Ravenna: la Capitale della Terra dei Romani

Em um país rico de história como a Itália, até um simples nome pode conter a referência a muitos acontecimentos do passado. É o caso do nome de "Romagna", que indica uma região histórica da Itália do norte, cujo centro principal é Ravena e que atualmente, na sua maioria, pertence à região da Emilia-Romagna. Esse nome deriva do fato de Ravena ter sido a última Capital do Império Romano de Ocidente, mas ainda mais por ter sido a Capital do Exarcado Bizantino da Itália.

Com efeito Ravena foi escolhida como Capital do Império Romano de Ocidente no começo do século V d.C. pelo imperador Honório, por ela ser menos sujeita aos ataques dos povos bárbaros que chegavam do norte da Europa e por estar, com seu porto situado no mar adriático, numa posição estratégica para garantir regulares contatos com o Império Romano de Oriente. 

Após a queda do Império Romano de Ocidente no ano de 476 d.C., Ravena continuou desenvolvendo um papel importante e foi Capital do Reino Ostrogótico da Itália, nos anos de 493 a 526 e, em seguida à tentativa do Imperador de Constantinopla Giustiniano de reconquistar o controle da península itálica, se tornou Capital do Exarcado Bizantino da Itália de 568 a 751.

Foi durante este último período que a área em volta de Ravena começou a ser chamada de Románia (e em seguida Romagna), porque ela representava o centro político do territorio que estava sob o controle dos Bizantinos, que consideravam-se os legítimos herdeiros do Império Romano, em contraposição aos bárbaros Longobardos que tentavam conseguir o domínio sobre a Itália toda. Os Longobardos, porém, durante dois séculos não conseguiram ganhar o controle nem da área de Ravena nem daquela em volta de Roma e de um estreito corredor que as ligava através dos Montes Apeninos, um território que será o embrião do futuro Estado Pontifício. 

No ano de 751 d.C. os Longobardos conquistaram Ravena e ameaçaram a mesma Roma. O Papa pediu a ajuda dos Reis dos Francos, Pepino o Breve, e com isso começou outra página da história da Itália.

O Papel de Ravena nunca voltou ao prestígio dos primeiros séculos da idade média, os edifícios civis mais imporantes foram destruídos ao longo do tempo, mas as antigas igrejas, cheias de belíssimos mosaicos bizantinos, representam uma marca indelével daquela época em que Ravena foi a Capital da Terra dos Romanos.

Um grande abraço a todos,

Ilario