SISTEMA DE SAÚDE IRLÂNDES

A Irlanda está localizada ao norte do continente Europeu, na ilha de mesmo nome. Faz fronteira exclusivamente com a Irlanda do Norte, que pertence ao Reino Unido (RU). Portanto, em última análise, realiza fronteira com o RU. É considerado um dos países mais desenvolvidos de todos os continentes. Possui sua economia centrada no setor terciário, isto é, no setor de serviços. Em 2020, apresentou PIB per capita de U$418,65 bilhões. O Estado adota como moeda oficial circulante o euro. Os irlandeses, em média, vivem com alto padrão de vida, com renda per capita de U$88.946,00. O último censo, realizado em 2020, estimou que a ilha possui cerca de 4.995.000 de habitantes, sendo que aproximadamente 64% vivem em áreas urbanas. A cidade de Dublin é a atual capital do país, concentrando cerca de 1,2 milhões de habitantes. Em termos de desenvolvimento, apresenta um IDH de 0,955 e GINI de 0,328. Outros indicadores importantes são a taxa de natalidade de 12,5 nascimentos para cada 1000 habitantes e mortalidade de 31.765,00 (6,4%). O atual modelo de governo adotado é o republicano parlamentarista, no qual a figura do presidente exerce a função de chefe de Estado (poder executivo). O poder legislativo é representado pela figura do chefe de governo, ocupado pelo 1º ministro. O sistema de saúde coletiva na Irlanda é do tipo Beveridge, o qual essencialmente se baseia na taxação, isto é, na cobrança de impostos como principal maneira de acumular recursos. Na Irlanda, existe um sistema público de saúde, porém seu conceito é um pouco diferente do conceito de saúde pública do SUS. A principal diferença é que no sistema irlandês a saúde pública não é gratuita, mas sim uma opção economicamente mais acessível, embora mais demorada, que o setor de saúde privado. Já aqui no Brasil, a saúde pública é sinônimo de gratuidade. Em caso de necessidade de atendimento emergencial, o tratamento ocorre sem questionamento, contudo ainda será cobrado as taxas cabíveis. Caso haja necessidade de internação, o serviço público é assegurado a todos, com a regra de que mesmo em quadros de longa internação, a conta máxima não pode ultrapassar os 800 euros. Semelhante ao nosso cartão SUS, eles possuem o Medical Card, que também garante acesso aos serviços gratuitos. No entanto, esse benefício é exclusivo para cidadãos do país ou que tenham associação com a União Européia (UE). Para poder aplicar o cartão, o indivíduo deve preencher pelo menos um dos seguintes critérios: crianças maiores do que seis anos, idosos aposentados, pessoas desempregadas, com renda inferior ao salário mínimo, ser funcionário público, ter sido afetado pelo Talidomida durante gestação ou que tenha história de câncer nos últimos cinco anos. A qualidade do sistema de saúde é notável, ocupando o 13º no ranking dos melhores sistemas de saúde entre todos os países. Existe um protocolo de atendimento dentro da saúde pública. O primeiro atendimento ao paciente sempre será realizado pelo médico generalista da atenção primária, denominado general practitioner (GP). Somente se necessário, o paciente será encaminhado para um especialista ou, se for o caso, para o hospital. Geralmente, o paciente não consegue escolher com qual GP gostaria de agendar consulta. O serviço irlandês também dispõe de atendimento odontológico, que é dividido em particular ou gratuito. Em casos de suspeita de gravidez, o diagnóstico é confirmado pelo GP, havendo a possibilidade de cobrança de tal consulta. No entanto, após confirmado diagnóstico de gravidez, a lei assegura que o tratamento subsequente seja gratuito, inclusive no período de puerpério, tanto para mãe, quanto para o recém-nascido. Outra diferença bastante considerável é a de que, no Brasil, o aborto é permitido somente em casos específicos, ao passo que na Irlanda o aborto a legislação é mais permissiva, tendo como único critério a idade gestacional menor ou igual a 10 semanas. Por outro lado, o acesso de medicamentos tem controle mais rigoroso e controlado, quando comparado ao Brasil. No país europeu, apenas oito medicamentos podem ser adquiridos sem prescrição médica, tais como a aspirina, omeprazol e antigripais; por exemplo.