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OFICINA: CONSTRUINDO O TANGRAM E REVELANDO ALGUNS MISTÉRIOS
![Foto de Jonatas P.](https://cdn.profes.com.br/media/CACHED/images/accounts/photos/0/83860/19cc5509-fb3c-4dba-b3e9-1e9367c5ce7d/ace86535938c9fc56d70903e68ed85a3.webp)
em 05 de Janeiro de 2017
Este histórico apresentado baseia-se no e estudo de Frorentini(1994), no qual inventariou e descreveu historicamente a evolução das tentativas brasileiras de investigação em educação matemática (EM).
Neste levantamento, os estudos tinham como foco de investigação, problemas ou indagações relativas ao ensino e à aprendizagem da matemática, na formação de professores, aos estudos histórico-filosóficos do ensino da matemática ou da própria matemática, desde que relacionados ao seu ensino, aos materiais/recursos didático-curriculares etc.
A partir dos resultados obtidos pelo estudo, foram identificados 4 fases de desenvolvimento do EM no Brasil:
1º Fase: Gestação da EM como campo profissional
Nesta fase, no inicio do século XX ao final dos anos 60, não se encontrava um configuração clara do EM. Mas movimentos, como o “Escola novista”, gerando os primeiros manuais de orientação didático-pedagógica.
Entretanto esses matemáticos ou professores de matemática focaram-se em compendiar livros-textos para os alunos e prescrever orientação aos professores, deixando de lado a pesquisa da realidade escolar ou os processos de ensino-aprendizagem e estudos psicológicos da criança.
Apenas Malba Tahan se diferenciava dos demais pela diversidade, qualidade e quantidade de publicações.
Está realidade só começou a se alterar por impulso dos congressos brasileiros de ensino de matemática (CBEM) e a criação, em 56, dos centros regionais de pesquisa educacionais (CRPE), mas os estudos advindos destes centros quase que exclusivamente referiam-se ao ensino primário, nada conclusivo sobro o ensino médio foi feito nesta fase.
2º Fase: Nascimento da EM
Com os primeiros passos dados nos anos 60, como a obrigatoriedade da disciplina de pratica de ensino e do estágio supervisionado. Com a valorização, pelo regime militar, da educação para a formação de mão-de-obra “mais qualificada”, desencadearia uma grande ampliação do sistema educacional.
Então com a expansão universitária foi feita, gerando diversos estudos, com 3 focos dominantes:
Em linhas gerais os trabalhos produzidos nesta fase priorizam as dimensões didático-metodológicas da EM, por uma perspectiva de Godino(1990) chama tecnicista, pois, enfatizam a elaboração e experiência de materiais e técnicas da ensino. As questões epistemológicas e psicológicas foram pouco enfocadas.
3º Fase: Emergência de uma comunidade de educadores matemáticos
Com a redemocratização do país, a partir dos anos 80, ouve-se uma ampliação da concepção de EM. Outras dimensões além da didático-metodológica e da psicológica passaram a fazer parte dos estudos. Estes apresentavam preocupações não só com a teórica dos estudos, mas, com a busca / desenvolvimento de processos mais sistemáticos de investigação. Por uma abordagem qualitativa, de vertente fenomenológico-hermenêutica.
Nesse período, surgiram linhas de estudo como, por exemplo, a etnomatemática, a modelagem matemática, a resolução de problemas, a cognição matemática relacionada aos contextos socioculturais, a pratica pedagógicas e a formação de professores.
A falta de organização dos educadores e a ausência de espaços apropriados para o debate geraram esta pulverização temática, metodológica e teórica.
Faz importante destacar o momento da transição que estava vivendo a pesquisa metodológica matemática.
Dos 3 focos dominantes da 2º fase, avançamos para 10, na 3º fase:
4º Fase: Emergência de uma comunidade cientifica em EM
No inicio dos anos 90, o retorno de educadores matemáticos com doutorado em universidade estrangeiras, com concluintes em doutorados em doutorados no Brasil. Fez crescer o numero para 200 de doutores tendo seu campo profissional de atuação o EM.
Neste período novas linhas ou focos de investigação apareceram, como por exemplo:
Como também centros de investigação em EM, destacando:
A partir do final dos anos 90 encontros anuais de estudantes de pós-graduação em EM (EBRAPEM) começaram a acontecer anualmente.
Como também periódicos nacionais, de divulgação da produção cientifica em EM, surgiram. Tendo destaque: O Bolema (Unesp-Rio Claro), o Boletim Gepem (RJ), Revista Zetetire (FE-Unicamp) e , mais recentemente, a educação matemática pesquisa da PUC-SP.