Encontrando relação trigonométrica
em 30 de Janeiro de 2019
Quando decidimos que vamos começar a estudar pra valer, é normal ficar focado e ter um ritmo de estudo intenso e animado com vontade de aprender. No entanto, essa euforia inicial passa rápido e o estudo já não passa a ser como era nesse período de ânimo. Achando que aprendemos o suficiente nesse período, verificamos que a evolução foi bem mais baixa do que esperamos, constatação essa que acaba por vir com uma prova dura e difícil. Pronto, esse resultado é o suficiente para nos colocar para baixo, pensando o quão burro somos já que estudamos muito mas parece que não absorvemos nada.
Um tipo de situação bem comum, a qual o aluno parte do ponto de ter algum problema com o aprendizado já que não foi bem na prova. Já ressalto aqui que esse tipo de pensamento sobre si mesmo, tendo como base somente o exposto acima está errado! O que realmente aprendemos (não estou falando de decorar, ou entender o conteúdo como informação, mas entender de fato o conteúdo) é fixado na cabeça a longo prazo, isto é, por anos!
Passei a diferenciar o aprender do entender (a partir das palestras do professor Pierluigi Piazzi), e muitas vezes o aluno entendeu o conteúdo, mas não aprendeu. Como isso é possível? Por exemplo, você pode entender que seres eucariontes são aqueles que tem o núcleo celular individualizado pela membrana carioteca, enquanto os seres procariontes, não. Você entendeu isso, mas se não souber aplicar esse conhecimento em exercícios que variam esse teor informativo nos mais variados contextos, então você não aprendeu, você apenas entendeu. Quando você aprende, você não só aplica muito bem nos exercícios como consegue recuperar os conhecimentos a qualquer momento.
Por que estou falando sobre isso? O assunto não era sobre não ir bem nas provas? É exatamente sobre isso que estou falando. Quando você faz uma prova, ainda mais num formato ligeiramente diferente de exercícios, que seja, do que o professor passou em aula, e o aluno já não consegue mais fazer os exercícios, isso mostra que não houve aprendizado nos estudos, houve entendimento. Para aprender, além de ler a teoria, deve-se realizar exercícios. Poucos alunos de fato fazem isso. Se o exercício está fácil, pula para uma série mais difícil. Se alguns exercícios estão confusos, volta na teoria e leia novamente a parte que corresponde aos exercícios em que há dificuldade. Depois tenta o exercício de novo. Não fique olhando o gabarito na primeira vez que não conseguiu. Procure entender como chegar na resposta. Se a resposta for errada, tudo bem, faz parte do processo, verifique qual foi o seu erro. O importante foi que você realizou um trabalho para chegar à solução, e isso é muito importante.
Por falta de fazer exercícios é que os alunos têm tanta dificuldade em matérias como Matemática, Física e Química, pois, além de ser necessário fazer exercícios para aprender, é necessário raciocinar bastante, pois podem haver exercícios razoavelmente diferentes do que foi visto na teoria, ainda mais quando mistura-se com assuntos passados.
Por fim, quer uma maneira rápida se aprendeu determinado assunto, se pergunte sobre o que era aquele assunto e busque explicar para você mesmo sobre ele. Pode ter assuntos em que é necessário decorar (não todos, obviamente), mas ainda estes é possível lembrar das regras se aplicá-las nos exercícios. Se mesmo após 7 anos sem ver Gramática, você lembrar que vocativos numa frase são seguidos ou precedidos de vírgula, crase é uma contração de artigo+preposição, todas as proparoxítonas são acentuadas e que você assiste ao jogo em vez de assistir o jogo, posso te afirmar com toda certeza, que você aprendeu o conteúdo.