O papel do Gerente Financeiro e do Controller
Por: Diego D.
16 de Junho de 2017

O papel do Gerente Financeiro e do Controller

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O papel do Gerente Financeiro e do Controller

 

Financeiro | Controladoria | Administrativo | Comércio Exterior |

 

Quero destacar a importância de dois profissionais muito requisitados e valorizados em tempos de crise. O profissional de Finanças e o de Controladoria. Independente do nível hierárquico, quer seja diretor, gerente ou coordenador, faz-se necessário nos dias de hoje que o empresário ou sócio ou diretor foque suas forças e energias no objetivo fim da empresa, e delegue decisões do dia a dia a estes dois importantes profissionais, sem deixar de convidá-los a participar das decisões estratégicas, pois estes dois certamente detêm dados e informações cruciais para um bom planejamento financeiro de curto, médio e longo prazo.

 Cada vez mais a área financeira se torna importante e estratégica. O líder financeiro (seja C.F.O., Gerente, Diretor, Gestor, Coordenador, enfim não importa o título) em seu papel de planejar, dirigir e coordenar operações financeiras da empresa deve estabelecer como seu principal objetivo o de assegurar que a disposição dos meios financeiros necessários para o desenvolvimento da organização sejam utilizados racionalmente.

Há tempos se tornou uma tendência o enfoque da gestão financeira nas organizações, mudando a antiga postura passiva de coleta de dados e informações financeiras, para a análise dos cenários, simulação de novas situações e previsões, além de criação de inteligência capaz de apresentar soluções e impulsionar melhorias. Com este novo perfil e ferramentas adequadas, o executivo financeiro deve ser capaz de entender todo o ambiente da empresa, inclusive os elementos das áreas comerciais e produtivas, tornando-se peça fundamental de uma área crucial e importantíssima para o comando das operações da empresa.

Portanto este profissional deve também receber e interpretar com mais rapidez as informações externas e internas, e se responderem a elas de forma rápida e embasada, será mais fácil descobrir onde a empresa está ganhando ou perdendo dinheiro, onde e quando seria melhor e mais inteligente investir e em quais caminhos a empresa deve ou não seguir.

Boa parte destas atribuições, principalmente as de cunho estatístico, podem ser direcionadas ao Controller. Ao organizar e reportar dados relevantes, ele exerce uma força ou influência que induz todos os outros os gerentes a tomarem decisões lógicas consistentes em prol de cumprir a missão e objetivos da empresa. O campo coberto pela Controladoria e tão vasto que nenhuma definição breve pode dar uma ideia da real natureza da função da mesma. As obrigações do Controller podem variar de empresa para empresa de acordo com as atribuições que lhe são delegadas.

O tamanho, forma de constituição e até o tipo de negócio da empresa pode influenciar na definição da atuação do Controller. Em empresas menores ele muitas vezes é responsável por área como contabilidade, auditoria e informática. Já em outras maiores ele pode responder pela área de Planejamento Tributária e Auditoria, em algumas empresas estas citadas áreas podem ser subordinadas do Diretor ou Gerente Financeiro.

Eu já vi empresas onde o Controller desempenhava o papel de Gestor Financeiro, em outras por sua vez, tanto o Gerente Financeiro quanto o Controller respondiam ao diretamente ao CFO. Ou seja, não há uma regra geral para alocação do Controller no organograma funcional da empresa.

O papel de Controller existe há muito tempo no mundo. Há relatos que no Egito antigo existia uma função semelhante, que controlava os estoques das provisões e respondia diretamente aos Faraós. É claro que muita coisa mudou daquele tempo até hoje, e dentre diversas definições (ou tentativas) de Controladoria, destacam-se duas escolas:

  • Escola Europeia: onde o Controller é mais um elemento de staff responsável pelo arremate dos demonstrativos contábeis e relatórios de informação gerencial e estatísticos.
  • Escola Americana: na qual o Controller é o principal responsável pela áreas de Contabilidade, Custos e Orçamentos, Relatórios Financeiros e às vezes Auditoria.

O fato curioso e que em muitas empresas não há o executivo com o título de Controller. Em tais casos as responsabilidades inerentes a esse profissional são assumidas por outros profissionais, principalmente Diretor Financeiro, Gerente Financeiro ou Gerente Administrativo Financeiro e até mesmo pelo Contador.

Talvez amigo leitor, você pode estar vislumbrando suas atribuições aqui sem ter o cargo ou título de Controller. Ou seja, você pode ser um Controller sem saber. Isto é perfeitamente normal e até comum. As tarefas comumente atribuídas a este profissional sempre existiram, diluídas entre os já citados cargos ou não.

Igualmente comum é encontrarmos trabalhos de rotina atribuídos ao Controller, porém isso o afasta do seu real intuito.

Outra situação corriqueira é atribuir a profissionais voltados à Produção, o título de Controller. Quer seja pela necessidade de se instalar um Gestor Geral em uma planta ou filial, quer seja pela necessidade de assessorar o Gerente ou Diretor da Fábrica com um profissional que seja capaz de análises, cálculos e gerenciamentos financeiros, de custos e tributos. Já presenciei casos de anúncios de vagas de "Plant Controller", para os quais foram enviados inúmeros Currículos de profissionais financeiros e contabilistas, mas na verdade a empresa queria um Gerente Industrial.

Problemas podem surgir quando uma empresa que já tem um Controller resolve instituir uma posição do nível CFO, para cuidar de funções classicamente atribuídas a este profissional, como manter a linhas de crédito, gerenciamento do caixa, limites de crédito por cliente, relacionamento com investidores, orçamentos anuais, etc. A chegada deste CFO nestas empresas que não possuíam tal cargo pode gerar algum conflito interno com o Controller, visto que a figura do CFO muitas vezes coordena e assume responsabilidade direta sobre o trabalho do Controller. Assim se não houver prévia definição, e principalmente sinergia e cooperação entre esses dois profissionais fatalmente conflitos entre os dois surgirão, o que será ruim para a empresa.

De qualquer forma fica a dica dada no começo do artigo. Se possível mantenha em sua Empresa um pragmático e comprometido profissional na área financeira e um analítico e eficiente profissional na área de controladoria, ambos em nível Gerencial. Isso vai assegurar um crescimento muito mais sólido e certamente evitar perdas e fracassos.

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