Anisaquíase
Por: Diliagni M.
09 de Dezembro de 2018

Anisaquíase

Medicina Parasitologia
Anisaquíase O Sushi, é um prato de origem japonês baseado em arroz, que geralmente se acompanha salmão, sésamo ou Truta, dependendo dos gostos este pode estar cru ou esfumeado, temperado com vinagre de arroz, açúcar, sal e outros ingredientes, como verduras peixes, mariscos, É um dos pratos mais reconhecidos da gastronomia japonesa e também um dos mais reconhecido e degustado internacionalmente. Geralmente costumamos associar o Sushi com peixes e mariscos, mas este também pode levar ovos, verduras, ou quaisquer outros ingredientes acompanhantes, importante lembrar que esses produtos não necessariamente precisam ser sempre crus, na receita também pode ser inclusas preparações fervidas, fritas, ou marinadas que por certo eu adoro estas ultimas, mas esse não é o assunto. Existe uma grande variedade de acompanhamento de Sushi internacionalmente que geralmente varia de uma região a outra sendo adaptados acompanhamentos típicos dependendo dos frutos do mar e peixes mais frequentes em cada determinada região. Mesmo assim as diferentes regiões evita o uso de peixes de agua doce nas preparações devido ao seu alto índice de infeção por Salmonela, mas o assunto hoje não é com a Salmonela não e sim com uma parasita que vive no estômago de muitos dos peixes que tradicionalmente são usados na preparação do tão delicioso Sushi. Agora não precisa ficar apavorado né! e nem parar de consumir Sushi, é só ler o artigo ate o final para assim descobrir as formas de contaminação, como prevenir a infeção, quais são os principais sintomas e o que fazer em caso da presencia de algumas das manifestações clinicas descritas. Mas no fim o que é Anisaquíase: É uma infecção causada por larvas de vermes do gênero Anisakis e por gêneros relacionados, como Pseudoterranova. A infecção é adquirida pela ingestão de peixe de água salgada cru ou malcozido; as larvas se escondem na mucosa do trato gastrointestinal (GI), causando desconforto. A doença manifesta-se por cólicas abdominais e vômitos. A larva pode causar ulceras na parede do estômago com náusea, vômitos e dores epigástricas. As larvas podem migrar para a parte superior atacando a orofaringe e causando tosse. No intestino delgado, elas causam abscessos eosinofílicos. Com o tempo, pode haver perfuração da cavidade peritoneal. Raramente as larvas atingem o intestino grosso. A ocorrência desta doença é comum no Japão devido aos sushis e sashimis, também comum na Holanda, na Escandinávia e na costa do Pacífico da América Latina. No Brasil não há notificação de casos, embora tenha estudos mostrando a existência de peixes contaminados como o dourado, anchova, pargo e peixe-espada na costa brasileira, especialmente no litoral nordeste. Suspeita-se que muitos casos não estejam sendo detectados. Forma de contaminação Anisakis o também descritos em algumas bibliografias como ; “O gusano do Sushi,” é uma larva tão fina quanto uma linha, podendo medir de 2 a 3 centímetros de comprimento; é um parasita do trato GI de mamíferos marinhos( Cavala, Salmón, Lula, Pargo) . Ovos excretados evoluem e liberam larvas de nado livre, que são ingeridas por peixes e lulas; a infecção humana é adquirida pela ingestão desses hospedeiros intermediários crus ou malcozidos. Assim, a infecção é particularmente comum em locais e culturas em que tradicionalmente há consumo de peixe. As larvas se escondem no estômago e no intestino delgado. Os salmões de cativeiro são alimentados apenas com ração que passa por inspeção, logo as infecções são mais incomuns. Contudo, salmões que vivem na natureza podem estar infestados. Uma pesquisa do instituto de Saúde Pública de Hokkaido mostra que 100% dos salmões estudados que viviam na natureza eram infestados pela larva. Entre as principais manifestações clinicas são destaque: Uma vez que este chega ou estomago será preciso só algumas semanas para que este cresça e apareçam as primeiras moléstias, dentro das mais frequentes se descrevem; Dor abdominal, acompanhada de náuseas e vômitos; a infecção intestinal pode evoluir com uma massa inflamatória, que provoca sintomas semelhantes aos da doença de Crohn. Autores descrevem que as primeiras manifestações começam com uma sensação de formigamento na garganta e na primeira porção do estomago, que geralmente a maioria das pessoas não percebe, pois isto acontece no momento em que está sendo consumido o alimento e é por um período muito breve, já que este sintoma permanece só durante alguns segundos; é descrito que horas depois os sintomas podem ser mais intensos dados por: dor intenso no intestino que pode estar acompanhado de náuseas intensas, mas será só isso, pois a larva estará com tamanho insuficiente para causar maiores prejuízos em caso de não ser diagnosticado e tratado precocemente; podendo danificar a parede do estômago e intestino caso entre no organismo humano. Os doentes alérgicos a Anisakis, eczema também presentes na pele e, em casos extremos, pode atingir o choque anafilático . De acordo com as estimativas do Instituto Nacional de Doenças Infecciosas, são registrados mais de7 mil pacientes todos os anos. Medidas preventivas O Instituto de Saúde Pública de Hokkaido aconselha a todos pensarem que não existe nenhum tipo de peixe que não possa ser infectado pela larva. É muito importante que o peixe seja congelado ou aquecido. Principalmente no caso daqueles comprados em lojas de peixes frescos ou peixes pescados pela própria pessoa. No caso de ser congelado é necessário que seja por mais de 24 horas à temperatura de -20ºC. É importante que todas as partes internas do peixe sejam completamente congeladas para o Anisakis morrer. É necessário que o peixe seja aquecido – frito, cozido ou assado – a uma temperatura superior a 70ºC. Não basta apenas flambar a superfície do peixe. Como o sashimi é um alimento pouco mastigado na maioria das vezes, os órgãos especializados não recomendam a mastigação como um meio de prevenção, mesmo que muitos possam morrer durante o processo de mastigação também existe o risco de as larvas ficarem entre os dentes. Smith e Wootten (1975) demonstraram que a evisceração imediata do peixe no mar diminui a probabilidade de migração post mortem das larvas de Anisakis para os músculos e que esta ocorre apenas nos peixes gordos. Porém, Silva e Eiras (2003), num estudo realizado em peixes da Costa portuguesa, verificaram haver migração post mortem de parasitas para o músculo do peixe, mas sem relação com o teor lipídico da carne (o seja nada a ver se o peixe era gordo ou não) Diagnóstico • Endoscopia digestiva alta Geralmente o diagnóstico é feito por meio de endoscopia por via alta; o exame de fezes não é útil, mas um teste sorológico está disponível em alguns países. A infecção se resolve de forma espontânea, na maioria das vezes depois de algumas semanas, e raramente persiste por meses. A remoção endoscópica das larvas é curativa. Tratamento Natural De acordo com estudos realizados pela Universidade de Granada, o alho (A. sativum ) é útil contra as larvas em nível vitro. As infusões de gengibre e( Nux vômica) tratamento homeopatia pode ajudar a infecção Anisakis . Existe também tratamento farmacológico que revela resultado muito eficaz. Mas em todos os casos, recomendamos consultar o seu médico, terapeuta ou outro profissional de saúde qualificado, pois sempre é importante uma avaliação eficaz com o fim de obter um diagnostico precoce adequado e evitar possíveis complicações. Conclusões: Em fim não podemos negar o maravilhoso das delicias do mar, sem duvidas é um universo ainda cheio de mistérios por conhecer. Mas sempre devemos ser muito cautelosos com os alimentos a consumir para garantir sempre melhor qualidade de vida. Se você é dos que ama Sushi não é para parar de comer de jeito nenhum, mas: Certifique-se antes da procedência dos alimentos que vai consumir. Comprar sempre esse tipo de alimentos em centros que passeiam registro sanitário de alimentos. É muito importante que sempre antes a presencia de qualquer sintoma você procure ajuda de profissional qualificado. Lembre que a melhor medicina é a preventiva. Estas são só algumas medidas que podem ajudar na prevenção de esta e algumas outras doenças, assim como também evitar complicações para sua saúde. Dra. DILIAGNI TELLEZ MATOS. ESP CLINICA GERAL.
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Doenças Infecciosas Semiologia Médica Diabetes
Especialização: Licenciatura em Fisica - Ciências (INSTITUTO SUPERIOR PEDAGÓGICO FRANK PAÍS )
Medico clinico geral! Professora de língua espanhola (nativo) e anatomia humana com mais de 10 anos de experiencia internacional.
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