Condado Portucalense
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Por: Angélica I.
16 de Agosto de 2020

Condado Portucalense

Uma breve interpretação da História de Portugal

História História Medieval História de Portugal Idade Média Ensino Médio Geral

O território ocupado pelo Condado Portucalense ou atualmente Portugal teve como habitantes povos como os fenícios, gregos, tribos celtas, assim como os romanos, visigodos e maometanos. Esse último grupo, chegou ao território de Portugal no início do século VIII e derrotaram os visigodos e a Igreja Católica, que era antiga aliada destes. Isso fez com que os cristãos se refugiassem nas Astúrias.

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 Os cristãos refugiados nas Astúrias iniciaram uma disputa prolongada com os muçulmanos, a posterior vitória deu origem às Monarquias Cristãs da Península Ibérica. Porém, no atual território da Espanha, os povos nativos se submeteram à dominação dos muçulmanos. A confirmação de tal fato, se deve à observação da influência arquitetônica árabe nos inúmeros monumentos históricos espanhóis. Os habitantes árabes ou muçulmanos instalados no território espanhol receberam o nome de mouros. 

A ocupação do território da Península Ibérica pelos muçulmanos no século VIII teve grande impacto no comércio e nas transações comerciais realizadas com os demais continentes. A Península Ibérica permaneceu isolada nos séculos VIII e IX, a única saída foi um regime de economia essencialmente agrícola. O renascimento do comércio só foi possível através de dois focos principais: a Itália e Flandres, dois pólos da burguesia mercantil. O avanço desse comércio trouxe novas linhas marítimas através do Atlântico, onde os povos que chegavam até Portugal por conta também das Cruzadas, fez com que surgisse na Costa uma burguesia cosmopolita. Esse mesmo comércio é o que levará Portugal até o Oriente. 

Características de Portugal Medieval 

Os cristãos que haviam se refugiado nas Astúrias, elegeram como rei, Pelágio, que faleceu em 737. E, após sucessivas batalhas, o rei Afonso VI, se tornou rei em 1065, de maneira inesperada, pois todos os seus irmãos que teriam direito à Coroa, haviam falecido. 

Afonso VI ordenou pesadas investidas contra os mouros e conseguiu assim, expandir seus territórios. Essas investidas colaboraram para que Portugal não fosse incorporado ao Reino de Castela, que se encontrava em poder dos muçulmanos. 

A sucessão do trono de Afonso VI foi realizada por seus genros, pois o mesmo não havia deixado descendentes do sexo masculino. As duas filhas de Afonso VI eram casadas com nobres franceses. Um deles, de nome Raimundo, obteve o governo da faixa ocidental até o Tejo. O outro genro, de nome Henrique governou do Vouga até o Minho. Henrique logo viria a reinar sozinho, e acabou por falecer em 1114. 

Henrique havia deixado poucos descendentes e o único habilitado a suceder o mesmo, era uma criança, Afonso Henriques. Quando o jovem Afonso Henriques se tornou um rapaz, teve de enfrentar seus padrastos. As disputas travadas entre o Infante e seus padrastos fez com que D. Teresa, sua mãe, fosse presa e causou a ruptura entre as metades da Galiza com a vitória dos portucalenses. A sociedade Portuguesa obteve seu nascimento através de disputas familiares que receberam amplo apoio da Igreja Católica. 

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Afonso Henriques, rei de Portugal

Para conquistar tal título, Afonso Henriques, que fundou Portugal em 1139, ganhou uma batalha importante e acabou por perder outra tão importante quanto a primeira. Mas, segundo alguns historiadores houveram tentativas de falsificar documentos para que se confundissem as duas batalhas, para que não ficasse registrado o fracasso do Monarca. Porém, o título só pode ser conferido mesmo após o feito da tomada de Alcácer, no ano de 1179, pelo Papa Alexandre III. 

Afonso Henriques, só pode ser considerado rei e reconhecido como tal, após nova vitória militar. Porém a dinastia à qual o mesmo fez parte perdurou até o ano de 1385. A sucessão da Dinastia de Borgonha: Afonso Henriques (1128- 1185); Sancho I (1185- 1211); Afonso II (1211-1223); Sancho II (1223- 1248); Afonso III (1248- 1279); D. Dinis (1279- 1325); Afonso IV (1325- 1357); Pedro I (1357- 1367); Fernando I (1367- 1383).

Embora a longa sucessão de monarcas de uma mesma dinastia indicasse tempos de paz e estabilidade política, a Dinastia de Borgonha foi aquela que travou as maiores batalhas contra os orientais, a fim de os expulsar de seus territórios. Porém, quando ocorreu a morte de D. Fernando I, em 1383, irá ter início um dos capítulos mais importantes da História de Portugal.

A sucessão da coroa de Portugal após a morte de D. Fernando I, ficou conhecido como a Revolução de Avis. Esse foi um conflito no âmbito político e bélico de fato. Mesmo que as Guerras de Reconquista estivessem encerradas na Península Ibérica, era preciso resolver as questões internas entre os reinos: Leão, Castela, Navarra e Aragão, que vai se ligar à História de Portugal no episódio citado anteriormente. 

A única herdeira ao trono deixado por D. Fernando I em 1383, era D. Beatriz, casada com D. Juan de Castela, que reinvindicou as duas coroas para o casal. Alguns setores da sociedade portucalense foram totalmente contra a união das duas coroas, pois não queriam perder a Independência adquirida recentemente. Sendo assim, surgiram duas facções: os nobres, que apoiavam a união com Castela e a Burguesia, que não desejava a união com os castelhanos. Os burgueses, acabaram por apoiar o irmão bastardo de D. Fernando I, João, que ficou conhecido pela alcunha de Mestre de Avis. O impasse foi resolvido com uma batalha: a Batalha de Aljubarrota. 

A Batalha de Aljubarrota foi um confronto entre as forças de D. João I (o Mestre de Avis), que também receberam o apoio da Inglaterra e as forças de D. Juan I, Rei de Castela que recebeu apoio dos franceses. Mesmo com um número inferior de soldados, os portugueses prevaleceram sob os espanhóis devido à habilidade e inovações táticas trazidas por Nuno Álvares Pereira. Essa personagem é considerada o patrono da Infantaria Portuguesa, sendo até tornado santo pela Igreja Católica. 

Ao fim da Batalha de Aljubarrota, D. João I foi reconhecido como soberano de Portugal e Algarves, inaugurando uma nova dinastia, de Avis, no trono português. 

Conclusão 

A vitória sobre o Reino de Castela garantiu definitivamente a independência de Portugal, sob o comando de D. João I. Um dos fatores que auxiliaram essa vitória foi o fornecimento de recursos financeiros por parte da burguesia que se reverteu em aprimoramento bélico do Exército. Após esse resultado expressivo os reis portugueses investiram pesadamente nas atividades de expansão comercial. Após muita resistência, a nobreza se rendeu à Dinastia de Avis, pois se viu beneficiada com a aquisição de novas terras. 

Ssndo assim, com o poder do Estado unificado e centralizado, com uma nobreza domesticada e com os recursos financeiros de uma Burguesia aliada, Portugal criou as condições ideais para a expansão territorial. Na realidade os eventos que ocorreram, as Expedições Marítimas, irão culminar na chegada à América e à Ásia.

Portanto, os fatores que contribuíram para fortalecer o condado Portucalense, além da vitória contra os mouros na Guerra da Reconquista, foram a centralização política, o apoio da burguesia e o aporte financeiro que a mesma pode proporcionar aos Reis de Portugal. 

Angélica I.
Angélica I.
Maringá / PR
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Graduação: Licenciatura em História (Universidade Estadual de Maringá (UEM))
História - 1ª Guerra, História Política, História
Professora de História formada por uma das melhores Universidades Estaduais do país. Assim como também dançarina de Zumba a mais mais de 5 anos

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