
Platão e sua filosofia

em 08 de Janeiro de 2024
Pragmatismo
O pragmatismo, é uma contribuição filosófica que veio dos Estados Unidos, desenvolvendo-se a partir do século XIX. Daí pra frente se abriram várias vertentes.
A palavra pragmatismo tem origem no grego “pragma” significando “ato, ação;” donde Pragmatikós, “relativo aos fatos, aos negócios.”
O pragmatismo é uma herança do empirismo britânico de John Locke (1632-1704), David Hume (1711-1776) e John Stuart Mill (1806-1873), o pragmatismo tentou se libertar da metafísica racionalista. Apesar desses acontecimentos, não significa que o pragmatismo tenha aderido ao empirismo (conhecimento que vem somente das experiências). Na época, as duas correntes (empirismo e pragmatismo) ainda não haviam conseguido resolver a dualidade da experiência e razão, matéria e pensamento.
A verdade pode ser alcançada por meio da prática. Para William James (1842-1910), um importante pragmatista acreditava que uma proposição é verdadeira quando ela “funciona,” isto é, permite que tenhamos uma orientação na realidade, nisso uma experiência nos levará a outra.
Representantes do pragmatismo
Charles Sanders Peirce (1839-1914), estudioso da lógica simbólica e da semiótica (teoria dos signos). Parte significativa de suas obras foram publicadas após a sua morte.
Peirce propõe o conceito de falibilismo, trazendo a interpretação de que não podemos estar certos de nada. Como saber algo então? Peirce após algumas análises propõe que o pensamento produz “hábitos de ação.” Estes por sua vez tem suas raízes em crenças, que trazem tranquilidade as nossas dúvidas. Mas resta a dúvida. Como saber se essas crenças são válidas?
Nem toda experiência será válida, pois nem todas levam a bons resultados. Experiências de valor para Peirce são as que podem ser comprovadas, mas nem toda comprovação se manterá eterna, pois a qualquer momento pode ser refutada.
Para Peirce uma experiência realmente significativa é aquela que pode ser comprovada pela ciência e experiência. Mas, Peirce tinha noção de que havia a fragilidade de que novos problemas colocasse essas verdades em xeque, nisso novas experiências deveriam ser feitas gerando novas informações.
Com o passar do tempo Peirce vai chamar a sua teoria de pragmatisismo, isso para diferenciar dos seus seguidores, com os quais tinham divergências.
William James
Com William James (1842-1910), esse nome que leva o peso do enfoque empirista. James tem uma filosofia focada na moral, religião e espiritualidade. Este foi o responsável por disseminar as ideias pragmatistas.
As principais obras de James são: Princípios de psicologia, A vontade de crer, As variedades de experiência religiosa, Pragmatismo e o significado da verdade.
James olha o pragmatismo como uma forma de analisar os fatos e ver seus efeitos práticos. Para James isso nos daria uma orientação para a nossa experiência. James defendia que “podemos crer em tudo o que queremos, mesmo nas verdades que não foram demonstradas, como é o caso da fé religiosa.”
John Dewey
John Dewey (1859-1952), foi seguidor de James, sendo filósofo e educador. Suas produções intelectuais abrangem ensaios, artigos, conferências, etc. Suas principais obras são: Escola e sociedade, Democracia e educação, Experiência e educação e por fim Ensaios de lógica experimental.
Dewey acreditava que o pragmatismo é uma espécie de instrumentalismo. Como é importante que as ideias estejam ligadas a prática, elas são propriamente instrumentos para resolver problemas. Logo entendemos no pragmatismo que as ideias não são verdades ou falsidades absolutas, por que podem serem corrigidas ou aperfeiçoadas.