POR QUE SE ENSINA MATEMÁTICA?
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Por: Jonatas P.
03 de Janeiro de 2017

POR QUE SE ENSINA MATEMÁTICA?

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Servir de base para uma carreira em ciência, em tecnologia e preparar o indivíduo para a cidadania, fazendo parte de uma educação geral, são dois aspectos importantes, vinculados e apontados como objetivos da Educação Matemática, porém atualmente nenhuns desses objetivos estão sendo atingidos. Esses objetivos devem levar em consideração o conhecimento matemático atual, mostrando como a matemática se manifesta no dia- a dia, na ciência e na tecnologia do momento. Mas os professores estão presos aos métodos tradicionais, ensinando coisas que pode ter sido interessantes e úteis em outros tempos e hoje estão desvinculadas com o cotidiano dos alunos, isso faz com que a disciplina se torne desinteressaste e inútil.

A matemática é uma das disciplinas obrigatórias em todos os currículos de ensino fundamental e médio, em todos os sistemas escolares. No contexto atual, esta deve ser renovada, e atualizada, pois ela está sendo ensinada de forma obsoleta, desestimulando os alunos, além disso, ela é a espinha dorsal da sociedade. Notamos que na educação existe ainda a insistência em testes padronizados para avaliar o aprendizado de um currículo que está defasado com o mundo atual. Estes tipos de testes trazem consequências tanto para a classe quanto para a vida dos alunos, além disso, os testes fazem com que aja uma disputa entre os próprios alunos, professores e até mesmo entre as escolas.

O mais grave é que enquanto se gasta muitos recursos, financeiros, humanos e emocionais, em aplicar testes, está-se desvirtuando os grandes objetivos da educação, pois tudo é feito com a finalidade de preparar estudantes para se saírem bem nos testes, isso é muito grave em matemática.

A articulação entre a matemática e os temas transversais traz benefícios para ambos os lados, pois as questões e situações vinculadas aos temas transversais utilizando conceitos matemáticos facilitam a compreensão e auxilia na produção de argumentos.

Na entrevista gravada que deu para o Oitavo Congresso Internacional de Educação Matemática, Paulo Freire diz:

“eu acho que uma preocupação fundamental, não apenas dos matemáticos, mas de todos nós, sobretudo dos educadores, a quem cabe certas decifrações do mundo, eu acho que uma das grandes preocupações deveria ser essa: a de propor aos jovens, estudantes, alunos homens do campo, que antes e ao mesmo em que descobrem que 4 por 4 são 16, descobrem também que há uma forma matemática de estar no mundo. Eu dizia outro dia aos alunos que quando a gente desperta, já caminhando para o banheiro, a gente já começa a fazer cálculos matemáticos. Quando a gente olha o relógio, por exemplo, a gente já estabelece a quantidade de minutos que a gente tem para, se acordou mais cedo, se acordou mais tarde, para saber exatamente a hora em que vai chegar à cozinha, que vai tomar o café da manhã, a hora que vai chegar o carro que vai nos levar ao seminário, para chegar às oito. Quer dizer, ao despertar os primeiros movimentos, lá dentro do quarto, são movimentos matematicizados. Para mim essa deveria ser uma das preocupações, a de mostrar a naturalidade do exercício matemático.”

A mistificação do saber matemático, reforçado pelos testes e exames rotineiros, é a maior causa de se negar, ao povo, o importante instrumento de crítica proporcionado pela matemática.

Os testes e exames, ao mesmo tempo em que negam à grande maioria da população o acesso à cidadania plena, tampouco estimulam o indivíduo a realizar todo o seu potencial criativo. Assim, nenhum dos dois objetivos maiores da educação é atingido.

Com a disponibilidade das calculadoras e dos computadores, o ensino da Matemática deve mudar de orientação, porém lamentavelmente, ainda permanece a insistência em ensinar “rigorosamente” como fazer operações e resolver equações, isso faz com que o aluno perca o interesse e fique desestimulado cada vez mais. O mais grave é que eles não estejam aprendendo coisas realmente importantes nos cursos de matemática. Insistir no inútil, desinteressante e obsoleto esgota o tempo e a energia do aluno, e prejudica, até impede, o aprendizado de coisas úteis, interessante e moderna, essencial para viver na sociedade moderna.

Ao integrar a matemática com o cotidiano dos alunos, trazendo jogos, trabalhando com as tecnologias ou até mesmo discutindo temas transversais, viabiliza a interação dos mesmos nas aulas, tornando-a mais agradável.

Jonatas P.
Jonatas P.
São Paulo / SP
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Graduação: Licencieatura em matemática (Universidade de São Paulo (USP))
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