ESTÊVÃO foi expulso da cidade e apedrejado até à morte.
TIAGO, filho de Zebedeu, foi morto quando Herodes Agripa chegou como governador da Judeia.
FILIPE foi açoitado, lançado na prisão e depois crucificado (cerca de 54 AD).
MATEUS sofreu o martírio pela espada (cerca de 60 AD).
MATIAS foi apedrejado em Jerusalém e decapitado.
ANDRÉ Ao chegar a Edessa, foi preso e crucificado numa cruz, duas extremidades da qual foram fixadas transversalmente no chão.
MARCOS foi arrastado aos pedaços pelo povo de Alexandria, diante de Serapis, ídolo dos pagãos.
PEDRO foi condenado à morte e crucificado em Roma.
PAULO foi levado a um lugar privado fora da cidade onde foi decapitado pela espada.
JUDAS foi crucificado em Edessa cerca de 72 A.D.
BARTOLOMEU foi cruelmente espancado e crucificado pelos idólatras de lá.
TOMÉ foi morto por sacerdotes pagãos com uma lança que lhe atravessou o corpo.
LUCAS foi supostamente enforcado numa oliveira pelos sacerdotes idólatras da Grécia.
Já no segundo século Inácio de Antioquia foi lançado às feras do Coliseu, Policarpo foi queimado vivo, Justino Mártir e tantos outros milhares de crentes em Cristo foram decapitados, devorados pelas feras na arena, queimados vivos, apedrejados e outras inúmeras outras formas de martírios sofridos por homens que entenderam a mensagem do evangelho de Cristo e por ela deram suas vidas, a maioria, jamais saberemos seus nomes. Homens e mulheres que ardiam pelo testemunho fiel do evangelho que receberam e não tiveram suas vidas por mais importante que esse testemunho. Homens que a terra não era digna. Viviam para glória de Deus.
Muita coisa mudou no percurso da história cristã. Conquistamos muitas coisas supérfluas, frívolas e perdemos por demais as vitais. Queria estar equivocado, mas meus olhos e ouvidos atestam a triste realidade do que nos tornamos. Falo principalmente pela realidade eclesiástica brasileira, que não sofre nem a casquinha da perseguição que a igreja dos primeiros séculos sofreu, e ainda assim se vende aos baldes. Não suportam correção, são amantes de prazeres, viciadas em si, desprovidas de amor pelas almas, rebeldes e arrogantes. Ainda existe alguns boçais dizendo que isso é anacronismo, que não posso interpretar um tempo pelo outro, que isso ficou lá e estamos em outro tempo. Me pergunto o que essas pessoas ainda fazem dentro da igreja. Essa mensagem moderna gerada pela mente desses fariseus modernizados só podem produzir frutos podres, iguais ou piores que eles mesmo.
Jesus nos deu o modelo da sã doutrina pela qual devemos empenhar toda nossa vida em cumpri-la. Se não olharmos para o bom fruto da igreja primitiva e para os que dentro de seus contextos ao longo da história, procuraram viver piedosamente aos moldes daquele padrão, para onde olharemos? Quais serão nossos modelos? Essa geração confusa? Creio que não!O
Os apóstolos cumpriram seu legado guardando esse modelo, e morreram por isso. Seus discípulos fizeram o mesmo e morreram. Os que amaram esse evangelho, provaram do mesmo cálice e andaram pelo mesmo caminho. Como eu posso desejar ser diferente do modelo que o meu senhor me deixou apenas para ser agradável e poupar minha vida ou para ser bem visto pela cultura eclesiástica prostituída atual? Seria estranho para mim se fosse amado pela tal. Chamaram Paulo de tagarela, chamaram os apóstolos de idiotas sem instruções. Chamaram meu Jesus de louco, o que posso esperar sendo servo dele? Se me chamam de fundamentalista, fico imensamente feliz em saber que não estou em consonância com essa geração Nutella que aí está. Tínhamos tudo para ser a igreja mais forte de todos os tempos, contudo, somos a mais fraca e mimada.
A menos que consideremos nosso passado e voltemos as bases de onde nunca deveríamos ter saído, não poderemos progredir de forma segura se nos apegarmos aos conceitos modernos de cristianismo e desconsiderarmos nossas bases estruturais. Não posso ter essa geração nutella como modelo, tendo conhecimento da geração de Estêvão, Paulo, Pedro, Inácio, Policarpo e outros tantos… Há uma necessidade de reconsiderarmos nossa atual concepção de cristianismo, pois, cristianismo sem Cristo é paganismo!
Fernando Machado
Graça e paz!