Autismo
Por: Flávia P.
08 de Março de 2022

Autismo

TRANSTORNO DO ESPECTRO AUTISTA

Enfermagem Ensino Superior Curso Superior Profissional

 

O que é o autismo?

 

É uma condição do neurodesenvolvimento que acomete o sistema nervoso central (SNC), que apresenta graves problemas de comunicação, comprometimento das interações sociais e comportamentos estereotipados. Caracterizado por um conjunto de condições complexas, difusas e multifatoriais do desenvolvimento. O autismo é concebido como uma forma de funcionamento singular.  1 em cada 100 pessoas possuem o transtorno.

 

Na década de 80, foram observados através da neuroanatomia dos portadores de autismo alterações no lobo frontal, lobo temporal, tálamo, gânglio de base, cerebelo, córtex cerebral e sistema límbico. A redução na densidade das fibras na substância branca do cérebro dos portadores de autismo, relacionada à contagem dos axônios, principalmente no corpo caloso, resultando em maior comprometimento das aptidões sociais. 

Na atividade cerebral em repouso foram observadas, diversas situações como: ativação atípica no córtex pré-frontal, nos giros frontal superior, temporais, médios e superior dos portadores do espectro autista, além de transmissões insuficientes entre as regiões do cérebro. 



Principal traço do autismo: Dificuldades em estabelecer relações com pessoas e situações.

 

Tríade do transtorno do espectro autista: Comunicação, interação social, comportamento.

 

Etiologia: pouco se conhece sobre o mecanismo causal subjacente a esse complexo transtorno, mas sabe-se que o transtorno do espectro autista - TEA, é fortemente associado por fatores genéticos  e ambientais.

Exemplos: Asfixia, infecções virais ou bacterianas durante a gestação, agentes teratogênicos,técnicas abortivas, baixo peso e prematuridade ao nascer, síndrome do X-frágil. 

 

Sinais/sintomas sociais: 

déficit na reciprocidade sócio emocional, o indivíduo tem dificuldade para estabelecer comunicação satisfatória, redução no compartilhamento de emoções e afeto. A criança apresentará dificuldade seja para iniciar  ou corresponder interações sociais. 

Dificuldade na comunicação não-verbal;

Apresenta contato visual e linguagem corporal peculiares - chegando a não demonstrar expressões faciais;

Inabilidade lúdica;

redução nas percepções dos brinquedos e ambientais;

comportamentos restritos e repetitivos;

comportamentos estereotipados(repetições e rituais linguísticos, motores e até de posturas);

ecolalia(repetição de palavras ou frases ouvidas);

inversão de pronomes( a criança refere a si mesma na 3ª pessoa;

comportamento motor repetitivo( como uma forma de acalmar-se);

padrões ritualizados( realizar sempre o mesmo caminho, rituais de saudação);

interesse fixo em um único tema(anormal quanto a sua intensidade e foco);

comportamentos hipo ou hiperativos(quando há diferentes estímulos sensoriais);

 

Essas características aparecem até os 30 meses de idade. O diagnóstico definitivo se dá por volta dos 4 a 5 anos de idade.

 

Comorbidades concomitantes que auxiliam no diagnóstico:

Psiquiátricas e cognitivas: ansiedade, depressão, transtorno de déficit de atenção, deficiência intelectual.

Outras: convulsões, distúrbios do sono, desregulação/anormalidades gastrointestinais, mitocondriais e do sistema imunológico, epilepsia. 

 

Diagnóstico:

 

  • Ocorrência de prejuízo na comunicação verbal e não verbal e interação social.
  • Padrões de comportamentos repetitivos ou estereotipados.



Para o diagnóstico do transtorno do espectro autista - TEA, a criança deve apresentar obrigatoriamente todos os sintomas de redução de interações sociais, e apenas  dois do grupo de comportamentos restritivos e repetitivos, além de variadas informações obtidas por meio de observações clínicas, histórias relatadas pelo responsável e o relato da própria criança(quando possível).As manifestações do TEA vão variar  de acordo com a gravidade, idade e o nível de desenvolvimento dessa criança.

 

Vale reforçar que, o autismo não tem cura, pois é uma condição crônica, sendo um comprometimento permanente, que faz com que os portadores necessitem de cuidados constantes por parte de seus responsáveis ou familiares.

 

Níveis de autismo:

  1. Leve: dificuldade de se relacionar socialmente;
  2. Moderado:  presença de atrasos mais expressivos;
  3. Grave: índices graves de déficits cognitivos, de inteligência e/ou de motricidade, entre outros comportamentos.

 

Tratamento: 

 

Psicoterapia comportamental(análise do comportamento aplicado);

Fonoaudiologia;

Uso de linguagem de sinais;

Terapia Ocupacional;

Fisioterapia;

Psicopedagogia e Grupos de apoio para pais de pessoas com TEA.



Medicamentos aprovados pela ANVISA no Brasil: 

 

Risperidona e periciazina.

 

Portaria nº 12.764.12 - Política Nacional de Proteção dos Direitos da pessoa com Transtorno do Espectro Autista - TEA. ( No Brasil a pessoa com TEA é considerada pessoa com deficiência).

 

Sugestão de série sobre TEA: 

https://www.youtube.com/watch?v=T9iDGyDEeJs  

UMA ADVOGADA EXTRAORDINÁRIA

 

https://www.youtube.com/watch?v=mw6EPR6sNS0 

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Flávia P.
São Paulo / SP
Flávia P.
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Enfermagem - Cardiologia e Saúde Mental. Saúde Pública
Especialização: Cardiologia (Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP))
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