao deus que eles cultuavam como Baal que era o deus das montanhas e dos montes. A transição de uma arte para outra pode vir de influências muito antigas de sociedades diferentes, porque as guerras, as viagens de estudiosos, o comércio com outros territórios influência muito na arte do território. A transição da arte pode ser feita, a partir, da educação. Os mestres de ofício são os que trabalham para fazer a educação artística dos aprendizes de arte, que continuará a aprender, até mesmo depois de se tornar mestre. A educação é um dos meios que fazem criar novos artistas para a sociedade para que o seu estilo modifique a forma como vemos a arte. Separar-se-ão o nível da técnica de seu mestre e criará uma nova forma de ver a arte, através da arte do artista e sua personalidade. A educação é a forma como vemos o mundo e como nos portamos no mundo, os artistas em sua maior parte sempre foram aqueles que ensinaram através da arte a como usar os meios e os materiais artísticos para fazer-se uma bela obra. As etnias de um território podem dizer muito sobre a arte daquele território, temos o caso dos egípcios. Observar-se-á que eles faziam as suas artes de acordo com a etnia do seu povo que era de pele negra. Por ser um povo agricultor, a sua arte nos mostra muito esse ambiente, e a sua arte era idealizada para os faraós e os de condição inferior eram naturalistas. Isso nós podemos notar mais na transição do neoclássico para o romântico e depois para o realista, onde o realista com Courbet nos mostra um realismo mais sofrido. Isso quer dizer que
Antigamente os egípcios faziam as tumbas só para os ricos, porque os ricos tinham a condição de pagar pela mumificação. O que faz a arte se enquadrar mais aos ricos do que aos pobres. Os ricos eram o que ajudava a arte alcançar um patamar maior dentro do território, e as dinastias mudaram depois que o faraó morria, o que fazia a arte do território ser mais valorizada. Na Grécia depois da guerra dos gregos contra os persas a sua arte modificou completamente, por haver muitas destruições nas arquiteturas, o que fez Péricles mudar drasticamente a cidade de Atenas. Ou seja, até mesmo os elementos políticos contribuem para a disseminação ou a mudança da arte dentro do território. As mudanças que vemos na arte podem variar de acordo com os momentos sociais, políticos e econômicos, em partes, o que muda é a forma como as pessoas veem a arte. O elemento político é o que cria as condições para fazer as mudanças, é aquele que investe na cidade ou até mesmo os ricos como os Médicis ou os papas no renascimento. A arte pode ficar obsoleta com o passar do tempo, é o caso que vemos depois do renascimento que os artistas chegaram a um nível tão profundo do realismo, que os artistas maneiristas não inovaram tanto na arte, ou até mesmo, na transição do impressionismo (século XIX), que surgiu a câmera fotográfica. A partir disso, os artistas têm que inovar a sua arte para que ela gere um choque ou uma fruição no espectador, é o caso que vemos hoje em dia com o fim da beleza. Porém a beleza hoje em dia é diferente de uma pintura antigamente. Hoje estamos mais próximos do espírito do que da materialidade, o que faz as formas abstratas serem mais usadas. Partindo dessa premissa histórica sobre a disseminação da arte na história, devemos observar cada parte separadamente e notar as suas particularidades.
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