Indicadores Financeiros (liquidez)

O objetivo desse artigo é de apresentar os principais indicadores utilizados para análise da capacidade de pagamento das empresas. Esse conjunto de indicadores são chamados de índices de liquidez. A seguir segue um trecho de um trabalho recente apresentado no meio acadêmico e que pode servir como introdução para discussão do tema e que está dentro de um escopo maior: análise das demonstrações contábeis.

Em relação aos índices de liquidez, Neves e Viceconti (2004, p.462) afirma que o objetivo desses indicadores é de "avaliar a capacidade financeira da empresa, para satisfazer compromissos de pagamentos com terceiros".

Os índices de liquidez são compostos por diversas subcategorias, o presente trabalho apresentará os principais deles, tais como:

·        Índice de Liquidez Geral (ILG);

·        Índice de Liquidez Corrente (ILC);

·        Índice de Liquidez Seca (ILS);

·        Índice de Liquidez Imediata (ILI).

A interpretação a ser dada na análise das empresas utilizando os conceitos desse conjunto de índices de liquidez é que quanto maior, melhor.

Índice de Liquidez Geral (ILG):

Em relação ao índice de liquidez geral (LG), de acordo com Martins, Miranda e Diniz (2014, p.128),

O índice de liquidez geral mostra o quanto a empresa possui de recursos de curto prazo e de longo prazo (ativo circulante + realizável a longo prazo) para cada real de dívidas de curto e longo prazo (passivo circulante + passivo não circulante).

A fórmula para se calcular o índice de liquidez geral é:

Índice de Liquidez Corrente (ILC):

Já o índice de liquidez corrente, segundo Matarazzo (2010, p.102) "indica: quanto a empresa possui no Ativo Circulante para cada 1,00 de Passivo Circulante".

Em outras palavras, o ILC indica a capacidade de pagamento que a empresa tem para as dívidas de curto prazo, uma vez quem faz uma relação entre o ativo circulante e o passivo circulante.

A fórmula para se calcular o índice de liquidez corrente é:

Índice de Liquidez Seca (ILS):

Outro índice de liquidez bastante utilizado é o índice de liquidez seca. Este se diferencia do ILC pelo fato de exclui da análise os valores dos estoques.

De acordo com Gitman (2004, p.46), O índice de liquidez seca é semelhante ao índice de liquidez corrente, exceto pelo fato de exclui os estoques, geralmente os ativos circulantes menos líquidos de todos. A comum baixa liquidez dos estoques resulta basicamente de dois fatores: (1) muitos tipos de estoques não podem ser vendidos com facilidade porque são itens parcialmente acabados e/ou têm finalidades específicas; (2) o produto estocado é normalmente vendido a prazo, o que significa que se transforma em contas a receber antes de ser convertido em caixa.

O índice de liquidez seca se calcula da seguinte forma:

Índice de Liquidez Imediata (ILI):

Em relação ao índice de liquidez imediata (ILI), segundo Callado e Callado (2009, p.33), este índice "tem o objetivo de ilustrar a liquidez de uma empresa através da relação existente entre as disponibilidades (D) contidas no Ativo Circulante em face de suas obrigações de curto prazo que compõem o Passivo Circulante".

Para calcular o ILI deve-se usar a seguinte relação:

Observação: Basicamente, considera-se como disponibilidades os valores representados pelas contas de caixa e equivalentes de caixa.

Nos próximos artigos serão apresentados outros índices que suportam a análise das demonstrações contábeis, como por exemplo, os indicadores de endividamento e de rentabilidade. Onde é possível, juntamente com os índices de liquidez, gerar um diagnóstico, mesmo que preliminar, da situação econômico-financeira da empresa analisada.

Esse forma de análise é bastante utilizada pelos analistas do mercado de capitais. Pois, as empresas de capital aberto disponibilizam de forma padronizada os seus demonstrativos financeiros para que os usuários interessados possam interpretar os dados e tomar decisões de investimentos.

Até o próximo artigo!