A Estética
Por: Anderson N.
24 de Agosto de 2023

A Estética

História da Arte Geral Ensino Médio Ensino Fundamental Teoria da Arte ENEM Contemporânea Vestibular Pré-Vestibular Moderna a Domicílio Ensino Superior Concurso História da Arte
A compreensão da arte nos ajuda a entender não só o mundo a nossa volta, mas sim, a parte estética da própria vida. Pois a arte é uma representação do mundo visível. Nesse sentido, o presente livro tem como objetivo ajudar as pessoas iniciantes no assunto, a entender sobre arte.
Com esse objetivo como norte, o livro foca nos conceitos de estética, linguagem visual e história da arte. Com isso o livro irá trazer imagens de arquitetura, obras de arte, escultura e gravura. Para a compreensão do livro, citaremos filósofos e autores. No primeiro capítulo “Uma introdução à Estética”, focara em cinco subcapítulos divididos por eras da história. Dentre eles temos a antiguidade, era bizantina, renascença, modernidade, e os dias atuais (era contemporânea). No segundo capítulo, “Como a linguagem visual funciona? ”, focará nos aspectos a linguagem visual, como por exemplo, profundidade, plano, ponto, linha, cor etc. Esse capítulo será distribuído em cinco subcapítulos. Os quais são: A profundidade e o plano, os elementos visuais, os estilos das épocas, as cores e suas interações, e os estilos dos pintores. Ressaltando o último subcapítulo, ele nos mostra a diferença de estilos dos pintores de cada período da história. No terceiro capítulo, “Uma introdução a história da arte”, será dividido em cinco subcapítulos, esses são: Era primitiva, antiguidade clássica, idade média, modernidade e era contemporânea. Organizamos esse livro em vários subcapítulos, que iram ajudar a entender o que é arte. No início de cada capítulo, teremos uma breve introdução ao tema. E no final a síntese, nos mostrara os elementos que foram abordados dentro de todos os subcapítulos. No final da síntese, teremos as avaliações de aprendizagem para memorizar o tema apresentado. Por fim, convidamos você leitor a participar deste caminho para a compressão da arte.
O autor.
Introdução
No mundo atual, nossa relação com as imagens são muito importantes para entender o mundo a nossa volta. Assim a arte ela é uma representação do mundo em formas de imagens. Com isso o livro focará na expressão dos homens no tempo, e como a arte alcançou uma compreensão do mundo a nossa volta. Incialmente, perguntamos: o que é a arte? A pintura, gravura, escultura e até mesmo a arquitetura é uma herança cultural de nossos antepassados que aprenderam através do mundo a se relacionar com as coisas. E essa expressão artística aconteceu no mundo todo, com isso vários povos desenvolveram uma arte diferente. Isto está associado à herança cultural e como eles viviam e como eles viam o mundo a sua volta.
Entendemos a arte como uma parte da criatividade humana, e as tecnologias que foram criadas na história disponibilizaram uma maior interação com a arte e isso disponibilizou um arcabouço artístico que foi passado de geração a geração.
No mundo atual com tantas coisas para serem feitas, o repertório de coisas é muito grande. E nós podemos usar nosso tempo para aprender alguma coisa. Porém, não generalizando ficamos analfabetos visuais. O presente livro, foca como objetivo específico acabar com essas dificuldades. Conduzirei vocês a entender esse mundo, o mais objetivo possível e simplificado. Com isso partiremos do conceito de belo para a análise das obras e depois para história da arte. Primeiramente devemos entender o que é o belo e o que é a arte, para prosseguirmos no assunto. Nesse sentido ao terminar a leitura você irá entender como funciona a arte e suas características. O importante na arte é entender que ela nos mostra a beleza do mundo, e você caro leitor poderá entender a arte o mais fácil possível. Porém a sua leitura nunca deve parar, por exemplo, você deve entrar em contato com as obras, seja presencial ou online.
Antiguidade
Neste capítulo veremos como os primeiros filósofos pensavam a arte, dentre eles: os Pitagóricos, Platão e Aristóteles. Para entender a arte hoje, devemos observar duas palavras e os seus respectivos conceitos, os quais são: a techné e poiésis. Técnica seriam os elementos que o artista usa para fazer sua arte, ele precisa de um conhecimento para fazer o seu trabalho e poiésis é a ação, confecção e criação artística. Igualmente devemos entender outro conceito que é o de mímeses (imitação).
Os pré-socráticos tentavam entender o mundo a sua volta a partir da mitologia e sua herança cultural do povo grego. Com isso temos o que surgiu primeiro, o tempo ou o caos? Eles faziam essas perguntas para entender o mundo a sua volta. E os primeiros filósofos entenderam o mundo a partir dos elementos e suas contribuições na natureza. Portanto Tales de Mileto, interpretava que o gerou tudo foi a água, pois ela em si mesma gera vida. Porém os estudos deles eram profundos no assunto e não cabe a nós discutir esses temas nesse livro. Em virtude disso eles queriam entender a harmonia do universo e como tudo se criou. De acordo com:
Renata Tavares e Samon Noyama (2019, p.19). Para os pitagóricos, a harmonia é uma combinação de elementos que forma uma unidade proporcional. Ela permite, assim, que algo sensível e plural, como o som da vibração de três cordas de um violão, forme uma unidade por meio de uma organização que respeita a proporção de cada um dos elementos.
Para os pitagóricos a harmonia da música geraria um prazer inconscientemente. Os pitagóricos estudavam a música e sua relação com a matemática, para eles o que gerou foram os entes matemáticos. Os gregos achavam que nós tínhamos corpo e alma, o corpo é mutável e a alma é imutável. Com isso eles acreditavam que o universo celeste é imutável e a alma tem relação com o universo celeste. Em virtude disso a alma seria transportada através da arte para a sua origem. Eventualmente a arte nos ajudaria a fazer esse retorno a origem, assim a forma e a matéria é o que nos ajuda a entender o belo.
Devemos entender o conceito de imitação, imitação foi um conceito que surgiu na Grécia com Platão e Aristóteles. Para Platão a educação dos jovens ou paideia, seria uma educação cultural, com isso Sócrates no livro “ A Republica” de Platão, perguntava aos sofistas sobre o conceito de justo e injusto, e sobre a arte também. Com isso Platão faz uma crítica aos poetas da cidade. Pois para ele os poetas teriam um entusiasmo. Esse entusiasmo seria algo externo ao poeta. Porém Íon um poeta que conversava com Sócrates, acabou dizendo que ele mesmo podia fazer um escudo ou ter a habilidade da medicina, mas o poeta só recita versos e fazia versos. Com isso Sócrates disse ao poeta que ele é um ser divino, porque ele recebe o entusiasmo externo. Nisso o poeta não usa da técnica nem a razão para fazer a sua atividade. Assim a razão se sobrepõe ao mito, ou seja, o logos (discurso racional). Com isso para Platão a arte mimética não tem condições de representar as coisas como verdadeiramente são. Nós devemos usar a técnica para fazer a arte que desejamos por isso a razão é importante. Para Platão a teoria das ideias, é que nós temos ideias inatas. Nós comparamos as coisas no mundo a partir do que já temos como ideia na mente. É por isso que Aristóteles foca mais no mundo sensível, enquanto, Platão no mundo das ideias. Para Platão a educação deveria ser feita a partir da geometria, pois ela sendo abstrata tem uma relação com o mundo sensível, por exemplo, você quer desenhar um desenho a partir de formas geométricas, então você usa a geometria para chegar a compreensão do objeto sensível para o papel. Porém ele é feito em duas dimensões, caso você queira fazer em três dimensões seria a escultura.
Sobretudo temos a compreensão da mimese por Aristóteles, para ele a tragédia era importante para a formação do cidadão. A imitação é parte fundamental do ser humano, pois ele imita as pessoas quando é criança. Seja na fala ou nas atitudes das pessoas. Eventualmente para Aristóteles a tragédia ou o teatro na Grécia tem como finalidade um processo de cura (catarse). Assim a maioria das artes de nossos dias tem uma particularidade de cura. Com isso todas as artes, tem um processo de cura, ou seja, as emoções curam a gente quando fazemos arte. Focaremos no conceito da arte e da verdade, para Platão a poesia ficaria em segundo plano na sociedade de Platão, pois ele tinha uma ideia de sociedade utópica. E a poesia ficaria em segundo plano, pois ela não fala da verdade, mas é uma pseudo (falsidade). Com isso para Platão a verdade surgiria no momento da pessoa sair da caverna, ou seja, a alegoria de Platão nos mostra que as pessoas estão dentro de uma caverna e não saem para ver o mundo externo. Assim as pessoas ficam na ignorância, e a história da arte nos mostra que a arte tem como função levar a verdade as pessoas e mostrar como o mundo é de verdade. Na idade média, a arte tinha como função atrair o fiel para a igreja, então o profano e o sagrado mostrava esse destino do homem. Portanto eles mostravam pintura do inferno e pinturas de santos, Cristo, Maria, ou seja, mostrando o lado ruim e bom. Então com isso a verdade estaria ligada a episteme e aos sentidos que usamos para aprender as coisas. Essa teoria das ideias de Platão é o que nos ajudaria a ver a realidade como ela funciona e a sua verdade. Com isso o artista quando copia a realidade a sua volta, está afastado da episteme (verdade), em causa temos que Platão via a mimeses como algo ruim, que se afasta da verdade. Em Aristóteles, é algo diferente, ele foca no mundo sensível e não no mundo das ideias. Para ele a poesia seria algo que fala sobre a realidade da vida, ela fala sobre o mundo sensível. Em Platão ele vê a arte como uma produção do homem, mas que está ligada a multiplicidade da vida e não é algo que nos aproxima do uno.
Idade Média
Na idade média depois das invasões pelos povos bárbaros em Roma, a Igreja acabou se separando em igreja católica apostólica romana e igreja ortodoxa. Com isso ficou dividido o pensamento cristão. E nesse período começa a surgir às ideias de Santo Agostinho, que fez o seu livro chamado “Confissões”. Nesse período os feudos eram muito presentes, e era um dos poucos locais que se guardava a memória e herança cultural do ocidente. Os Beneditinos foram quem copiaram a Bíblia e muitos outros livros manualmente e graças a eles nós temos essa herança cultural do ocidente. Nessa época as pessoas viviam muito pouco, e a igreja controlava tudo a sua volta. Os fieis tinham uma relação de proximidade com o divino, nas catedrais e a participação coletiva na sociedade cristã. O profano era muito presente nessa época para mostrar ao fiel que ele deveria seguir os passos de Cristo e não ir para caminho errado, o caminho errado levaria ao inferno. A arte nesse período tem um caráter simbólico sagrado, mostrando as passagens de Cristo e era uma arte que não idealizava a beleza igual aos gregos e não podia fazer imagens de deuses pagãos.
Assim para Plotino as ideias da arte estavam relacionadas com as ideias de Platão, mas elas fogem um pouco do pensamento platônico. Pois Platão achava que a Natureza é superior a arte, pois o homem não consegue copia-la em todos os seus detalhes, mas Plotino nos fala que a arte tem espirito, ou seja, quando o artista deposita sua criatividade para fazer uma arte, é o próprio espirito do artista que fez aquilo. Para o pensamento cristão, a beleza carnal é feia enquanto a beleza imaterial (espiritual) é bela. Porque a beleza espiritual estaria mais próxima de Deus, ou seja, é esse mundo das ideias platônicas que nos deixaria mais próxima de Deus. Enquanto o carnal ele é corruptível, ele acaba. Assim a alma seria imortal enquanto o corpo é perecível. Mas isso é uma querela (queixa) que vai se perdurar por todos os outros séculos até chegar, em Descartes, que fez a divisão de corpo e alma. E isso se perdura até nos estudos da neurociência.
Voltando a Agostinho, as ideais da arte para ele, está relacionado a Platão ou como, por exemplo, aos sólidos platônicos. Pois o objeto teria uma proporção, unidade e ordem contidas nele, assim a arte teriam essas proporções feitas pelo artista. No final da idade média com as ideias de Tomas de Aquino, para ele o bem e a arte estariam separados de si mesmo, já não seriam as ideias de Platão sobre o justo e o injusto, mas a arte em si mesma já diria sobre a verdade. Assim a renascença tem essas ideias e de outros filósofos, como um começo do humanismo, em uma arte que nos mostra a proporção, unidade, simetria e que não estaria presa a moral. E isso para a igreja ia contra os fundamentos da religião cristã, pois o homem como centro de destaque começa a fazer pinturas e esculturas que retratam mais o corpo e não mais a religião. Mas na renascença faziam pinturas de Cristo, Maria etc. Mas era algo mais simétrico.
Modernidade
A partir da renascença a mudança de perspectiva foi mudada porque as cidades foram aumentando, e o comércio exterior e a invenção de tecnologia começaram a mudar a forma como o homem vê o mundo. Pois o homem quando vivia no feudo era muito restrito a sua circulação em diversas áreas, pois o ataque de bárbaros era algo muito real. Assim a igreja como centro de destaque e ela como possuidora de terras foi deixada de lado. Uma nova classe de comerciantes, foram surgindo, é daí que vem a expressão os mecenas. Mas os mecenas já faziam parte da idade média, por exemplo, os Papas. Mas foi o incentivo de capital na ciência e nas artes que fez a Itália alcançar um renascimento cultural como na época de Péricles da Grécia. Portanto começa a surgir uma querela (queixa) em todos em esses séculos, mas que vai ficar mais forte no período do iluminismo ou da razão. O iluminismo tinha uma ideia de que a idade média foi um período de trevas, e a razão foi o que tirou o homem desse período de trevas. Porém muitos outros historiadores, não concordam com isso e dizem que a idade média não foi um período de trevas. Não devemos entrar em detalhes para fazer uma dialética (conflito) de qual está certo. Assim a querela entre antigos e modernos é uma realidade daquele período, o neoclassicismo que explicarei mais a frente, é um período onde a razão impera, pois os gregos como sendo racionais eram vistos como um grande povo que teve sua arte sendo copiada como modelo a partir do renascimento.
Nesse sentido, Winckelmann um dos primeiros historiadores da arte, fomentou essa querela ao afirmar que devemos imitar os antigos. Imitar em que sentido? Devemos imitar como eles faziam suas artes, e não copiar a arte deles. Com isso as ideias da arte ela está relacionada a moral e a beleza, que tinham sido perdidas em Tomas de Aquino. Ou seja, essa volta ao classicismo ou helenismo é imitar os antigos. Antes disso, começa a aparece o Rococó, com ideias exageradas de artes, que era contra o Vitrúvio e as suas medidas de um ideal de beleza. Assim a arte decorativa era diferente dos padrões gregos de beleza, onde existia a harmonia, simetria etc. Por isso o Leonardo da Vinci fez a obra chamada o “O homem Vitruviano”, pois Vitrúvio nos mostrou todas as proporções de medidas e a idealização da beleza. Porém a partir do modernismo, a abstração, separar uma coisa em multiplicidades e não unir em unidade isso modificou o pensamento relacionado à arte. A arte como uma abstração se abriu as várias possibilidades e que não eram autorreferentes. Isso começa na modernidade com as ideias de Descartes e Kant, eles observam a realidade como uma coisa a priori (que é antecessor a experiência), pois as abstrações começam a aumentar nesse período, e o homem vê ele como uma coisa separada da realidade, mas que contêm tudo a priori na cabeça. E o homem esquece a realidade objetiva que é mais infinita do que a compreensão a priori, ou seja, a posteriori, a experiência é infinita em comparação com o mundo interno. E os Cubistas e Abstracionistas tentaram chegar à compreensão em multiplicidade, porém a realidade a posteriori, é na onde vivemos e temos as relações com as pessoas. As abstrações da mente como algo imutável tentou separar o mundo concreto em partes para decifra-lo, porém o concreto em sua totalidade com a linguagem é autorreferente. Mas com Descartes e o cogito, a mente foi vista como algo separado da realidade, e a ciência tentaria entender o funcionamento das partes de todos os sistemas, seja uma sociedade, as galáxias, ou uma pessoa e seus órgãos. A abstração não é algo ruim, mas ela vai, em uma via contrária a da religião, pois quanto mais abstraímos mais longe estamos da unidade. Os cubistas começaram a chegar a uma verdade de um objeto analisando ele em todas as partes, porque o olho em si não consegue ver um objeto em todos os seus lados, mas isso é uma questão de experiência e analise da vida, a presença de uma pessoa me mostra que ela tem todos os lados possíveis, ela em si mesma não conseguiria viver sem uma parte do seu corpo, ou seja, a verdade está na própria experiência de viver a vida e entender a verdade.
Iremos falar de dois filósofos: Goethe e Schiller, que são modernos. Os dois eram amigos, porém os dois foram grandes escritores da Alemanha e foram os mais lidos. Porém eles eram contrários ao platonismo. Já Holderlin e Nietzsche, Holderlin se afasta do classicismo, e que vê a querela sem sentido, mas que fez grandes contribuições sobre a Grécia. Holderlin achava que os gregos não deveriam ser imitados, eles possibilitaram a vida na arte, mas não que não devemos imita-los. Nietzsche nos diz que na história da arte existem duas figuras centrais que é Apolo e Dionísio, essas duas forças quando se chocam nasce a arte, ou seja, é como a mãe e o pai que tem um filho. Apolo seria a luz, sabedoria e ele é presente na esfera das aparências na dimensão do sonho e da fantasia. E Dionísio é o contrário disso, a escuridão, o irracional, e ele não tem forma definida.
De acordo com Renata Tavares e Samon Noyama (2019, p.78) A verdade não pode ser alcançada mediante a separação entre essência e aparência, como queria Platão. As questões fundamentais da filosofia, como o ser, a justiça, a natureza e o principio de todas as coisas (a arché), não se esgotam entre a verdade eterna e universal das essências e a falsidade material das aparências.
Para Nietzsche existe uma metafísica do artista, o artista sem obra não existiria e nem a obra sem o artista. Porém ele passa a questionar a “coisa em si” com o mundo, em causa temos que Nietzsche nega a coisa em si e os fenômenos como representantes concretos dessa mesma coisa. É como se pensássemos que a verdade não é algo descoberto, mas inventado. Para Nietzsche as leis que regem o mundo, é uma vontade do ser humano de dominar a natureza. O caos seria o verdadeiro estatuto da natureza, enquanto o homem tem uma vontade da verdade. Para ele a verdade seria inventada. Com isso a arte para ele teria uma força contrária a negação da vida, ela criaria um mundo melhor que não nega a vida. Nós podemos ver isso como uma força que impulsiona o homem a continuar criando, pois a arte cria um mundo magnífico.
Para Arthur Schopenhauer um antecessor de Nietzsche, o mundo seria regido pela vontade do homem, e mais tarde Freud e Jung usam isso na sua psicologia. A representação (o racional) para ele não seria capaz de explicar totalmente a vida humana, e a vontade seria o que nos movimenta, seria algo do próprio corpo e não da razão. A arte para Schopenhauer e o gênio (artista) é o que nos deixaria mais próximo do eterno, porém ficamos entre o sofrimento e o tédio. Não é a razão que alcança o eterno, mas a vontade. Para ele a tradução da vontade em representação, se chama “objetivação”. A razão só conhece a objetivação e nunca o objeto em si mesmo. O conhecimento das essências, a capacidade de atingir a vontade que se objetiva em essências só é alcançado através da arte. Com isso a arte seria transportada para a tela, poesia etc. E ele seria capaz de nos mostrar a verdade do mundo sensível. Para Platão a razão encontraria a verdade, mas a arte seria vista como uma metafísica de artista que a arte tem uma contemplação superior à ciência. Assim a arte é vista como importante para chegar a verdade. A arte teria um sentido ontológico (ser) porque ela faz parte da vida humana, e o homem como criador de arte produz esse sentido ontológico.
David Hume um filósofo anterior a Schopenhauer, nos diz que a arte não tem um padrão do gosto. O que isso quer dizer? Que cada pessoa vai ter um gosto diferente para cada coisa, dependendo de como ela foi criada. Nisso as pessoas podem ter um sentido estético ou uma sensibilidade diferente para cada coisa, por exemplo, o gosto da comida ou a temperatura do ambiente. Hume nos diz que a beleza é subjetiva, ou seja, cada pessoa vai achar algo belo ou feio. Assim tem pessoas que gostam de pintura e tem pessoas que gostam de musica, varia o gosto para cada uma. Isso abriu uma possiblidade para os artistas pensarem a sua arte diferente, o manejo ou estilo variou muito, pois cada pessoa tem um gosto para algo. Com isso às possiblidades e a liberdade artística aumentou para as pessoas.
As regras da arte não podem ser estabelecidas a priori (razão), mas é com a experiência que nós descobrimos os nossos gostos e nosso próprio estilo. Além disso, o manuseio de qualquer objeto artístico é feito através da experiência, porém o conhecimento vem a priori, a partir daquilo que você estudou e nisso o conhecimento passa da mente para a experiência de fazer uma tela ou escultura.
De acordo com Kant, o juízo do gosto é dividido em quatro etapas, a qualidade, quantidade, relação/finalidade e modalidade. O juízo do gosto não é um juízo do conhecimento, mas é um juízo estético, que ao observarmos a natureza ou uma obra de arte, o juízo está relacionado ao agradável e o bom. O agradável seria o cheiro de alguma comida ou perfume, que não tem um caráter moral, mas algo que faz parte da estrutura do objeto, enquanto, que o bom ter um caráter de justiça e virtude. Assim algo pode ser bom para mim, por exemplo, o conhecimento é bom para mim, pois posso usar ele para uma finalidade.
Em relação a quantidade, Kant nos diz que o belo é subjetivo, porque não estamos presa ao objeto, mas nós é que dizemos se uma coisa é bela ou não. Porém a beleza do bebê ou filhote de coelho já é algo da própria estrutura da pessoa ou animal, que tem como finalidade a sobrevivência da espécie para não ser extinta. Isso é uma propriedade que faz parte da estética da pessoa ou animal, e não algo a priori da subjetividade. Em virtude disso a pessoa pode achar algo belo porque é da propriedade da matéria ser bela, assim não seria algo subjetivo. Kant formula as suas teorias pensando como um sujeito que olha o mundo a partir da sua mente, e esquece o mundo objetivo, as propriedades da matéria, carrega a sua beleza única. Seria um processo da hereditariedade da pessoa que é contida na matéria. Devemos lembrar que um objeto ele é separado do sujeito, um cachorro ou gato podem ter varias possibilidade contidas na possibilidade de ser cachorro ou gato, mas nós conhecemos pelo o que eles nos mostra e não pelo que achamos que conhecemos deles. Mas claro ao vermos o gato ou cachorro e seu comportamento as experiências deles nos mostram na razão que eles são daquela forma. Com isso o sujeito está separado do objeto, mas o sujeito tem que aprender sobre objeto, e as suas possibilidades de causas e efeitos.
A experiência do belo é uma experiência subjetiva, porém só aprendemos o que é o belo pela participação com outras pessoas e ao observamos o mundo. A partir do que vivemos e aprendemos com as pessoas chegamos a uma conclusão subjetiva por meio da comparação entre fatores externos o que é o belo para mim. Mas a experiência de aprender sobre o belo uma experiência da própria vida, existem pessoas que não gostam da natureza, mas gostam de arquitetura ou cidades. Existem muitos fatores que podem levar as pessoas a adquirir um repertório do que é o belo para a ela
Para Kant, a liberdade é o que devemos procurar, pois a liberdade é um meio para chegar à compreensão do que é o belo e do que é a vida. Essa liberdade estaria relacionada ao contato com as outras pessoas e a liberdade subjetiva. Pois é a partir da liberdade subjetiva que chegamos à conclusão do que é o belo, porém sem a educação e a critica não chegaríamos muito longe a compreender o que é o belo, isso pode ser visto em pessoas que viviam no meio de animais, que não tinham razão (inteligência).
Kant nos diz que o prazer que sentimos com o belo está ligado à representação da qualidade, o seu conteúdo, e o sublime, a representação da quantidade, ou seja, à forma. Para Hegel a natureza e o espirito seriam um processo histórico, porém a história dos homens é mais avançada em relação à natureza. A natureza é um processo lento de desenvolvimento. O processo histórico da história da arte, até a época de Hegel, era dividido do seguinte modo:
Arte simbólica do Oriente (mundo oriental e espiritualidade natural), Arte clássica da antiguidade (mundo antigo e bela espiritualidade), Arte romântica da época moderna (mundo moderno e espiritualidade livre). Isso está associado por vários fatores, isso não quer dizer que a história é determinada. A história é feita da liberdade dos indivíduos, e dependendo do momento as leis e os costumes são diferentes, por isso que na modernidade a espiritualidade é livre, pois as pessoas passam a ter uma maior liberdade artística e social. Por isso que Hegel fala que existe o fim da arte, não um fim em si mesmo, mas um fim da espiritualidade. Pois a espiritualidade livre já seria o esgotamento histórico da humanidade. Porém devemos deixar em aberto essa questão, pois o espirito ainda pode ser desenvolver. Hegel nos diz que existi um espirito absoluto (“eu absoluto”), seriam as pessoas que com sua subjetividade gera um novo entendimento do que seja arte, medicina, psicologia etc. Que produz um entendimento de um modelo progressista do desenvolvimento da humanidade, com isso cada pessoa teria um papel nesse desenvolvimento progressista. As tecnologias estão alinhadas com o desenvolvimento da humanidade, assim a arte teria um fim porque as possibilidades da história e do espirito já estariam no seu esgotamento, mas isso é uma questão que o Hegel nos disse, talvez o espirito ainda possa se desenvolver.
Contemporânea
De acordo com Adorno e Horkheimer a indústria cultural seria um processo do próprio capitalismo. O capitalismo como um sistema de mercadorias produziria as mercadorias com a ajuda da indústria, e os objetos seriam feito muito rápido. Assim o artista não conseguiria viver no mundo sem colocar sua arte como uma mercadoria, porém no nosso mundo o que faz a arte imperar é o estilo, e isso foi muito produzido no século XX e XXI. Pois o estilo é uma forma da arte ainda ser autentica e não mecanizada e produzida industrialmente. O espirito da pessoa, já produziria uma arte única e com estilo. Então a arte também seria um estilo que se desenvolve subjetivamente e também nas épocas da história. Para Adorno e Horkheimer o capitalismo seria um sistema de controle das pessoas, a partir dos prazeres que as coisas possuem. Esse sistema é feito a partir das industrias com a alienação, mas o Ford criou esses sistemas de alienação para ganhar a segunda guerra mundial, pois os armamentos precisavam chegar rápido aos combatentes. Então a alienação tem um lado ruim e bom. O capitalismo usa a propaganda para alcançar um maior número de pessoas, e no mundo de hoje os computadores sabem o que você quer de acordo com os seus dados de navegação na internet, e isso facilita para pessoa que quer comprar e o lucro das empresas. O capitalismo tem um lado ruim, porque o processo industrial cria padrões artísticos de produção e o estilo não é muito valorizado. O estilo é uma forma de resistência a dominação capitalista.
Nenhuma descrição de foto disponível.
 
 
 
R$ 40 / h
Anderson N.
Alfenas / MG
Anderson N.
Identidade verificada
  • CPF verificado
  • E-mail verificado
1ª hora grátis
História da Arte Moderna História da Arte - História da Arte História da Arte Geral
MBA: História da arte (Estácio)
Venha aprender a olhar a história da arte de um jeito diferente.
Cadastre-se ou faça o login para comentar nessa publicação.

Confira artigos similares

Confira mais artigos sobre educação

+ ver todos os artigos

Encontre um professor particular

Busque, encontre e converse gratuitamente com professores particulares de todo o Brasil