Análise: Inflação 1º semestre de 2020
Por: Ari G.
01 de Fevereiro de 2021

Análise: Inflação 1º semestre de 2020

Economia Economia Brasileira

Foco na análise nos dados de inflação de março até maio de 2020, num primeiro momento, que apresentou retração de 6,4%. Havendo expectativa de inflação para o próximo trimestre de 1,6%.

E para comparação na conclusão, com dados do relatório do Copom 09/2020.

O relatório do Copom 06/20, demonstra uma desaceleração do crescimento da economia mundial devido a pandemia da covid-19.

Já o relatório do Copom 09/20, demonstra os maiores efeitos da pandemia na economia, no segundo semestre de 2020 e impactos no consumo, na oferta e demanda, devido ao auxílio emergencial para os trabalhadores informais de baixa renda e desempregados.

Projeções estimadas na reunião de 17/06/2020:

- taxa de câmbio de R$4,95/US$

- taxa Selic 2,0% ao ano em 2020

- taxa de juros 2,25% o ano em 2020

O nível de ociosidade pode produzir trajetória de inflação abaixo do esperado, risco que se intensifica caso a pandemia se prolongue e provoque aumentos de incertezas, e redução da demanda agregada.

O Copom, avalia que perseverar no processo de reformas e ajustes na economia brasileira é essencial para permitir a recuperação sustentável da economia.

O IPCA registrou a menor variação desde a implantação do regime de metas para a inflação, menor demanda por serviços e bens industriais. Porém também houveram efeitos desinflacionários da pandemia da covid-19, situando-se abaixo dos níveis compatíveis com o limite inferior do intervalo de tolerância em torno da meta de inflação.

A inflação pelo IPA-10 subiu para 4,17% em junho, ante os 2,12% no trimestre anterior, acumulando elevação de 9,5% em 12 meses. E foi devido a pressão do câmbio sobre os preços dos minerais metálicos, de produtos agropecuários, de componentes importados, como químicos e eletrônicos.

O recuo foi compensado pelo recuo em derivados do petróleo, que registrou quedas no preço da gasolina e no do diesel.

Os preços medidos pelo IPCA apresentaram variação de -0,62% no trimestre encerrado em maio.

São as variações mais baixas para a inflação, desde julho de 1.999.A deflação no trimestre, ocorreu a despeito da forte alta dos preços dos alimentos, que subiram 4,01%.

Redução das importações tem como fator a desaceleração da atividade doméstica em meio à pandemia da covid-19, com impacto mais acentuado em bens duráveis e combustíveis.

A gasolina é o subitem do índice IPCA que possuí maior peso. Seu preço depende da cotação do petróleo e da taxa de câmbio, cujas variações têm apresentado oscilações.

Desde janeiro o preço do petróleo recuou cerca de 40% e o Real depreciou 25% frente ao Dólar, repercutindo os efeitos da pandemia Covid-19, e do câmbio.

Essas mudanças, apenas parcialmente revertidas pelas altas recentes do preço da gasolina, têm implicações sobre a elasticidade de repasse do petróleo e do câmbio, uma vez que esses determinantes têm efeito direto apenas no componente gasolina A, efeitos indiretos em outros – Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), etanol, e margem TDR – e nenhum efeito sobre Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico (Cide) e Programa de Integração Social (PIS)/ Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (Cofins). Partindo dessa observação, o boxe mostra como um arcabouço de avaliação do repasse dos movimentos do petróleo e do câmbio pode ser estruturado para avaliação e previsão dos preços da gasolina.

 

As projeções de curto prazo assinalam variações de 0,22%, 0,43% e 0,22% para o IPCA de junho a agosto de 2020.

As probabilidades estimadas da inflação ultrapassam os limites de tolerância da meta em 2020 situam-se próximas de 0% e ao redor de 75%.

No curto prazo, a inflação tenderia, no início do segundo semestre, a mostrar elevação refletindo os impactos da reversão do comportamento dos preços internacionais de petróleo e de reajustes de preços de itens administrados que foram postergados.

Porém, em agosto, conforme relatório Copom, 09/2020, foi de 0,01 p.p.,

Por um lado, a inflação de serviços surpreendeu para baixo, com destaques para os grupos educação, passagem aérea e empregado doméstico.

Por outro lado, houve alta mais forte do que a antecipada, nos preços de alimentos, como no da carne, refletindo o impacto da depreciação do Real e da alta do petróleo sobre os preços domésticos dos combustíveis.

Em ambos os semestres analisados, foram consideradas alterações apenas na trajetória da variável exógena de interesse, não se considerando possíveis interações ou com movimentos entre as diversas variáveis exógenas.

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Ari G.
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