Uma vida sem redes sociais: é possível?

Cada vez mais tem sido mais comum nos depararmos com relatos assim, o que nos faz pensar: por que as pessoas estão desativando suas redes sociais? Certamente, a evolução das redes sociais revolucionaram a comunicação, o marketing, a estética, dentre outras áreas. Como todo processo evolutivo, existe o lado obscuro disso: pode haver perda da capacidade de concentração, insônia por uso prolongado de telas, interações sociais negativas, sintomas ansiosos e/ou depressivos, compartilhamento excessivo, etc. Esses são alguns sintomas que podem ser causados pelo uso descontrolado das redes sociais. 

Falando da minha experiência em particular, eu estou há quase três anos sem Instagram e não anseio por reativar a minha conta. Algumas coisas mudaram na minha vida ao longo desse período, tais como: não saber dos memes ou fofocas e ser a última pessoa a saber das novidades na vida das pessoas conhecidas (gravidez, casamento…). Porém, eu percebi que isso não fazia tanta diferença assim para mim, tendo em vista as características positivas que eu tive, como procrastinar menos, ser bem menos influenciada para comprar algo, me sentir menos triste ou ansiosa por não ter tido “x” conquistas ou por não ter o corpo de determinada maneira. 

O Instagram - além de nos roubar tempo, sem que percebamos - se tornou quase um manual de vida e de beleza ideais. Os procedimentos estéticos e cirúrgicos atualmente são quase padronizados para homens e mulheres. As singularidades individuais foram deixadas de lado. Existe até consórcio para cirurgia plástica! Talvez muitos anos sejam precisos para que o Instagram se torne obsoleto e substituído devido ao seu grande poder de influenciar mercadologicamente. Afinal, para ser visto é preciso ser postado. 

Porventura, pode ser que o problema não seja o Instagram em si, mas a maneira que o utilizamos. Por fim, meu desejo é que as pessoas consigam fazer escolhas saudáveis e saibam abdicar daquilo que as escravizam de alguma forma.