Segundo Platão, todos os tipos de governo existentes no mundo são degenerados por natureza, pois a sua forma original tende a ter uma versão degenerada, ou seja, todos os tipos de governos podem desencadear formas negativas ao longo do seu processo. Assim, o filósofo demonstra que todos os tipos de governo possuem qualidades e defeitos, que podem sofrer distorções ao longo do tempo. Abaixo, as formas degeneradas dos sistemas de governos:
FORMA ORIGINAL - FORMA DEGENERADA
Aristocracia - Oligarquia
Monarquia - Tirania
Democracia - Anarquia
Devendo ser apropriado conforme a necessidade de cada região; nesse ponto Platão, deixa bem nítido que conforme as características da população, o tipo de sistema político vai ser melhor aproveitado, a fim de ocorrer menos conflitos entre seus governantes e a população. Um exemplo, uma população que é muito participativa no desenvolvimento político de sua cidade, o sistema democrático é o mais indicado, invés da monarquia. Visando um melhor aproveitamento desse sistema político para o bem da própria cidade. Com essa mentalidade, Platão denota que a escolha de cada sistema político é de responsabilidade de cada cidade, podendo ocorrer variações conforme a mudança da sociedade de cada região.
Apesar dessa análise técnica, Platão defende que o melhor sistema de governo deveria ser a monarquia, associada com o saber filosófico, visto que somente indivíduos que detêm o conhecimento podem efetuar com melhor desempenho para o coletivo, sem sofrerem as interferências do pensar e agir particular. Sendo assim, os melhores governantes seriam os reis-filósofos. Aqui, Platão almeja estimular quase uma tirania intelectualizada, ou seja, a criação de um sistema político governado somente por pessoas com conhecimentos específicos. Demarcando que somente quem tivesse conhecimento ou um saber filósofo poderia governar, criando um processo de exclusão do saber.
