Origem dos Sintetizadores e Teclados Eletrônicos

O Teclado Eletrônico e sem duvidas o instrumento mais versátil da atualidade. Suas diversas possibilidades, recursos e conectividade são os principais motivos desse vasto campo que o teclado abrange. Alem de ser um instrumento com grande tessitura e diversas possibilidades musicais, hoje em dia, existem teclados com acompanhamento eletrônico muitíssimo realista, simulações de outros instrumentos muito fiéis, teclados com possibilidade de gravação, edição, mixagem, síntese, entre outras diversas possibilidades.


Os instrumentos de teclas, tais como o cravo, o órgão e o piano surgiram durante o século XIV, bem antes da criação dos teclados ou pianos digitais. Uma das maiores transformações nos instrumentos de tecla (órgão, cravo e piano) foi o teclado eletrônico, um dos primeiros instrumentos musicais totalmente eletrônico. O primeiro sintetizador foi construído pelos engenheiros americanos Harry Olson e Herbert Belar em 1955, nos laboratórios da RCA em Princeton, Nova Jersey. Originalmente, a informação era fornecida ao sintetizador mediante uma fita perfurada, submetida em seguida às funções de milhares de dispositivos, como osciladores, circuitos e filtros de vácuo, capazes de produzir efeitos sonoros muito além do espectro dos instrumentos musicais convencionais. O resultado era gravado em fita magnética para ser reproduzido, editado ou modificado. Muito usado para pesquisas sobre as propriedades do som, o aparelho, de grandes proporções, chamou a atenção dos compositores. Na década de 1960, produziram-se instrumentos de tamanho menor: primeiro o Moog e logo depois o Buchla e o Syn-Ket. Podendo ser considerado também um sintetizador, por “imitar” a sonoridade de outros instrumentos, o teclado passou a apresentar resultados mais satisfatórios apenas a partir da década de 60 por meio de Robert Moog, fundador da Moog Music Inc. Os primeiros teclados eram comercialmente inacessíveis, já que custavam mais de U$10.000. Além disso, eram muito grandes (do tamanho de uma parede), possuíam inúmeros cabos e eram muito instáveis no quesito afinação. 


Após o sucesso do sintetizador Moog, começaram a surgir diversos outros fabricantes de sintetizadores: Arp (provavelmente o concorrente principal da Moog Music no inicio), E-mu, Korg, Oberheim, Roland, dentre outros.


Robert A. Moog 
 “Pai” do sintetizador. 


Fundou a Moog Music Inc. no final dos anos 60, fabricante dos sintetizadores Moog. 
 


Alguns anos depois os sintetizadores passaram a ser polifônicos, ou seja, executam mais de uma nota simultaneamente. Na maioria das vezes, tecnicamente falando, estes novos instrumentos nada mais eram do que vários sintetizadores acoplados em um único instrumento. Por exemplo: um sintetizador com polifonia de quatro notas, nada mais era do que um instrumento composto por quatro sintetizadores. Mas ainda havia um grande problema: para alterar o som do instrumento, por exemplo, mudar o som de uma flauta, para o som de um violino, o músico era obrigado a alterar diversos parâmetros, nos controles e botões do instrumento. Isso requeria conhecimento técnico e tempo. Alguns músicos utilizavam diversos sintetizadores e quando necessitavam mudar de som, tinham que mudar de instrumento. A solução veio com o advento da memória. Por intermédio de botões que memorizavam os sons criados (sistema que é usado até hoje), algo muito semelhante ao que se já encontrava nos órgãos. 


Nos anos 1970, acrescentam-se a este instrumento sistemas de microcomputação e variadas técnicas de síntese digital que melhoraram as possibilidades do instrumento. Entre estas novas técnicas, uma das mais importantes é a pré-gravação eletrônica de sons reais, sem necessidade de fita magnética. É esse o princípio do sampler, instrumento capaz de simular com bastante os sons de instrumentos acústicos e elétricos -- como piano,violino, instrumentos de sopro, guitarra elétrica e outros. 


Atualmente existem inúmeras marcas e modelos de teclados, que vão dos mais simples aos mais sofisticados com grande possibilidade de síntese de sons e arranjos musicais.