Desconectar para reconectar
Por: Matheus B.
07 de Dezembro de 2022

Desconectar para reconectar

Meditação como tratamento para transtornos mentais

Meditação Técnicas de Respiração e Mentalização Relaxamento meditação Concentração Como alcançar o estado meditativo mindfullness Profissional yoga Hatha Yoga bem-estar anti-stress equilibrio Mudança de vida a Distância controle mental Técnicas de Respiração Controle ansiedade Expansão da Consciência Aumento da capacidade de memorização e consciência Autoconhecimento Meditação guiada Paz Interior Benefícios meditação para ansiosos

Os últimos trinta anos tem sido marcado pela introdução de uma das práticas mais antigas do mundo, inerente ao ser humano, como instrumento para medicação dos males modernos: a meditação.

À exemplo da tuberculose, considerada o mal do século XIX, doenças da mente como ansiedade, depressão e insônia vêm tomando o espaço de doenças “clássicas”, tornando-se o mal da nossa era. Em períodos anteriores, os males eram da carne, do corpo, causados pela vida austera e difícil de uma sociedade analógica e faminta por conquistas materiais. A busca por um bem-estar no externo permanece em nossa sociedade, movendo a engrenagem do consumismo desenfreado por coisas. Entretanto, deixamos de ser analógico.

A internet foi o grande avanço da humanidade no último século. Incubada e gestada no século XX, foi no século XXI que saiu dos caixotes de metal para tomar uma forma de plástico e vidro em nossas mãos. O que tomava nosso cérebro de assalto dentro de casa ou no trabalho em horários restritos, passou a ser constante. No início, precisávamos de um computador, um trambolho de bons quilos que ocupava um senhor espaço em nossos cômodos, plugados a fios de telefones e inúmeros cabos, deixando nossa interação com esse mundo virtual restrita a momentos específicos de nosso dia. Ainda passávamos boa parte do tempo no analógico. Hoje a história é outra. Não há mais cabos. Não há mais cômodos ocupados por aparelhos gigantes. Acessamos à tudo e todos, a qualquer hora e lugar...literalmente!

Não podemos demonizar a internet. Ela muito útil. Cá estou eu escrevendo para você leitor de um aparelho que mal ocupa uma bolsa de mão em um vilarejo nos Himalaias próxima à fronteira com o Tibete. Aí está você me lendo em uma tela um pouco maior que a palma de sua mão, escorrendo o dedo por essas linhas com o polegar direito enquanto com a mão esquerda leva a boca uma caneca de café em seu sofá em algum lugar do Brasil. Isso é fantástico! Contudo, como tudo é dual no mundo da matéria, essa benção também traz seu fardo.

As redes sociais beneficiam a promoção e a conexão entre as pessoas que num mundo analógico dificilmente conseguiriam manter interação. Elas unem fãs à ídolos, clientes às marcas, quem quer aprender à quem quer ensinar e por aí vai. Entretanto, a dinâmica pela qual elas funcionam trabalha com o que há de mais primitivo na natureza humana: a recompensa, a sensação de pertencimento e principalmente a aceitação do grupo.

Entre o aprendizado da utilização de ferramentas e a descoberta do fogo, milhões de anos separaram um evento do outro. Entre a domesticação de animais e o desenvolvimento da agricultura, milhares de anos. Entre a Idade Média, onde as artes de ofício imperavam, e o Renascimento, onde nasce a indústria, alguns séculos. Entre o computador com internet restrita ao celular com conexão ilimitado, uma década. Percebe algo nessa dinâmica?

Somos seres orgânicos. Como animais, pertencemos a natureza. Evoluímos a cada geração, recebendo através de nossos corpos cargas genéticas de nossos ancestrais e aprendizado daqueles que nos antecederam. E como seres orgânicos, para evoluirmos precisamos de TEMPO.

Essa evolução desenfreada das tecnologias através da hiper interação e condução das mentes humanas à um comportamento que case com as necessidades da ideia de sociedade está causando uma pandemia de saúde mental. Depressão, insônia, enxaqueca, ansiedade...você nomeia! Eventos como a Covid não são a causa, mas o expositor do que já era perceptível. Consultórios psiquiátricos cheios. Analistas com agendas ocupadas. Pessoas tomando benzodiazepínicos como quem toma um cafezinho entre uma reunião e outra para aguentar uma vida que não lhe apetece, mas que lhe foi imposta. O ser humano não teve tempo de acompanhar evolutivamente esse desenvolvimento tecnológico e assim como as máquinas que quando sobrecarregadas dão problemas o bicho homem está “bugando”.

Solução para isso? Desconectar e reconectar-se. Encontrar-se e conversar cara a cara. Cozinhar juntos e disfrutar da comida à mesa com o outro e com o alimento. Estar presente no momento presente. Sem querer fotografar nada para postar em lugar algum. Quer compartilhar? Compartilha o presente no momento presente e com alguém presente. Ainda assim, quando se está perdido em ansiedade e depressão é difícil se desconectar e reconectar-se. O que podemos fazer então? Como sair disso?

Fazendo aquilo que os homens fazem a milhares de anos: MEDITAR!

Deixar de lado por um momento o tempo e o espaço para recolher-se em si. Buscar a sua essência. A tecnologia está tirando a essência do humano. Em prol de se conectar, ele está se desconectando. Há que voltar aos primórdios quando contemplar, pensar e meditar eram verbos altamente praticados pela humanidade.

Há de fazer isso sem ajuda de celular, sem a ajuda de vídeo no YouTube ou de alguém te guiando através de um aplicativo. Isso é controle disfarçado de cura. Há que se voltar à essência.

Vamos meditar?

Eu lhe ajudo nessa caminhada.

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