Este artigo discute como ferramentas digitais vêm transformando a forma de ensinar e praticar a escrita em inglês como segunda língua. São analisados os benefícios do uso de blogs, documentos compartilhados, corretores automáticos e plataformas de IA para o desenvolvimento da competência escrita.
O ensino da escrita em inglês tem se beneficiado significativamente do avanço das tecnologias digitais. Ferramentas como Google Docs, Padlet, Grammarly, blogs e até assistentes de IA (como chatbots e corretores inteligentes) oferecem novas formas de praticar, revisar e compartilhar textos.
Blogs, por exemplo, estimulam a escrita em contexto real e público, o que aumenta o senso de responsabilidade do aluno sobre o que escreve. Já os editores colaborativos, como o Google Docs, favorecem a escrita em pares ou grupos, com possibilidade de revisão simultânea e feedback em tempo real.
Plataformas como Grammarly ajudam alunos a identificar erros gramaticais e sugerem reformulações, promovendo a autonomia e a autocorreção. Recentemente, ferramentas baseadas em inteligência artificial também passaram a ser utilizadas para estimular reescritas, ampliar vocabulário e gerar modelos textuais com base nas produções do aluno.
Contudo, é importante que o professor oriente o uso crítico dessas ferramentas, evitando dependência excessiva ou uso passivo. Como ressalta Warschauer (2010), a tecnologia deve ser um meio para o desenvolvimento linguístico e não um atalho para evitar o esforço cognitivo envolvido no ato de escrever.
Referências Bibliográficas:
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Warschauer, M. (2010). Inviting change: Writing in the digital age. Journal of Second Language Writing, 19(4), 243-245.
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Godwin-Jones, R. (2018). Second language writing online: An update. Language Learning & Technology, 22(1), 1–15.
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Boulton, A., & Cobb, T. (2017). Corpus use in language learning: A meta-analysis. Language Learning, 67(2), 348–393.
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Kessler, G. (2013). Collaborative language learning in co-constructed participatory culture. CALICO Journal, 30(3), 307–322.