
As “Quatro” Skills do Inglês – Introdução - #EnglishWeek

em 19 de Março de 2017
Muitos alunos que buscam aprender inglês pensam que frequentar as aulas e fazer a lição de casa é o que basta para aprender. Mas não é bem assim. A maior porcentagem do aprendizado da língua vem do aluno. Ele(a) é responsável por correr atrás de colocar em prática o que aprendeu no seu dia-a-dia para assim reforçar, além da lição de casa, o conteúdo ensinado. É aquela famosa história do “tudo depende de você”.
Entretanto, já tive casos de alunos que buscaram outros recursos e métodos de estudo, mas, mesmo assim, pareciam não progredir. Erro meu como professor? No começo, achava que sim, pois alimentava a ideia de que não estava dando uma aula boa e correta. E os relatórios da coordenadora no final do mês, provavam o contrário. Foi então que comecei a correr atrás de entender esses alunos que, mesmo estudando, não progrediam. E eu achei o problema.
Mesmo indo às aulas, fazendo os exercícios, tirando dúvidas, procurando entender os conteúdos e corrigir seus erros por conta própria, esses alunos não estavam “inseridos na língua”. Mas como assim?
Existe uma metodologia de ensino chamada Language Immersion, na qual o aluno aprende uma segunda língua através de assuntos da escola como Matemática, História, Biologia e etc.. Dessa forma, o aluno se torna bilíngue e desenvolve sua capacidade de comunicação da L2.
Só que aqui não temos recursos (e muito menos motivos) de utilizar esse método com, por exemplo, um adulto dentro de uma sala de aula. Mas existe uma forma de adaptar a Language Immersion para nossos alunos. Forma essa que depende deles e somente deles, cabendo a nós, apenas a tarefa de reforçar e lembra-los de seguir este método.
Como o próprio nome já sugere, o aluno precisa estar “imerso na língua”, portanto, em constante contato com ela. Para isso, ele precisa acrescentar a língua em diversos momentos, lugares e situações de sua vida. Aí vai uma lista de coisas que eles podem fazer:
Ou seja, o importante é eles estarem, de alguma forma, conectados com a cultura estrangeira.
Mas agora você pode estar pensando que todo aluno já faz e já sabe de tudo isso. Mas, por incrível que pareça, nem todos sabem.
Já tive casos de alunos que não tiveram contato nenhum com a cultura estrangeira durante a vida e, por isso, eram os que mais tinham dificuldades em aprender a língua, já que não praticavam e não viam os conteúdos aprendidos em sala, sendo aplicados no dia-a-dia. Inclusive, um dos fatores que me ajudou a aprimorar o inglês foi o constante contato com o exterior através de membros da minha família que aprimoraram seu domínio de inglês com viagens.
E por falar em viagens, esse é outro recurso que pode ser utilizado para que o aluno aprenda ainda mais o inglês (mesmo que nem todos tenham condições ou oportunidades de viajar). Inclusive, viajar é a melhor forma de praticar o Language Immersion. Só que mesmo assim, existem pessoas que não aprendem e não aprimoram seu inglês.
Uma vez, dei aula para um rapaz no nível B1, que havia ido morar seis meses no Canadá. No começo, achei esquisito ele estar naquele nível, tendo morado no Canadá, enquanto eu já era professor sem nem ter colocado o pé fora do país. Foi então que corri atrás de saber a respeito da viagem dele e descobri que o mesmo viveu o tempo todo ao lado de brasileiros. Isso impediu que ele ficasse “imerso na língua” e assim pudesse conviver constantemente com ela.
Portanto, você professor, que vê aquele aluno se dedicando e não aprendendo, saiba que pode não ser você o problema, mas sim um simples caso de não estar em contato constante com a língua e a cultura estrangeiras. E para resolver essa situação, basta fornecer meios para que ele aumente esse contato.