
Ludicidade no ensino de Física

em 19 de Maio de 2021
É necessário levar uma física real e palpável às crianças e adolescentes, de modo que elas enxerguem os fenômenos que acontecem no seu cotidiano. Desse modo, ao aprenderem, mais à frente, o método científico (leis e teorias, por exemplo), o verão como um aprofundamento de um conteúdo que já são capazes de observar. A física deve dar explicações racionais para o universo que nos cerca, porém compatíveis com o desenvolvimento e a maturidade do estudante. O ser humano, naturalmente, tem a cultura experimental (experimentação espontânea). Cabe ao educador, com amparo da metodologia, reconstruir este conhecimento socialmente adquirido, aproximando-a do método científico (experimentação científica).
A troca de ideias e experiências entre os estudantes também se mostra eficaz no processo de desenvolvimento do raciocínio, bem como na compreensão dos temas e problemas apresentados ao aluno. O intercâmbio de conhecimento entre os próprios estudantes, e a posição do professor, que é visto não como o único detentor do conhecimento, e sim como um incentivador, orientador. Em termos práticos, ao invés do educador apresentar desde já a teoria e, depois, demonstrar sua aplicação prática, um processo onde há um convencimento do alunado, a proposta seja inversa, a saber: que se proponha um desafio cujo processo de solução envolve desenvolver teorias e explicações por parte dos estudantes. O conhecimento, assim, passa a ser construído pelo próprio aluno, que se mostrará mais disposto a, em seguida, entender a ciência por trás do empirismo.
Em sequência, pode-se considerar a compreensão do papel das atividades no ensino das ciências. Sob a perspectiva construtivista, a apresentação de um problema pelo professor aos alunos é um método muito eficaz de fazer com que eles se envolvam com a matéria. O objetivo é que enxerguem, não de maneira meramente contemplativa (mera reprodução), mas reflitam e busquem maiores explicações sobre o tema proposto, expressando suas ideias e percepções, constituindo verdadeira investigação científica.
Despertar a curiosidade e o interesse do alunado, para que possam alcançar o binômio de Piaget: fazer e compreender. Que eles façam seus experimentos e, com o conhecimento científico (função do professor de incentivar as explicações causais), passem a compreender o fenômeno por inteiro, conceituando-o.
Por fim, a interdisciplinaridade também é necessária. Para melhor compreensão de um tema, faz-se necessário que o estudante retrate, descreva suas descobertas. Aqui, tem-se terreno fecundo para o desenvolvimento da língua portuguesa (no caso), na medida em que ao descrever processos físicos muitas vezes o estudante precisará aprender novas palavras, expressões, ampliando assim o seu vocabulário e o domínio da língua materna. Frente ao exposto propõe novos métodos de aprendizado, que incluem uma mudança não apenas na abordagem do professor, mas da percepção da sua função como propagador e incentivador do conhecimento científico.
Adorei o texto! Bem na pegada maker que as escolas estão adotando.