
Tay-Sachs, a doença dos Judeus Asquenazis

em 11 de Abril de 2025
A histologia é a ciência que estuda os tecidos biológicos desde a sua formação (origem), estruturas (tipos diferenciados de células) e funcionamento.
Definição – são células com determinado tipo de especialização que se organizam em grupos, constituindo os tecidos. Os tecidos podem ser formados por células que possuem a mesma estrutura; ou por células que possuem diferentes formas e funções , porém quando juntas colaboram na realização de uma função geral maior.
Tipos – Nos animais vertebrados há quatro grandes grupos de tecido: o muscular, o nervoso, o conjuntivo (o qual abrange o tecido ósseo, cartilaginoso e sanguíneo), e o epitelial.
Origem – Todos os tecidos presentes no vertebrados adultos são formados a partir de três tipos de folhetos germinativos:
Epiderme e anexos cutâneos (pêlos e glândulas mucosas);
Todas as estruturas do sistema nervoso (encéfalo, nervos, gânglios nervosos e medula espinhal);
Epitélio de revestimento das cavidades nasais, bucal e anal.
Forma a camada interna da pele (derme);
Músculos lisos e esqueléticos;
Sistema circulatório (coração, vasos sangüíneos, tecido linfático, tecido conjuntivo);
Sistema esquelético (ossos e cartilagem);
Sistema excretor e reprodutor (órgãos genitais, rins, uretra, bexiga e gônadas).
Epitélio de revestimento e glândulas do trato digestivo, com exceção da cavidade oral e anal;
Sistema respiratório (pulmão);
Fígado e pâncreas.
Tecido epitelial
O tecido epitelial desempenha várias funções no organismo, como proteção do corpo (pele), absorção de substâncias úteis (epitélio do intestino) e percepção de sensações (pele), dependendo do órgão aonde se localizam.
Esse tecido possui células perfeitamente justapostas, unidas por pequena quantidade de material cimentante, com pouquíssimo espaço intercelular. Os epitélios não são vascularizados e não sangram quando feridos. A nutrição das células se faz por difusão a partir dos capilares existentes em outro tecido, o conjuntivo, adjacente ao epitélio a ele ligado. O arranjo das células epiteliais pode ser comparado ao de ladrilhos ou tijolos bem encaixados.
O tecido epitelial pode ser subdivido pelos tipos: simples escamoso, simples cúbico, simples colunar, estratificados escamoso, estratificado cúbico, pseudoestratificado colunar, e transitorial.
Os epitélios ainda podem ser classificados quanto ao número de células:
Quanto à forma das células, os epitélios podem ser classificados em:
OBS.: No epitélio que reveste a bexiga, a forma das células é originalmente cúbica, mas elas se tornam achatadas quando submetidas ao estiramento causado pela dilatação do órgão. Por isso, esse tipo de epitélio é de denominado, por alguns autores, epitélio de transição.
Os tecidos epiteliais, são ainda classificados em dois tipos principais: epitélios de revestimento e epitélios glandulares. O epitélio de revestimento funciona como uma membrana que isola o organismo, ou parte dele, do meio externo. Está relacionado ao revestimento e proteção de superfícies externas (por exemplo, na pele) e internas (por exemplo, no estômago). Atua, também, na absorção de substâncias, na secreção de diversos produtos, na remoção de impurezas e pode conter vários tipos de receptores sensoriais (notadamente na pele).
Já o tecido epitelial glandular produz substâncias chamadas secreções, que podem ser utilizadas e outras partes do corpo ou eliminadas do organismo. Essas secreções podem ser:
As glândulas podem ser unicelulares, como a glândula caliciforme (que ocorre por exemplo, no epitélio da traquéia), ou multicelulares, como a maioria das glândulas.
Tecido conjuntivo
Os tecidos conjuntivos tem origem mesodérmica. Caracterizam-se morfologicamente por apresentarem diversos tipos de células imersas em grande quantidade de material extracelular, substância amorfa ou matriz, que é sintetizado pelas próprias células do tecido.
A matriz é uma massa amorfa, de aspecto gelatinoso e transparente. É constituída principalmente por água e glicoproteínas e uma parte fibrosa, de natureza protéica, as fibras do conjuntivo.
As células conjuntivas são de diversos tipos. As principais são os fibroblastos, os macrófagos, os mastócitos e os plasmócitos.
Os diferentes tipos de tecido conjuntivo estão amplamente distribuídos pelo corpo, podendo desempenhar funções de preenchimento de espaços entre órgãos, função de sustentação, função de defesa e função de nutrição.
A classificação desses tecidos baseia-se na composição de suas células e na proporção relativa entre os elementos da matriz extracelular. Os principais tipos de tecidos conjuntivos são:
Tecido muscular
Os tecidos musculares são de origem mesodérmica e relacionam-se com a locomoção e outros movimentos do corpo, como a contração dos órgãos do tubo digestório, do coração e das artérias.
As células dos tecidos musculares são alongadas e recebem o nome de fibras musculares ou miócitos. Em seu citoplasma, são ricas em dois tipos de filamento protéico: os de actina e os de miosina, responsáveis pela grande capacidade de contração e distensão dessas células. Quando um músculo é estimulado a se contrair, os filamentos de actina deslizam entre os filamentos de miosina. A célula diminui em tamanho, caracterizando a contração.
Tipos de tecido muscular
Há três tipos de tecido muscular:
Cada um deles tem características próprias, adequadas ao papel que desempenham no organismo.
Tecido nervoso
Formado por células que constituem o sistema nervoso central e periférico (o cérebro, a medula espinhal e os nervos). Embora sejam os músculos que respondem aos estímulos, é o tecido nervoso o responsável por sua recepção e escolha da resposta adequada.
O tecido nervoso tem origem ectodérmica, nele a substância intercelular praticamente não existe. Os principais componentes celulares são os neurônios e as células da glia.
As células da glia ou neuroglia são vários tipos celulares relacionados com a sustentação e a nutrição dos neurônios, com a produção de mielina e com a fagocitose.
Os neurônios, ou células nervosas, têm a propriedade de receber e transmitir estímulos nervosos, permitindo ao organismo responder a alteração do meio. Os neurônios são alongados, podendo atingir, em alguns casos, cerca de 1 metro de comprimento, como nos neurônios que se estendem desde nossas costas até o pé. São células formadas por um corpo celular ou pericário, de onde partem dois tipos de prolongamento: dendritos e axônio.
Referências
JUNQUEIRA, L. C. U.; CARNEIRO, J. Histologia básica. 11 ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2012.
HISTOLOGIA. 2015. Disponível em: <http://www.sobiologia.com.br/conteudos/Histologia/epitelio.php>. Acesso em: 02 mar. 2015.