Preparação para o Enem e Vestibular
Por: Diego N.
02 de Agosto de 2022

Preparação para o Enem e Vestibular

Filosofia Ensino Médio Enem Aulas De Reforço Aulas Particulares a Distância Vestibular Acompanhamento Escolar Cursinho 1º Ano Geral

Atividade avaliativa 1 


Algumas questões que tem no Enem


Atenção: todas as respostas no gabarito devem seguir a sequência de 1 ao 10.


"Duvide de tudo e todos, talvez reste algo em que acreditar."
René Descartes


Questão 14 da prova cinza do primeiro dia do Enem 2013 Segunda Aplicação


1) O contrário de um fato qualquer é sempre possível, pois, além de jamais implicar uma contradição, o espírito o concebe com a mesma facilidade e distinção como se ele estivesse em completo acordo com a realidade.
Que o Sol não nascerá amanhã é tão inteligível e não implica mais contradição do que a afirmação de que ele nascerá. Podemos em vão, todavia, tentar demonstrar sua falsidade de maneira absolutamente precisa. Se ela fosse emonstrativamente falsa, implicaria uma contradição e o espírito nunca poderia concebê-la distintamente, assim como não pode conceber que 1 + 1 seja diferente de 2.


HUME, D. Investigação acerca do entendimento humano. São Paulo: Nova Cultural, 1999 (adaptado).


O filósofo escocês David Hume refere-se a fatos, ou seja, a eventos espaço-temporais, que acontecem no mundo. Com relação ao conhecimento referente a tais eventos, Hume considera que os fenômenos


a)  acontecem de forma inquestionável, ao serem apreensíveis pela razão humana.
b) ocorrem de maneira necessária, permitindo um saber próximo ao de estilo matemático.
c) propiciam segurança ao observador, por se basearem em dados que os tornam incontestáveis.
d) devem ter seus resultados previstos por duas modalidades de provas, com conclusões idênticas.
e) exigem previsões obtidas por raciocínio, distinto do conhecimento baseado em cálculo abstrato.


Questão 58 da prova azul do primeiro dia do Enem 2019


2) De fato, não é porque o homem pode usar a vontade livre para pecar que se deve supor que Deus a concedeu para isso. Há, portanto, uma razão pela qual Deus deu ao homem esta característica, pois sem ela não poderia viver e agir corretamente. Pode-se compreender, então, que ela foi concedida ao homem para esse fim, considerando-se que se um homem a usar para pecar, recairão sobre ele as punições divinas. Ora, isso seria injusto se a vontade livre tivesse sido dada ao homem não apenas para agir corretamente, mas também para pecar. Na verdade, por que deveria ser punido aquele que usasse da sua vontade para o fim para o qual ela lhe foi dada?


AGOSTINHO. O livre-arbítrio. In: MARCONDES, D. Textos básicos de ética. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2008.
Nesse texto, o filósofo cristão Agostinho de Hipona sustenta que a punição divina tem como fundamento o(a)


a) desvio da postura celibatária.
b) insuficiência da autonomia moral.
c) afastamento das ações de desapego.
d) distanciamento das práticas de sacrifício.
e) violação dos preceitos do Velho Testamento.


Questão 55 da prova azul do primeiro dia do Enem 2020


3) Será que as coisas pareceriam diferentes se, de fato, todas elas existissem apenas na sua mente — se tudo o que você julgasse ser o mundo externo real fosse apenas um sonho ou alucinação gigante, de que você jamais fosse despertar? Se assim fosse, então é claro que você nunca poderia despertar, como faz quando sonha, pois significaria que não há mundo “real” no qual despertar. Logo, não seria exatamente igual a um sonho ou alucinação normal.


NAGEL, T. Uma breve introdução à filosofia. São Paulo: Martins Fontes, 2011.


O texto confere visibilidade a uma doutrina filosófica contemporânea conhecida como:


a) Personalismo, que vincula a realidade circundante aos domínios do pessoal.
b) Falsificacionismo, que estabelece ciclos de problemas para refutar a conjectura.
c) Falibilismo, que rejeita mecanismos mentais para sustentar uma crença inequívoca.
d) Idealismo, que nega a existência de objetivos independentemente do trabalho cognoscente.
e)  Solipsismo, que reconhece limitações cognitivas para compreender uma experiência compartilhada.


Questão 82 da prova azul do primeiro dia do Enem 2021


4) Sócrates: “Quem não sabe o que uma coisa é, como poderia saber de que tipo de coisa ela é? Ou te parece ser possível alguém que não conhece absolutamente quem é Mênon, esse alguém saber se ele é belo, se é rico e ainda se é nobre? Parece-te ser isso possível? Assim, Mênon, que coisa afirmas ser a virtude?”.


PLATÃO. Mênon. Rio de Janeiro: PUC-RIO; São Paulo: Loyola, 2001 (adaptado).


A atitude apresentada na interlocução do filósofo com Mênon é um exemplo da utilização do(a)


a) escrita epistolar
b) método dialético
c) linguagem trágica
d) explicação fisicalista
e) suspensão judicativa


Questão 49 da prova azul do primeiro dia do Enem 2018


5) O filósofo reconhece-se pela posse inseparável do gosto da evidência e do sentido da ambiguidade. Quando se limita a suportar a ambiguidade, esta se chama equívoco. Sempre aconteceu que, mesmo aqueles que pretenderam construir uma filosofia absolutamente positiva, sô conseguiram ser filósofos na medida em que,
simultaneamente, se recusaram o direito de se instalar no saber absoluto. O que caracteriza o filósofo é o movimento que leva incessantemente do saber à ignorância, da ignorância ao saber, e um certo repouso neste movimento.


MERLEAU-PONTY, M. Elogio da filosofia. Lisboa: Guimarães, 1998 (adaptado).


O texto apresenta um entendimento acerca dos elementos constitutivos da atividade do fllósofo, que se caracteriza por


a) reunir os antagonismos das opiniões ao método dialético.
b) ajustar a clareza do conhecimento ao inatismo das ideias.
c) associar a certeza do intelecto à imutabilidade da verdade.
d) conciliar o rigor da investigação à inquietude do questionamento.
e) compatibilizar as estruturas do pensamento aos princípios fundamentais.


Questão 65 da prova azul do primeiro dia do Enem 2017


6) A representação de Demócrito é semelhante à de Anaxágoras, na medida em que um infinitamente múltiplo é a origem; mas nele a determinação dos princípios fundamentais aparece de maneira tal que contém aquilo que para o que foi formado não é, absolutamente, o aspecto simples para si. Por exemplo, partículas de carne e de ouro seriam princípios que, através de sua concentração, formam aquilo que aparece como figura.


HEGEL, G.W. Crítica moderna. In:SOUZA, J.C. (Org.). Os pré-socráticos: vida e obra. São Paulo: Nova Cultural, 2000 (adaptado).


O texto faz uma apresentação crítica acerca do pensamento de Demócrito, segundo o qual o “princípio constitutivo das coisas” estava representado pelo(a)


a)  número, que fundamenta a criação dos deuses.
b) devir, que simboliza o constante movimento dos objetos.
c) água, que expressa a causa material da origem do universo.
d) imobilidade, que sustenta a existência do ser atemporal.
e) átomo, que explica o surgimento dos entes.


Questão 01 da prova azul do primeiro dia do Enem 2016


7) Sentimos que toda satisfação de nossos desejos advinda do mundo assemelha-se à esmola que mantém hoje o mendigo vivo, porém prolonga amanhã a sua fome. A resignação, ao contrário, assemelha-se à fortuna herdada: livra o herdeiro para sempre de todas as preocupações.


SCHOPENHAUER, A. Aforismo para a sabedoria da vida. São Paulo: Martins Fontes, 2005.


O trecho destaca uma ideia remanescente de uma tradição filosófica ocidental, segundo a qual a felicidade se mostra indissociavelmente ligada à


a)  consagração de relacionamentos afetivos.
b) administração da independência interior.
c) fugacidade do conhecimento empírico.
d) liberdade de expressão religiosa.
e) busca de prazeres efêmeros.


Questão 13 da prova azul do primeiro dia do Enem 2015


8) Trasímaco estava impaciente porque Sócrates e os seus amigos presumiam que a justiça era algo real e importante. Trasímaco negava isso. Em seu entender, as pessoas acreditavam no certo e no errado apenas por terem sido ensinadas a obedecer às regras da sua sociedade. No entanto, essas regras não passavam de invenções humanas.


RACHELS, J. Problemas da Filosofia. Lisboa: Gradiva, 2009.


O sofista Trasímaco, personagem imortalizado no diálogo A República, de Platão, sustentava que a correlação entre justiça e ética é resultado de
a) determinações biológicas impregnadas na natureza humana.


b) verdades objetivas com fundamento anterior aos interesses sociais.
c) mandamentos divinos inquestionáveis legados das tradições antigas.
d) convenções sociais resultantes de interesses humanos contingentes.
e) sentimentos experimentados diante de determinadas atitudes humanas.


Questão 04 da prova azul do primeiro dia do Enem 2014


9) É o caráter radical do que se procura que exige a radicalização do próprio processo de busca. Se todo o espaço for ocupado pela dúvida, qualquer certeza que aparecer a partir daí terá sido de alguma forma gerada pela própria dúvida, e não será seguramente nenhuma daquelas que foram anteriormente varridas por essa mesma dúvida.


SILVA, F. L. Descartes: a metafísica da modernidade. São Paulo: Moderna, 2001 (adaptado).


Apesar de questionar os conceitos da tradição, a dúvida radical da filosofia cartesiana tem caráter positivo por contribuir para o (a):


a) dissolução do saber científico.
b) recuperação dos antigos juízos.
c) exaltação do pensamento clássico.
d) surgimento do conhecimento inabalável.
e) fortalecimento dos preconceitos religiosos.


Questão 02 da prova azul do primeiro dia do Enem 2012


10) Esclarecimento é a saída do homem de sua menoridade, da qual ele próprio é culpado. A menoridade é a incapacidade de fazer uso de seu entendimento sem a direção de outro indivíduo. O homem é o próprio culpado dessa menoridade se a causa dela não se encontra na falta de entendimento, mas na falta de decisão e coragem de servir-se de si mesmo sem a direção de outrem. Tem coragem de fazer uso de teu próprio entendimento, tal é o lema do esclarecimento. A preguiça e a covardia são as causas pelas quais uma tão grande parte dos homens, depois que a natureza de há muito os libertou de uma condição estranha, continuem, no entanto, de bom grado menores durante toda a vida.


KANT, I. Resposta à pergunta: o que é esclarecimento? Petrópolis: Vozes, 1985 (adaptado).


Kant destaca no texto o conceito de Esclarecimento, fundamental para a compreensão do contexto filosófico da Modernidade. Esclarecimento, no sentido empregado por Kant, representa


a)  a reivindicação de autonomia da capacidade racional como expressão da maioridade.
b)    o exercício da racionalidade como pressuposto menor diante das verdades eternas.
c)  a imposição de verdades matemáticas, com caráter objetivo, de forma heterônoma.
d)    a compreensão de verdades religiosas que libertam o homem da falta de entendimento.
e)  a emancipação da subjetividade humana de ideologias produzidas pela própria razão.


Filosofia


Texto 1


Segundo  filósofo empirista David Hume, não podemos provar que o sol nascerá amanhã.  O conhecimento que temos sobre os fatos do mundo, isto é, sobre os fenômenos, é diferente daquele que se baseia em cálculos abstratos.  Enquanto este último é necessário, como 2 + 2 = 4, o primeiro é contingente na medida em que não há garantia, segundo Hume, de que as fenômenos irão se comportar da mesma forma como geralmente se comportam.


Texto 2


O filósofo defendia que o livre arbítrio foi dado ao homem, contanto que utilizasse de acordo com a ética da responsabilidade, ou seja, caso o homem usasse sua liberdade para pecar, receberia a punição divina e isso comprovaria sua insuficiência moral.


Texto 3


O Solipsismo é uma proposição que deriva do cogito ergo sum de Descartes sim. MAS, Descartes não parou nessa proposição, ele se afastou da crença de que só existem, efetivamente, o eu e as sensações desse eu. Ele afirma que o mundo ao nosso redor existe para além de nossas sensações (res extensa) a partir da noção de que Deus (res divina) existe e é uma substância perfeita e boa, não permitindo que nos enganemos sobre as substâncias ao nosso redor. O solipsismo é um tipo de ceticismo e Descartes não corrobora com essa corrente.


Texto 4


A arte de responder uma pergunta com outra pergunta


Texto 5


A filosofia, sendo uma disciplina de caráter crítico-argumentativa, busca por questionamentos e por um método de análise, próprios do agir filosófico.


Texto 6


Os filósofos pré-socráticos foram responsáveis por buscar na natureza um elemento primordial que justificasse a origem de todas as coisas. Para Demócrito, sua arché seria o átomo, parte indivisível e eterna, que permanece em constante movimento.


Texto 7


Para o filósofo Schopenhauer a felicidade não depende de fatores externos. Para ele, a verdadeira felicidade só seria atingida a partir de elementos encontrados no interior do próprio indivíduo.  Assim, ele defende uma administração da independência interior.


Texto 8


Para o pensamento platônico, as noções de justiça e ética estão voltadas para o ensinamento transmitido através da vida em comunidade, já que cada indivíduo é responsável por suas ações para si e para os demais.


Texto 9


O filósofo René Descartes, como vários pensadores modernos, foi um herdeiro da revolução cientítica – revolução que transformou drasticamente a ciência. Desta forma, sua grande preocupação era dar à ciência um caráter de firmeza e constância. Para isso, Descartes utiliza a dúvida como método, com a intenção de que, após duvidar de tudo, só reste ideias claras e distintas.


Texto 10


Para Kant, o homem esclarecido é aquele que, fazendo uso da razão, pensa por conta própria e não a partir do que outras pessoas falam, acreditam. Neste sentido, Kant formula dois grandes conceitos, menoridade e maioridade. Ele entende por menoridade o homem que formula suas ideias a partir de outros e de maioridade o que produz um pensamento autonomo e racional.


GABARITO


1) (A) (B) (C) (D) (E)          6) (A) (B) (C) (D) (E)                     
2) (A) (B) (C) (D) (E)          7) (A) (B) (C) (D) (E) 
3) (A) (B) (C) (D) (E)          8) (A) (B) (C) (D) (E) 
4) (A) (B) (C) (D) (E)          9) (A) (B) (C) (D) (E) 
5) (A) (B) (C) (D) (E)         10) (A) (B) (C) (D) (E) 

R$ 60 / h
Diego N.
Betim / MG
Diego N.
4,5 (2 avaliações)
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Graduação: Teologia (Faculdade Entre Rios do Piauí)
Sou professor de teologia há mais de oito anos. vamos aprender vários assuntos e disciplinas essenciais nessa área. estude conosco. Se aventure.
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