Briófitas
em 29 de Junho de 2014
Vamos começar agora um módulo muito importante dentro do curso de biologia em que vamos falar sobre os vegetais, um grupo de seres vivos com características muito peculiares, tanto do ponto de vista morfológico, quanto funcional, o que acaba fazendo com que o seu estudo se torne bastante interessante, mas ao mesmo tempo, um pouco complicado em algumas situações.
Por esse motivo, antes de começarmos a falar propriamente de vegetais, vamos fazer algumas considerações referentes aos tipos de ciclos reprodutivos que encontramos em organismos de reprodução sexuada. De forma geral, vamos apresentar esquemas de ciclos reprodutivos que serão válidos para diversos grupos de seres sendo que o último deles, o ciclo haplodiplobionte, será válido para todos os grupos vegetais que estudaremos nas próximas aulas.
1. CICLO HAPLOBIONTE
Neste ciclo reprodutivo, encontrado em algumas algas, o organismo adulto tem um genoma haploide. Este adulto produz gametas por divisão mitótica, de modo que eles sejam também haploides. A fecundação dá origem a um zigoto diploide, que combina o genoma dos dois gametas, e assim que formado, entra em divisão meiótica, originando novamente células haploides que, por sua vez, se desenvolvem para formar um novo organismo adulto.
É importante destacarmos algumas características deste ciclo, que vão o diferenciar dos demais ciclos reprodutivos. Devemos notar a predominância de células haploides em todo o ciclo, fazendo com que o zigoto seja a única célula diploide observada. Por isso, é justamente o zigoto a célula que passa pela meiose e então dizemos que, no ciclo haplobionte, a meiose é zigótica ou inicial.
2. CICLO DIPLOBIONTE
O ciclo diplobionte pode ser observado em algumas algas e nos animais em geral, incluindo os seres humanos. Ele recebe esse nome pois sua geração adulta é formada por um organismo diploide. Células específicas deste organismo se dividem por meiose, originando gametas haploides que, por fecundação, restituem um genoma diploide no zigoto. Este zigoto se desenvolve dando origem a um novo organismo adulto.
Ao contrário do que ocorreu no ciclo haplobionte, no ciclo diplobionte há uma predominância de células diploides, de modo que os gametas são as únicas células haploides observadas durante todas as etapas. Quanto à meiose, neste caso, ocorre no próprio organismo adulto dando origem aos gametas, por isso, ela é chamada de meiose gamética oufinal.
3. CICLO HAPLODIPLOBIONTE
Este é, finalmente, o ciclo que vai servir como modelo para que possamos estudar os ciclos reprodutivos dos grupos vegetais que vamos estudar nas próximas aulas. Ele é chamado de ciclo haplodiplobionte pois se comporta como uma mistura entre o ciclo haplobionte e o ciclo diplobionte. Portanto, encontramos duas gerações adultas nesse ciclo, uma haploide e outra diploide. Células da geração adulta haploide se dividem por mitose e produzem os gametas, que se unem na fecundação e formam um zigoto diploide. Este zigoto se desenvolve e dá origem à geração adulta diploide.
O adulto diploide possui células que entram em divisão meiótica e originam novamente células haploides, que chamamos de esporos. Os esporos germinam e, então, originam novos adultos haploides.
Neste ciclo, observamos um evento chamado de alternância de gerações, isto é, as duas gerações adultas se alternam no ciclo de modo que a geração diploide produza a geração haploide e vice-versa. A meiose, neste caso, é realizada no meio do ciclo e dá origem aos esporos, ela é chamada então de meiose espórica ou intermediária.