Ceticismo
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Por: Diego N.
02 de Agosto de 2022

Ceticismo

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 O Ceticismo

A palavra ceticismo vem do grego Sképsis, “investigação, questionamento.” A corrente do ceticismo em suas várias frentes, ramos, tem por base questionar as formas de se obter conhecimento. Alguns céticos dizem que o conhecimento é impossível. Outros acreditam que podemos aprender de forma limitada. Entre os adeptos do ceticismo, existem aqueles que acreditam que mesmo que possível se chegar ao conhecimento, jamais se deve abandonar a busca pela verdade.

 O filósofo e mestre da retótica, Górgias acreditava em três pontos:

 A) o ser não existe;

B) se existisse alguma coisa, não poderíamos conhecê-lá;

C) se a conhecêssemos, não poderíamos comunicá-la aos outros.

 Como entender Górgias se suas preposições parecem um jogo de palavras? Muito simples. Aqui existe uma separação entre o ser, o pensar e o dizer.

 O maior representante da corrente do ceticismo foi Pirro (séc IV-III a.C.). Este acompanhou Alexandre Magno em suas expedições. Quando em contato com outras pessoas e crenças, as questionava em seus valores e crenças. Com essa atitude Pirro se mantém na condição de não aderir nenhuma crença ou convicção.

 Para Pirro, todo sábio de forma coerente deveria suspender toda forma de juízo, e como conseguência aceitar que não podemos discernir o verdadeiro do falso.

 Este pensamento de Pirro por mais estranho que seja, ainda lança luz a um caráter ético, pois aqueles que se prendem a verdades absolutas e indiscutíveis estão fadados à infelicidade, já que tudo é incerto e fugaz.

 Como acreditar em uma verdade absoluta se tudo está em constante mudança e transformação?

 No período do renascimento vai surgir o intelectual francês Michel de Montaigne que retoma o ceticismo como forma de análise e estudos. Ainda nesse período reinava o pensamento medieval da escolástica, ou seja, os filósofos que defendiam o dogmatismo, a verdade absoluta da religião.

 Montaigne ao fazer análises, chegou ao entendimento que fatores como casos pessoais, sociais, políticos ou culturais tem influência na formação das opiniões, sendo essas instavéis e diversificadas.

 Montaigne entende que agora em sua época, quando o sujeito toma o centro, este entra em choque com a consciência, essa por sua vez prefere a dúvida (o que era ensinado) a certeza. Ser cego é mais viavél do que usar um óculos.

 Uma das interpretações de Montaigne foi o pré julgamento de outros povos taxados de bárbaros por não estarem em acordo no que eu acredito. Aqui vemos o etnocentrismo de alguns povos, e estes julgam outros por praticarem o canibalismo.

 

Diego N.
Diego N.
Betim / MG
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Graduação: Teologia (Faculdade Entre Rios do Piauí)
Sou professor de teologia, filosofia, sociologia e humanidade e ciências sociais. Vamos estudar a palavra do senhor e abranger o conhecimento.

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