A exposição dos servidores da saúde apresenta maior incidência aos riscos físicos e biológicos que podem gerar acidentes no transcorrer das atividades .De acordo com Melo (2010) os principais fatores que ocorrem os acidentes de trabalho com a equipe de saúde são situações, procedimentos, condutas ou eventos que podem implicar em efeito negativo, causando dano ao usuário do serviço, ao trabalhador, ao ambiente e ao estabelecimento, a cobrança de agilidade e procedimentos com os clientes em tempo reduzido, evidenciado ao cansaço físico por causa de sua jornada de trabalho e as rotinas diárias, o cansaço mental relacionado ao esgotamento emocional, os conflitos, a cobrança da pró atividade, quando a instituição não fornece os equipamentos individuais para executar suas tarefas e a inexperiências profissionais das habilidades do serviço.
Conforme Soares (2016), acidente com material biológico consiste na exposição de uma pessoa a sangue ou secreções através da pele, das mucosas (olhos, boca e nariz) ou de lesão perfuro-cortantes com agulhas, instrumentos cirúrgicos e vidros contendo secreção há a possibilidade de estar infectado pelos vírus da hepatite B e C e do HIV devendo, o colaborador deve ser orientado e/ou buscar atendimento imediatamente para esclarecimento do incidente. No transcorrer dos procedimentos assistenciais de acordo com Freiberger e Duarte (2021) os acidentes de trabalho com material biológico e/ou perfuro-cortantes são predominante entre os trabalhadores de saúde por exemplo na tricotomia , a troca de curativos, coletas de exames, punções venosas, administração de medicamentos, instrumentação cirúrgica, passagem sondas, coletas de exames, aspiração, situações de emergência e utilização inapropriado do equipamento de proteção individual.
Segundo Brito e Ferreira, (2021) o risco físico é a exposição aos explosivos, radiações, temperaturas extremas, energia, ambiente. Sendo os acidentes de risco físico são as Lesões como osteomúsculo-articulares por má postura, a ocorrência da contusão pode ocorre na realização do banho de leito, na mudança de decúbito de forma inadequada, durante a troca de cama com paciente obeso ou mobilidade prejudicada, ferimentos perfurocortocontusos, lacerações, quedas quando foi realizada a limpeza e não foi colocada a sinalização de piso molhado, revestimento em condições precárias, cansaço físico ,uso de calçado não adequado para o ambiente de trabalho, que foi analisado no estudo de Ribeiro e Shimizu, (2007) os acidentes de trabalho na prestação da assistência no ambiente hospitalar o resultado foi que os horários de ocorrência de acidentes nos períodos matutino 6h às 12h = 33%, vespertino 12h a 18h = 25%, noturno 18h a 24h = 14%, madrugada 0h a 6h = 2%.
O desenvolvimento dos profissionais da saúde evidencia a necessidade dessa temática , por que a qualificação influência no comportamento desses trabalhadores na execução dos serviços prestados na qualidade, assistência de saúde e segurança do paciente como evitar algumas situações de não uso dos equipamentos por motivos de condições de trabalho muitas vezes inadequadas , negligência, imprudência , imperícia pela falta de responsabilidade desses profissionais e dimensionamento inadequado. Entretanto demonstrou a importância da instituição em investir nas estratégias de prevenção e redução de acidentes dos trabalhadores, disponibilizar os equipamentos coletivos e os equipamentos individuais, orientar as medidas nos casos de acidentes e uso correto do coquetel em casos de acidentes biológicos, pois os empregadores também têm a obrigação de orientar sobre a importância da prevenção dos acidentes, é fundamento a utilização dos equipamentos individuais durante os procedimentos para não transmitir , o descarte de maneira correta do materiais utilizados, verificar as condições de uso dos materiais.
BRITO, Rayane Silva; FERREIRA, Sônia Maria Isabel Lopes. Riscos ocupacionais entre os profissionais de saúde do serviço de atendimento movél de urgência: uma revisão integrativa. Saúde Coletiva (Barueri), v. 11, n. 64, p. 5798-5813, 2021.
FREIBERGER, Alissia Maria; DUARTE, Edésio Pacheco. Acidentes de trabalho e doenças ocupacionais notificados no Hospital Universitário Santa Terezinha–HUST, de janeiro de 2011 a março de 2021. Anuário Pesquisa e Extensão Unoesc Joaçaba, v. 6, p. e29629-e29629, 2021.
FREIRE, Mariana Nascimento; COSTA, Emanuele Rosados. Qualidade de vida dos profissionais de enfermagem no ambiente de trabalho. Revista enfermagem contemporânea, v. 5, n. 1, 2016.
MELO., Raimundo Simão de. Direito ambiental do trabalho e a saúde do trabalhador:: responsabilidades legais, dano material, dano moral, dano estético, indenização pela perda de uma chance, prescrição. 4. ed. São Paulo: Ltr, 2010. 598 p. (9788536114880).
RIBEIRO, Emílio José Gonçalves; SHIMIZU, Helena Eri. Acidentes de trabalho com trabalhadores de enfermagem. Revista Brasileira de Enfermagem, v. 60, p. 535-540, 2007.
Soares, Leonardo Fabrício Gomes. ACIDENTES OCUPACIONAIS COM MATERIAL BIOLÓGICO NA ESF AEROPORTO–UMA ABORDAGEM PREVENTIVA. 2016.disponível em https://ares.unasus.gov.br/acervo/handle/ARES/6144 acessado em 29/12/2021 às 15h03min horas.
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