Quem são os pré-socraticos?
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Por: Maycon A.
24 de Abril de 2024

Quem são os pré-socraticos?

Forma simplificada para a compreensão do pensamento filosófico dos pré-socráticos

Filosofia Geral

Para entendermos os pré-socráticos, podemos partir de algumas concepções iniciais sobre eles:

  • o conhecimento contemplativo da natureza era sua base fundamental para compreender a vida;
  • viveram em um período de expansão da Grécia;
  • os pré-socraticos buscavam respostas que explicassem a origem do universo por meio das cosmologia, negando a mitologia;
  • Tales de Mileto é o primeiro filósofo pré-socratico que temos registo: ele viveu em uma região de ilhas gregas, em território turco, por volta de 585 a. C.; acreditava que da água se originava tudo e fundou um modo de pensar pautado na razão.

Para facilitar a sua compreensão, vou dividir os pré-socraticos em escolas (que era a forma como se dividia as formas de pensar à epoca):

  • Escola Jônica: nasce a partir do pensamento fundado por Tales de Mileto; analisa o mundo de maneira contemplativa; recebe sequência no pensamento de Anaximandro, discípulo de Tales, que afirmava que a origem também se dava apenas por um elemento (infinito e indefinível chamado ápeiron); uma nova sequência é dada pelo discípulo de Anaximandro, Anaxímenes, que postulou que o princípio de tudo ocorreu por meio de um elemento infinito, mas bem definido, o ar; Heráclito de Éfeso, outro jônico, afirmou ser o fogo a origem de tudo, carectarizando a natureza como transformadora;
  • Escola Pitagórica: fundada por Pitágoras de Samos (570 a.C.), que observou a presença das relações matemáticas em toda a natureza; acreditava que a natureza era constituída pela própria Matemática, dadas suas variáveis, ou seja, na natureza existiam diversas formas e tamanhos e, por isso, a Matemática era sua regente; para Pitágoras, a origem de tudo seria, precisamente, o início de qualquer figura geométrica — o ponto e a ideia de unidade;
  • Escola Eleata: os principais eleatas são Parmênides de Elfeia (515 a.C.) e Zenão de Eleia (490 a.C.), que deram sequência no princípio do imobolismo, o qual acreditavam que evidenciava a essência de tudo; os imobilistas acreditavam que não havia criação e nem mudanças, mas uma essência eterna e imutável de tudo; a mudança que percebemos no mundo, portanto, seria fruto do engano de nossos sentidos;
  • Escola Pluralista: afirmavam não haver um único elemento causador de tudo, mas uma composição plural que originou o universo; para Empédocles de Agrigento (495 a.C.), essa origem dava-se com base nos quatro elementos da natureza — terra, fogo, água e ar; para Anaxágoras de Clazómenas (499 a.C.), a origem estava no que ele chamou de sementes, que seriam compostos que se aglutinariam ou seriam separados pela afinidade, por meio das forças naturais chamadas por ele de amor e ódio; Leucipo de Mileto e Demócrito de Abdera (460 a.C.), formularam os átomos (palávra que vem do grego e significa indivisível) como origem de tudo; os átomos seriam, segundo os pensadores, as menores partículas que se aglutinam, com partículas semelhantes a si mesmas, para formar os objetos do mundo.

 

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Maycon A.
Maycon A.
Ribeirão Preto / SP
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