Michel Foucault

Michel Foucault nasceu em 1926-1984, foi um dos mais célebres filósofos da segunda metade do século XX, Foucault foi um grande intelectual que escreveu sobre vários temas e diversificando as áreas como a linguagem, a doença mental, o crime e a sexualidade. Suas ideias influenciam grandemente os cientistas sociais e sua forma de analisar a sociedade deu se início a uma nova forma de se pensar a filosofia francesa.

Uma nova tragetória

O pai de Foucault esperava que o filho seguisse a carreira em medicina, mas, ao contrário, seu filho estudou filosofia e psicologia. Foucault vive um tempo fora da França e retorna ao país em 1960 para lecionar filosofia na Universidade de Clermont-Ferrand. Já em 1969, tornou-se professor catedrático no Collège de Frence, em Paris, cargo esse que ocupou até a sua morte, por causa da doença (aids) que acabou contraindo, acabou falecendo em 1984.

Foucault se dedicou muito a trazer uma nova visão sobre o filosofia francesa. Além disso, esse filósofo foi um ativista político que lutava pelos direitos dos oprimidos e pela minoria homossexual como ele.

Foucault juntamente a Claude Lévi-Strauss rejeitaram a ideia de que o conhecimento veio por meio da observação do mundo. Foucault tinha um pensamento de que o ser humano é um animal racional, pensante e que vive em um mundo que só lhe é inteligível porque impõe sua ordem ao que vivencia. 

Controle Social

A visão de Foucault é que os seres humanos estão constantemente brigando pelo poder. Certo, errado, a verdade e a falsidade, segundo o filósofo são todos ilusórios, isso são apenas criações por meio da linguagem para dominar. Não existe benevolência ou caridade, em seu lugar homens constroem hospitais, escolas e prisões não para curar, educar ou reformar, mas para controlar e subjugar os outros.

Tentando comprovar as suas ideias, Foucault usa o iluminsmo como exemplo. Segundo o filósofo o iluminismo não lançou luz alguma, ao contrário disso, foi apenas uma maquiagem para esconder a malevolência social. Continuou ele, o termo “loucura” foi usado para categorizar e estigmatizar não somente os doentes mentais, mas os pobres, os doentes, os sem-teto e, qualquer um que tentasse se opor ao status quo. para Foucault, Freud armou o sistema com uma arma bem mais letal, Freud entregou nas mãos do sisema as diretrizes para manipular a mente humana ao invés só do corpo. É muito mais eficaz dominar a mente que o corpo.

Categorização e Objetivação

A sociedade moderna deu um jeito de classificar as pessoas, “objetivismo” foi o termo usado por Foucault. Os modos de divisão foram “práticas divisoras”, “classificação científica”, e “subjetivação”. As práticas divisoras, objetivizam as pessoas, distinguindo-as e separando-as de seus semelhantes. No mundo obscuro e pessimista de Foucault, essas divisões acima seriam as formas de como as pessoas se veem e como se relacionam com as autoridades enquanto tentam se conhecer.

No entanto o pensamento de Foucault apesar de muito pessimista e obscuro, encontramos um pouco de luz, a filosofia. A filosofia, disse Foucault, pode ser usada como método para expor as estruturas de poder que se dedicam a nos controlar e ajudar na criação de novas estruturas sociais para reduzir o risco de tal dominação.