8 Dicas para Professores quanto ao Ensino Remoto

Essa publicação está disponível em vídeo no YouTube, para acessar, clique aqui.

 Olá, professores!

A pandemia do novo coronavírus trouxe mudanças na vida de todos no mundo, e aqui no Brasil, onde a nossa profissão é uma das mais criticadas e desgastantes quanto a adaptação profissional e prestação de serviços, é necessário compartilhar, além de incentivar o bom ânimo, formas e métodos de criar, montar e distribuir materiais de estudo para os alunos.

Está tudo muito desafiador, não mesmo, colega? Montar um PROJAC em casa, bancado do próprio bolso para a maioria de nós, e ainda ouvir queixas e críticas maldosas de quem, sequer um dia, esteve em uma sala de aula ou passou por uma mudança tão repentina, cercada de incertezas e que requer muito mais dedicação quando feito sozinho, que é o ensino online. Bem, olhe para nossa profissão: atualização acadêmica e tecnológica; cuidado à saúde mental; olhar compreensivo sobre a diversidade e individualidades... Essas e outras características que geram o aprimoramento contínuo são intrínsecas da arte e do compromisso de ensinar.

A pandemia sacudiu muitos produtos e serviços que precisaram ou ainda precisam se adaptar a uma logística, tirando muitos da zona de conforto e exigindo, além de resiliência, investimentos em recursos tecnológicos, criatividade e busca por capacitação.

Sem mais descrições do cenário que acomete o mundo, vamos às dicas para o ensino remoto e online:

1. Leia: leia muito, leia bastante, coisas que você gosta e que não gosta, livros para bibliografia da disciplina que leciona e de outros tipos, artigos diversos e gêneros literários diversos: ler diversos assuntos e temas nos proporciona uma ampliação da visão de mundo, criatividade e dinamismo;
2. Capacite-se: não espere da instituição oportunidades de se atualizar e de aprender algo novo; não faça um curso somente porque o trabalho exige, faça por você, que estará adquirindo e desenvolvendo conhecimento para melhorar a sua vida, não somente o seu trabalho;
3. Use softwares livres, sob licença Open Source: são gratuitos e páreos aos softwares pagos;
4. Crie materiais que sejam de fácil adequação midiática: monte roteiros das aulas, faça resumos, apresentações de slides, etc., e crie vídeos e áudios com eles, disponibilize todo o material aos alunos: por chats (WhatsApp, Messenger, Telegram, etc.), clouds (Google Drive, One Drive, One Box, etc.), online (blogs, postagens em redes sociais, videoaulas no Vímeo, no YouTube, etc), e mesmo impresso na instituição, pois a variedade midiática proporciona mais formas de compreensão e rompe com mais limites de acessibilidade ao conteúdo;
5. Organize seu tempo: setorize os dias em que monta aulas, produz os materiais, envia os materiais e responde às dúvidas. Não deixe que o trabalho suplante totalmente sua vivência, porque já está difícil para todos, e cada um precisa de um tempo para relaxar;
6. EM-PA-TI-A: como dito acima, está difícil para todos. Lembre-se de que não são todos os alunos que dispõem de estrutura familiar e de recursos para conseguir se adaptar imediatamente ou com solavancos a um novo método de ensino: eles também estavam acostumados com as apostilas e livros didáticos da escola, toda a estrutura física e social que ela proporciona, e está agora sem esse tipo de apoio... Conheça o perfil social dos seus alunos e trabalhe a criação do material focando sempre no aluno que tem maior dificuldade de acesso e menor respaldo familiar;
7. Analise novamente os materiais didáticos da instituição em que trabalha: muitos livros didáticos têm em seus rodapés e índices indicações de atividades online, para serem realizadas de modo impresso ou não, agilizando a obtenção de recursos didáticos;
8. Troque suas experiências:  a conversa sobre a prática docente e de fontes de material proporcionam dinamismo e aprimoramento profissional também.

Não sinta-se desanimado ou ressentido com essas dicas, pois sei o quanto é difícil criar materiais e cursos, encontrar diversos meios de difundi-los e formas de torná-los acessíveis, com uma família para cuidar e com poucos recursos para realizar esses trabalhos em "HD": estamos exauridos! A maioria de nós tem tirando leite de "rochas" sem o devido apoio das instituições, sejam públicas ou privadas! MAAAS, enquanto professores, compartilhamos o conhecimento, e o conhecimento muda a vida das pessoas... Colega: somos agentes transformadores da humanidade! Até que nos chegue a vacina, vamos nos cuidar para atravessar essa pandemia suprindo o melhor possível aos nosso alunos, e não nos esqueçamos que, apesar de sermos os guias da trilha, quem dita o ritmo é o mais limitado, e para acelerar o passo, é necessário proporcionar condições ao mais limitado, e não arrastá-lo em uma padiola.

O conhecimento não compartilhado é inútil... Então, até a próxima oportunidade de compartilhar o conhecimento!