A CONSTITUIÇÃO DE 1988
em 13 de Janeiro de 2018
Organizar, ordenar, disciplinar, controlar, normatizar. Essas palavras estão ligadas fortemente a educação nossa de cada dia.
Durante o período imperial brasileiro,o ensino brasileiro começou a ser pensado como agente ordenador da população, a fim de ser orientada somente para uma parcela da camada social. Consolidando uma privação desse elemento, que podemos considerar como um poder, que é a educação. De modo que a parcela de população alfabetizada no Brasil Imperial era muito baixa, e os poucos magistrados tinham que cursar os niveis superiores fora do Brasil. Pois, as universidades no Brasil foram impedidas de serem criadas, desde o decreto de Portugal, na época da Colônia. Esse pensamento só aumentou no período republicano.
A educação baseava-se no modelo prussiano do século XVII, que acreditava que as crianças eram meros instrumentos de manipulação, voltado a formar contingente para o mercado de trabalho. O processo educacional deveria ser apenas por meio de palestras e cópias, a ponto que os alunos eram meros objetos, que deveriam apenas obedecer às orientações e seguir os ensinamentos. Sendo origalmente desenvolvido para controlar as ações dos cidadãos da Prússia, demonstrando um símbolo do poder de controle do Estado perante os indivíduos.
Um exemplo do modelo prussiano são as cadeiras uma atrás da outra, uma forma de controlar os jovens mediante o uso da educação. As relações humanas baseavam-se no não afeto, na atenção e na escuta, na obediência e numa relação vertical, onde o professor era o único com autonomia para dizer o que era certo ou errado. Esse método foi bastante difundido em terras brasileiras, desencadeando uma normatização no ensino público e privado no Brasil.
Entretanto, com o o passar dos anos, surgiram novos olhares para o ensino; de modo a observarem de outros ângulos o processo aprendizagem nos alunos e nos professores. Abrindo-se um leque infinito de métodos e pensadores do Ensino. Como por exemplo, o método Montessori, que respeita o desenvolvimento da criança conforme os impulsos sensoriais e motores do jovem indivíduo, ou mesmo o método de Paulo Freire, que pretende utilizar os elementos do cotididano dos alunos para impulsionar o seu desenvolvimento educacioanl e num futuro consolidar o senso crítico diante o seu redor. Isso sem contar os inúmeros métodos educacionais que temos na História.
Porém, mesmo com esse enorme diversidade de métodos educacionais, o ensino público brasileiro do século XXI se utiliza da tecnologia do século XVIII, constituído de lousa e giz, com os alunos sentados em fileiras, um atrás do outro, tendo o silêncio como medida de competência e qualidade, e a forma palestral de adquirir conhecimento. Seguindo a risca a cartilha do ensino prussiano, o ensino público brasileiro avança no retrocesso educacional, não respeitando o protagonismo juvenil, nem a identidade dos jovens, quando se atribuí uma única vestimenta para um grupo estudantil, como é o caso dos uniformes.
Esse processo educacional permanece existente nos dias atuais, em nossas escolas. Salvo algumas excessões que pretendem romper com esse fenônemo que atravessa os séculos, colocando propostas diferenciadas no ensino no Brasil; mas essa parcela continua ainda pouco notada na sociedade.
Diante disso, temos que observar os métodos, pois nem sempre o silêncio de uma sala de aula representa o sucesso da educação. Pode ser, quem sabe, uma espécie de medo de algum tipo de repressão.