A História de Satanás e do surgimento de demônios
Por: Diego N.
12 de Abril de 2022

A História de Satanás e do surgimento de demônios

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 Satanologia continução

A História de Satanás e do surgimento de demônios

Prof. Diego Diniz

 

 

Alguns dizem que tal ser não existe, mas, entendemos que toda ação gera uma reação, se temos tal preposição, logo entendemos que há uma força ativa para o mesmo.

Temos alguns personagens que prefiguram o ser que conhecemos como Satanás tais como: Nabucodonosor, Golias o filisteu,  Antíoco Epifânio, etc.

Alguns vão usar os textos de Is 14.12 ao 15  e Ez 28.12 ao 19 para explicar tais acontecimentos sobre a queda de Satanás.

Jesus em Lc 10.18 vai dar testemunho que ele via Satanás cair do céu como um raio na terra.

Aqui estamos falando de um ser que anteriormente não era conhecido como o príncipe dos demônios, mas sim como um anjo com muitas referências boas.

Vamos para os textos da bíblia sagrada

Em primeiro lugar quero deixar claro que a bíblia não fala quando é que os anjos foram criados. O que vamos conseguir ver são algumas referências aos mesmos de sua existência.

No caso de Satanás antes de demônio era anjo.

Ezequiel 28:11-19

11 - Veio a mim a palavra do Senhor , dizendo:

12 - Filho do homem, levanta uma lamentação contra o rei de Tiro e dize-lhe: Assim diz o Senhor Deus: Tu és o sinete da perfeição, cheio de sabedoria e formosura.

13 - Estavas no Éden, jardim de Deus; de todas as pedras preciosas te cobrias: o sárdio, o topázio, o diamante, o berilo, o ônix, o jaspe, a safira, o carbúnculo e a esmeralda; de ouro se te fizeram os engastes e os ornamentos; no dia em que foste criado, foram eles preparados.

14 - Tu eras querubim da guarda ungido, e te estabeleci; permanecias no monte santo de Deus, no brilho das pedras andavas.

15 - Perfeito eras nos teus caminhos, desde o dia em que foste criado até que se achou iniquidade em ti.

16 - Na multiplicação do teu comércio, se encheu o teu interior de violência, e pecaste; pelo que te lançarei, profanado, fora do monte de Deus e te farei perecer, ó querubim da guarda, em meio ao brilho das pedras.

17 - Elevou-se o teu coração por causa da tua formosura, corrompeste a tua sabedoria por causa do teu resplendor; lancei-te por terra, diante dos reis te pus, para que te contemplem.

18 - Pela multidão das tuas iniquidades, pela injustiça do teu comércio, profanaste os teus santuários; eu, pois, fiz sair do meio de ti um fogo, que te consumiu, e te reduzi a cinzas sobre a terra, aos olhos de todos os que te contemplam.

19 - Todos os que te conhecem entre os povos estão espantados de ti; vens a ser objeto de espanto e jamais subsistirás.

Nessa passagem acima vemos que o anjo que ficou conhecido como Lúcifer foi devido a uma tradução da Vulgata que foi a bíblia realizada pelo trabalho de São Jerônimo por volta do século IV para o V.

Mas, outras traduções também vão usar deste termo para se referir ao anjo caído como a King James por exemplo.

Um ponto que devemos entender é que para lermos e estudarmos a bíblia sagrada devemos ter em mente que a mesma pode ser interpretada de três formas: literal, alegórica e simbólica.

Nos textos em questão que a priori estamos analisando estão sob a forma de interpretação conhecidas como Conotação e Denotação. Vamos entender isso.

A conotação é uma forma de se interpretar textos de forma figurada, subjetiva e criativa.

Já a denotação é uma forma de interpretação objetiva e literal.

Meu intuito e finalidade última não é convencer ninguém do meu ponto de vista, isso é apenas um prisma e óptica entre muitas que existem, fica a mercê de cada leitor sua interpretação.

Ambos os textos que usamos como base para essa explicação se baseiam nas condições conotativas e denotativas, podem ser interpretados de forma literal ou simbólica.

Alguns dizem que será impossível achar tal posição apologética da queda de Satanás nos textos em hebraico, mas não entrarei nesses pontos, novamente, fica a critério de cada um no que vai acreditar, se de fato Satanás existe, ele não deixara de existir por que alguns não acreditam em sua existência.

Se aos que vão estar lendo este livro não acreditarem, tenham essa obra como uma ficção.

Um outro ponto que devemos nos lembrar teologicamente, é que todo o texto que a princípio se lê da bíblia sagrada, a primeira regra é: leia de forma literal, não sendo possível a sua compreensão, leia de forma simbólica ou alegórica.

Aqui quero adicionar a informação para o cuidado redobrado quando se trata da forma interpretativa da alegoria, por quê? Orígenes, um dos maiores teólogos existentes, caiu em descrédito por colocar demais em sua teologia forma alegórica de interpretação, tendo sido chamado de herege por alguns, fica a dica.

Agora especificamente entrando no texto, vamos entender.

Vemos que ao lermos de forma literal, Ezequiel esta falando ao rei de Tiro. Esse personagem realmente existiu literalmente, então Ezequiel esta falando com um rei sobre suas atitudes e ações indevidas.

Ponto. Essa é a forma denotativa, a interpretação a priori sendo ela literal.

Mas, assim como esse texto, temos outros que podem ser interpretados de forma conotativa como Is 7.14 que fala de uma profecia que se cumpriu de forma literal, mas, que de forma simbólica vai desaguar em Cristo, cumprindo assim a profecia de forma simbólica em Jesus. 

Para ser mais enfático, mas, limitado também, pois não é meu objetivo tratar destes pontos aqui, o livro tem outra temática. Podemos levar para o Tabernáculo, cujo todos os utensílios são simbologias que se aplicam em Jesus Cristo, e que os mesmos são formas de representação simbólica do mesmo.

P.S Diego Diniz

 

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