Milano, a São Paulo italiana?
Por: Juliana M.
02 de Março de 2015

Milano, a São Paulo italiana?

Italiano

Outra cidade que tive o "azar" de conhece-la debaixo de chuva. Tivemos muitos contratempos em Milao e sempre digo que devo retornar para poder aprecià-la de verdade.


(mapa do centro histórico)

O que ver em Milão:

PIAZZA DEL DUOMO (01 no mapa): Se encontra no centro da cidade e é ponto de encontro dos milaneses para comemorar algum evento importante. Com uma superfície de quase 17.000 me formato retangular, ela é dominada pela catedral principal da cidade (Duomo) e pela famosa e charmosa Galeria Vittorio Emanuelle II. Ao centro, é decorada por um Monumento Equestre dedicado a Vittorio Emanuelle II, criado por Ercole Rosa em 1896; O monumento representa o rei enquanto guiava os soldados na Batalha de São Martim; na base é possível observar um relevo que representa a entrada da trupepiemontesa em Milão durante a segunda guerra de independência. Ao lado da estátua há dois leões em mármore.

DUOMO (01 no mapa): O que representaria mais Milão se não o Duomo? A igreja, dedicada a Santa Maria Nascente, tem uma área de 11.700 m² e é a quarta maior igreja na Europa, depois da Basílica de São Pedro, no Vaticano, Saint Paul, em Londres e a Catedral de Sevilha.  

Para apreciar: A igreja, como característica da arquitetura gótica, é composta inúmeras esculturas em alto-relevo e estátuas (são 3400 estátuas e mais de 700 figuras em alto-relevo), mas a maior beleza está na visão apreciada do teto da catedral, principalmente se o dia estiver bonito. Do teto, além da possibilidade de ver a Madonnina de bronze, o visitante poderá apreciar os vários pináculos (guglia) que compõe o teto da igreja, além de um belvedere de toda capital lombarda e, se o tempo estiver limpo, os Alpes ao fundo. A igreja, assim como a galeria, fica iluminada durante a noite. E’ uma visita que vale bastante a pena.

GALLERIA VITTORIO EMANUELLE II (01 no mapa): A galeria é uma impressionante construção coberta por uma estrutura de ferro, cúpulas de vidro e afrescos que liga a praça do Duomo à praça do teatro alla Scala. Recheada de cafés, restaurantes e lojas de grife, a galeria foi projetada em forma de cruz e entradas em forma de arcos de triunfo pelo arquiteto Giuseppe Mengoni. 
Na 2ª Guerra Mundial, a galeria foi duas vezes bombardeada e reestruturada depois do final da guerra.

Para apreciar: Seu formato é em cruz; seu centro é o ponto de início para visualizar a grandeza desta construção milanesa. Olhando para cima é possível ver toda a estrutura coberta por um teto de vidro. Exatamente no centro, há uma cúpula também de vidro conhecida como Octógono. Ainda olhando para cima, há quatro meias luas com alegorias que representam os 4 continentes (África, Ásia, Europa e América). No chão, abaixo do octógono, há um brasão da casa de Savoia em mosaico. Ao lado deste emblema, sempre em forma de mosaico, há mais quatro brasões que representam as quatro cidades que, em épocas diversas, foram capitais do reino de Itália (Milano, Torino, Firenze e Roma).

Curiosidade e tradição: A tradição mais notável desta galeria é aquela dar 3 giros com o calcanhar do pé direito sobre as genitálias do toro (o mosaico que representa o emblema de Turim) pois, dizem os supersticiosos, quem gira terá um ano de sorte.

PIAZZA DELLA SCALA (02 no mapa): E’ a praça da antiga igreja Santa Maria alla Scala, demolida para, em seu lugar, dar espaço ao teatro alla Scala. Para chegar até ela, basta entrar na Galleria Vittorio Emanuele.

Para apreciar:  o teatro alla Scala, a Galleria Vittorio Emanuele e a estátua em homenagem a Leonardo da Vinci de Pietro Magni no centro da praça.

TEATRO ALLA SCALA (02 no mapa): O Teatro la Scala é uma das mais famosas casas de ópera do mundo. Construído por determinação da imperatriz Maria Teresa da Áustria para substituir o Teatro Regio Ducale (destruído por um incêndio em 1776). Obra do arquiteto neoclássico Giuseppe Piermarini, foi inaugurada em 3 de Agosto de 1778 com a ópera de Antonio Salieri, L'Europa riconosciuta, com libreto de Mattia Verazi.

CASTELLO SFORZESCO (03 no mapa): E’ um dos principais símbolos de Milão e de sua história. Por esse  motivo, os milaneses nutrem um sentimento de amor e ódio. O castelo foi construído no século XV por Francesco Sforza sobre restos de uma fortificação do século XIV. No século passado, o castelo assumiu um papel importante na cena cultural milanesa, tutelando importante obras da arte lombarda. Na segunda guerra mundial o castelo foi danificado por uma bomba e reestruturado depois do final da Segunda Guerra Mundial. Na década de 1990 foi construída na praça do castelo uma grande fonte inspirada em uma anteriormente instalada naquele lugar. Atualmente, o castelo é rico em museus com: Pinacoteca do Castello Sforzesco (uma riquíssima coleção de pinturas, entre as quais estão incluídas obras de Antonello da Messina, Andrea Mantegna, Canaletto, Correggio, Tiepolo e a magnífica estátua de Michelangelo, a Pietà Rondanini); Museu da Pré-história;Museu Egípcio; Museu de Arte Antiga; Museu do Móvel; Coleção de Arte Aplicada; Museu dos Instrumentos Musicais; Rivellino do Santo Spirito (excursão entre os telhados e as passagens cobertas nos muros exteriores do castelo; Biblioteca de Arte do Castello Sforzesco; e etc.

PARCO SEMPIONE (04 no mapa): E’ conhecido como o grande pulmão verde de Milão. Inicia atrás do castelo Sforzesco e prossegue até a Avenida Sempione; Realizado no final do século XIX onde era a praça das armas, o parque ocupa uma área de 386.000 m². Dentro do parque existem aquários, lagos, torres e o palácio das artes. E’ possível também avistar o arco da paz.

ARCO DELLA PACE (04 no mapa): O arco da paz é um monumento em mármore de Crevola alto 25 metros, que faz parte da antiga porta Sempione. Sua construção é datada da época de Napoleão Bonaparte

BASILICA DI SANTAMBROGIO (05 no mapa): Santo Ambrósio é o patrono da cidade e a basílica dedicada  ao santo é uma das mais antigas de Milão. Com estilo românico, 5 amplos arcos em sua fachada e duas torres ao lado, a igreja representa um monumento da época medieval. Edificada entre 379 e 386 por vontade do bispo Ambrósio, a igreja foi construída em uma zona onde eram sepultados os cristãos perseguidos pelos romanos.


Curiosidade e tradição: Na praça Santo Ambrósio, do lado esquerdo em relação à basílica, há uma coluna,  de época romana,  conhecida como “a coluna do diabo”. Dizem que a coluna foi testemunha da uma luta entre o santo Ambrósio e o diabo e que, segundo a lenda, apoiando o ouvido sobre a pedra, é possível ouvir os sons do inferno. Durante a segunda guerra mundial a igreja foi fortemente atacada por bombas anglo americanas que destruíram sobretudo a parte externa do pórtico, danificando a cúpula, o mosaico do altar e outras partes externas. A igreja foi restaurada nos anos 50, mas é possível notar danos no mosaico.

IGREJA SANTA MARIA DELLE GRAZIE COM CENACOLO VINCIANO (06 no mapa): Essa belíssima construção gótica misturada com influência românica é a igreja e convento dominicano Santa Maria das Graças, incluída na lista dos Patrimônios Mundiais pela UNESCO. Além de sua beleza, a igreja é famosa pelo afresco “A Última Ceia” de Leonardo da Vinci, que foi pintada na parede do refeitório do convento. A construção foi comissionada pelo duque de Milão, Francesco Sforza ficando totalmente pronta em 1490. Diz-se que a abside da igreja é de autoria de Donato Bramante, no entanto, não há nenhuma evidência real do fato.
Curiosidade: Em 1543, uma capela lateral recebeu uma pintura de Tiziano, “A Coroação de Espinhos”. Este foi levado pelas tropas francesas em 1797 e se encontra no Museu do Louvre.
Durante a Segunda Guerra Mundial, na noite de 15 de agosto de 1943, bombas lançadas por aviões americanos e britânicos atingiram a igreja e o convento. Grande parte do refeitório foi destruída, mas algumas paredes sobreviveram, incluindo aquela onde está a Última Ceia, que tinha sido cercada de sacos de areia para proteção.

Atentos: Reserva obrigatória para o refeitório - Cenone Vinciano  (devido à condição precária do afresco)


STAZIONE CENTRALE 
(direção 07 no mapa): A estação central de Milão é a principal estação de trem da capital lombarda e a segunda principal da Itália. Foi inaugurada no regime fascista em 1931 para substituir a velha estação da Praça da República. Um dos desejos do Mussolini era que a estação representasse a potencia do regime.
Do lado de fora da estação, é possível ver a imensa praça Duca d’Aosta, com diversos prédios em sua frente; o maior, chamado GRATTACIELO PIRELLI e apelidado de PIRELLONE é um dos maiores prédios da Itália; inicialmente era sede da Pirelli, hoje Conselho Regional da Lombardia.


Em meu blog de viagem hà mais detalhes e fotos da cidade. Deem uma visitadinha: OsAmigosdeMochila ou o site Turistando.in!

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