Sujeito

Olá, Nicoli.

"Hora" é sujeito de "chegou" e "instante", de "chega". (A hora... chegou, o instante... chega.)

Vamos analisar sintaticamente cada período.

I - "Chegou a hora de a alegria aparecer."

1. Chegou: Verbo intransitivo na terceira pessoa do singular do pretérito perfeito do indicativo. É o núcleo do predicado verbal.

2. a hora: Sujeito simples, constituído por:

a) a: Artigo definido feminino singular que determina o núcleo do sujeito.

b) hora: Substantivo feminino singular, núcleo do sujeito.

3. de a alegria aparecer: Complemento nominal que se refere ao substantivo "hora". Vamos dividir essa parte:

a) de: Preposição que introduz o complemento nominal.

b) a alegria aparecer: Oração subordinada substantiva completiva nominal (completa o sentido de ‘hora’). Dentro dessa oração:

• a alegria: Sujeito da oração subordinada, composto por:

        => a: Artigo definido feminino singular que determina o núcleo do sujeito.

        => alegria: Substantivo feminino singular, núcleo do sujeito.

• aparecer: Verbo intransitivo no infinitivo, núcleo do predicado da oração subordinada.

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Portanto, a estrutura sintática do período "Chegou a hora de a alegria aparecer" pode ser resumida como um período simples com sujeito simples ("a hora") e predicado verbal ("chegou"), seguido de um complemento nominal introduzido por preposição ("de a alegria aparecer"), no qual "a alegria aparecer" é uma oração subordinada substantiva completiva nominal.

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II - "Chega o instante em que compreendemos a demolição."

1. Oração Principal: "Chega o instante"

• Verbo: "Chega" (verbo intransitivo, na 3ª pessoa do singular do presente do indicativo).
• Sujeito: "o instante" (sujeito simples).

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2. Oração Subordinada Adjetiva Restritiva: "em que compreendemos a demolição".

• Pronome Relativo: "[em] que" (equivalente a "no qual", refere-se ao antecedente "instante").
• Verbo: "compreendemos" (verbo transitivo direto, na 1ª pessoa do plural do presente do indicativo).
• Objeto Direto (de 'compreendemos'): "a demolição" (substantivo feminino).

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Estrutura completa:

1. "Chega o instante" (oração principal).

• "em que compreendemos a demolição" (oração subordinada adjetiva restritiva, modificando o sujeito "o instante").

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Dessa forma, a análise sintática do período mostra que ele é composto por uma oração principal e uma oração subordinada adjetiva restritiva, que especifica o instante mencionado na oração principal.

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APÊNDICE

Nicoli,

A propósito de "Chegou a hora de a alegria aparecer", a forma gramaticalmente recomendável no padrão culto formal da língua (que tem como exemplo clássico "Está na hora de a onça beber água") é exatamente essa. Como sabemos, o sujeito nunca é regido de preposição, daí não se justificar a contração da posição de com o artigo ou com o pronome pessoal que faz parte do sujeito (nesse caso, a preposição rege o verbo, e não o sujeito).

Quando após a preposição de ou em temos um sujeito, este não pode ser contraído àquela em língua escrita, embora a tendência na oralidade seja a contração. A grafia recomendável é, portanto, escrever separando a preposição do artigo ou do pronome, pois a preposição não rege, como dissemos, o sujeito, e sim o verbo.

• “É tempo de o professor publicar o seu livro”, em vez de “É tempo do professor publicar o seu livro”.
• “Depois de ele partir para Londres”, em vez de “Depois dele partir para Londres”.
• “Em vez de os ladrões levarem os reis ao inferno”, no lugar de “Em vez dos ladrões levarem os reis ao inferno”.
• “É tempo de os patriotas erguerem-se”, melhor do que “É tempo dos patriotas erguerem-se”.
• "Apesar de o réu ter faltado, não foi decretada sua revelia", forma recomendável a “Apesar do réu ter faltado, não foi decretada sua revelia".
• “Antes de ela chegar” é preferível a “Antes dela chegar”.
• “Não há mal em ele sair” é construção melhor que “Não há mal nele sair”.
• “Chegou a hora de o povo decidir” é preferível a “Chegou a hora do povo decidir”.
• "No momento de as estrelas surgirem", ao invés de "No momento das estrelas surgirem".

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Registre-se, no entanto, que exemplos vários de emprego da forma contraída podem ser encontrados em diversos renomados autores. Devido ao seu artificialismo e por conflitar com a oralidade, a regra do emprego da forma não combinada nem sempre é respeitada.

Segundo alguns gramáticos, a forma contraída "é mais natural e espontânea, evita os desagradáveis hiatos de o, de a, de ele, de esse, de aquele, etc.” e tem "a vantagem de evitar construções artificiais", enquanto "a outra é um gramaticalismo um tanto afetado, em choque com a língua falada".

Apesar das apontadas divergências entre os gramáticos e autores, o melhor é não empregar a forma contraída na modalidade culta formal da língua. Recomenda-se, portanto, escrever, por exemplo, “Antes de o sol nascer, já estávamos na estrada", e não “Antes do sol nascer, já estávamos na estrada".

Oi Nicoli!

Na primeira frase: " Chegou a hora de a alegria aparecer", a "alegria" é o sujeito de "aparecer" e " a hora" é o sujeito de "chegou".

Na segunda frase: "o instante" é o sujeito de "chega" e "a demolição" é o objeto direto de "compreendemos".