Por: Jose G. 03 de Março de 2022
transportador vesicular (VMAT) e o transportador membranar
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- Quais são as principais diferenças entre o transportador vesicular (VMAT) e o transportador membranar (NET) de Norepinefrina? Diferencie a especificidade, localização, estrutura e inibidores desses dois transportadores.
Existem diversas diferenças, no que consta especificidade, local, estrutura e inibidores, entre os transportadores supracitadas. A VMAT, por exemplo, atua com a dopamina, serotonina, noraepinefrina e histamina, estando presente em diversos locais, como: mastócitos, sistema nervoso periférico, medula das glândulas adrenais, células beta pancreáticas, cérebro e no sistema nervoso periférico; sua estrutura é de glicoproteína ácida com doze domínios, podendo ser inibida por Reserpina, KET, dentre outros.
Já a NET só age na retomada de noraepinefrina e dopamina, além de ter uma presença mais restrita, especificamente em neurônios noradrenérgicos que participam do sistema nervoso simpático, pulmões, medula adrenal e placenta. No que cabe a estrutura, são aproximadas, mas a NET é uma proteína sem caráter ácido, embora também com 12 domínios. Além disso, no que consta sua inibição, tem como um dos principais inibidores a proteína quinase C, distinta dos associados ao VMAT.
Em síntese, existem diversas distinções entre os dois transportadores já referidos, especialmente seus locais de atuação, o caráter ácido de suas estruturas e o rol de monoaminas com o qual interage.
- Mutações no gene SLC6 estão associadas a uma série de doenças e distúrbios humanos, tornando esta família de transportadores um alvo crítico para o desenvolvimento terapêutico. Além disso, vários membros dessa família de proteínas estão diretamente envolvidos na ação de drogas de abuso como a cocaína, as anfetaminas e o ecstasy. Avanços recentes proporcionando uma visão estrutural desta família aceleraram enormemente nossa capacidade de estudar essas proteínas e seu envolvimento em processos biológicos complexos. Como essas mutações podem afetar as ações fisiológicas centrais e periféricas da Norepinefrina? Comente sobre suas principais consequências.
As mutações no gene SLC6 resultam em alterações fisiológicas tanto nas áreas centrais quanto periféricas de atuação da Norepinefrina; sabe-se que a “NET; SLC6A2” é um Transportador de Norepinefrina e qualquer mutação em sua estrutura afetaria o funcionamento do corpo humano. Partindo da premissa que a Norepinefrina atua principalmente com a função central de manter a pressão sanguínea em níveis normais e perifericamente influenciando diversas áreas entre elas temos o sono, emoções, aprendizagem, criatividade, memoria e humor. Ou seja, as mutações no gene SLC6 resultam na alteração direta ou indireta nessas diversas vertentes, além de poder ser um gatilho para o desenvolvimento de distúrbios mentais.