Curso  de Anatomia, revisão dos sistemas do corpo humano
Por: Maria O.
29 de Dezembro de 2015

Curso de Anatomia, revisão dos sistemas do corpo humano

Enfermagem Técnico Ensino Médio Concurso Profissional Exame Físico SAE Ajuda Introdução Problemas Provas Curso Trabalho

 

 

 

 

MARIA DE LOURDES SILVA DE OLIVEIRA

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Módulo 01 - curso de técnco em enfermagem para concurso.

 Revisão de ANATOMIA E FISIOLOGIA HUMANA

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Salvador-Ba

2015

 

 

 

 

 

 

 

MARIA DE LOURDES SILVA DE OLIVEIRA

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Módulo 01 - curso de técnco em enfermagem para concurso.

Revisão de ANATOMIA E FISIOLOGIA HUMANA

 

Curso de Técnico em Enfermagem para concurso

 

 Prof. Enfª Maria de Lourdes Silva de Oliveira

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Salvador - Ba

2015

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

“A verdadeira motivação vem de realização, desenvolvimento pessoal, satisfação no trabalho e reconhecimento. ”

                                        (Frederick Herzberg)

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

OLIVEIRA, Maria de Lourdes Silva. Curso de Técnico em Enfermagem. Plataforma Profes, Salvador, 2015.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

ABREVIATURAS E SIGLAS

SNC

Sistema Nervoso Central

SNP

Sistema Nervoso Periférifico

SNA

pH

 

Sistema Nervoso Autônomo

Potencial Hidrogeniônico

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO...............................................................................................................................

2 REVISÃO DA ANATOMIA E FISIOLOGIA DOS SISTEMAS  ............................................................. 01

 2.1 Aula 01 Revisão da Anatomia do Sistema Esquelético.................................................................01

 2.2 Aula 02 Revisão da Anatomia do Sistema Muscular......................................................................07

 2.4 Aula 03 Revisão da Anatomia do Sistema Nervoso .....................................................................11

 2.5 Aula 04 Revisão da Anatomia do Sistema Nervoso Central e Periférico.......................................14

 2.6 Aula 05 Revisão da Anatomia do Sistemas Simpático..................................................................15

2.7 Aula 06 Revisão da Anatomia do  Parassimpático.........................................................................17

2.8 Aula 07 Revisão da Anatomia do Sistema Cardiovascular.............................................................19

 2.9 Aula 08 Revisão da Anatomia do Sistema Digestivo..................................................................... 21

 2.1 0  Aula 0 9 Revisão da Anatomia do Sistema Venoso................................................................ ..25

 2.11 Aula 10 Revisão da Anatomia do Sistema Linfático................................................................... .31

 2.12 Aula 11 Revisão da Anatomia do Sistema Respiratório...............................................................32

 2.13 Aula 12 Revisão da Anatomia do Sistema Imunológico.............................................................. 36

 2.14 Aula 13 Revisão da Anatomia do Sistema  Urinário e Orgãos Genitais...................................... 37

 2.14. 1 Revisão da Anatomia do Sistema  Genital Masculino............................................................. 39

 2.14.2 Revisão da Anatomia do Sistema  Genital Feminino.......................................................... .....40

 2.15  Aula 14 Revisão da Anatomia do Sistema Sensorial................................................................. 45

 2.16  Aula 15 Revisão da Anatomia do Sistema  Endocrino............................................................... 48

 2.17 Aula 16 Revisão da Anatomia do Sistema  Tegumentar........................................................... 50

Questões de provas......................................................................................................................61

Gabarito.................................................................................................................................................68

 REFERÊNCIAS.....................................................................................................................................69

 

 

 

 

MÓDULO 1 - Fundamentos de Enfermagem: anatomia, fisiologia e semiológia.

 

1 INTRODUÇÃO

 

Queridos amigos técnicos em enfermagem foi com muita satisfação que organizei este matérial para revisão de anatomia para concursos especificamente voltado para questões que podem cair em provas de nível médio-técnico, como o caso de técnico em enfermagem.

 Estudamos anatomia no ensino médio e posteriormente mais aprofundado no curso de técnico em enfermagem. Assim, atingimos um conhecimento mais aprofundado e atualizado além de nortear a prática assitencial, favorece para um atendimento de qualidade acertivo. Pois, ao saber qual orgão foi atingido, você imediatamente imagina quais estruturas, vasos e grupos de células que podem estar funcionando com alterações fisiológicas, esse conhecimento é enriquecedor. Hoje mais que nunca exige-se do técnico de enfermagem que ele tenha habilidade e seja capaz de tomar decisões, vejo isso sendo plenamente possível através do domínio do conhecimento da teória a ser aplicada na prática.

Esse material é uma das aulas do curso para técnico de enfermagem e disponibilizo como degustação de muitos outros módulos os quais estudaremos juntos. Acompanhem minhas postagens e em breve video aula sobre cáculos de medicamentos só para técnicos em enfermagem. Vamos andar juntinhos em 2016 até a aprovação no seu concurso.  Obrigado pela confiança e preferência. Sem mais demora apresento a todos uma revisão  de anatomia sobre os principais sistemas do corpo humano.

 

 

 

 

 

 

 

 

Anatomia e Fisiologia dos Seguintes Sistemas:

Sistema ósseo e articular;   Muscular;  Sistema nervoso; Cardiovascular; Respiratório; Digestório; Rrenal; Sistema genital feminino e masculino; Endócrino;  Tegumentar; Linfático; Imunológico.

 

Revisão da Anatomia do SISTEMA ESQUELETICO

 Os ossos são órgãos esbranquiçados, muito duros, que unindo-se uns aos outros, por intermédio das junturas ou articulações constituem o esqueleto. É uma forma especializada de tecido conjuntivo cuja a principal característica é a mineralização (cálcio). Quanto a irrigação do osso, temos os canais de Volkman (vasos sangüíneos maiores) e os canais de Havers (vasos sanguíneos menores). O tecido ósseo não apresenta vasos linfáticos. O periósteo é uma delgada membrana conjuntiva que reveste o osso, com exceção das superfícies articulares. Apresenta dois folhetos: um superficial e um profundo (contato direto com o osso). Além da função de proteção, o periósteo é responsável pela reconstituição do osso em casos de fratura.

 FUNÇÃO: 1. Sustentação do organismo. 2. Proteção de órgãos nobres (coração, pulmões, cérebro) 3. Hematopoiética (produz células sangüíneas) e armazenamento de cálcio e fosfato. Quantidade  - É clássico admitir que o corpo humano possui 206 ossos. Mas esse número varia de indivíduo para individuo, e na mesma pessoa varia conforme a idade.

O esqueleto pode ser dividido em esqueleto apendicular e axial. O Esqueleto axial é composto pelos ossos da cabeça, pescoço e do tronco. O esqueleto apendicular é composto pelos membros superiores e inferiores, incluindo suas cinturas.

A união do esqueleto axial com o apendicular se faz por meio das cinturas escapular (formada pela Clavícula e Escápula) para unir os membros superiores ao esqueleto. E cintura pélvica (formada pelo Ilíaco) para unir os membros inferiores ao esqueleto axial. Classificação dos ossos Os ossos são classificados de acordo com a sua forma e composição. Ossos Longos: São aqueles em que o comprimento predomina sobre a largura e espessura. Os ossos longos apresentam uma escavação central que é o canal medular, onde se encontra a medula óssea. Os ossos longos são constituídos por um corpo (diáfise) e 2 extremidades (epífises). Exemplo: Fêmur. Ossos Curtos: São aqueles em que as 3 dimensões se equivalem. São ossos mais ou menos cúbicos. Exemplo: Ossos do Tarso.

Ossos Laminares ou Planos: são osso finos, em que o comprimento e a largura predominam sobre a espessura. Exemplo: Parietal.

Ossos Alongados: São ossos longos, porém achatados e não apresentam canal central. Exemplo: Costelas.

Ossos Pneumáticos: São osso ocos, com cavidades cheias de ar e revestidas por mucosa (seios), apresentando pequeno peso em relação ao seu volume. Exemplo: Esfenóide, Frontal, Maxilar.

 Ossos Irregulares: São ossos com características específicas, apresentam forma irregular, sem padrões. Exemplo: Vértebras. Coluna Vertebral A coluna vertebral se estende desde a base do crânio até a extremidade caudal do tronco. É constituída de 33 vértebras superpostas e intercaladas por discos intervertebrais. As vértebras sacras soldam-se entre si, constituindo um único osso sacro, assim como as coccígeas, que formam o cóccix. Superiormente, articula-se com o osso occipital e inferiormente, com o Ilíaco. É dividida em quatro regiões: Cervical, Torácica, Lombar e Sacro-Coccígea. Caixa Torácica É formada pela região torácica de coluna vertebral, osso esterno e costelas, que são em número de 12 de cada lado, sendo as 7 primeiras verdadeiras (se inserem diretamente no esterno), 3 falsas (se reúnem e depois se unem ao esterno), e 2 flutuantes (com extremidades anteriores livres, não se fixando ao esterno).

  Ao aprofundar sobre o assunto surge outros também importates a serem abordados e fixados como o caso das fraturas. Uma fratura é uma lesão na qual ocorre a ruptura do tecido ósseo. É a perda da continuidade total ou parcial de um osso quando sua carga é ultrapassada. Uma fratura de estresse é uma ruptura (geralmente pequena) que se desenvolve devido à ação de forças prolongadas ou repetidas contra o osso.

Vamos  Analisar juntos esse caso que repercutiu mundialmente e já caiu em prova de concurso para técnicos de enfermagem.

Vamos lá! A derrota de Anderson Silva para o americano Chris Weidman, no UFC 168, chocou o mundo. Não pela derrota em si, mas pelo horror das cenas registradas no momento em que o brasileiro sofreu uma lesão na perna após aplicar um chute no adversário.

Disponívelem:<http://institutodoatleta.com.br/website/index.php/especialidades/ortopedia/298-fratura-da-perna-de-anderson-silva-e-causa-comum-de-cirurgia-em-atletas>

No que se refere à traumatologia, assinale a alternativa correta.

(A) A lesão em questão é uma luxação do tornozelo causada por agente contundente.

(B) A ferida contusa foi causada por choque mecânico.

(C) Trata-se de uma fratura exposta, porém devido a elasticidade da pele, essa se conserva íntegra.

(D) A lesão nessa região do corpo produz linhas de fratura radiais.

(E) Houve fratura da fíbula e do fêmur.

Vamos Explorar um pouco mais sobre esse assunto. Segundo Cunha e Andreol (2013), não importa a causa de uma fratura, pois o tratamento é sempre o mesmo: Cirurgia com pino dentro do osso da perna, Figura a seguir. Este Pino dentro do osso é a melhor forma de tratamento, pois a tíbia é um osso oco, o que permite colocar este pino por dentro sem grande agressão. Os cortes são mínimos, um de dois dedos abaixo do joelho e mais três furos de 1,5 cm para colocar os parafusos que vão prender o pino no lugar.

 

 

As fraturas são classificadas de várias formas. Na Fratura Simples Existe apenas um traço de fratura, separando o osso em 2 pedaços apenas. Fratura Cominutiva; Fratura onde o osso se quebra em vários fragmentos. Fratura exposta é quando uma das pontas fraturadas pode perfurar a pele expondo o osso ao ambiente.

LUXAÇÕES: A luxação é uma lesão onde as extremidades ósseas que formam uma articulação ficam deslocadas, permanecendo desalinhadas e sem contato entre si. O desencaixe de um osso da articulação (luxação) pode ser causado por uma pressão intensa, que deixará o osso numa posição anormal, ou também por uma violenta contração muscular. Com isto, poderá haver uma ruptura dos ligamentos. Os sinais e sintomas mais comuns de uma luxação são: dor intensa, deformidade grosseira no local da lesão e a impossibilidade de movimentação.

ENTORSES: Entorse pode ser definido como uma separação momentânea das superfícies ósseas, ao nível da articulação. A lesão provocada pela deformação brusca, geralmente produz o estiramento dos ligamentos na articulação ou perto dela. Os músculos e os tendões podem ser estirados em excesso e rompidos por movimentos repentinos e violentos. Uma lesão muscular poderá ocorrer por três motivos distintos: distensão, ruptura ou contusão profunda. O entorse manifesta-se por um dor de grande intensidade, acompanhada de inchaço e equimose no local da articulação. Entorse Tornozelo.

  Num corpo adulto, existe cerca de 208 ossos que geram alavancas para o sistema muscular.

Funções do Sistema Esquelético

Sustentar o organismo; Proteger os órgãos vitais; Armazenar os sais; Ajudar no movimento do corpo; Hematopoiética

Principais partes do esqueleto: Esqueleto apendicularformado pela:

caixa craniana, que possui vários ossos importantes do crânio; coluna vertebral, (são pequenos ossos sobrepostos que sustentam o corpo dos vertebrados, por onde há um canal que se conecta à medula nervosa ou espinhal. Sua principal função é a movimentação); caixa torácica, (formada pelo osso esterno e as costelas. Ele é responsável por proteger os pulmões e o coração).

Esqueleto axial é formadopela:

cintura torácica ou escapular. Ela é formada pelas escápulas e clavículas; cintura pélvica ou inferior, é conhecida  como bacia e é constituída pelo sacro, por um par de ossos ilíacos e pelo cóccix;

Esqueleto dos membros

é composto pelas juntas, ou seja, a ligação existente entre dois ou mais ossos. Outras estruturas são as articulações e os ligamentos que conecam os ossos a uma articulação.

Cada conjunto de ossos também recebe uma classificação:

Ossos longos: ossos compridos com duas extremidades. Ex.: fêmur, úmero; Ossos curtos: A largura e o comprimento tem praticamente o mesmo tamanho. São constituídos praticamente de osso esponjoso. Ex.: tarsos, carpos, etc.; Ossos planos ou chatos: São ossos finos formados por lâminas. Ex.: ossos do crânio, da bacia e outros. Ossos Alongados: São achatados e não possuem um canal central. Ex.: costelas. Ossos Pneumáticos: Ossos ocos com cavidades revestidas de mucosa. Ex.: Esfenóide. Ossos Irregulares: Possui uma forma tão complexa que não pode ser encaixado em nenhuma das categorias citadas acima. Ex.: Vértebras.Ossos Sesamóides: Pequenos ossos achados dentro de tendões.Ossos Suturais: Pequenos ossos encontrados nas articulações e entre os ossos do crânio.

 

Esquema dos Principais Ossos do Esqueleto

 

Fique ligado! Questão de prova. 1- No sistema esquelético, acerca da cartilagem, é correto afirmar que:

A) existe um único tipo, a cartilagem hialina.

B) é uma forma especial de tecido conjuntivo, no qual a composição da matriz não determina  sua função.

C) as células são denominadas condrócitos e formam estruturas circulares ao redor de lacunas.

D) não há vascularização, por isso as peças são pequenas e geralmente envolvidas pelo periósteo (tecido conjuntivo).

E) tem função de suporte, faz parte das superfícies articulares e serve como molde para o crescimento ósseo.

A resposta dessa questão é a letra “E”, acerca dessa abordagem vamos seguir estudando os conceitos sobre cartilagens que compõe o sistema esqueletico.

 

 

O que é cartilagem?

A cartilagem é um tecido que reveste as nossas articulações. Formado principalmente por colágeno, água e suas células específicas chamadas condrócitos. Não possui vasos sanguíneos, linfáticos ou inervação.

Para que serve a cartilagem?

Ela tem como função amortecer o impacto e suavizar o deslizamento entre as superfícies ósseas.

Quais articulações podem ser envolvidas?

Todas. As mais envolvidas e mais sintomáticas são as que sustentam peso, principalmente quadril, joelho e tornozelo.

É verdade que a cartilagem uma vez lesada nunca mais é reparada?

Sim. A cartilagem praticamente não possui poder de cicatrização ou regeneração. O que ocorre em alguns casos é a formação de um tecido cicatricial fibrocartilaginoso, sem as mesmas características da cartilagem normal.

 Qual o quadro clínico da lesão de cartilagem?

 

Geralmente os pacientes apresentam dor, inchaço e travamento da articulação envolvida. A limitação às atividades ocorre de acordo com o tamanho e o local da lesão.

 Existe algum exame de imagem que confirme a lesão?

Sim. A Ressonância Magnética é extremamente útil. Os aparelhos mais modernos mostram a lesão com detalhes, inclusive com estudo do seu metabolismo.

Tratamento para a lesão da cartilagem.

O tratamento pode ser não-operatório (através de medicamentos, fisioterapia e orientações) ou cirúrgico.

 

Como é feita a cirurgia?

 

 

 

Existem várias opções que dependem do tamanho e do local da lesão, além das características do paciente. Entre as principais temos:

Condroplastia: regularização da lesão.

Microperfurações: são realizados pequenos orifícios no osso exposto com o objetivo de estimular pequeno sangramento local e a formação do tecido cicatricial fibrocartilaginoso.

Mosaicoplastia: retirada de um fragmento de ósseo revestido com cartilagem de um local que não recebe carga do próprio paciente e colocado na lesão. Transplante de condrócitos: células da cartilagem são retiradas, cultivadas em laboratório e reimplantadas no defeito. Pouco disponível no Brasil devido ao seu alto custo. Cartilagem sintética: material de baixo atrito, colocado no local da lesão.

 E quando a lesão é muito grande?

Existe possibilidade de realizar estas cirurgias?

 

Não. Nas lesões mais extensas e com um processo de artrose já estabelecido, estes procedimentos não estão indicados. Nesses casos, geralmente a principal indicação é a artroplastia, em que substituímos toda a superfície articular. São procedimentos utilizados em último caso, reservados a pacientes mais idosos (BRANCO, 2010).

 

Revisão da Anatomia do SISTEMA MUSCULAR

 

O sistema muscular envolve a distribuição de musculatura por todo o corpo responsável pelos movimentos intencionais ou não. Suas características são:  capacidade “elástica” de contração e distensão. Para isso faz-se necessário um comando do cérebro - enviado pelos nervos motores e cujo resultado é a contração muscular.

Os músculos variam de volume quando exercitados com frequência, tornando-se mais delineados e desenvolvidos, como podemos observar nos esportistas. O músculo, constituído por fibras, possui forma alongada, parte central alargada (ventre, porção carnosa contrátil) e extremidades afuniladas que se fixam aos ossos ou órgãos por meio de tendões (cordões fibrosos) ou aponeuroses (lâminas fibrosas). Cada fibra muscular é uma célula longa e fina, com vários núcleos e filamentos microscópicos a preencher seu citoplasma. O conjunto de fibras constitui o feixe muscular e cada músculo possui numerosos feixes.

Tonicidade – estado em que os músculos apresentam vigor ou energia; o seu oposto é a flacidez.

A musculatura do coração, músculo estriado cardíaco, também conhecida como miocárdio, é responsável por seus movimentos (batimentos cardíacos) e contrai-se vigorosa e involuntariamente, apesar de composta por fibras estriadas.

 Músculos da Face e Pescoço - Os músculos da face contraem-se e relaxam-se inúmeras vezes, o que nos permite expressar sensações como sorrir, chorar, espantar-se, sentir dor, raiva, etc. Cada uma dessas expressões envolve movimentos de diversos músculos faciais, também conhecidos como mímicos.

Ao nos alimentarmos faz-se necessária a mastigação, processo que exige a participação dos músculos mastigadores.

Na face: frontal: situa-se na testa e forma rugas quando elevado; músculo do supercílio: realiza os movimentos de elevação e aproximação das sobrancelhas; orbicular dos olhos: localiza-se em torno das pálpebras e realiza os movimentos de abrir e fechar os olhos; músculo do nariz: responsável pelo movimento de franzir o nariz; bucinador: situa-se na bochecha e atua nos movimentos de inflar e contrair; masseter: localiza-se nos lados da face, movimentando-se durante a mastigação; orbicular dos lábios: situa-se em volta dos lábios e é responsável pelo sopro, sucção, beijo estalado e assobio; músculo depressor do lábio inferior: atua na projeção do lábio inferior e na contração do queixo.

No pescoço são encontrados os músculos platisma e esternocleidomastóide (responsável pela rotação da cabeça). acordo com a função a ser desempenhada.

A musculatura esquelética estriada, situada nas camadas superficiais do corpo, liga-se firmemente às cartilagens e aos ossos por meio de tendões ou aponeuroses Seus movimentos são voluntários, comandados pela vontade. Ela recobre todo o esqueleto, permitindo o controle dos movimentos da face, pernas, braços, etc.

A musculatura lisa ou visceral, responsável pelo movimento de órgãos como o esôfago, o estômago e os intestinos, contrai-se lentamente, independente de nossa vontade. Além disso, faz parte da maioria dos vasos e controla o fluxo do sangue através dos vasos sanguíneos.

Fonte: https://ericasitta.wordpress.com/2014/01/26/anatomia-da-face-e-do-pescoco/

 

Músculos dos Membros Superiores - Seria difícil contar durante todo um dia os diversos movimentos realizados pelos braços, como pentear-se, pegar objetos, dirigir, abraçar uma pessoa querida, etc. Determinados movimentos necessitam dos músculos flexores, que participam da retração muscular; outros, dos músculos extensores (figura 14), que permitem a extensão do membro.

Na região do braço localizam-se os músculos com grandes massas, responsáveis pela força. Os principais são: - deltóide – encontra-se na articulação do ombro e produz a elevação do braço - é nele que se aplica a injeção intramuscular; - bíceps – localiza-se na parte anterior do braço, sendo responsável pela flexão do antebraço sobre si mesmo – é bem delineado em pessoas que exercem práticas esportivas; - tríceps – situa-se na parte posterior do braço e afasta o antebraço do bíceps.

Fonte: Figura 1: Mapa dos músculos do corpo (Site Saúde em Movimento, 2005).

 

O movimento do antebraço é limitado, o que lembra uma dobradiça. Porém, as mãos executam movimentos precisos e delicados, como abotoar uma blusa, fazer uma trança, digitar um texto, dentre muitos outros utilizados no dia-a-dia. Para a prática de seu serviço duas posições do antebraço são muito úteis: supina, quando o antebraço se encontra com a palma da mão para cima, e prona, quando a palma está virada para baixo. Seus principais músculos são: Deltóide, Faciais, Peitoral maior, Bícep, Reto abdominal, Oblíquo externo, Flexores do pulso e dos dedos, Costureiro, Quadríceps, Esternocleidomastóide, Trapézio, Deltóide,Tríceps, Grande, dorsal, Oblíquo externo, Grande glúteo, Bíceps crural ou femural, Gêmeos ou, gastrocnêmios, Extensores dos dedos, Grande denteado .

Músculos dos membros superiores, do tronco e inferiores:  - flexor dos dedos – situa-se na parte anterior do antebraço e promove a flexão dos dedos; - extensor dos dedos – localiza-se na parte posterior do antebraço, sendo responsável pelo afastamento dos dedos.

Músculos do Tronco - Os principais músculos do tórax  são:trapézio – localiza-se na região superior das costas, sendo responsáve pela elevação dos ombros - é nele que se realiza a massagem de conforto; grande dorsal – situa-se na região inferior das costas, tendo como função principal levar o braço para trás;  peitoral maior – como o nome indica, localiza-se no peito, permitindo o movimento do braço para a frente;  grande denteado – situa-se na parte lateral do tórax, promovendo a elevação das costelas, ajudando, dessa forma, o processo de respiração.

No abdome, os principais músculos são:  reto abdominal – localiza-se na frente do abdome ou barriga, sendo responsável por dobrar o tórax sobre o abdome, ajudando na inspiração (entrada de ar no organismo) forçada; oblíquo externo – situa-se nos lados do abdome; atua comprimindo as vísceras e inclinando o tórax para a frente; diafragma -separa o tórax do abdome e ajuda na inspiração.

A musculatura abdominal é também responsável pela sustentação do peso e pressão dos órgãos viscerais.

Na prática de seu trabalho três posições distintas são muito utilizadas: decúbito dorsal - quando o corpo se encontra com o dorso (costas) em contato com a superfície de apoio (maca ou leito); decúbito ventral - quando o corpo está apoiado sobre o ventre (de barriga para baixo); decúbito lateral - quando o corpo está apoiado em um lado específico, seja o direito ou o esquerdo.

Músculos dos membros inferiores - Os principais músculos dos membros inferiores  são: grande glúteo ou glúteo superior - localiza-se nas nádegas e permite a extensão da coxa; quadríceps - situa-se na parte anterior da coxa, sendo responsável pela extensão da perna; costureiro - é o músculo mais longo do corpo: inicia-se no quadril, cruza a coxa e termina na lateral interna do joelho; sua função é aproximar a coxa do abdome; bíceps crural ou femoral – localiza-se na face posterior da coxa, permitindo o movimento de flexão das pernas; gêmeos ou gastrocnêmios – situam-se na face posterior da perna (“batata” da perna) e são responsáveis pela extensão dos pés. Por sua vez, os pés apresentam movimentos de extensão,  flexão e rotação – possíveis devido à utilização dos músculosextensores e flexores neles inseridos por meio dos tendões.

Fonte: <http://revistas.ufg.br/index.php/musica/article/view/2652/11539>

 

 Revisão da Anatomia do SISTEMA NERVOSO

O sistema nervoso controla a maioria das funções do corpo, mediante o controle das contrações dos músculos esqueléticos, músculos lisos dos órgãos internos e velocidade de secreção de glândulas exócrinas (secreção externa, como o suor) e endócrinas (glândulas que secretam substâncias para dentro do organismo).

O tecido nervoso é constituído por células nucleadas especiais, denominadas neurônios, com longos prolongamentos capazes de captar estímulos exteriores como calor, frio, dor. Possuem morfologia complexa, mas quase todos apresentam três componentes. Os dendritos são prolongamentos numerosos, cuja função é receber os estímulos do meio ambiente, de células epiteliais sensoriais ou de outros neurônios.

O corpo celular ou pericário é o centro do tráfico dos impulsos nervosos da célula. O axônio é um prolongamento único, especializado na condução de impulsos que transmitem informações do neurônio para outras células nervosas, musculares e glandulares. A transmissão do impulso nervoso de um neurônio a outro depende de estruturas altamente especializadas: as sinapses.

Os axônios estão envoltos em uma camada gelatinosa que funciona como isolante e denomina-se bainha de mielina. O conjunto de axônios corresponde às fibras nervosas, cuja união forma os feixes ou tractos do sistema nervoso central e os nervos do sistema nervoso periférico. A junção dos corpos neuronais constitui uma substância cinzenta denominada córtex.

O funcionamento do sistema nervoso depende do chamado arco ref lexo constituído pela ação das vias aferentes, centrípetas ou sensitivas, responsáveis pela condução dos impulsos originados nos receptores externos (provenientes do sistema sensorial) ou internos existentes em diversos órgãos e sensíveis às modificações químicas, à pressão ou tensão; pelos centros nervosos que formam a resposta aos estímulos enviados pelas vias sensitivas; pela via eferente, motora ou centrífuga que conduz a resposta voluntária ou involuntária dos centros nervosos para os tecidos muscular e glandular.

Anatomicamente, o sistema nervoso divide-se em sistema nervoso central (SNC) e sistema nervoso periférico (SNP).

O SNC é representado pelo encéfalo e medula espinhal, respectivamente localizados no interior da caixa craniana e coluna vertebral. O encéfalo é constituído pelo cérebro, diencéfalo, cerebelo e tronco encefálico (mesencéfalo, ponte e medula oblonga) e sua parte central é constituída por uma substância branca; a externa, por uma substância cinzenta.

O cérebro divide-se em duas partes simétricas (hemisférios direito e esquerdo) cuja troca de impulsos é feita pelo corpo caloso. Sua superfície evidencia pregas (giros) e reentrâncias (sulcos e fissuras) do córtex cerebral. Os sulcos e fissuras dividem os hemisférios em lobos responsáveis por funções específicas - como sensitivas, auditivas, visuais, movimentação voluntária, memória, concentração, raciocínio, linguagem, comportamento, entre outras.

Neurônio e seus principais componentes - Corpo celular, Axônio, Bainha de mielina,Terminais, Células de Schwann e neurilena,Dendritos.

O diencéfalo circunda o terceiro ventrículo, forma a parte central mais importante do encéfalo e contém o tálamo e hipotálamo.

Pelo tálamo passam todas as vias sensitivas que informam as percepções da sensibilidade dos órgãos dos sentidos, exceto o olfato – também percebe sensações como calor extremo, pressão e dor intensa.

O hipotálamo, situado abaixo do tálamo, aloja a hipófise e controla as principais funções vegetativas e endócrinas do corpo. É uma das principais vias de saída de controle do sistema límbico (circuito neuronal que controla o comportamento emocional e os impulsos motivacionais).

O cerebelo controla os movimentos, a tonicidade muscular e participa da manutenção do equilíbrio do corpo.

O tronco cerebral une todas as partes do encéfalo à medula espinhal, vulgarmente chamada “espinha”. O tronco cerebral desempenha funções especiais de controle, dentre outras, da respiração, do sistema cardiovascular, da função gastrintestinal, de alguns movimentos estereotipados do corpo, do equilíbrio, dos movimentos dos olhos. Serve como estação de retransmissão de “sinais de comando” provenientes de centros neurais ainda mais superiores que comandam o tronco cerebral para que este inicie ou modifique funções de controle específico por todo o corpo.

A medula espinhal encontra-se no interior do canal formado pelas vértebras da coluna vertebral. Dela irradiam-se 33 pares de nervos espinhais, à direita e à esquerda, que inervam o pescoço, tronco e membros, ligando o encéfalo ao resto do corpo e vice-versa. É também mediadora da atividade reflexa (atos instantâneos, realizados independentemente da consciência). Estende-se da base do crânio até o nível da segunda vértebra lombar, pouco acima da cintura. Se você já assistiu a uma punção lombar (para anestesia peridural, por exemplo) deve ter percebido os cuidados adotados para apalpar as vértebras, visando evitar lesão na medula. A substância cinzenta da medula espinhal tem o formato da letra H, cujas extremidades são a raiz anterior, de onde saem as fibras motoras, e raiz posterior, local de saída das fibras sensitivas.

Por sua vez, o SNP consiste nos nervos cranianos e espinhais. Emergindo do tronco cerebral, há 12 pares de nervos cranianos que exercem funções específicas e nem sempre estão sob controle voluntário.

Os nervos que possuem fibras de controle involuntário são chamados de sensitivos; e os de controle voluntário, motores. A partir dos órgãos dos sentidos e dos receptores (terminações nervosas sensitivas), presentes em várias partes do corpo, o SNP conduz impulsos nervosos para o SNC, e deste para os músculos e glândulas. Os nervos espinhais são divididos e denominados de acordo com sua localização na coluna vertebral: 8 cervicais, 12 torácicos, 5 lombares, 5 sacrais e um coccígeo.

Fisiologicamente, o sistema nervoso pode ser dividido em sistema nervoso voluntário, que comanda a musculatura estriadaesquelética, e sistema nervoso autônomo (SNA) ou involuntário,responsável pelo controle da musculatura lisa, do músculo cardíaco,da secreção de todas as glândulas digestivas e sudoríparas e dealguns órgãos endócrinos.

Fonte: www.auladeanatomia.com

 

Sistema Nervoso Central e Sistema Nervoso Periférico

 

 

O quadro a seguir facilita a identificação das ações dos 12 pares de nervos cranianos:

 

 

1º Olfativo ou olfatório (sensitivo) conduz ao cérebro os impulsos que nos fazem perceber o olfato

2º Óptico (sensitivo) leva ao cérebro os estímulos que geram as sensações visuais

3º Motor ocular comum ou responsável pelo movimento dos olhos e constrição oculomotor (motor) pupilar.

4º Troclear (motor) participa dos movimentos dos olhos

5º Trigêmeo (misto) atua sobre o músculo temporal e masseter, percebendo as sensações da face e atuando nas expressões

6º Abducente (motor) responsável pelo desvio lateral dos olhos

7º Facial (misto) um de seus ramos atua nos músculos mímicos da face; o outro, inerva as glândulas salivares e lacrimais e conduz a sensação de paladar captada na língua

8º Acústico (sensitivo) possui ramos que permitem a audição e outros, o equilíbrio

9º Glossofaríngeo (misto) sua porção motora leva estímulos da faringe e a sensitiva permite que se perceba o paladar

10º Vago (misto) abdominais; responsável pela inervação de órgãos toráxicos e controla as batidas do coração

11º Espinhal ou acessório (motor) inerva os músculos do pescoço e do tronco

12º Hipoglosso (motor) ajuda nos movimentos da língua

 

 

 

Os Sistemas SIMPÁTICO E PARASSIMPÁTICO

A inervação do sistema autônomo é usualmente dupla. Todavia, um sistema costuma predominar. No coração, por exemplo, a freqüência cardíaca é controlada marcadamente pelo parassimpático. Há casos, ainda, em que a inervação de determinados órgãos é limitada a um dos sistemas. Por exemplo, medula adrenal, rim e ações fisiológicas como o controle de pressão arterial são áreas limitadas à influência do sistema simpático.

Sistema Simpático. As fibras simpáticas pré-ganglionares, cujos corpos celulares estão localizadas dentro do sistema nervoso central, abandonam o mesmo a partir de T1 a L2 (toracolombares). Passam, então, pela cadeia simpática e seguem para os tecidos e órgãos pelos neurônios pós-ganglionares.

As cadeias simpáticas são cadeias de gânglios paravertebrais simpáticos dispostos dos dois lados da coluna vertebral. Neles, há a sinapse dos neurônios pré-ganglionares com os corpos celulares dos neurônios pós-ganglionares. Uma exceção ocorre nas adrenais (ou supra-renais). Neste caso, as fibras pré-ganglionares passam sem fazer sinapses desde a medula espinhal até atingirem células neuronais modificadas nas medulas das adrenais que secretam adrenalina e noradrenalina.

Sistema Parassimpático. As fibras parassimpáticas (craniossacrais) abandonam o sistema nervoso central pelos nervos cranianos III, VII, IX e X e pela terceira e quarta raízes espinhais sacrais. Contudo, cerca de 75% de todas as fibras nervosas parassimpáticas estão nos dois nervos vagos que proporcionam uma extensa inervação toracoabdominal

Uma diferença quanto às fibras simpáticas é que as fibras parassimpáticas pós-ganglionares, na grande maioria das vezes, encontram-se nas paredes dos órgãos.

Sistema Simpático. Apesar de manter funções permanentes como tônus vascular, sua função principal é responder a situações não-permanentes de estresse como frio, trauma, medo, hipoglicemia, exercício etc. Aumenta a pressão arterial, a freqüência cardíaca, mobiliza estoques energéticos, causa vasoconstrição periférica e interna, provoca dilatação de pupilas e bronquíolos.

As alterações provocadas pelo organismo durante emergências são mediadas por ativação direta simpática dos órgãos efetuadores e por estímulo da medula adrenal liberando adrenalina e, em pequenas quantidades, noradrenalina. São também conhecidas como reações de luta ou fuga.

Sistema Parassimpático. Mantém funções essenciais à vida, tais como processos digestivos e eliminação de substâncias inaproveitáveis. Opera isoladamente em órgãos específicos como coração, músculo liso brônquico, íris, glândulas salivares e bexiga.

 

NEUROTRANSMISSORES - A neurotransmissão é um exemplo de comunicação química entre células. E no caso do sistema nervoso autônomo (simpático e parassimpático), as fibras nervosas secretam, principalmente, acetilcolina e noradrenalina (termo britânico para norepinefrina).

Os neurônios são células individualizadas e, tanto a sua comunicação entre si como com outras células é mediada por neurotransmissores. Esses se difundem através da fenda sináptica e agem sobre receptores pós-sinápticos. Podem, também, voltar e agir em receptores pré-sinápticos. Os neurotransmissores são muito hidrofílicos e seu efeito é mediado por receptores específicos na célula alvo.

 

Neurotransmissores Autonômicos

Neurotransmissor

Área de Ação

 

Acetilcolina

  • Todos os neurônios pré-ganglionares
  • Neurônios parassimpáticos pós-ganglionares
  • Medula das adrenais
  • Nervos somáticos

 

Noradrenalina

  • Neurônios simpáticos pós-ganglionares

 

As fibras nervosas simpáticas pós-ganglionares para as glândulas sudoríparas, para os músculos eretores dos pêlos (piloeretores) e para alguns dos vasos sangüíneos são colinérgicas.

Acetilcolina. Se a transmissão autonômica é mediada por acetilcolina, o neurônio é dito colinérgico. E todos os  neurônios pré-ganglionares são colinérgicos. Dessa forma, a acetilcolina medeia a transmissão nervosa dos gânglios autonômicos, tanto simpáticos como parassimpáticos. Além disso, é, também, o neurotransmissor na medula adrenal (lembrar que o neurônio simpático pré-ganglionar faz sinapse diretamente nela). O transmissor também é a acetilcolina no sistema parassimpático pós-ganglionar e nos nervos somáticos.

Dessa forma, quando aplicadas nos gânglios, a acetilcolina ou substâncias semelhantes a ela, estimularão os neurônios pós-ganglionares, sejam eles simpáticos ou parassimpáticos.

  1. No caso de o transmissor ser noradrenalina ou adrenalina, a fibra é denominada adrenérgica. A noradrenalina medeia a transmissão pós-ganglionar no sistema simpático.

Assim, praticamente todas as terminações nervosas do sistema parassimpático secretam acetilcolina, enquanto que a maioria das terminações do simpático libera noradrenalina. Por isso, a acetilcolina é chamada de transmissor parassimpático e a noradrenalina de transmissor simpático.

 

SEGUNDOS MENSAGEIROS - Os neurotransmissores, ao atuar em seus receptores, ativam processos enzimáticos resultando em respostas celulares como fosforilação de proteínas e ativação de canais iônicos. Segundos mensageiros são moléculas que propagam a mensagem originada pela união do transmissor com o receptor. Ou seja, intervêm entre a mensagem original e o efeito final sobre a célula. São exemplos a adenilciclase, óxido nítrico e fosfatidilinositol.

Os receptores pós-sinápticos de neurônios e fibras musculares estão diretamente ligados a canais iônicos. Alguns receptores que não estão ligados a canais iônicos iniciam uma série de reações que culminam em uma resposta celular específica.

Em sua maioria, as funções do SNA são articuladas em coordenação com o SNC, em especial o hipotálamo. Do ponto de vista anatômico e funcional, o SNA divide-se em sistema simpático e parassimpático, que trabalham de modo antagônico, porém em equilíbrio.

O sistema simpático estimula atividades realizadas durante situações de emergência e estresse, nas quais os batimentos cardíacos se aceleram e a pressão arterial se eleva. O sistema parassimpático estimula as atividades que conservam e restauram os recursos corpóreos (por exemplo, diminuição dos batimentos cardíacos).

Cada parte do SNA possui duas cadeias de neurônios. O corpo celular do primeiro neurônio situa-se na coluna referente visceral do encéfalo e da medula espinhal; o do segundo neurônio, num gânglio autônomo, externamente ao SNC. O axônio do primeiro neurônio é chamado fibra pré-sináptica ou pré-ganglionar; o do segundo, fibra pós-sináptica ou pós-ganglionar.

Os gânglios localizam-se ao longo da coluna vertebral, na cavidade abdominal, nas proximidades ou interior dos órgãos por eles inervados. Para chegarem à musculatura, as fibras pós-ganglionares utilizam uma artéria, um nervo independente ou ligado aos nervos espinhais.

No sistema simpático, os corpos celulares dos neurônios préganglionares localizam-se na substância cinzenta (corno lateral) da medula espinhal, começando no primeiro segmento torácico e terminando no segundo ou terceiro segmento lombar. Os corpos celulares dos neurônios pós-ganglionares situam-se nos gânglios para-vertebrais e prévertebrais. Por liberarem adrenalina ou noradrenalina, as terminações pós-ganglionares simpáticas são conhecidas como adrenérgicas.

No sistema parassimpático, os corpos celulares dos neurônios pré-ganglionares situam-se nos núcleos dos pares III, VII, IX e X de nervos cranianos no tronco encefálico e no segundo, terceiro e quarto segmentos sacrais da medula espinhal. As fibras pré-ganglionares fazem sinapse com o corpo celular de um neurônio pós-ganglionar parassimpático, próximo ou na parede do órgão-alvo. Por liberarem acetilcolina, a maioria das terminações pós-ganglionares parassimpáticas são denominadas colinérgicas.

 

Revisão da Anatomia do SISTEMA CARDIOVASCULAR

O coração é uma “bomba” muscular oca, responsável pela circulação do sangue pelo corpo. Para tanto, apresenta movimentos de contração (sístole) e relaxamento (diástole), por meio dos quais o sangue penetra no seu interior e é impulsionado para os vasos sangüíneos.

Localiza-se na porção central da cavidade torácica conhecida como mediastino - mais precisamente o mediastino médio e é envolvido por um saco fibrosseroso de paredes duplas, chamado pericárdio, que tem em seu interior pequena quantidade de líquido aquoso – o  que permite seu melhor deslizamento quando dos movimentos de sístole e diástole.

A estrutura cardíaca é formada por três camadas musculares: epicárdio (camada externa), miocárdio (camada média e a mais espessa) e endocárdio (camada interna).

O coração é composto por quatro câmaras, denominadas átrios (superiores) e ventrículos (inferiores). Os átrios recebem o sangueque vem das veias, motivo pelo qual suas paredes são delgadas -ao inverso dos ventrículos que, por injetarem sangue nas artérias enecessitarem de maior força para vencer a resistência vascular, têmparedes musculares espessas.

Os movimentos cardíacos são rítmicos, numa média de 80 batimentos por minuto, no adulto – como na criança o espaço a ser percorrido é menor, seus batimentos são mais acelerados.

Ao pousar a mão ou o diafragma do estetoscópio sobre o terço inferior do osso esterno, você poderá sentir ou ouvir o pulso referente ao ápice do coração, chamado pulso apical. E em cada movimento de sístole você perceberá que uma grande quantidade de sangue é impulsionada para fora do coração, com a importante missão de manter a vida.

A cada sístole o coração expulsa o sangue de suas câmaras; e a cada diástole, as enche de sangue. No entanto, de onde vem e para onde vai este sangue?

Tomemos por início o ventrículo esquerdo, localizado na porção inferior esquerda do coração. O sangue que dele sai, rico em oxigênio, é impulsionado para a artéria de maior calibre do corpo: a aorta. Seu objetivo é alimentar as células de todos os tecidos. Para tanto, possui muitas artérias menores que recebem o sangue da aorta, conduzindo-o para lugares diferentes.

As artérias vão-se dividindo e ficando cada vez menores, até se tornarem arteríolas - os últimos e pequenos ramos do sistema arterial, que atuam como válvulas controladoras pelas quais o sangue é liberado para os capilares.

Os capilares, por sua vez, possuem paredes extremamente permeáveis - o que permite a passagem de nutrientes, gases e substâncias para as trocas com o meio - e são capazes de dilatar-se de acordo com a necessidade do tecido irrigado.

Após efetuar as trocas com o meio, o sangue, agora rico em detritos e gás carbônico, é recolhido pelas vênulas, que o conduzem e gradativamente confluem formando veias de calibre cada vez maior até chegar à veia cava, que o deposita no átrio direito.

As finas paredes musculares dos átrios, no entanto, não possuem força para vencer a resistência muscular das artérias, porém uma vez repletos de sangue desencadeiam a abertura da válvula tricúspide - que localiza-se entre o átrio direito e o ventrículo direito e, quando aberta, permite a passagem do sangue do átrio para o ventrículo; quando fechada, impede o retorno sangüíneo do ventrículo para o átrio. Como as paredes ventriculares são espessas e capazes de vencer a força vascular das artérias, o sangue é mais uma vez, empurrado para fora do coração.

A posse desse conhecimento lhe permitirá entender que, uma vez no ventrículo direito, o sangue é impulsionado para a artéria pulmonar, sendo posteriormente conduzido aos pulmões – onde efetuará importantes trocas, deixando gás carbônico e recolhendo oxigênio (figura 19). Entre o ventrículo direito e a artéria pulmonar

localiza-se a valva do tronco pulmonar ou semilunar, que impede o refluxo de sangue para o ventrículo direito.

Rico em oxigênio para as células, o sangue necessita percorrer o organismo. Para isso, é novamente conduzido ao coração pela veia pulmonar, que o libera no átrio esquerdo. Este, valendo-se de válvulas (mitral ou bicúspide) que o separam do ventrículo esquerdo e impedem o refluxo sangüíneo, repassa o sangue para essa câmara.

De volta ao ventrículo esquerdo, este novamente vence a força da potente parede aórtica para reiniciar o processo. Entre o ventrículoesquerdo e a artéria aorta encontra-se a válvula aórtica que, quandoaberta, permite a saída de sangue para as artérias e, quando fechada,impede o seu refluxo.

A distribuição de sangue pelo organismo recebe a denominação de circulação sistêmica ou grande circulação.

A pressão com que o sangue é bombeado para as artérias precisa ser adequada às suas resistências e às necessidades dos tecidos. Assim, uma pressão abaixo do nível necessário resulta em lesões teciduais pela falta de oxigenação de suas células. E uma pressão contínua acima do nível suportável pelas paredes vasculares pode resultar no seu rompimento.

O coração é inervado pelos nervos simpático e parassimpático, que afetam a função cardíaca alterando sua freqüência ou força de contração do miocárdio. O simpático acelera os batimentos cardíacos e aumenta a força de contração do miocárdio; conseqüentemente, mais sangue é expulso do coração. O parassimpático age inversamente ao simpático.

O coração trabalha automaticamente por ação do sistema nervoso e o impulso para exercer sua atividade cardíaca origina-se nele próprio – processo conhecido como sistema de condução do coração, responsável pelas contrações espontâneas. É composto pelo nó sinusal (ou sinoatrial), situado no átrio direito próximo à desembocadura da veia cava superior - ponto de origem de todos os estímulos, sendo por isso denominado marca-passo cardíaco.

Os estímulos por ele produzidos são transmitidos por fibras musculares ao nó atrioventricular, localizado próximo ao septo atrial. Pela musculatura ventricular, esses estímulos atingem o feixe de His e prosseguem pelas fibras de Purkinge, direita e esquerda. O controle automático do coração sofre influências externas como temperatura (a febre aumenta a freqüência cardíaca), alterações na concentração sérica de cálcio e potássio - que podem provocar diminuição de sua freqüência cardíaca e força de contração, parada cardíaca e contração espástica. Daí a importância dada à dosagem no preparo de soluções e medicações que contenham esses eletrólitos.

 

Revisão da Anatomia do SISTEMA DIGESTÓRIO  

Os alimentos só podem ser absorvidos pelo organismo após sofrerem modificações químicas que possibilitem sua absorção pela corrente circulatória. Os nutrientes não absorvidos são eliminados sob a forma de fezes.

A digestão é o processo pelo qual grandes moléculas orgânicas presentes nos alimentos - como proteínas, carboidratos, lipídeos, etc. - são quebradas em moléculas menores pela ação de enzimas digestivas - processo chamado de catabolismo. Estas enzimas diferem entre si pela substância que irão digerir (substrato), locais de atuação ao longo do tubo digestivo e condições de acidez (pH) ideais para seu funcionamento.

O tubo digestivo é constituído pela boca, faringe, esôfago, estômago, intestino delgado, intestino grosso, ampola retal ou reto e ânus, e por órgãos auxiliares da digestão denominados órgãos anexos: o pâncreas, a vesícula biliar e o fígado.

Os órgãos digestivos são revestidos por células epiteliais cuja função é fabricar o muco que permite o deslizamento do bolo alimentar e secretar as enzimas que irão quebrar as grandes moléculas. Boca, Esôfago, Fígado, Estômago, Duodeno, Pâncreas, Jejuno, Íleo, Intestino grosso, Cólon ascendente, Cólon transverso, Cólon descendente, Sigmóide, Apêndice.

A digestão inicia-se na boca, constituída pelos dentes, língua, palato duro (céu da boca), palato mole (região onde situa-se a úvula ou “campainha” da garganta) e três pares de glândulas: as parótidas, as submandibulares e as sublinguais, responsáveis pela liberação da saliva, denominadas glândulas salivares maiores porque além delas existem pequenas glândulas salivares esparsas. Estas glândulas secretam cerca de um litro a um litro e meio de saliva diariamente – a qual é basicamente composta por água, o que auxilia a diluir o bolo alimentar, e enzimas.

Triturado pelos dentes, o alimento, com o auxílio da língua, é posteriormente empurrado em direção à faringe num processo denominado deglutição.

Na boca, além da trituração, o alimento começa a sofrer a atuação de uma enzima liberada pelas glândulas salivares, denominada amilase salivar ou ptialina, cuja função é começar a digerir o amido e carboidratos do bolo alimentar. As glândulas salivares são controladas pelo sistema nervoso autônomo, porém fatores químico- físico e psíquicos podem interferir em sua secreção.

Os dentes, responsáveis pela trituração dos alimentos, estão dispostos em duas curvas chamadas arcadas dentárias, articuladas nos ossos maxilares e mandibular.

Os dentes são formados pela coroa (sua parte visível); uma ou mais raízes (inseridas no alvéolo do osso) e colo (localizado entre a coroa e a raiz). Estruturalmente, são constituídos por uma porção não calcificada, a polpa, e duas porções calcificadas, o esmalte e a dentina.

A primeira dentição é chamada de decídua, e inicia-se entre o 6O e 8o mês. O último dente desta fase (20 primeiros dentes) surge entre o 20o e 24º mês. A fase seguinte (dentes permanentes) ocorre a partir dos 6/7 anos, substitui a primeira dentição e é composta por 32 dentes.

Durante a deglutição, o alimento passa por uma válvula denominada epiglote – responsável, através de mecanismos reflexos, pelo fechamento da laringe, impedindo desse modo que o bolo alimentar penetre nas vias aéreas – e posteriormente pela faringe, estrutura que também pertence ao sistema respiratório, pois se comunica com a boca, cavidade nasal, esôfago e laringe. Da faringe, o alimento é encaminhado para o esôfago, que o transporta rapidamente até o estômago devido aos movimentos peristálticos existentes (inclusão e reorganização de conteúdo).

Ao se dirigir ao estômago o alimento ainda passa por outra válvula denominada cárdia, cuja função é impedir o refluxo do bolo alimentar para o esôfago. Em crianças recém-nascidas, cuja cárdia ainda não está bem formada, o refluxo é freqüente.

O estômago, dilatação do tubo digestivo, é um órgão que digere os alimentos e secreta hormônios. Sua principal função é continuar a digestão dos hidratos de carbono, iniciada na boca, e transformar os alimentos ingeridos, mediante contração muscular, em uma massa semilíquida e altamente ácida de nome quimo. O estômago divide-se em cárdia, onde desemboca o esôfago; fundo, região superior que se projeta para o diafragma; corpo, sua maior parte; e piloro, parte final que se comunica com o duodeno e que se abre e fecha alternadamente, liberando pequenas quantidades de quimo para o intestino delgado. No estômago, o bolo alimentar sofre a ação de uma secreção estomacal denominada suco gástrico, rica em ácido clorídrico e em duas enzimas, a pepsina e a renina, secretadas pela mucosa estomacal.

Após chegar à primeira porção do intestino delgado, denominado duodeno, o quimo é neutralizado pelo bicarbonato de cálcio liberado pela mucosa intestinal, induzido por um hormônio denominado secretina; nesse momento, já neutralizada sua acidez, o bolo alimentar recebe o nome de quilo. Posteriormente, o quilo sofrerá a ação do suco entérico, liberado por milhares de glândulas existentes na mucosa intestinal - que contém as enzimas enteroquinase, cuja função é ativar a tripsina (uma enzima pancreática), e peptidases, que atuam na digestão dos peptídeos.

Produzido no pâncreas, o suco pancreático é levado até o duodeno pelo canal colédoco. Nele, encontramos as enzimas tripsina e quimiotripsina, que irão digerir as proteínas, a lipase pancreática, que digere lipídios, e a amilase pancreática, que continuará a digerir o amido não digerido na boca pela ptialina. É também no duodeno que o bolo alimentar receberá a ação da bile. Produzida no fígado e armazenada na vesícula biliar, a bile não é uma enzima, mas sais que irão emulsificar, ou seja, quebrar, moléculas grandes de gordura em moléculas menores, possibilitando, assim, a ação da lipase.

A função do fígado não é apenas produzir a bile, mas sim tratar e limpar as substâncias tóxicas do sangue que nele desemboca trazido pela veia porta e proveniente do intestino, pâncreas e estômago. Por intermédio de um esfíncter denominado ileo-cecal, os resíduos não absorvidos pelo intestino delgado irão para o intestino grosso. Neste, perderão água e endurecerão, formando o bolo fecal, no qual passará para a ampola retal por meio de movimentos peristálticos, sendo eliminado pelo ânus pelo processo de defecação.

 

Revisando a anatomia do Sistema VASCULAR

 O Sistema Vascular é responsável pelo transporte do sangue para todas as partes do corpohumano e destas para o coração. Os vasos sanguíneos que compões o sistema vascular são classificados em: artérias, veias e capilares.

 Artérias: Transportam o sangue do coração para os tecidos. Têm a capacidade de se contraírem, pois são controladas pelo sistema nervoso autônomo. Suas paredes são mais espessas, pois precisam suportar a pressão exercida pelo coração.

Veias: Transportam o sangue dos tecidos para o coração. Suas paredes são mais finas e seu diâmetro interno é em geral maior e, como conseqüência, a pressão venosa é muito mais baixa que a arterial. Muitas veias possuem válvulas que impedem o refluxo venoso.

Capilares: são vasos microscópicos e possuem somente uma camada formada de endotélio. Atuam como membranas semipermeáveis, que permitem a realização das trocas gasosas e de nutrientes entre o vaso sanguíneo e as células.

Camadas dos Vasos:  As artérias e veias são compostas por três camadas ou túnicas e os capilares por apenas uma camada, classificada em:

• Túnica Intima: membrana interna formada por células epiteliais achatadas, o endotélio, que reveste todo os sistema circulatório, formando uma superfície interna lisa. A túnica íntima pode ser lesada por cateterização traumática, irritação da íntima por dispositivo muitocalibroso ou  hiperosmoloridade da solução administrada.

• Túnica média: é mais espessa e central, composta por fibras elásticas e musculares que respondem aos comandos do sistema nervoso autônomo. O tecido elástico permite que o vaso se distenda e se contraia quando necessário, tolerando mudanças na pressão e no fluxo.

• Túnica externa: é a camada externa dos vasos, formada de tecido conjuntivo, que reforça a parede do vaso para que ele não se rompa com a pressão.

 

Revisão da Anatomia do Sistema VENOSO

O sangue que é levado à periferia por meio da aorta e das suas ramificações volta ao coração transportado por veias que desembocam em duas grandes veias: a veia cava superior e a veia cava inferior, que desembocam no átrio direito.

 O sistema venoso segue o mesmo trajeto que as artérias e de um modo geral, as veias têm o mesmo nome das artérias que acompanham. Em quase toda a extensão do membro superior (braço, antebraço e mão), e metade distal do membro inferior (perna e pé), profundamente encontramos duas veias para cada artéria.

O fluxo venoso ocorre em direção ao coração por influência de diversos fatores, sendo promovido pela contração da musculatura vizinha, da pressão intratorácica negativa que ocorre com a respiração, da ação da gravidade na parte superior do corpo e pela presença de válvulas.

Válvulas Venosas

As válvulas são dobras endoteliais da túnica íntima que permitem o fluxo venoso em apenas uma direção. Quando o sangue tende a fluir de uma forma retrógrada, a válvula fecha, prevenindo o retorno do fluxo, principalmente nas partes inferiores do corpo onde o retorno do sangue é realizado contra a gravidade.  A presença de válvulas algumas vezes pode dificultar a progressão do cateter dentro da veia.

Classificação das veias. Veias Superficiais: São veias localizadas na tela subcutânea, principalmente nos membros, e muitas vezes possíveis de serem visualizadas. Na extremidade superior encontramos as seguintes veias superficiais: veias do dorso da mão, veia cefálica, veia basílica, veia intermédia do cotovelo e veia   safenasmagna e parva, as mais longas do corpo humano.

A topografia das veias superficiais pode apresentar pequenas variações entre indivíduos, porém neste  capitulo cadescreve-se o admitido como padrão. Para facilitar a compreensão da anatomia das veias.

Veias profundas: Geralmente são paralelas às artérias e normalmente possuem os mesmos nomes que as suas artérias correspondentes. Exemplos de veias profundas na extremidade superior: jugular interna, braquiocefálica, axilar e subclávia. E na extremidade inferior: tibial, poplítea e femoral.

Principais Veias do membro superior - As principais veias do membro superior são a Veia Cefálica e a Veia Basílica, originam-se na tela subcutânea do dorso da mão a partir da rede venosa dorsal. A ligação entre as veias profundas com as veias superficiais, temos as veias perfurantes.

veia cefálica é superficial e corre lateralmente ao membro superior (posição anatômica). Tem uma comunicação com a Veia Basílica pela veia intermédia do cotovelo e drena para a Veia Axilar mais medialmente ao trígono clavipeitoral. Essa veia passa entre o músculos deltóide e peitoral maior no braço e muitas vezes é visível na pele.

A veia basílica começa no dorso da região radiocárpica, cruza a margem medial do antebraço em seu terço distal e situa-se na face anterior. Chega à altura do epicôndilo medial e passa a acompanhar a face medial do braço, seguida pelo nervo cutâneo medial do braço.

Veia cubital mediana (ou veia basílica mediana), é uma veia superficial do membro superior. Ela conecta a veia basílica e a veia cefálica e freqüentemente é utilizada para punção venosa (retirar sangue). Ela repousa na fossa cubital superficial à aponeurose do músculo bíceps braquial.

artéria axilar começa como a continuação da artéria subclávia no exterior das fronteiras da primeira costela, abaixo da média da clavícula. Passa pela axila a tornar-se a artéria braquial, uma vez que deixa a borda inferior de teres major. Ao longo de seu curso que está na musculatura da parede posterior da axila e está rodeado pelas cordas e ramos do plexo braquial.

Há duas veias subclávias (grandes) em cada um dos lados do corpo humano. Cada uma delas é a continuação da veia axilar e une-se à veia jugular interna que forma assim a veia braquiocefálica.

As veias braquiocefálicas direita e esquerda se unem formando a veia cava superior. A veia cava superior é muito curta e desemboca no átrio direito do coração, drenando o sangue que provém dos órgãos localizados acima do diafragma.

 

Veias dos membros inferiores à veia cava inferior

O sistema venoso superficial dos membros inferiores é composto pela veia safena magna e veia safena parva.

Veia safena magna: origina-se na rede de veias da região medial do dorso do pé e estende-se para cima no lado medial da perna, joelho e coxa, desembocando na veia femoral próximo à virilha. À medida que ascende na perna e na coxa, a veia safena magna recebe diversas tributárias e comunica-se com a veia safena parva, o que resulta na formação de uma complexa rede venosa.

Veia safena parva: nasce da união das veias da margem lateral da região dorsal do pé, sobe pela linha mediana da face posterior da perna e na fossa poplítea (posterior ao joelho) aprofunda-se para esvaziar em uma das veias poplíteas.

 Veia poplítea: é formada pelas veias tibiais, que drenam as veias do arco venoso plantar.

Demais veias: femoral, ilíaca externa, ilíaca interna, ilíaca comum e cava inferior.

A veia femoral é uma continuação da veia poplítea, que posteriormente se torna em veia ilíaca externa.

A veia ilíaca interna e veia ilíaca interna se unem e formam as veias ilíacas comuns (direita e esquerda). A veia ilíaca direita comum e veia ilíaca esquerda comum se unem e formam a veia cava inferior. A veia cava inferior é mais longa que a veia cava superior e drena o sangue proveniente das partes do corpo abaixo do diafragma. Depois sobe e atravessa o diafragma desembocando no átrio direito do coração.

 

                                                          Fonte: www.mdanderson.es

 

Sangue pode ser chamado de “meio de transporte” do corpo. Veículo de elementos tão importantes que uma falha sua pode causar a morte dos que esperam suas “mercadorias”: as células. O sangue é uma massa líquida, contida num compartimento fechado, o aparelho circulatório, e mantida em movimento regular e unidirecional devido às contrações rítmicas do coração. Num adulto, seu volume total é de aproximadamente 5,5 litros. Para executar com precisão suas funções, tais como suprir as necessidades alimentares dos tecidos, transportar detritos das células para serem eliminados e conduzir substâncias e gases de uma parte a outra do corpo, possibilitando o bom funcionamento das células, o sangue necessita de elementos especiais em sua composição – sobre os quais passaremos a discorrer.

Se colhermos uma pequena quantidade de sangue observaremos que em pouco tempo haverá a separação entre um líquido amarelado e uma massa vermelha (coágulo). Assim, verificamos que o sangue é formado de uma parte líquida, denominada plasma, e de uma parte sólida, composta por células e fragmentos de células (elementos figurados). O plasma representa 56% do volume sangüíneo e é constituído por 90% de água e diversas substâncias, como proteínas, sais inorgânicos, aminoácidos, vitaminas, hormônios, lipoproteínas, glicose e gases - oxigênio, gás carbônico e nitrogênio -, diluídos em seu meio.

Os sais minerais, juntamente com a água, regulam a pressão osmótica, ou seja, a força que pressiona a passagem de água através de uma membrana de um local menos concentrado para outro mais concentrado. Os principais sais minerais são o cloreto, o sódio, o potássio, o cálcio e o magnésio. Com relação ao plasma, suas principais proteínas são a albumina, as globulinas e o fibrinogênio. Entre outras funções, a albumina transporta medicamentos, bilirrubina e ácido biliar, além de manter a pressão osmótica uniforme no plasma, propiciando a troca de água entre o sangue e os tecidos. As globulinas são compostas pelas alfa e betaglobulinas que transportam o ferro e outros metais, hormônios, vitaminas, lipídios e as gamaglobulinas (anticorpos) que protegem o nosso organismo motivo pelo qual são chamadas de imunoglobulinas. Por sua vez, o fibrinogênio é necessário para a formação de fibrina, na etapa final da coagulação sanguínea.

Das células que compõem a parte sólida do sangue, os glóbulos vermelhos, também chamados hemácias ou eritrócitos, são os que existem em maior quantidade. Não possuem núcleo e apresentam um pigmento rico em ferro, denominado hemoglobina, que torna o sangue vermelho e tem a função de transportar oxigênio para as células. Qualquer interferência nesse transporte pode ser letal para as células do tecido afetado – o que é possível de ser percebido mediante a observação da pele e mucosas (como os lábios), que se apresentarão hipocoradas (sem cor).

As hemácias se formam nas medulas vermelhas dos ossos longos e vivem cerca de 120 dias; ao morrerem são transportadas pelo próprio sangue para o baço, onde se fragmentarão. O valor normal de eritrócitos é de 4,5 a 5 milhões/ml de sangue; e o hematócrito, ou seja, a porcentagem de eritrócitos no sangue, de 45%. A anemia significa uma deficiência de hemácias, que pode ser causada por perda muito rápida ou produção demasiado lenta. É muito importante que você saiba que nessas células existem certos componentes (aglutinógenos), geneticamente determinados, convencionalmente chamados de A e B. Sua presença define o tipo sangüíneo de uma pessoa.

Quatro tipos de sangue podem ser identificados: tipo A – com hemácias que só contêm o elemento A; tipo B - com hemácias que sóbcontêm o elemento B; tipo AB - com hemácias que contêm os doisbelementos; e tipo O, com hemácias “vazias”, ou seja, sem aglutinógeno. Além destes componentes, há o fator Rh. Cerca de 85% da população possui o aglutinógeno Rh, sendo chamadas de Rh+. A presença desses aglutinógenos específicos nas hemácias não é um dos elementos responsáveis pelas reações transfusionais resultantes de tipos sanguíneos incompatíveis. Daí a necessidade de se conhecer a tipagem sanguínea do paciente quando da necessidade de realização de transfusão. Os leucócitos ou glóbulos brancos são células que existem no sangue em menor quantidade que as hemácias. Responsáveis pela defesa do organismo são capazes de destruir os invasores, além de produzir histamina (substância manifesta nas reações alérgicas) e heparina (anticoagulante). Quando suspensos no sangue os leucócitos são esféricos e classificam-se em granulócitos - ou poliformonucleares - e agranulócitos - segundo características celulares - e se diferenciam em outras células durante a fase de maturação. Os granulócitos são compostos de 60% a 75% de neutrófilos, 2% a 4% de eosinófilos e 1% de basófilos. Formam-se na medula óssea e são destruídos e eliminados pelo fígado, baço, muco-bronquial, secreções glandulares e por autodestruição. Defendem o organismo na fase aguda do processo infeccioso e inflamatório. Os eosinófilos participam de processos alérgicos.

 Os agranulócitos compreendem os linfócitos e monócitos. Os linfócitos correspondem a 25%-40% dos leucócitos e são formados nos tecidos linfóides, onde se armazenam (timo e baço). Uma pequena quantidade circula pelo corpo, atuando lentamente nas inflamações crônicas em vista de sua pouca ação destrutiva sobre as bactérias, no entanto são importantes nas reações de defesa contra proteínas estranhas ao organismo. Os monócitos formam  se na medula óssea e participam no combate de infecções crônicas, correspondendo a 3%-6% dos leucócitos. Um terceiro elemento de fundamental importância no sangue são as plaquetas, fragmentos de células especiais da medula óssea chamadas megacariócitos. Nosso corpo possui cerca de 250 a 450 mil plaquetas/ml, cuja função é a coagulação sangüínea - se não existissem, perderíamos todo o sangue através de qualquer ferimento.

Assim, quando um vaso sanguíneo sofre lesão em sua parede inicia-se um processo chamado hemostasia (coagulação sanguínea), que visa impedir a perda de sangue (hemorragia). O vaso lesado se contrai (vasoconstrição) e as plaquetas circulantes agregam-se no local, formando um tampão plaquetário. Durante a agregação, fatores do plasma sangüíneo, dos vasos lesados e das plaquetas promovem a interação seqüencial (em cascata) de 13 proteínas plasmáticas, originando a fibrina e formando uma rede que aprisiona leucócitos, eritrócitos e plaquetas. Forma-se então o coágulo sanguíneo, mais consistente e firme que o tampão plaquetário. Protegido pelo coágulo, a parede do vaso restaura-se pela formação de tecido novo. Por fim, a ação de enzimas plasmáticas e plaquetárias faz com que o coágulo seja removido.

FUNÇÂO DO SANGUE: suprir as células e carrear-lhes os detritos, ele necessita de muitas vias para exercer sua tarefa. Essas vias são compostas por tubos chamados veias ou artérias, conforme o fluxo que seguem e o tipo de sangue que por eles passa. Assim, por meio das veias e artérias o sangue está constantemente abastecendo e transportando os detritos das células. Qualquer interrupção no seu fluxo pode acarretar a morte celular e, portanto, ocasionar uma lesão nos tecidos. As veias possuem paredes musculares finas, podendo contrairse ou expandir-se conforme a necessidade. Não pulsam, funcionam como reservatórios do sangue que nelas se movimenta.

Na maioria das vezes, as artérias são responsáveis por levar o sangue rico em nutrientes e substâncias essenciais - como o oxigênio - às células. Possuem paredes resistentes, formadas por musculatura lisa (involuntária), pois transportam o sangue sob alta pressão para que seu fluxo seja tão rápido quanto necessário.

As artérias podem ser palpadas, principalmente em regiões articulares, onde são mais superficiais. Os batimentos arteriais palpados são o que chamamos de pulso e recebem os nomes conforme a artéria palpada, sendo os mais comuns: pulso carotídeo - artéria carótida; pulso radial - artéria radial; pulso femoral - artéria femoral; e pulso pedial - artéria pediosa. Devido à pressão existente no interior desses vasos, quando puncionados para a realização de exames diagnósticos e/ou terapêuticos devem receber uma compressão no local, por alguns minutos, para evitar o sangramento e a formação de hematoma.

 

Revisando a fisiologia do Sistema  LINFÁTICO

Observa-se um líquido aquoso drenado de uma lesão - aquela famosa “aguinha” que sai do machucado. Esta “aguinha” é o que chamamos de linfa, principal elemento na formação da crosta ou “casca” protetora das feridas, cuja função é auxiliar a cicatrização. Você já notou pontos ou “caroços”, muitas vezes dolorosos, em determinadas partes deseu corpo? Já percebeu que eles surgem quando há indícios de alguma  infecção? Por que que no exame preventivo do câncer mamário é necessário apalpar as axilas em busca de “caroços”? No câncer, encontramos o enfartamento ganglionar de natureza tumoral, devido ao fato de as células do câncer se desprenderem e, por apresentarem características diferenciadas das demais células do organismo, sendo retidas nos linfonodos como agentes estranhos. Essas células possuem alta capacidade de reprodução e, não fosse a ação dos linfonodos, rapidamente a doença se disseminaria.

Mas o que é a linfa e de onde vem? Quais são suas demais funções? Para responder a essas perguntas lembre-se do que aprendeu sobre circulação sangüínea, pois o papel da linfa é, de certo modo, complementar ao do sangue venoso, pois também drena as impurezas do corpo através da circulação. Recorde-se de que o sangue  arterial, ao sair do ventrículo esquerdopela artéria aorta, empreende uma fabulosa jornada por todo o corpo penetrando em artérias de calibres cada vez menores até chegar às arteríolas e iniciar seu retorno pelas vênulas. É nessa passagem das arteríolas para as vênulas que uma fração aquosa, denominada plasma, escapa dos vasos e circunda as células, fornecendo-lhes substâncias trazidas pelo sangue, ao mesmo tempo que recolhe os resíduos do metabolismo celular. Quando fora dos vasos capilares, esse líquido permanece nos espaços entre as células (espaço intercelular ou espaço intersticial), ali ficando estagnado. Você imagina o que aconteceria se não houvesse a drenagem desse líquido? Saiba que todo ele é drenado por capilares linfáticos de calibre microscópico; ao atravessar suas paredes, o líquido intercelular passa a chamar-se linfa.

Agora, você pode deduzir o que acontece, já que o processo é semelhante ao da circulação sanguínea. A linfa percorre a rede de vasos linfáticos, que se ampliam cada vez mais. Para realizar esse movimento ela não depende do coração, pois o mesmo ocorre por meio de compressões resultantes de movimentos incidentais, isto é, movimentos efetuados com outra finalidade, como as pulsações das artérias vizinhas, os movimentos respiratórios e as contrações musculares, principalmente durante a locomoção.

Assim, a linfa percorre lentamente o corpo em vasos gradualmente mais calibrosos, até desembocar na confluência das veias subclávia e jugular, retornando então à circulação sanguínea. Provavelmente, você pode estar pensando que o sistema linfático serve apenas para conduzir a linfa, o que não é verdade. Ao longo de todo o trajeto existem formações denominadas linfonodos ou nodos linfáticos, de tamanhos variados; responsáveis pela filtragem da linfa, dela retiram as partículas estranhas e, concomitantemente, destroem as bactérias. Portanto, os linfonodos exercem importante papel, retendo microrganismos ou células mortas, impedindo, assim, que um processo infeccioso no organismo se dissemine ou provoque perturbações em outros pontos. Entretanto, por vezes, o processo infeccioso é tão intenso que provoca acentuada proliferação das células dos linfonodos. Tal fato faz com que a filtragem da linfa ocorra de forma mais restrita em vista do grande número de células presentes, que acabam por reduzir sua passagem, sultando no chamado enfartamento ganglionar ou, como comumente chamado, íngua.

 

 Revisando a anatomia e fisiologia do Sistema  RESPIRATÓRIO

O sistema respiratório humano é constituído por um par de pulmões e por vários órgãos que conduzem o ar para dentro e para fora das cavidades pulmonares. Esses órgãos são as fossas nasais, a boca, a faringe, a laringe, a traquéia, os brônquios, os bronquíolos e os alvéolos, os três últimos localizados nos pulmões. Fossas nasais: são duas cavidades paralelas que começam nas narinas e terminam na faringe. Elas são separadas uma da outra por uma parede cartilaginosa denominada septo nasal. Em seu interior há dobras chamada cornetos nasais, que forçam o ar a turbilhonar. Possuem um revestimento dotado de células produtoras de muco e células ciliadas, também presentes nas porções inferiores das vias aéreas, como traquéia, brônquios e porção inicial dos bronquíolos. No teto das fossas nasais existem células sensoriais, responsáveis pelo sentido do olfato. Têm as funções de filtrar, umedecer e aquecer o ar. Faringe: é um canal comum aos sistemas digestório e respiratório e comunica-se com a boca e com as fossas nasais. O ar inspirado pelas narinas ou pela boca passa necessariamente pela faringe, antes de atingir a laringe. Laringe: é um tubo sustentado por peças de cartilagem articuladas, situado na parte superior do pescoço, em continuação à faringe. O pomo-de-adão, saliência que aparece no pescoço, faz parte de uma das peças cartilaginosas da laringe.

A entrada da laringe chama-se glote. Acima dela existe uma espécie de “lingueta” de cartilagem denominada epiglote, que funciona como válvula. Quando nos alimentamos, a laringe sobe e sua entrada é fechada pela epiglote. Isso impede que o alimento ingerido penetre nas vias respiratórias. O epitélio que reveste a laringe apresenta pregas, as cordas vocais, capazes de produzir sons durante a passagem de ar. Traquéia: é um tubo de aproximadamente 1,5 cm de diâmetro por 10-12 centímetros de comprimento, cujas paredes são reforçadas por anéis cartilaginosos. Bifurca-se na sua região inferior, originando os brônquios, que penetram nos pulmões. Seu epitélio de revestimento muco-ciliar adere partículas de poeira e bactérias presentes em suspensão no ar inalado, que são posteriormente varridas para fora (graças ao movimento dos cílios) e engolidas ou expelidas. Pulmões: Os pulmões humanos são órgãos esponjosos, com aproximadamente 25 cm de comprimento, sendo envolvidos por uma membrana serosa denominada pleura. Nos pulmões os brônquios ramificam-se profusamente, dando origem a tubos cada vez mais finos, os bronquíolos.

O conjunto altamente ramificado de bronquíolos é a árvore brônquica ou árvore respiratória. Cada bronquíolo termina em pequenas bolsas formadas por células epiteliais achatadas (tecido epitelial pavimentoso) recobertas por capilares sangüíneos, denominadas alvéolos pulmonares.

 Diafragma: A base de cada pulmão apóia-se no diafragma, órgão músculo-membranoso que separa o tórax do abdomen, presente apenas em mamíferos, promovendo, juntamente com os músculos intercostais, os movimentos respiratórios. Localizado logo acima do estômago, o nervo frênico controla os movimentos do diafragma Patologias do sistema Respiratório O que são doenças respiratórias? As doenças respiratórias são as que afetam o trato e os órgãos do sistema respiratório. Quais são os fatores de risco? O tabagismo, a poluição, a exposição profissional a poluentes atmosféricos, as condições alérgicas e doenças do sistema imunitário, entre outros. Pneumonia O que é a Pneumonia?

A pneumonia é a inflamação dos pulmões, mas especificamente dos alvéolos, local onde ocorrem às trocas gasosas, devido à infecção causada por bactérias, vírus, fungos e outros agentes infecciosos ou por substâncias químicas. Na pneumonia os alvéolos se enchem de pus, muco e outros líquidos, o que impede o seu funcionamento adequado. O oxigênio pode não alcançar o sangue, e se existe oxigênio insuficiente no sangue, as células do corpo não funcionam adequadamente. Por esse motivo, e pelo risco da infecção se espalhar pelo corpo, a pneumonia pode ser fatal.

 Quais são os sintomas da pneumonia? Em muitos casos a pneumonia ocorre depois de um resfriado ou gripe. Os sintomas podem se iniciar lentamente ou serem súbitos.

Os principais sintomas são: • Febre e suor intenso • Calafrios e tremores • Falta de apetite • Dor no peito que piora com a respiração; • Tosse com catarro esverdeado, marrom, ou com raias de sangue. • Respiração ofegante, gemência e prostração • Aceleração do pulso Em casos graves, os lábios e unhas podem ficar roxos por falta de oxigênio no sangue e pode haver confusão mental. Em crianças muito pequenas ou já com outras doenças de base, a pneumonia pode ocorre sem a presença dos sinais clássicos, o que muitas vezes dificulta o diagnóstico.

 O que causa a pneumonia? A pneumonia bacteriana é a mais freqüente, ocorrendo em aproximadamente 50% dos casos. A causa mais comum de pneumonia bacteriana em adultos é uma bactéria chamada Pneumococo. As bactérias estão presentes na cavidade oral de algumas pessoas normais. Quando as defesa do organismo enfraquecem, elas podem ser aspiradas para os pulmões e causar a pneumonia. Pessoas com uma diminuição do sistema de defesa do organismo, como os portadores de HIV e pacientes com câncer em tratamento com quimioterapia, podem ter pneumonia por agentes infecciosos incomuns.

ASMA - “A asma é uma doença inflamatória crônica das vias aéreas. Em indivíduos susceptíveis esta inflamação causa episódios recorrentes de tosse, chiado, aperto no peito, e dificuldade para respirar. A inflamação torna as vias aéreas sensíveis a estímulos tais como alérgenos, irritantes químicos, fumaça de cigarro, ar frio ou exercícios”.Quando expostos a estes estímulos citados a cima, as vias aéreas ficam edemaciadas (inchadas), estreitas, cheias de muco e excessivamente sensíveis aos estímulos.”

A asma se caracteriza por: Doença inflamatória: – significa que seu tratamento deve ser feito com um antiinflamatório. Doença crônica: – a asma não tem cura, mas pode ser controlada. Indivíduos susceptíveis: – nem todas as pessoas têm asma; é preciso ter uma predisposição genética que, somada a fatores ambientais, determinam a presença da doença. Episódios recorrentes de sintomas:- os sintomas não estão presentes o tempo todo, são as manifestações de uma piora da inflamação, esta sim presente cronicamente.

A inflamação torna as vias aéreas sensíveis a estímulos: é a inflamação que deixa as vias aéreas mais sensíveis, o que confirma o importante papel da inflamação nesta doença. Quando expostos a estímulos, as vias aéreas se tornam edemaciadas, estreitas, cheias de muco: - existem estímulos que desencadeiam as crises de asma. A presença destes estímulos, que também chamamos de desencadeadores, causa o inchaço, a presença de muco e o estreitamento das vias aéreas dificultando a passagem de ar, daí os sintomas da asma nos momentos de crise. Se não for tratada, a asma pode ter um impacto significativo na qualidade de vida de uma pessoa. No entanto, se controlada, é possível levar uma vida produtiva e ativa.

A bronquite é, na verdade, a inflamação dos brônquios e diferente da asma pode ter sua causa bem definida, por exemplo, uma infecção por bactérias ou vírus. Também difere da asma por apresentar um tempo de início definido e poder ser totalmente tratada.

 

Sistema Imunológico ou IMUNITÁRIO  

 

O sistema imunitário é formado por diferentes espécies de glóbulos brancos ou leucócitos, e por órgãos que produzem eprocedem sua maturação. Existem diferentes modos  de ataque dos glóbulos brancos a um invasor: uns atacam diretamente; outros, a distância; alguns, só colhem e distribuem informações a outras células de combate.

As células do sistema imunológico têm a função de defender o organismo contra qualquer tipo de ataque invasor - uma bactéria, vírus ou até mesmo alguma outra célula defeituosa do nosso organismo que, por estar anormal, é identificada como um corpo estranho e logo eliminada.

Os glóbulos brancos dividem-se em macrófagos e linfócitos -estes, por sua vez, subdividem-se em três grupos: linfócitos B, linfócitos T matadores e linfócitos T auxiliares.

Os  macrófagos são células que se movimentam continuamente entre os tecidos,envolvendo substâncias estranhas, como microrganismos, restosde células mortas, etc. Quando presentes no sangue, são chamadasde monócitos.

Os linfócitos B ou células de memória, originados na medula óssea, são transportados pelo sangue e se instalam nas estruturas linfáticas - exceto o timo -, onde se proliferam quando ativados por substâncias estranhas. São responsáveis pela formação dos anticorpos, proteínas específicas que se combinam com alguma substância estranha e também específica, inativando-a. Essa substância contra a qual o anticorpo reage é chamada de antígeno e esse tipo de resposta imunitária, imunidade humoral.

Os linfócitos T – são os precursores dos linfócitos T originam-se na medula óssea, penetram no sangue e são retidos no timo, onde se proliferam e se diferenciam em linfócitos T, os quais, novamente carregados pelo sangue, vão ocupar áreas definidas em outros órgãos linfáticos. No timo, os linfócitos T se diferenciam em linfócitos T matadores (citotóxicas), linfócitos T supressores e linfócitos T auxiliares (helper), conferindo a chamada imunidade celular.

Os linfócitos T matadores reconhecem e matam células anormaisou desconh ecidas, como as infectadas por vírus, células transplantadas e células malignas (cancerosas).

Os linfócitos T supressores inibem a resposta humoral e celular e apressam o término da resposta imunitária.

Os linfócitos T auxiliares comandam o sistema imunológico. Recebem informações dos macrófagos sobre a presença de antígenos no organismo e estimulam os linfócitos B e os T matadores a combater os invasores. Se os linfócitos T auxiliares não atuarem bem, ou simplesmente não atuarem, as células de combate não poderão ser ativadas conseqüentemente, o organismo não reagirá ao ataque invasor (é o caso da AIDS, em que o vírus HIV ataca e destrói os linfócitos T auxiliares, impedindo o sistema imunológico de combater as infecções). Linfócitos T matadores

Os órgãos imunológicos são aqueles que possuem relação com o sistema imunológico do organismo. Dividem-se em duas classes: primários e secundários.

Os linfócitos T e os linfócitos B são gerados na medula óssea vermelha ou rubra, como as demais células sangüíneas. Ainda jovens, os linfócitos T dirigem-se para o timo, órgão situado sobre o coração, onde irão amadurecer. Já os linfócitos B amadurecem na própria medula óssea. Por constituírem os principais locais de produção e amadurecimento dessas células, a medula óssea e o timo costumam ser denominados órgãos imunológicos primários ou centrais.

O timo localiza-se no mediastino, atrás do esterno e na altura dos grandes vasos do coração. Suas células mais abundantes são os linfócitos T. Ao passar pelos gânglios linfáticos, os linfócitos T e B fixam-se temporariamente. Neste local, detectam a presença de invasores trazidos pela linfa e passam a se reproduzir, formando verdadeiros exércitos de células de combate. Os órgãos que apresentam aglomerados de linfócitos em amadurecimento, como os gânglios linfáticos, as amígdalas (tonsilas palatinas), o apêndice, as placas de Peyer no íleo e o baço recebem o nome de órgãos imunológicos secundários.

O baço é o maior dos órgãos linfóides e situa-se no quadrante superior esquerdo do abdome. É o único órgão linfóide interposto na circulação sangüínea e tem significativa importância na defesa contra microrganismos que penetram na corrente sangüínea.

Sistema  URINÁRIO E ÓRGÃOS GENITAIS

 

 O sistema urinário  contribui para a manutenção da homeostase, produzindo a urina que elimina resíduos do metabolismo, água, eletrólitos (soluto que em solução aquosa é capaz de conduzir corrente elétrica; exemplo, sais) e não-eletrólitos em excesso no organismo, como glicose,uréia e outros.

Abrange os rins, que secreta a urina, os ureteres, vias que conduzem a urina para a bexiga (que funciona como reservatório), e o ureter, que lança a urina para o exterior. No homem, o sistema urinário é interligado ao sistema genital; na mulher, esse sistema é independente.

Os rins são órgãos glandulares que poupam ou excretam a água e sais nas quantidades adequadas para preservar a normalidadee o meio ambiente em que as células vivem. São responsáveis pela eliminação dos detritos que as células liberam e depositam no organismo, recolhidas pelo sangue (uréia, creatinina, ácido úrico). O acúmulo dessas substâncias pode ser letal, pois rapidamente prejudica as funções de diversos órgãos e sistemas importantes (coração, sistema nervoso, pulmão).

Mas de que forma esses pequenos órgãos localizados na região lombar (um de cada lado), com formato de feijões e medindo apenas 10 cm, podem interferir em questões tão importantes? Uma lesão renal pode realmente levar à morte?

Compreendendo o funcionamento dos rins! Fique esperto.

Então precisamos entender como que funciona a filtragem osmótica e hidrostática, pois é através delas que os rins recolhem os sais e resíduos do sangue.

 Descomplicando com o exemplo a seguir: Quando você adoça em excesso seu café, o que faz para não tomar algo que lhe desagrada? Basta apenas adicionar um pouco de café sem açúcar e logo o sabor ficará mais de acordo com seu paladar. Vamos entender o que aconteceu, homeostase – tendência do meio interno do organismo em se manter em equilíbrio.

 O rim, atuando como glândula, produz uma substância chamada renina que exerce importante papel no controle da pressão arterial. As partículas de açúcar, num processo simultâneo e lento, foram infiltrando-se no líquido puro e, mesmo que você não tenha agitado a mistura, em pouco tempo este ficou uniformemente adoçado, fenômeno denominado difusão. Agora, imaginemos que num “arroubo científico” você colocasse o líquido adoçado (ou salgado) em um saquinho permeável e o introduzisse no líquido puro. O que aconteceria? Mesmo assim o líquido se tornaria uniforme, pois as partículas de açúcar presentes exerceriam uma espécie de pressão e atravessariam a membrana para nele difundir-se. A esse processo, responsável pelo equilíbrio fisiológico do organismo, chamamos osmose.

Retornando ao nosso conteúdo: se uma célula for imersa em solução com pressão osmótica idêntica a do líquido encontrado no interior de sua membrana, esta permanecerá estável. Nesta circunstância diz-se que a solução em que a célula está imersa é isotônica.

Pressão hidrostática - pressãoocasionada pela força do sangue (originada dos batimentos cardíacos) sobre as membranas. Entretanto, se a pressão do líquido que circunda a célula for maior (líquido hipertônico) que a do seu interior, ele penetrará na célula – e se esta não suportar a pressão pode romper-se. O inverso acontece se o líquido circundante for hipotônico (pressão osmótica menor). Nesse caso, ocorrerá a perda de líquido pela membrana da célula, o que, dependendo da quantidade, também pode ser letal à célula.

Resumindo o Filtrado Glomerular

Nos rins, o processo de filtragem do sangue acontece de forma bastante semelh ante, pois pela ação da pressão hidrostática o sangue passa através das membranas.

Você já aprendeu que durante o processo de circulação o sangue distribui no organismo os elementos indispensáveis à vida, bem como retira os detritos das células para serem eliminados.

Dessa forma, o gás carbônico é eliminado no pulmão, que em troca fornece o oxigênio; mas para eliminar os detritos celulares e manter a quantidade adequada de água em todo o corpo é necessário o funcionamento dos rins. Impulsionado para a artéria aorta, o sangue segue sob pressão pelas artérias seguintes. Penetra nos rins pela artéria renal, que por sua vez gradativamente se subdivide até transformar-se em inúmeras arteríolas (arteríolas aferentes) que penetram em pequenos grãozinhos existentes nos rins: as cápsulas de Bowman.

No interior destas, as arteríolas assumem o calibre de capilares e enrolam-se sobre si mesmas, como microscópicos novelos de lã - chamados de glomérulos, onde o sangue é filtrado. No trajeto sequencial, os capilares enovelados novamente assumem o calibre de arteríolas e saem das cápsulas sob a denominação de arteríolas eferentes.

Mas será que as arteríolas aferentes penetram nas cápsulas de Bowman, onde assumem o calibre de capilares, apenas para mudar de nome ao sair? Por certo, não. Uma vez dentro dos glomérulos, o sangue deixa passar água e sais pelas paredes permeáveis dos capilares. Os materiais filtrados são também absorvidos pelas permeáveis paredes das cápsulas de Bowman, que os deixam passar para a espécie de funil em que estão inseridas.

Assim, os filtrados penetram em tubos sinuosos - túbulos contorcidos proximais - onde ocorre a absorção de água e íons importantespara o funcionamento do organismo, como sódio, cloro,glicose, cálcio, fosfato e magnésio.

Após efetuarem muitas voltas, para permitir maior absorção, os túbulos formam grandes alças chamadas alças de Henle, onde o excesso de água e parte do sódio são absorvidos passando, então, a novamente formar tubos contorcidos (túbulo contorcido distal) - os quais completam a absorção das alças que os antecedem e desembocam em túbulos coletores.

Considerado a unidade funcional dos rins, o conjunto de glomérulos e túbulos recebe o nome de néfron. Por sua vez, os túbulos coletores desembocam em vias de calibre maior (ductos capilares), que se dispõem lado a lado, arrumados como pirâmides, com os vértices voltados para o interior do rim. Esses vértices inserem-se em estruturas semelhantes ao nome que possuem: cálice renal - para onde flui o filtrado, quase que totalmente modificado para urina.

Cada grupo de três ou quatro cálices se une num cálice maior, que se comunica com a maior das câmaras de saída: a pelve renal. Essas câmaras (uma para cada rim) recebem a urina e afunilam-se formando os ureteres, pelos quais ela é depositada numa bolsa muscular, a bexiga, capaz de armazenar mais de um litro de líquido.

A bexiga possui um anel de musculatura lisa, cuja ação independe de nossa vontade, o que pode causar situações constrangedoras se não atendermos à necessidade de seu esvaziamento.

A porção final do sistema urinário é a uretra, tubo muscular curto e estéril (não tem microrganismo) por onde a urina é expelida para o exterior através do meato urinário.

 

 

Sistema Genital Masculino - a genitália masculina é constituída externamente pelo pênis (que contém a uretra), a bolsa escrotal, os cordões espermáticos e os canais deferentes; e internamente pela próstata e vesículas seminais.O pênis é formado por três colunas de tecido erétil vascular reunidas por tecido fibroso, capazes de sofrer considerável aumento aose encher de sangue durante a ereção. Em sua extremidade, há umalargamento cônico que constitui a glande, dotada de numerosas e diminutasglândulas responsáveis pela produção de esmegma (substância queserve para lubrificar a uretra distal). O prepúcio é formado pela pele que,recobrindo o pênis, dobra-se sobre si mesma.

O escroto é uma bolsa frouxa e enrugada, dividida em dois compartimentos que contêm os testículos, os epidídimos e a parte mais proximal dos cordões espermáticos. Sua função não é apenas a simple sustentação dos testículos, pois exerce importante papel na regulação da temperatura local em relação ao ambiente. Sendo formada de tecido elástico e musculatura lisa, contrai-se quando exposta ao frio (para aproximar os testículos do corpo) e relaxa-se no calor. Assim, mantém uma temperatura constante no seu interior, fator fundamental para que os testículos secretem os espermatozóides.

Os testículos são responsáveis por secretar substâncias que atuam no impulso sexual e nas características masculinas, além de produzir espermatozóides, as células responsáveis pela reprodução. Sua atividade inicia-se por volta dos dez ou onze anos, época em que o corpo começa a apresentar modificações - a produção de espermatozóides, porém, só ocorre após a puberdade.

As vias espermáticas, que conduzem os espermatozóides, são compostas pelo epidídimo, ducto deferente, ducto ejaculatório e uretra. O epididímo tem sua gênese nos próprios testículos e terminam na uretra. Nele, ocorre a maturação final dos espermatozóides e em sua parte terminal os espermatozóides são armazenados até o momento da ejaculação. O ducto deferente é a continuação do epidídimo, que conecta-se com o ducto ejaculador. O ducto ejaculador surge da confluência entre os canais deferentes e os canais excretores das vesículas seminais, glândulas secretoras de um líquido especial, rico em frutose, capaz de ativar os movimentos dos espermatozóides e protegê-los contra a acidez do meio vaginal.

Composição do sistema genital masculino: Bexiga, Ureter, Glândulas, bulbouretrais, Vesícula, seminal Intestino, Uretra, Canal deferente, Epidídimo, Canal ejaculatório e urinário, Pênis, Próstata,Testículo, Bolsa escrotal

Outra glândula acessória da reprodução é a próstata, situada sob a bexiga, diante do reto (o que permite sua palpação pelo toque retal), atrás da sínfise pubiana e abaixo das vesículas seminais. Localizada em torno da uretra, libera a urina ou o esperma de acordo com o estímulo - sendo muitas vezes a responsável pela dificuldade em urinar, nos idosos. Fabrica um líquido de aspecto leitoso que dá ao esperma a cor e odor característicos.

Finalizando. Fica a Dica! É extremamente importante a retração do prepúcio para a higiene da criança e do adulto. O acúmulo de esmegma, além de produzir mau cheiro, pode causar processos infecciosos.

 

Revisando a Anatomia do Órgão genital FEMININO

Vamos revisar a genitália externa ou vulva - conjunto de formações externas que protegem o orifício externo da vagina e o meato uretral ou urinário. Pode também observar a presença de duas formações cutâneas (formadas por tecido adiposo), recobertas por pêlos pubianos, denominadas grandes lábios. Envolvidas por eles, há duas pregas cutâneas de coloração rosa, os pequenos lábios. Ao afasta-los, perceberá que em seu ponto de encontro superior existe um tubérculo arredondado erétil, o clitóris - fonte de grande prazer feminino -, abaixo do qual nota-se um pequeno orifício para a saída da urina, o meato uretral.

Na extremidade inversa ao clitóris localiza-se o orifício vaginal, que permite a saída do sangue menstrual, a entrada do pênis quando da relação sexual e a expulsão da criança, no nascimento. Em suas laterais situam-se as glândulas de Bartholin, que fornecem a lubrificação necessária à cópula e cuja inflamação resulta na bartolinite.

Na mulher, desde o nascimento, o ovário traz cerca de 400.000 folículos, dos quais mais ou menos 300 irão amadurecer desde a menarca (primeira menstruação, que ocorre em torno de 11 a 13 anos) à menopausa (última menstruação). A partir da menarca, a cada 28 dias, geralmente, um folículo (óvulo imaturo) migra para a superfície do ovário.

Componentes do sistema Genial feminino: Tuba uterina, Ovário , Útero, Canal vaginal, Colo uterino Vulva, Clitóris, Tuba uterina direita, Útero, Canal vaginal, Ovário direito,  Folículos, Fímbrias Bexiga, Canal uretral.

Os ovários (glândulas anexas, laterais ao útero), responsáveis pela fabricação dos óvulos, liberam, alternadamente, os folículos, produzindo estrogênio e progesterona. Estes hormônios, por sua vez, aceleram a maturação final do folículo, levando-o a romper-se e, assim, liberar o óvulo - processo chamado de ovulação e que dura aproximadamente 14 dias.

Não sendo fecundado, o óvulo é reabsorvido pelo organismo e os ovários cessam sua produção até que um novo folículo seja liberado. Nesta circunstância, o endométrio, camada superficial extremamente vascularizada, descama e expele determinada quantidade de sangue pela vagina – a chamada menstruação.

Ao ocorrer a fecundação - encontro do óvulo com o espermatozóide - o óvulo migra para o útero, onde escava a estrutura interna que o recobre (endométrio) e nela se fixa, fenômeno denominado nidação.

 

Revisando a fisiologia do SISTEMA SENSORIAL

Como  percebemos o mundo a nossa volta? Alguns órgãos, constituídos por células sensíveis, através de receptores sensoriais são especializados em perceber determinados estímulos externos, repassando a informação à respectiva área cerebral.

Os órgãos dos sentidos sãoconstituídos: pelos olhos, que permitem a visão; língua, que sente o paladar; nariz, que possibilita o olfato; orelha, que conduz a audição e pele, que percebe o estímulo pelo tato – os quais serão a seguir apresentados com a respectiva correlação de sentido.

OLHOS – Visão. Os olhos são acondicionados dentro de duas cavidades ósseas da face: as órbitas oculares. Possuem dois globos oculares que, por sua vez, são constituídos por três distintas membranas denominadas esclerótica, coróide e retina. Na parte anterior do globo ocular, a membrana esclerótica, que o reveste externamente, forma uma camada transparente chamada córnea. Na coróide, localizam-se os vasos sangüíneos. A retina, sua membrana mais interna e sensível, é formada por um prolongamento do nervo óptico. No interior do globo ocular existe uma substância que ocupa sua maior parte, chamada humor vítreo, de consistência gelatinosa e transparente, situada atrás do cristalino – o qual atua como uma lente, regulando a imagem com nitidez. O cristalino modifica-se pela ação dos músculos ciliares, comandados pelo sistema nervoso autônomo. Entre o cristalino e a córnea há uma substância líquida e transparente denominada humor aquoso. Na parte anterior do olho, a coróide forma um disco cuja cor é variável para cada pessoa, denominada íris. Em seu centro existe um orifício cujo tamanho altera-se de acordo com a quantidade de luz que sobre ele incide, a pupila, também conhecida como “menina dos olhos”.

Na penumbra (à esquerda), a pupila se dilata (midíase); na claridade (à direita), a pupila se contrai (miose).

Você utiliza algum tipo de lente? Por que motivo? O astigmatismo, a hipermetropia e a miopia são as alterações da visão mais frequentemente encontradas. O astigmatismo é uma deformação da córnea que ocasiona um desvio da imagem, fazendo-se necessário o uso de lentes cilíndricas para sua correção.

Na hipermetropia, a imagem se forma atrás da retina, necessitando a utilização de lentes convergentes para que volte a localizar- se sobre a retina. A miopia é a formação da imagem à frente da retina, para cuja correção necessita-se o uso de lentes divergentes, que favorecerão o afastamento da imagem para que esta coincida sobre a própria retina.

Na parte anterior dos olhos encontram-se as pálpebras superiores, as inferiores e os cílios, que também atuam como protetores da visão, impedindo a entrada de corpos estranhos.

No canto interno da pálpebra são encontrados dois pequenos orifícios denominados ponto lacrimal superior e inferior. É por eles que escoam as lágrimas, seja por reação física ou emocional. A sobrancelha também é considerada fator de proteção, por dificultar a passagem do suor da testa para os olhos.

Com o auxílio de uma lente de aumento você pode facilmente verificar as pequenas saliências das papilas linguais. Embora os alimentos ofereçam os mais variados sabores, estes são obtidos por combinações de apenas quatro tipos básicos: doce, salgado, amargo e azedo. A identificação de cada um deles acontece em lugares específicos e distintos da língua: na base percebe-se o amargo; nas bordas, o azedo e na ponta distingue-se melhor o doce e o salgado.

A lingua – o paladar -  a alimentação é um ato de prazer e necessidade, desde que feita com moderação traz inúmeros benefícios para o organismo. Algumas pessoas são atraídas pelo sabor doce; outras, pelo salgado, mas independente de sua preferência é na língua que ocorre a distinção desses sabores, além do azedo e do amargo.

A língua, que também participa na emissão do som, é formada por uma massa de tecido muscular estriado, recoberta por uma mucosa. Possui forma achatada e ligeiramente cônica. É composta por duas partes:a superior ou dorsal, onde localizam-se as papilas linguais ou gustativas, cujas terminações nervosas transmitem a sensaçãodo gosto – processo em que a saliva representa importantefunção, haja vista que sua viscosidade favorece a captaçãodos estímulos;A inferior ou ventral, que pode ser vista quando se eleva a ponta da língua em direção ao palato (céu da boca)

O Nariz – o olfato -   É comum percebermos alguns odores desagradáveis como, por exemplo, o gás que sai dos ônibus, o cheiro exalado das valas das ruas onde não há rede de esgotos, e até mesmo o suor das pessoas nos dias de intenso calor.

O nariz, órgão do olfato, é formado por duas cavidades, as fossas nasais, medialmente separadas pelo septo. As fossas nasais possuem orifícios anteriores, que fazem contato com o meio externo, denominados narinas, e orifícios posteriores que, por sua vez, fazem contato com a faringe, chamados coanas.

Na parte superior das fossas nasais há um revestimento mucoso formado por células olfativas localizadas nas terminações do nervo olfativo (nervo sensitivo), o que nos faz perceber o olfato

O sentido do olfato é estimulado através de substâncias químicas espalhadas no ar, motivo pelo qual é considerado um sentido “químico”. No interior das fossas nasais encontram-se os pêlos, cuja função é “filtrar” o ar respirado - estes pêlos, juntamente com o muco (secreção da mucosa nasal), retêm na parede interna do nariz os poluentes, além de diversos microrganismos trazidos pelo ar.

A orelha e a audição, composta por três seguimentos - a orelha externa, a média e a interna - é o órgão responsável pela audição. A orelha externa ou pavilhão auditivo possui uma saliência com o formato oval, flexível devido ao tecido cartilaginoso que a constitui. Seu canal auditivo externo encaminha o som para seu interior, agindo como um receptor sonoro. Neste canal são encontrados pêlos e glândulas (que produzem uma espécie de cera), cuja função é proteger a parte interna contra a poeira, microrganismos e outros corpos provenientes do meio externo O tímpano, localizado ao final do canal auditivo externo e no início da orelha média, é uma fina membrana que vibra de acordo com as ondas sonoras. Além dele, a orelha média é composta por três ossículos respectivamente denominados, pela ordem de localização, martelo, bigorna e estribo – os quais articulam-se recebendo a vibração da membrana timpânica. É na orelha média que se inicia um canal flexível que se estende até a faringe, denominado trompa de Eustáquio, cuja função é manter o equilíbrio da pressão atmosférica dentro da orelha média - também conhecida como caixa do tímpano.

Orelha interna - nova denominação de ouvido. Na orelha interna ou labirinto encontra-se o vestíbulo, uma escavação no osso temporal cuja cavidade superior comunica-se com os canais semicirculares e recebe a denominação de utrículo. A cavidade inferior é chamada de sáculo, que se estende até a cóclea ou caracol - nomes que Conduto auditivo extern; Membrana timpânica; Ossículos do ouvido Osso temporal; Janela oval; Canal externo da orelha; Tímpano; Cóclea; Canais semicirculares; Ossículos: martelo, bigorna e estribo; Janela redonda; Membrana timpânica; Trompa de Eustáquio

Na orelha interna, os canais semicirculares são responsáveis pelo equilíbrio de nosso corpo. A ocorrência de determinada inflamação ou problemas circulatórios pode gerar uma disfunção no labirinto, o que acarreta a perda do equilíbrio – mais frequentemente encontrada em pacientes com problemas hormonais, hipertensos, estressados e diabéticos.

A Pele e o Tato – o sentido do tato é transmitido pela pele, que reveste todo o corpo e possui em sua camada mais profunda as terminações nervosas – responsáveis por levar a mensagem da sensação ao cérebro. Com um toque de mão podemos perceber diferenças como liso e áspero, pequeno e grande, fino e grosso, mole e duro - além de conseguirmos identificar objetos sem a necessária utilização da visão.

A pele apresenta vários tipos de receptores sensoriais, formados por fibras nervosas - cujo agrupamento compõe os corpúsculos sensoriais, especializados em captar determinados tipos de sensação – por exemplo, pressão, temperatura, dor. Na extensão da pele percebemos sensações como frio, calor, dor, coceira, pressão, ardência, etc.

 

Revisando a fisiologia do SISTEMA ENDÓCRINO

O  que são hormônios? De onde vêm? Para respondermos precisamos saber que não apenas o sistema nervoso realiza o controle de funções vitais como digestão, reprodução, excreção, etc. Elas também são controladas por um sistema que possui estruturas especializadas para a liberação, na corrente sanguínea, de determinadas substâncias que irão controlar o funcionamento de várias células e alguns órgãos importantíssimos para nossa sobrevivência.

Esse sistema recebe o nome de sistema endócrino e as estruturas que o compõem são chamadas de glândulas endócrinas, que, por sua vez, liberam substâncias denominadas hormônios.

As glândulas endócrinas, localizadas em várias partes do corpo, são a hipófise ou pituitária, a pineal, a tireóide, as paratireóides, as supra–renais, o pâncreas, os ovários e os testículos.

Em nosso organismo não existem apenas glândulas com função endócrina. Possuímos órgãos que desempenham a mesma função e não produzem hormônios, mas secretam substâncias que serão lançadas na corrente sangüínea, como, por exemplo, o rim - que produz a renina que irá atuar no controle da pressão arterial.

A Hipófise - é uma glândula do tamanho de um grão de ervilha, localizada no encéfalo, presa numa região chamada hipotálamo. Essa glândula é a mais importante do corpo, pois comanda o funcionamento de outras glândulas, como tireóide, supra-renais e sexuais. Produz grande número de hormônios, como os responsáveis pelo crescimento, metabolismo de proteínas (hormônio somatotrófico), contração do útero (hormônio ocitocina), controle da quantidade de água no organismo (hormônio antidiurético - ADH), estímulo das glândulas tireóide (hormônio tireotrófico - TSH) e supra-adrenais (hormônio adrenocorticotrófico ou corticotrofina – ACTH).

Os três tipos de hormônios gonadotróficos atuam no desenvolvimento de glândulas e órgãos sexuais, interferindo nos processos de menstruação, ovulação, gravidez e lactação. São eles: o hormônio folículo estimulante (FSH), que age sobre a maturação dos espermatozóides e folículos ovarianos; o hormônio luteinizante (LH), que estimula os testículos e ovários e provoca a ovulação e formação do corpo amarelo; e a prolactina, que mantém o corpo amarelo e sua produção de hormônios, atuando no desenvolvimento das mamas e interferindo na produção de leite.

A pineal ou epífise localiza-se no diencéfalo, presa por uma haste à parte posterior do teto do terceiro ventrículo. Contém serotonina, precursora da melatonina. É um transdutor neuroendócrino que converte impulsos nervosos em descargas hormonais e participa do ritmo circadiano de 24 horas e de outros ritmos biológicos, como os relacionados às estações do ano. A pineal normal responde à luminosidade, sendo mais ativa à noite, quando a produção de serotonina é maior que durante o dia.

A Tireóide  glândula - sob controle do hormônio hipofisário TSH (hormônio tireotrófico) - localiza-se no pescoço (abaixo da laringe e na frente da traquéia) e libera os hormônios tiroxina e calcitocina, que intensificam a atividade de todas as células do organismo. O primeiro atua no metabolismo (todas as reações que ocorrem no interior do corpo); o segundo, na regulação de cálcio no sangue.

A Paratireóide são quatro glândulas localizam-se, duas a duas, ao lado das tireóides. Secretam um hormônio denominado paratormônio, que também regula a quantidade de cálcio e fosfato no sangue.

As Supra- Renais são duas glândulas localizam-se sobre cada rim e possuem duas partes: a externa, chamada de córtex e a interna, de medula. O córtex da supra-renal produz e libera vários hormônios, dentre eles a aldosterona, que ajuda a manter constante a quantidade de sódio e potássio no organismo. Outro hormônio é o cistrol, cortisona ou hidrocortisona, que estimula a utilização de gorduras e proteínas como fonte energética, aumenta a taxa de glicose na corrente sanguínea e também atua no processo de inflamações, sendo largamente utilizada como medicação.

Também produz o andrógeno, o hormônio responsável pelo desenvolvimento dos caracteres sexuais secundários masculinos.

A medula da supra-renal produz e libera a adrenalina e noradrenalina, que é lançada na corrente sangüínea em situações de fortes reações emocionais como medo, ansiedade, sustos, perigos iminentes, etc. A adrenalina estimula a ação cardíaca, aumenta o seu batimento e dilata os brônquios; noradrenalina aumenta a pressão arterial e diminui o calibre dos vasos.

O Pâncreas glândula que localiza-se na cavidade abdominal e possui duas funções: uma exócrina e outra endócrina. Na exócrina, produz o suco pancreático que será liberado fora da corrente sangüínea, mais precisamente no duodeno, auxiliando o processo digestivo. Na função endócrina, produz dois hormônios: a insulina, que transporta a glicose através da membrana celular, diminuindo-a da corrente sangüínea, e o glucagon, que contribui, estimulando o fígado, para o aumento da glicose no sangue.

Os ovários são duas glândulas, uma de cada lado do corpo, que integram o aparelho reprodutor feminino e localizam-se abaixo da cavidade abdominal, em uma região denominada pelvis ou cavidade pélvica. Ligam-se ao útero através de dois ligamentos denominados ligamentos do ovário.

Os ovários são responsáveis pela produção e liberação de dois hormônios, o estrogênio ou hormônio folicular e a progesterona. O estrogênio controla o desenvolvimento das características sexuais femininas, como aumento dos seios, depósito de gordura nas coxas e nádegas, aparecimento de pêlos pubianos e estímulo ao impulso sexual. A progesterona, responsável pela implantação do óvulo fecundado na parede uterina e pelo desenvolvimento inicial do embrião, estimula o desenvolvimento das glândulas mamárias e da placenta e inibe a secreção de um dos hormônios gonadotróficos. Além de produzir hormônios, os ovários são também responsáveis pela produção das células sexuais femininas, os ovócitos.

Os Testísculos são em número de dois, localizam-se na pelvis e fazem parte do aparelho reprodutor masculino. Protegidos por uma bolsa denominada bolsa escrotal ou escroto, produzem o hormônio denominado testosterona, que controla as características sexuais masculinas como aparecimento de barba, pêlos no tórax, desenvolvimento da musculatura e impulso sexual.

Além da produção de hormônio, os são também responsáveis pela produção das células sexuais masculinas, os espermatozóides.

Revisando Sistema Tegumentar

A pele reveste todo o corpo humano, exercendo funções indispensáveis para a manutenção da vida. Adicionalmente, como vive em perfeita harmonia com o organismo, reflete seu estado de saúde. Ao mesmo tempo que mantém a temperatura corporal estável, protege-o contra agressões físicas, químicas e biológicas, além de captar sensações e participar da síntese de vitamina D, pela utilização dos raios solares. Internamente, temos a mucosa, nome dado ao tegumento que reveste as cavidades internas como, por exemplo, a mucosa oral.

A coloração da pele depende da espessura (quanto mais espessa mais amarela), do grau de irrigação sanguínea (o que a torna mais ou menos rosada), da presença de melanina (um pigmento que escurece a pele) e da absorção do caroteno (responsável pela tonalidade amarela). Quanto maior a quantidade de melanina existente, mais intensa será a cor.

As Camadas da Pele - A pele é formada por três camadas: a epiderme, a derme e a hipoderme ou tecido celular subcutâneo.

A epiderme, por sua vez, é constituída por cinco camadas, sendo que a quinta, a camada córnea rica em queratina, só existe nas palmas das mãos e plantas dos pés. A camada mais interna, situada logo acima da derme, é a responsável pelo surgimento das células epiteliais, sendo por isso chamada de germinativa ou basal. Conforme as células vão surgindo na camada basal, as demais vão amadurecendo e sendo empurradas para camadas superiores pelas células mais jovens. Sofrem um processo de queratinização que as torna mais resistentes e impermeáveis, até se depositarem na camada superior da epiderme, quando, então, já estão mortas e são eliminadas por descamação. Nesta camada também se localiza a melanina, responsável pela coloração da pele, que apresenta maior concentração nas pessoas da raça negra.

A epiderme é responsável pela impermeabilidade da pele, o que a evaporação da água pela superfície corporal.

A derme, localizada logo abaixo da epiderme, é um tipo de tecido conjuntivo que também possui fibras elásticas. Nesta camada, que é bem vascularizada, encontram-se as terminações nervosas, vasos linfáticos, glândulas sebáceas e alguns folículos pilosos. Nela se desenvolvem as defesas contra agentes nocivos que tenham vencido a primeira barreira, ou seja, a epiderme. Em sua atividade profissional, você perceberá que é na derme que se realizam a maioria dos testes cutâneos e administração de vacinas - como a BCG, por exemplo.

A derme mantém a pele sob constante tensão elástica e forma a impressão digital pela projeção das papilas dérmicas para a epiderme, com formato de cristas separadas por sulcos. O tecido celular subcutâneo ou hipoderme encontra-se logo abaixo da derme. É um tecido conjuntivo gorduroso (tecido adiposo), representando importante reserva calórica para o organismo, além de funcionar em algumas partes do corpo como um coxim (almofada) - denominado panículo adiposo -, evitando traumas. É nele que encontramos, em pessoas obesas, os “detestados” excessos de gordura.

No entanto, o panículo adiposo proporciona proteção contra o frio. Distribui-se por toda a superfície do corpo e varia de acordo com a idade, sexo, estado nutricional e taxa de hormônios. Por ser mais vascularizada que a derme essa camada da pele é capaz de absorver com maior rapidez as substâncias nela injetadas – motivo pelo qual recebe a administração de certas medicações, como a insulina para pacientes diabéticos, por exemplo.

Os anexos da Pele - Se a pele tem importância para a saúde das pessoas, seus anexos (figura abaixo)não podem ser esquecidos: os pêlos, glândulas sebáceas, glândulas sudoríparas e unhas.

Fonte: Pele e anexo www.ebah.com.br

Aparentemente, pode parecer que os pêlos são superficiais, mas  se você depilar a sobrancelha, por exemplo, verificará que eles têm uma inserção profunda, pois situam-se em invaginações (saliências) na epiderme.

Os pêlos são constituídos por células queratinizadas produzidas por folículos pilosos, localizados na derme ou hipoderme, onde se abrem as glândulas sebáceas. Têm por função proteger áreas de orifícios e olhos, possuindo rica inervação que lhes confere, ainda, o papel de aparelho sensorial cutâneo.

A cor dos pêlos, tamanho e disposição variam de acordo com a raça e a região do corpo. Estão presentes em quase toda a superfície da pele, exceto em algumas regiões bem delimitadas. As glândulas sebáceas situam-se na derme e, como já dito, formam- se junto aos pêlos, podendo existir várias para cada folículo piloso.

Em certas regiões, como lábio, glande e pequenos lábios da vagina, os ductos das glândulas sebáceas abrem-se diretamente na pele. São responsáveis pela secreção de gorduras que lubrificam e protegem a superfície da pele e estão presentes em todo o corpo, exceto nas palmas das mãos e plantas dos pés.

As glândulas sudoríparas são encontradas em toda a pele, exceto em certas regiões, como a glande. Secretam o suor – solução extremamente diluída, que contém pouquíssima proteína -, além de sódio, potássio, cloreto, amônia e ácido úrico. Nas palmas das mãos e plantas dos pés se abrem diretamente na superfície cutânea, sendo mais numerosas nessas áreas. Ao atingir a superfície da pele o suor se evapora, baixando a temperatura corporal. Dessa forma, exercem important papel no controle da temperatura corporal – motivo pelo qual suamo mais no calor e menos no frio. A presença de catabólitos no suor suger que as glândulas sudoríparas também têm função excretora.

Quando desembocam nos folículos pilosos são chamadas de glândulas sudoríparas apócrinas e localizam-se apenas nas regiões axilares, perianal e pubiana. Podem ser estimuladas pela tensão emocional e sua secreção é ligeiramente viscosa e sem cheiro, mas adquire odor desagradável e característico pela ação de bactérias na pele. As unhas recobrem a última falange dos dedos e são formadas por queratina dura e fixadas sobre a epiderme nos denominados leitos ungueais. Crescem apenas longitudinalmente, não para os lados. Protegem as pontas dos dedos, evitando traumatismos e possuem em seu contorno uma espécie de selo chamado cutícula, que impede a entrada de agentes infecciosos, como bactérias.

Para o profissional de saúde, a pele deve ser objeto de atenção especial pois sua coloração, textura e aparência podem ser indicativos de alterações no organismo. Por outro lado, os cuidados básicos de higiene e hidratação são essenciais para a manutenção da saúde em geral.

1.2 Semiologia

Semiologia da Enfermagem pode ser chamada também de propedêutica, que é o estudo dos sinais e sintomas das doenças humanas. A palavra vem do grego semeion = sinal + lógos = tratado, estudo). A semiologia é muito importante para o diagnóstico e posteriormente a prescrição de patologias. 

semiologia, base da prática clínica requer não apenas habilidades, mas também ações rápidas e precisas. A preparação para o exame físico, a seleção de instrumentos apropriados, a realização das avaliações, o registro de achados e a tomada de decisões tem papel fundamental em todo o processo de assistência aocliente. A equipe de enfermagem deve utilizar todas as informações disponíveis para identificar as necessidades especiais em um conjunto variado de clientes portadores de diversas patologias. 

semiologia geral da enfermagem busca é ensinar aos alunos as técnicas (semiotécnicas) gerais que compõem o exame físico. O exame físico, por sua vez, compõe-se de partes que incluem a anamnese ou entrevista clínica, o exame físico geral e o exame físico especializado. 
O exame físico é a parte mais importante na obtenção do diagnóstico. Alguns autores estimaram que 70 a 80 % do diagnóstico se baseiam no exame clínico bemrealizado. 
Cumprir todas essas etapas com resolutividade, mantendo o foco nas necessidades do cliente é realmente um desafio. Esses fatores, a complexidade que cerca a semiologia e muitas decisões que precisam ser tomadas torna necessário que o enfermeiro tenha domínio de diversas informações.

 

TÉCNICA DE PUNÇÃO

Conceito

 Consiste na introdução de um cateter venoso na luz de uma veia superficial, de preferência de grande calibre. Envolve a seleção de um dispositivo para venopunção e um local de inserção dependendo do tipo de solução a ser utilizada; da frequência e duração da infusão, da localização de veias acessíveis; da idade e do estado do cliente; e, sempre que possível, serão levadas em consideração as preferências do cliente.

Finalidade

Proporcionar acesso venoso para administração de drogas ou reposição de volume e hemoderivados.

Indicações e contra indicações

Indicação:

Administração de líquidos, medicamentos, hemoderivados, coleta de sangue para exames e para manutenção do acesso venoso no paciente.

Contraindicação:

Absoluta: fístula arteriovenosa, esvaziamento ganglionar (mastectomia), veia esclerosadaRelativa: braço ou mão edemaciados ou que apresentem algum tipo de comprometimento, presença de queimadura, plegias no membro a ser puncionado e área de fossa cubital.

Conferir os nove certos

1.Paciente certo

2.Medicamento certo

3.Dose certa

4.Via certa

5.Hora certa

6.Anotação certa

7.Orientação certa

8.Compatibilidade

9.Direito do paciente de recusar a medicação

Material e equipamentos

- Bandeja

- Dispositivo intravenoso, compatível com o acesso venoso do paciente:

Agulhado (scalp) 27, 25, 23 e 21;     Sobre agulha (jelco) 24, 22, 20 e 18

- Garrote.

- Gaze ou bolas de algodão.

- Luva de procedimento.

- Solução anti-séptica álcool a 70% ou clorexidina solução alcoólica (0,5%).

- Adesivo para fixação do cateter (indica-se em ordem preferencial o curativo transparente semipermeável estéril, micropore e esparadrapo).

- Foco de luz ( opcional).

- Oleado. (opcional)

- Tala (evitar).

- Tesoura (opcional)

- Sabão líquido e papel toalha.

- Equipamento de proteção individual (máscara cirúrgica, óculos de proteção e luva de

procedimento)

- polifix preferencialmente de duas vias

- seringa de 10 ml

- 01 agulha

- 01 flaconete de soro fisiológico a 0,9%

Descrição Técnica

1. Ler a prescrição médica;

2. Higienizar as mãos com água e sabão, conforme o POP da CCIH

3. Separar o material necessário;

4. Realizar a desinfecção da bandeja ou cuba rim com álcool à 70%;

5. Realizar a higienização das mãos com álcool à 70% glicerinado;

6. Preparar o material, preencher o polifix com soro fisiológico e manter seringa com a solução

acoplada;

7. Apresentar-se ao paciente e acompanhante;

8. Checar a identificação do paciente;

9. Explicar o procedimento ao paciente e/ou acompanhante;

10. Posicionar o paciente em decúbito dorsal de modo confortável, com a área de punção exposta e sobre um protetor impermeável (preferencialmente);

11. Inspecionar e palpar a rede venosa dando preferência as veias mais proeminentes, firmes  e menos tortuosas, priorizando a porção distal em sentido ascendente. Pode ser necessário garrotear o membro para facilitar a visualização da rede venosa. O garroteamento deve impedir o retorno venoso, mas não deve ocluir o fluxo arterial, é importante controlar o tempo do garroteamento e quando necessário soltar o garroteamento temporariamente.

12. Colocar os equipamentos de proteção individual: a máscara cirúrgica e óculos de proteção;

13. Higienizar as mãos com álcool glicerinado;

14. Calçar as luvas de procedimento;

15. Abrir a embalagem do cateter de forma estéril, deixando-o protegido;

16. *Garrotear o local para melhor visualizar a veia, 4 a 6 polegadas (10 a 15 cm) acima do local de inserção proposto;

17.Fazer a antissepsia do local com algodão embebido em álcool à 70% ou clorexidina alcoólica à 0,5%, no sentido do proximal para distal, três vezes;

18. Realizar punção com o cateter escolhido, sempre com o bisel voltado para cima, introduzir a agulha no ângulo de 30 a 45º;

19. Ao visualizar o refluxo sanguíneo, estabilize o cateter com uma mão e solte o garroteamento com a outra mão. Aplique uma leve pressão com o dedo médio da mão não dominante 3 cm acima do local de inserção;

20. Retirar o guia do dispositivo sobre agulha (jelco);

21. Acoplar o polifix preenchido com solução fisiológica à 0,9% conjugado à seringa ao cateter;

22. Testar o fluxo do acesso venoso, injetando solução fisiológica à 0,9%. Quando observar infiltração do acesso ou obstrução total do cateter, remover o cateter e repetir novo procedimento, com outro dispositivo.

23. Salinizar o acesso com solução fisiológica à 0,9% e fechar o polifix. Caso seja indicado conectar a hidratação venosa.

24. Realizar fixação adequada com adesivo disponível.

25. Identificar a punção: data, tipo/nº do dispositivo, hora do procedimento, nome e registro do profissional;

26.Recolher o material, descartando os perfurantes em recipiente adequado. Deixar o ambiente em ordem;

27. Higienizar as mãos com água e sabão;

28. Realizar as anotações do procedimento, assinando e carimbando o relato.

* A finalidade de aplicar o garrote é dilatar a veia, outras técnicas também ajudam a evidenciar as veias como colocar o membro pendendo por alguns segundos, friccionar a pele na direção do garrote, pedir ao paciente para abrir e fechar a mão, e aplicar calor local. Ao aplicar o garrote verifique o pulso distal, se não estiver presente, alivie o garrote e reaplique-o com menor tensão para impedir a oclusão arterial. O garrote deve ser aplicado com cuidado evitando-se as áreas onde já foram realizadas punções recentes, pois poderá constituir fator de risco para o trauma vascular e formação de hematomas.

Critérios de Seleção da veia

Seleção da veia:  local escolhido não deve interferir com a mobilidade. Assim, a fossa antecubital deve ser evitada, exceto como último recurso. Recomenda-se utilizar primeiro o local mais distal do braço ou da mão, para que punções possam ser movidas, progressivamente, para cima.

Uma veia deve ser examinada por palpação e inspeção. Ela deve ser firme, elástica, cheia e arredondada.

 Os locais preferidos para a punção venosa periférica são as veias cefálica e basílica no

antebraço; os locais que devem ser evitados são as veias da perna e do pé, por causa do maior risco de tromboflebite e infecção. As veias antecubitais podem ser utilizadas se não existir outro acesso venoso disponível. As venopunções subsequentes não devem ser realizadas proximalmente a uma veia previamente utilizada, ou lesionada.  Ao perfurar a veia deve-se inserir o cateter por método direto ( diretamente sobre a veia) para agulha de pequeno calibre, veias frágeis e ou tortas, além de veias com risco aumentado de hematoma. O método indireto ( na pele ao longo do lado da veia inserindo o cateter em seu ponto distal) pode ser usado em todas as punções.

Pode-se proteger a área do garroteamento com gaze não estéril ou tecido fino ( ex. manga da camisola) para proteção da pele frágil em pacientes pediátricos e idosos ou com excesso de pêlos.

 Os últimos estudos científicos preconizam o uso de coberturas estéreis com membrana transparente semipermeável, quando não possível indica-se o uso do micropore ou esparadrapo. Quando utilizada cobertura não impermeável deve-se proteger o sítio de inserção do cateter com plástico durante o banho.

Deve-se escolher um local de punção que não interfira nas atividades diárias do paciente ou procedimentos planejados, como exemplo preservar o membro com plegia para a realização da fisioterapia motora em pacientes hemiplégicos. Investigar a presença de alergia ao látex do cliente.

O USO DE CATETER COM AGULHA DE AÇO DEVE SER LIMITADO À ADMINISTRAÇÃO DE DOSE ÚNICA E COLETA DE AMOSTRA DE SANGUE PARA  ANÁLISE CLÍNICA.

Quando utilizado o cateter com agulha de aço não é necessário do uso de polifix.

Seleção do Cateter - Preparo do sítio de inserção

Cateter periférico: álcool a 70%

Instalação do cateter - Escolher o local para o acesso venoso periférico da porção mais distal à proximal, quando houver necessidade de inserções posteriores.

  • Assegurar técnica asséptica durante todo o procedimento.
  • Utilizar um cateter para cada tentativa de punção.
  • Solicitar ajuda de outro profissional após duas tentativas de punção mal sucedido

Estabilização do Cateter

  • Significa a fixação do mesmo de forma a minimizar os deslocamentos no interior do vaso evitando perdas de cateteres e complicação nos acessos.
  • O material selecionado deverá permitir a inspeção visual e garantir o bom funcionamento do dispositivo.
  • Os materiais utilizados para a estabilização do Cateter devem ser estéreis

Coberturas: Troca de curativo em Cateteres - As coberturas que possuem filme de poliuretano não deverão ser utilizadas: •Pacientes sudoreicos. •Nas primeiras 24h da punção do cateter intravascular central, •Na presença de sangue no sítio de inserção do cateter. •Quando a indicação de permanência do dispositivo for inferior a 24hs. •O sítio de inserção do cateter intravascular deverá ser inspecionado diariamente. •Retirar o cateter venoso na presença de: obstrução, flebite, infiltração, hematoma, sinais flogísticos (rubor, edema, calor e eritema) •Registrar na evolução de enfermagem as condições gerais do sítio de inserção e ações de enfermagem realizadas.

Rotina de troca do sistema de infusão – Equipos:

•Soroterapia e medicamentos sob infusão contínua: 72 horas.

•Soroterapia e medicamentos sob infusão intermitente: 24 horas (equipo gravitacional).

•NP: a cada nova bolsa de solução.

•Em caso de contaminação durante a manipulação, trocar imediatamente.

Extensores e conectores: em conjunto com o equipo.

Troca do sistema de infusão

• As trocas deverão ser realizadas preferencialmente após o banho.

• Identificar o sistema de infusão com os dados de identificação na extensão do equipo.

• Evitar a utilização de torneira multivias na infusão de NP. Caso seja necessário, trocá-la

1.2.1 Etapas da Sistematização da Assistência de Enfermagem (SAE)

A sistematização de enfermagem ou processo de enfermagem além de ser um instrumento facilitar da implementação do cuidar, segundo Medeiros; Santos e Cabral (2012) também é reconhecido como método articulado com a teoria e a prática direcionada as necessidades individuais resolutivas, ao registro das etapas de forma organizada, segura e promove participação de toda equipe de enfermagem envolvida com a assistência através dos registros no prontuário e que facilita a continuidade da assistência gerando confiança e profissionalismo, revelando o vínculo enfermeiro-usuário na decisão de realizar o planejamento para reduzir complicações e facilitar a restauração da saúde.

O uso do método requer o pensamento crítico do profissional, que deve estar focado nos objetivos e voltado para os resultados, de forma a atender as necessidades do paciente e de sua família; exigindo constante atualização, habilidades e experiência, sendo orientado pela ética e padrões de conduta. Portanto, é um modo de exercer a profissão com autonomia baseada nos conhecimentos técnico-científicos no qual a categoria vem se desenvolvendo nas últimas décadas (SILVA et al, 2011)

A prática da SAE legitima o trabalho do enfermeiro, a Resolução COFEN nº 358/2009 Art. 2º O Processo de Enfermagem organiza-se em cinco etapas inter-relacionadas, interdependentes e recorrentes: são elas a coleta de dados de enfermagem (histórico de enfermagem), diagnóstico de enfermagem, planejamento de enfermagem, implementação e avaliação de enfermagem conceituada a seguir:

 

I – Coleta de dados de Enfermagem (ou Histórico de Enfermagem) – processo deliberado, sistemático e contínuo, realizado com o auxílio de métodos e técnicas variadas, que tem por finalidade a obtenção de informações sobre a pessoa, família ou coletividade humana e sobre suas respostas em um dado momento do processo saúde e doença.

 

II – Diagnóstico de Enfermagem – processo de interpretação e agrupamento dos dados coletados na primeira etapa, que culmina com a tomada de decisão sobre os conceitos diagnósticos de enfermagem que representam, com mais exatidão, as respostas da pessoa, família ou coletividade humana em um dado momento do processo saúde e doença e que constituem a base para a seleção das ações ou intervenções com as quais se objetiva alcançar os resultados esperados.

 

III – Planejamento de Enfermagem – determinação dos resultados que se espera alcançar e das ações ou intervenções de enfermagem que serão realizadas face às respostas da pessoa, família ou coletividade humana em um dado momento do processo saúde e doença, identificadas na etapa de Diagnóstico de Enfermagem.

 

IV – Implementação – realização das ações ou intervenções determinadas na etapa do Planejamento de Enfermagem.

 

V – Avaliação de Enfermagem – processo deliberado, sistemático e contínuo de verificação de mudanças nas respostas da pessoa, família ou coletividade humana em um dado momento do processo saúde doença, para determinar se as ações ou intervenções de enfermagem alcançaram o resultado esperado e de verificação da necessidade de mudanças ou adaptações nas etapas do Processo de Enfermagem (COFEN, 2009).

 

De acordo com Poveda (2011) acredita-se que a atuação do enfermeiro necessita superar os sinais apresentados pelo paciente, pelo fato de que a assistência é realizada para o paciente e como corresponde aos seus problemas de saúde e quanto atinge além de si mesmo, mas também aos mais próximos a ele, seja familiar ou não. já que a assistência de enfermagem está dirigida ao indivíduo e como ele reage a seus problemas de saúde e como estes afetam não somente a ele, como as pessoas à sua volta, sejam essas pessoas membros de sua família ou da comunidade.

O planejamento da assistência de enfermagem garante a responsabilidade junto ao cliente assistido, uma vez que este processo nos permite diagnosticar as necessidades do cliente, fazer a prescrição adequada dos cuidados e, além de ser aplicado à assistência, pode nortear tomada de decisões em diversas situações vivenciadas pelo enfermeiro enquanto gerenciador da equipe de enfermagem, promovendo a autonomia da profissão. Entretanto, transformar a realidade de uma assistência não planejada envolve mais do que a vontade individual dos enfermeiros. Há que se desenvolver um projeto para o alcance dessa meta, no qual são imprescindíveis a vontade política, envolvimento institucional e melhoria das condições de trabalho (SILVA et al, 2011).

As autoras Bouso et al (2014) o diagnóstico de enfermagem é uma forma de expressar as necessidades de cuidados que se identificam naqueles de quem se cuida, tornando possível a aplicação de intervenções de enfermagem. Possibilitam a uniformização da linguagem entre enfermeiros e contribuem para o desenvolvimento do conhecimento em enfermagem.

Por fim, cabe destacar que nada adianta utilizar a SAE como receita de bolo, mas sim adequá-la de acordo com a realidade de cada instituição, sendo preciso verificar o número do pessoal de enfermagem proporcional ao número de leitos do hospital, contemplando à resistência por parte de alguns enfermeiros que recusam a SAE como respaldo legal da profissão, quebrando o tabu de que esse instrumento veio para s omar e avigorar a autonomia do profissional (SOARES et al., 2015).

 

QUESTÕES SEM COMENTÁRIOS

 

1. “Anatomia” é uma palavra de origem grega, e significa:

A) cortar em partes.

B) realizar análise.

C) parte funcionante.

D) observar a morte.

E) verificar as anomalias.

 

2. Qual dos seguintes planos não é considerado como de referência?

A) Frontal.

B) Transversal.

C) Sagital mediano.

D) Vertical.

E) Dorso-ventral.

 

 3. A padronização dos termos utilizados em anatomia é de extrema importância para a comunicação científica. Com relação a esse assunto, assinale a alternativa correta.

(A) Os epônimos devem ser sempre utilizados, pois são mais descritivos que os nomes das estruturas.

(B) Cada estrutura deve ter um nome científico e outro popular.

(C) Há uma posição padrão a partir da qual as estruturas são denominadas.

(D) A língua oficialmente adotada é o grego, com a possibilidade de cada país traduzir para o seu vernáculo.

(E) O pescoço faz parte da cabeça.

 

4. Em relação às referências anatômicas da incisão biacrômio-esterno-pubiana, assinale a alternativa correta.

(A) Acrômio é a projeção da extremidade lateral da espinha escapular.

(B) O acrômio se articula com a extremidade medial da clavícula.

(C) O esterno é classificado anatomicamente como um osso longo.

(D) O púbis localiza-se na parte posterior do osso do quadril.

(E) A clavícula e as costelas constituem a cintura escapular.

 

5. Várias estruturas do corpo humano são revestidas por membranas conjuntivas. Quanto ao sistema nervoso central, é correto afirmar que

(A) a camada em contato com o tecido nervoso é denominada aracnoide.

(B) é revestido por três camadas, sendo a mais resistente denominada dura-máter.

(C) o espaço epidural ocorre entre a dura-máter e a aracnoide.

(D) o espaço subaracnoide é virtual e preenchido por líquor.

(E) a camada mais externa é denominada fáscia nervosa.

 

 

6. Assinale a alternativa correta quanto à morfologia interna do coração humano.

(A) Os músculos pectíneos localizam-se no átrio esquerdo.

(B) A valva atrioventricular esquerda é formada por três cúspides.

(C) O seio coronário se abre no interior do ventrículo esquerdo.

(D) Os músculos papilares são projeções do miocárdio para o exterior do coração.

(E) A fossa oval localiza-se no septo interatrial.

 

 

7. O edema de glote caracteriza-se pela dificuldade respiratória que, se causada por alergia, pode ser aguda e levar o indivíduo à morte. Quanto às características anatômicas, é correto afirmar que glote é

(A) o local de bifurcação da traqueia.

(B) formada pelas cordas vocais.

(C) localizada acima da epiglote.

(D) o espaço entre as pregas vocais.

(E) uma estrutura cartilaginosa que vibra durante a fonação.

A resposta a questão 33 é a letra “D”

 

8. A cartilagem que constitui a base da laringe é a:

A) cartilagem tireóidea.

B) cartilagem cuneiforme.

C) cartilagem cricoidea.

D) cartilagem corniculada.

E) cartilagem epiglótica.

 

9. No sistema esquelético, acerca da cartilagem, é correto afirmar que:

A) existe um único tipo, a cartilagem hialina.

B) é uma forma especial de tecido conjuntivo, no qual a composição da matriz não determina  sua função.

C) as células são denominadas condrócitos e formam estruturas circulares ao redor de lacunas.

D) não há vascularização, por isso as peças são pequenas e geralmente envolvidas pelo periósteo (tecido conjuntivo).

E) tem função de suporte, faz parte das superfícies articulares e serve como molde para o crescimento ósseo

 

10. Sobre as formas de tecido linfático estão associadas ao tecido epitelial, analise as seguinte afirmativas.

1) Não existe tecido linfático fora de timo, linfonodos e baço.

2) O tecido associado às mucosas (MALT) é difuso e presente em regiões diferentes do organismo.

3) As tonsilas são órgãos presentes na porção superior do trato digestório, sempre em contato com o tecido epitelial.

4) O tecido nunca se associa ao epitélio.     Estão corretas:

 

A) 1 e 2, apenas.

B) 2 e 3, apenas.

C) 3 e 4, apenas.

D) 1, 3 e 4, apenas.

E) 1, 2, 3 e 4.

 

11. Em relação aos vasos linfáticos, assinale a alternativa correta.

A) O sistema linfático tem função de retirar a linfa dos tecidos e retorná-la ao sistema circulatório e respiratório para as trocas de CO2 e O2.

B) A circulação ocorre em direção ao coração, cérebro e fígado.

C) A parede é constituída por uma camada elástica espessa apoiada sobre a lâmina basal incompleta, e não há distinção clara entre as túnicas.

D) Convergem para os dois troncos: ducto torácico e linfático, onde a linfa se mistura ao sangue.

E) Diferentemente das veias, não possuem válvulas, e dependem exclusivamente da contração muscular.

 

12. Sobre o sistema circulatório, assinale a alternativa correta.

A) O sistema vascular sanguíneo e o sistema linfático não são interligados.

B) O sistema vascular sanguíneo é formado sequencialmente pelo coração, pulmão, artérias, veias e capilares.

C) O sistema vascular sanguíneo é fechado, uma vez que o sangue bombeado pelo coraçãopercorre artérias, capilares e veias e retorna ao coração.

 D) O sistema vascular sanguíneo pode ser dividido em baço, timo e circulação colateral.

E) Dentre os componentes da microcirculação, os capilares são os únicos vasos sanguíneos que não fazem trocas com os tecidos adjacentes.

 

13. Não é função dos músculos:

A) o fornecimento de calor ao organismo.

B) a locomoção.

C) auxiliar a circulação sanguínea e linfática, através de suas contrações.

D) manter a postura.

E) a filtração do sangue.

 

14. O ar que entra no organismo é filtrado, aquecido e umedecido:

A) pela parte superior do trato respiratório.

B) pelos pulmões.

C) pelo diafragma.

D) pelos alvéolos.

E) pela parte inferior do trato respiratório.

 

15. Como se pode diferenciar o brônquio principal direito do brônquio principal esquerdo?

A) Pela localização, pois o brônquio principal direito está dentro do pulmão e o esquerdo está fora do pulmão.

B) Pelo diâmetro e trajeto, pois o brônquio principal direito tem diâmetro menor e trajeto mais

C) Somente o brônquio principal direito penetra no hilo pulmonar, por isso ele é mais susceptível à penetração de corpos estranhos.

D) Pelo diâmetro e trajeto, pois o brônquio principal direito tem diâmetro maior e trajeto mais vertical.

E) Pela localização, pois o brônquio principal direito está fora do pulmão e o esquerdo está dentro do pulmão.

 

16. A respeito do sistema endócrino, é correto afirmar que:

A) o lobo anterior da hipófise contém os axônios de alguns neurônios hipotalâmicos.

B) a glândula tireoide situa-se inferiormente à cartilagem tireoide da laringe e consiste em dois lobos conectados por um istmo estreito.

C) quatro glândulas paratireoides estão incrustradas na superfície anterior da glândula tireoide.

D) o hormônio primário liberado pelo pâncreas é o suco pancreático, para a digestão dos lipídios.

E) quando os níveis de glicose no sangue caem, a insulina é liberada pelo pâncreas.

 

17. Qual dos seguintes órgãos não é considerado parte do sistema digestório?

A) Pâncreas.

B) Baço.

C) Língua.

D) Dentes.

E) Vesícula biliar.

 

18. Qual das seguintes estruturas não pode ser percebida à palpação no interior da região cervical anterior?

A) Laringe.

B) Osso hioide.

C) Vértebras cervicais.

D) Traqueia.

E) Glândula tireoide.

 

 19. Sobre o mecanismo da circulação do sangue no interior do coração, assinale a alternativa correta.

A) O átrio direito recebe sangue das veias cavas superior e inferior.

B) O ventrículo esquerdo impulsiona o sangue para todo o corpo pela veia aorta.

C) O átrio esquerdo recebe sangue das veias cavas superiores e das veias pulmonares.

D) O ventrículo esquerdo impulsiona o sangue para todo o corpo pela artéria pulmonar.

E) O ventrículo direito impulsiona o sangue para todo o corpo pela artéria aorta.

 

20. Qual das seguintes estruturas não é parte da vulva?

A) Monte do púbis.

B) Clitóris.

C) Vestíbulo vaginal.

D) Lábios menores.

E) Vagina.

 

 21. O períneo é:

A) uma membrana que recobre o testículo.

B) uma fixação ligamentar do pênis na região da sínfise púbica.

C) uma região em forma de losango entre a sínfise púbica e o cóccix.

D) uma bainha fibrosa que sustenta o escroto.

E) uma região circular ao redor do ânus.

22. Considerando o sistema tegumentar, há potencialmente risco de morte na ocorrência de:

A) melanoma.

B) acne.

C) seborreia.

D) eczema.

E) verrugas.

 

 23. Os ossículos da orelha (martelo, bigorna e estribo) são encontrados na(s):

A) orelha média.

B) orelha interna.

C) fossa do esfenoide.

D) células etmoidais.

E) orelha externa.

 

GABARITO:

 

1

2

3

4

5

6

7

8

9

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23

A

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C

E

B

E

D

C

E

B

D

C

E

A

D

B

B

C

A

E

C

A

A

 

 

 

REFERÊNCIAS

BRANCO, Rodrigo Castelo. Cartilagem: Funções, Lesões e Tratamento. Rio de Janeiro, RJ, Brasi. 2010.     Disponível em:  <http://www.marcosbritto.com/2011/02/cartilagem-funcoes-lesoes-e-tratamento.html> Acesso em: 25/12/2015.

CUNHA, Fabiano; ANDREOLI, Carlos. Fratura da perna de Anderson silva é causa comum de cirurgia em atletas. São Paulo. 2014. Disponível em: < http://institutodoatleta.com.br/website/index.php/especialidades/ortopedia/298-fratura-da-perna-de-anderson-silva-e-causa-comum-de-cirurgia-em-atletas>  Acesso em: 25/12/2015.

 

Link:<http://zecaalves.no.comunidades.net/prova-tecnico-em-enfermagem-auxiliar-de-necropsi> Acesso em 26/12/2015.

1.2 Semiologia; Data de postagem:

0 QU EÉ SEMIOLOGIA Fonte: Portal Educação

Semiologia da enfermagem pode ser chamada também de propedêutica, que é o estudo dos sinais e sintomas das doenças humanas. A palavra vem do grego semeion = sinal + lógos = tratado, estudo). A semiologia é muito importante para o diagnóstico e posteriormente a prescrição de patologias. 

semiologia, base da prática clínica requer não apenas habilidades, mas também ações rápidas e precisas. A preparação para o exame físico, a seleção de instrumentos apropriados, a realização das avaliações, o registro de achados e a tomada de decisões tem papel fundamental em todo o processo de assistência ao cliente. 
A equipe de enfermagem deve utilizar todas as informações disponíveis para identificar as necessidades especiais em um conjunto variado de clientes portadores de diversas patologias. 
semiologia geral da enfermagem busca é ensinar aos alunos as técnicas (semiotécnicas) gerais que compõem o exame físico. O exame físico, por sua vez, compõe-se de partes que incluem a anamnese ou entrevista clínica, o exame físico geral e o exame físico especializado. 
O exame físico é a parte mais importante na obtenção do diagnóstico. Alguns autores estimaram que 70 a 80 % do diagnóstico se baseiam no exame clínico bem realizado. 
Cumprir todas essas etapas com resolutividade, mantendo o foco nas necessidades do cliente é realmente um desafio. Esses fatores, a complexidade que cerca a semiologia e muitas decisões que precisam ser tomadas torna necessário que o enfermeiro tenha domínio de diversas informações.

 

TÉCNICA DE PUNÇÃO

Conceito

 Consiste na introdução de um cateter venoso na luz de uma veia superficial, de preferência de grande calibre. Envolve a seleção de um dispositivo para venopunção e um local de inserção dependendo do tipo de solução a ser utilizada; da frequência e duração da infusão, da localização de veias acessíveis; da idade e do estado do cliente; e, sempre que possível, serão levadas em consideração as preferências do cliente.

Finalidade

Proporcionar acesso venoso para administração de drogas ou reposição de volume e hemoderivados.

Indicações e contra indicações

Indicação:

Administração de líquidos, medicamentos, hemoderivados, coleta de sangue para exames e para manutenção do acesso venoso no paciente.

Contraindicação:

Absoluta: fístula arteriovenosa, esvaziamento ganglionar (mastectomia), veia esclerosadaRelativa: braço ou mão edemaciados ou que apresentem algum tipo de comprometimento, presença de queimadura, plegias no membro a ser puncionado e área de fossa cubital.

Conferir os nove certos

1.Paciente certo

2.Medicamento certo

3.Dose certa

4.Via certa

5.Hora certa

6.Anotação certa

7.Orientação certa

8.Compatibilidade

9.Direito do paciente de recusar a medicação

Material e equipamentos

- Bandeja

- Dispositivo intravenoso, compatível com o acesso venoso do paciente:

Agulhado (scalp) 27, 25, 23 e 21;     Sobre agulha (jelco) 24, 22, 20 e 18

- Garrote.

- Gaze ou bolas de algodão.

- Luva de procedimento.

- Solução anti-séptica álcool a 70% ou clorexidina solução alcoólica (0,5%).

- Adesivo para fixação do cateter (indica-se em ordem preferencial o curativo transparente semipermeável estéril, micropore e esparadrapo).

- Foco de luz ( opcional).

- Oleado. (opcional)

- Tala (evitar).

- Tesoura (opcional)

- Sabão líquido e papel toalha.

- Equipamento de proteção individual (máscara cirúrgica, óculos de proteção e luva de

procedimento)

- polifix preferencialmente de duas vias

- seringa de 10 ml

- 01 agulha

- 01 flaconete de soro fisiológico a 0,9%

Descrição Técnica

1. Ler a prescrição médica;

2. Higienizar as mãos com água e sabão, conforme o POP da CCIH

3. Separar o material necessário;

4. Realizar a desinfecção da bandeja ou cuba rim com álcool à 70%;

5. Realizar a higienização das mãos com álcool à 70% glicerinado;

6. Preparar o material, preencher o polifix com soro fisiológico e manter seringa com a solução

acoplada;

7. Apresentar-se ao paciente e acompanhante;

8. Checar a identificação do paciente;

9. Explicar o procedimento ao paciente e/ou acompanhante;

10. Posicionar o paciente em decúbito dorsal de modo confortável, com a área de punção

exposta e sobre um protetor impermeável (preferencialmente);

11. Inspecionar e palpar a rede venosa dando preferência as veias mais proeminentes, firmes  e menos tortuosas, priorizando a porção distal em sentido ascendente. Pode ser necessário garrotear o membro para facilitar a visualização da rede venosa. O garroteamento deve impedir o retorno venoso, mas não deve ocluir o fluxo arterial, é importante controlar o tempo do garroteamento e quando necessário soltar o garroteamento temporariamente.

12. Colocar os equipamentos de proteção individual: a máscara cirúrgica e óculos de proteção;

13. Higienizar as mãos com álcool glicerinado;

14. Calçar as luvas de procedimento;

15. Abrir a embalagem do cateter de forma estéril, deixando-o protegido;

16. *Garrotear o local para melhor visualizar a veia, 4 a 6 polegadas (10 a 15 cm) acima do local

de inserção proposto;

17.Fazer a antissepsia do local com algodão embebido em álcool à 70% ou clorexidina alcoólica à 0,5%, no sentido do proximal para distal, três vezes;

18. Realizar punção com o cateter escolhido, sempre com o bisel voltado para cima, introduzir a

agulha no ângulo de 30 a 45º;

19. Ao visualizar o refluxo sanguíneo, estabilize o cateter com uma mão e solte o garroteamento

com a outra mão. Aplique uma leve pressão com o dedo médio da mão não dominante 3 cm acima do local de inserção;

20. Retirar o guia do dispositivo sobre agulha (jelco);

21. Acoplar o polifix preenchido com solução fisiológica à 0,9% conjugado à seringa ao cateter;

22. Testar o fluxo do acesso venoso, injetando solução fisiológica à 0,9%. Quando observar infiltração do acesso ou obstrução total do cateter, remover o cateter e repetir novo procedimento, com outro dispositivo.

23. Salinizar o acesso com solução fisiológica à 0,9% e fechar o polifix. Caso seja indicado conectar a hidratação venosa.

24. Realizar fixação adequada com adesivo disponível.

25. Identificar a punção: data, tipo/nº do dispositivo, hora do procedimento, nome e registro do

profissional;

26.Recolher o material, descartando os perfurantes em recipiente adequado. Deixar o ambiente

em ordem;

27. Higienizar as mãos com água e sabão;

28. Realizar as anotações do procedimento, assinando e carimbando o relato.

* A finalidade de aplicar o garrote é dilatar a veia, outras técnicas também ajudam a evidenciar as veias como colocar o membro pendendo por alguns segundos, friccionar a pele na direção do garrote, pedir ao paciente para abrir e fechar a mão, e aplicar calor local. Ao aplicar o garrote verifique o pulso distal, se não estiver presente, alivie o garrote e reaplique-o com menor tensão para impedir a oclusão arterial. O garrote deve ser aplicado com cuidado evitando-se as áreas onde já foram realizadas punções recentes, pois poderá constituir fator de risco para o trauma vascular e formação de hematomas.

Critérios de Seleção da veia

Seleção da veia:  local escolhido não deve interferir com a mobilidade. Assim, a fossa antecubital deve ser evitada, exceto como último recurso.

 Recomenda-se utilizar primeiro o local mais distal do braço ou da mão, para que punções possam ser movidas, progressivamente, para cima.

Uma veia deve ser examinada por palpação e inspeção. Ela deve ser firme, elástica, cheia e arredondada.

 Os locais preferidos para a punção venosa periférica são as veias cefálica e basílica no

antebraço; os locais que devem ser evitados são as veias da perna e do pé, por causa do maior

risco de tromboflebite e infecção. As veias antecubitais podem ser utilizadas se não existir outro

acesso venoso disponível.

As venopunções subsequentes não devem ser realizadas proximalmente a uma veia

previamente utilizada, ou lesionada.

 Ao perfurar a veia deve-se inserir o cateter por método direto ( diretamente sobre a veia) para

agulha de pequeno calibre, veias frágeis e ou tortas, além de veias com risco aumentado de

hematoma. O método indireto ( na pele ao longo do lado da veia inserindo o cateter em seu

ponto distal) pode ser usado em todas as punções.

Pode-se proteger a área do garroteamento com gaze não estéril ou tecido fino ( ex. manga da

camisola) para proteção da pele frágil em pacientes pediátricos e idosos ou com excesso de pêlos.

 Os últimos estudos científicos preconizam o uso de coberturas estéreis com membrana transparente semipermeável, quando não possível indica-se o uso do micropore ou esparadrapo.

Quando utilizada cobertura não impermeável deve-se proteger o sítio de inserção do cateter

com plástico durante o banho.

Deve-se escolher um local de punção que não interfira nas atividades diárias do paciente ou procedimentos planejados, como exemplo preservar o membro com plegia para a realização da

fisioterapia motora em pacientes hemiplégicos.

Investigar a presença de alergia ao látex do cliente.

O USO DE CATETER COM AGULHA DE AÇO DEVE SER LIMITADO À ADMINISTRAÇÃO DE DOSE ÚNICA E COLETA DE AMOSTRA DE SANGUE PARA  ANÁLISE CLÍNICA.

Quando utilizado o cateter com agulha de aço não é necessário do uso de polifix.

Seleção do Cateter

Preparo do sítio de inserção

Cateter periférico: álcool a 70%

Instalação do cateter

Escolher o local para o acesso venoso periférico da porção mais distal à proximal, quando houver necessidade de inserções posteriores.

  • Assegurar técnica asséptica durante todo o procedimento.
  • Utilizar um cateter para cada tentativa de punção.
  • Solicitar ajuda de outro profissional após duas tentativas de punção mal sucedido

Estabilização do Cateter

  • Significa a fixação do mesmo de forma a minimizar os deslocamentos no interior do vaso evitando perdas de cateteres e complicação nos acessos.
  • O material selecionado deverá permitir a inspeção visual e garantir o bom funcionamento do dispositivo.
  • Os materiais utilizados para a estabilização do Cateter devem ser estéreis

Coberturas

AVC

Troca de curativo em Cateteres

As coberturas que possuem filme de poliuretano

não deverão ser utilizadas:

•Pacientes sudoreicos.

•Nas primeiras 24h da punção do cateter

intravascular central,

•Na presença de sangue no sítio de inserção do

•Quando a indicação de permanência do

dispositivo for inferior a 24hs.

•O sítio de inserção do cateter intravascular

deverá ser inspecionado diariamente.

•Retirar o cateter venoso na presença de:

obstrução, flebite, infiltração, hematoma, sinais

flogísticos (rubor, edema, calor e eritema)

•Registrar na evolução de enfermagem as

condições gerais do sítio de inserção e ações de

enfermagem realizadas

Rotina de troca do sistema de infusão

Equipos

•Soroterapia e medicamentos sob infusão contínua: 72 horas.

•Soroterapia e medicamentos sob infusão intermitente: 24 horas (equipo gravitacional).

•NP: a cada nova bolsa de solução.

•Em caso de contaminação durante a manipulação, trocar imediatamente.

Extensores e conectores: em conjunto com o equipo.

Troca do sistema de infusão

• As trocas deverão ser realizadas preferencialmente após o banho.

• Identificar o sistema de infusão com os dados de identificação na extensão do equipo.

• Evitar a utilização de torneira multivias na infusão de NP. Caso seja necessário, trocá-la

1.3 Etapas da Sistematização da Assistência de Enfermagem (SAE)

A sistematização de enfermagem ou processo de enfermagem além de ser um instrumento facilitar da implementação do cuidar, segundo Medeiros; Santos e Cabral (2012) também é reconhecido como método articulado com a teoria e a prática direcionada as necessidades individuais resolutivas, ao registro das etapas de forma organizada, segura e promove participação de toda equipe de enfermagem envolvida com a assistência através dos registros no prontuário e que facilita a continuidade da assistência gerando confiança e profissionalismo, revelando o vínculo enfermeiro-usuário na decisão de realizar o planejamento para reduzir complicações e facilitar a restauração da saúde.

O uso do método requer o pensamento crítico do profissional, que deve estar focado nos objetivos e voltado para os resultados, de forma a atender as necessidades do paciente e de sua família; exigindo constante atualização, habilidades e experiência, sendo orientado pela ética e padrões de conduta. Portanto, é um modo de exercer a profissão com autonomia baseada nos conhecimentos técnico-científicos no qual a categoria vem se desenvolvendo nas últimas décadas (SILVA et al, 2011)

A prática da SAE legitima o trabalho do enfermeiro, a Resolução COFEN nº 358/2009 Art. 2º O Processo de Enfermagem organiza-se em cinco etapas inter-relacionadas, interdependentes e recorrentes: são elas a coleta de dados de enfermagem (histórico de enfermagem), diagnóstico de enfermagem, planejamento de enfermagem, implementação e avaliação de enfermagem conceituada a seguir:

 

I – Coleta de dados de Enfermagem (ou Histórico de Enfermagem) – processo deliberado, sistemático e contínuo, realizado com o auxílio de métodos e técnicas variadas, que tem por finalidade a obtenção de informações sobre a pessoa, família ou coletividade humana e sobre suas respostas em um dado momento do processo saúde e doença.

 

II – Diagnóstico de Enfermagem – processo de interpretação e agrupamento dos dados coletados na primeira etapa, que culmina com a tomada de decisão sobre os conceitos diagnósticos de enfermagem que representam, com mais exatidão, as respostas da pessoa, família ou coletividade humana em um dado momento do processo saúde e doença e que constituem a base para a seleção das ações ou intervenções com as quais se objetiva alcançar os resultados esperados.

 

III – Planejamento de Enfermagem – determinação dos resultados que se espera alcançar e das ações ou intervenções de enfermagem que serão realizadas face às respostas da pessoa, família ou coletividade humana em um dado momento do processo saúde e doença, identificadas na etapa de Diagnóstico de Enfermagem.

 

IV – Implementação – realização das ações ou intervenções determinadas na etapa do Planejamento de Enfermagem.

 

V – Avaliação de Enfermagem – processo deliberado, sistemático e contínuo de verificação de mudanças nas respostas da pessoa, família ou coletividade humana em um dado momento do processo saúde doença, para determinar se as ações ou intervenções de enfermagem alcançaram o resultado esperado e de verificação da necessidade de mudanças ou adaptações nas etapas do Processo de Enfermagem (COFEN, 2009).

 

De acordo com Poveda (2011) acredita-se que a atuação do enfermeiro necessita superar os sinais apresentados pelo paciente, pelo fato de que a assistência é realizada para o paciente e como corresponde aos seus problemas de saúde e quanto atinge além de si mesmo, mas também aos mais próximos a ele, seja familiar ou não. já que a assistência de enfermagem está dirigida ao indivíduo e como ele reage a seus problemas de saúde e como estes afetam não somente a ele, como as pessoas à sua volta, sejam essas pessoas membros de sua família ou da comunidade.

O planejamento da assistência de enfermagem garante a responsabilidade junto ao cliente assistido, uma vez que este processo nos permite diagnosticar as necessidades do cliente, fazer a prescrição adequada dos cuidados e, além de ser aplicado à assistência, pode nortear tomada de decisões em diversas situações vivenciadas pelo enfermeiro enquanto gerenciador da equipe de enfermagem, promovendo a autonomia da profissão. Entretanto, transformar a realidade de uma assistência não planejada envolve mais do que a vontade individual dos enfermeiros. Há que se desenvolver um projeto para o alcance dessa meta, no qual são imprescindíveis a vontade política, envolvimento institucional e melhoria das condições de trabalho (SILVA et al, 2011).

As autoras Bouso et al (2014) o diagnóstico de enfermagem é uma forma de expressar as necessidades de cuidados que se identificam naqueles de quem se cuida, tornando possível a aplicação de intervenções de enfermagem. Possibilitam a uniformização da linguagem entre enfermeiros e contribuem para o desenvolvimento do conhecimento em enfermagem.

Por fim, cabe destacar que nada adianta utilizar a SAE como receita de bolo, mas sim adequá-la de acordo com a realidade de cada instituição, sendo preciso verificar o número do pessoal de enfermagem proporcional ao número de leitos do hospital, contemplando à resistência por parte de alguns enfermeiros que recusam a SAE como respaldo legal da profissão, quebrando o tabu de que esse instrumento veio para s omar e avigorar a autonomia do profissional (SOARES et al., 2015).

 

 

 

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