Reforma Protestante
Por: Jéssica C.
05 de Maio de 2022

Reforma Protestante

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Reformas Protestantes e a Contrarreforma Católica

 

O marco da Reforma Protestante se deu em 1507, quando Martinho Lutero, monge católico alemão, afixou na igreja do Castelo de Wittenberg suas 95 teses. O documento expunha os questionamentos e oposições que Lutero tinha quanto ao regime religioso o qual fazia parte. Dentre eles, a compra de indulgências e a mediação de sacerdotes para a leitura e interpretação das escrituras sagradas.

               Mas como seria possível um monge opor-se com tamanha veemência aos dogmas de sua própria comunidade?

               Bem, tudo começou com o enfraquecimento da Igreja Católica na época. Durante um grande período da Idade Média, a Igreja conseguia manter firme a doutrinação de seus dogmas e combatia com êxito os hereges (opositores às doutrinas da igreja). No entanto, transformações econômicas e sociais ligadas ao comércio e à urbanização enfraqueceram os valores feudais tradicionais da época, trazendo à tona uma mentalidade mais racional às pessoas e levando-as a criticar diversas áreas da sociedade, inclusive a religiosa.

               O resultado de tal mudança de mentalidade culminou na ruptura da unidade do cristianismo.

 

Principais fatores da Reforma Protestante

 

- Religiosos: O falso moralismo da Igreja Católica era motivo de grande revolta entre os reformistas. Muitos bispos, sacerdotes e até mesmo o papa da época envolviam-se em escândalos que eles mesmo repudiavam em suas homilias. Além disso, muitos desses líderes religiosos passaram a praticar a simonia, ou seja, a comercialização de itens considerados sagrados devido à associação com feitos e realizações da Igreja Católica.

 

- Econômicos: O Feudalismo era o sistema econômico que predominava na Idade Média, porém isso mudou com o crescimento do comércio, as navegações e a busca do lucro por parte da burguesia. Com a queda do Feudalismo, a Igreja Católica perdeu forças, já que grande parte de seus fiéis eram burgueses que agora priorizavam a riqueza pessoal e também a nobreza, que passaram a ser contemplados economicamente com a devolução de suas terras e títulos.

 

- Políticos: O universalismo papal, doutrina que vigorava desde a Baixa idade Média, deixava o papa com poderes acima das prerrogativas de poder dos reis, que eram temporais e meramente nacionais. Dessa forma, os líderes de Estado passaram a cogitar o rompimento com a igreja Católica, para assim restringir a autoridade do Papa aos limites eclesiásticos. Um outro fator importante para o rompimento era que tal atitude fortaleceria as finanças públicas, já que o Estado não teria mais obrigação quanto ao pagamento do dízimo e recuperaria as propriedades doadas à Eclésia.

 

- Culturais: Os países europeus estavam ascendendo culturalmente, principalmente com o Humanismo enquanto movimento intelectual, colocando em primeiro plano ideologias críticas e racionais. Uma onda de críticas ao clero inundou os pensamentos e as praças em frentes às igrejas, preparando um ambiente de ruptura.

 

Lutero e o início da Reforma Protestante

 

               O monge alemão e professor universitário Martinho Lutero trouxe a público suas angústias pessoais em 1517, quando um outro monge, Johann Tetzel, apareceu na região de Wittenberg para vender indulgências (perdão pelos pecados). Um outro questionamento seu era a dogmática da aceitação de boas obras humanas como forma de obter o perdão divino.

               Com tantos questionamentos, Lutero passa a estudar de forma mais aprofundada as escrituras sagradas. E, influenciado por uma interpretação da leitura de santo Agostinho, das epístolas de São Paulo e dos salmos, Lutero então começa a escrever suas teses que contrapunham os dogmas da Igreja Católica. Ao todo foram 95 teses, que foram, no mesmo ano, apregoadas na porta da igreja de Winttenberg.

               O gesto de Lutero trouxe revolta por parte da Igreja Católica, acarretando a excomunhão do monge e rompimento da Igreja, posteriormente.

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