Primeira Guerra Mundial

Primeira Guerra Mundial

               Ocorrida entre 1914 e 1918, a Primeira Grande Guerra foi um conflito armado envolvendo vários países. O contexto que deu início a guerra foi o Imperialismo, sobretudo a disputa na divisão de territórios da África entre os conquistadores europeus. Essa disputa levou à corrida armamentista, que nada mais foi do que o investimento dos países em armas para se protegerem contra um eminente ataque por disputa de território.

               Antecedentes

               A Europa, no século XIX, estava passando pela segunda fase da Revolução Industrial, enquanto outros países ainda iniciavam o processo de industrialização. Os alemães então já estavam de olho em terras de asiáticas e africanas. Seu intuito era explorar os recursos naturais que essas regiões ofereciam e utilizá-los na industrialização de bens de consumo, monopolizando assim o mercado na época. Foi o chamado Neoimperialismo.

               O clima de disputa por esses recursos e a instabilidade econômica entre os outros países da Europa levavam os líderes desses países a armar-se bélica e estrategicamente. Além dos investimentos em armas, uma outra área que recebeu recursos foi a cultura. A Europa nessa época foi conhecida por ser a maior referência na produção cultural, trazendo o nome de “Belle Époque” consigo.

               Como os avanços econômicos, o nacionalismo passa a ganhar forma por toda a Europa. Dessa maneira, cada nação sentia-se soberana em relação as demais e o clima de disputa só aumentava. Precisava-se de apenas uma faísca para eclodir a Primeira Grande Guerra. E ela veio. Em junho de 1914, quando o arquiduque do Império Austro-Húngaro, Francisco Ferdinando, e sua esposa Sophie, foram assassinados enquanto desfilavam pelas ruas da cidade de Saravejo, na Bósnia. O líder de um grupo extremista da Sérvia, Gravilo Princip, foi o autor dos disparos, dando início a uma guerra entre a Sérvia e o Império Austro-Húngaro.

               Envolvimento dos países na guerra

               A Alemanha, que tinha acordos políticos e militares com o Império Austro-Húngaro, oferece ajuda militar a seu aliado. Em contrapartida, países como Rússia e França declaram apoio ao governo sérvio. E, dessa maneira, inicia-se o processo de política das alianças, que consistia em acordos militares entre países aliados em caso de ataques.

               As duas frentes aliadas foram as seguintes:

- Tríplice Aliança: formada por Alemanha, Império Austro-Húngaro e, posteriormente, a Itália e o Império Otomano.

- Tríplice Entente: composta por Rússia, França, Inglaterra e, próximo do fim do conflito, Estados Unidos.

               Fases da Guerra

- 1ª fase: Guerra de Movimento

               Como o próprio nome sugere, essa fase foi marcada pelo movimento invasivo entre as nações. Após invadirem a Bélgica, os Alemães conquistam territórios franceses, que conseguiram bloquear a passagem de seus inimigos após a mudança da capital de Paris para Bordeaux.

- 2ª fase: Guerra das Trincheiras

               Ocorrida entre 1914 e 1918, esse período da guerra foi marcado pela ampliação das trincheiras. Esse nome era dado a valas abertas no chão para abrigar os soldados e protegê-los de ataques inimigos.

               Brasil e a Primeira Guerra Mundial

               Durante o período em que ocorreu a primeira Grande Guerra, quem governava o Brasil era Venceslau Brás. O contexto que o Brasil vivia era de industrialização, principalmente pelo fato dos países que forneciam produtos industrializados para o Brasil estarem em guerra e concentrarem suas forças na mesma.

               Apesar de bastante pressionada a se posicionar, o presidente brasileiro mantém a posição de neutralidade quanto a guerra. Porém isso muda após submarinos alemães atacarem frotas navais brasileiras, fazendo com que o governo do Brasil declaro guerra contra a Alemanha e uma forças com a Tríplice Entente.

               A contribuição do Brasil à sua nova aliança foi o envio de auxílio humanitário, remédios e apoio logístico nos combates no Oceano Atlântico.

               Fim da Guerra

               Após a entrada dos Estados Unidos na Tríplice Entente, o poder alemão começa a enfraquecer. Até que, em 1918 a Alemanha se rende e assina um acordo conhecido como Tratado de Versalhes, 1919. O documento deixava claro que a Alemanha era a grande culpada pelo conflito e a nação passou a ser obrigada a indenizar todas as nações vencedoras pelos danos causados pela guerra.

               O fim da guerra também foi marcado pela ascensão dos Estados Unidos como a maior nação capitalista do mundo e o fim do neoimperialismo.

               Por se sentirem humilhados, os alemães são despertados por um sentimento de revolta, indignação e nacionalismo. Motivados então por um novo líder que surgia, Adolf Hitler, a Alemanha funda o partido nazista e abre precedentes para a Segunda Guerra Mundial que eclodiria anos depois.