Qual é o Sentido da Vida?
Por: Diego N.
27 de Dezembro de 2022

Qual é o Sentido da Vida?

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Qual é o Sentido da Vida?


Doutorado Diego Do Nascimento Diniz


“O vazio existente dentro do homem reflete a nostalgia de que ele não pertence a este plano”.
                   Diego Diniz


Um dos primeiros filósofos pré socráticos como Heráclito acreditava que tudo esta em constante mudança. Se pegarmos este pensamento como base de reflexão podemos cogitar que: “o sentido da vida pode estar em constante construção subjetiva” já que este vai depender de cada um. 


Para Pirro, um filósofo representante da corrente do Ceticismo, diz que não podemos conhecer nada seguramente. Deste ponto de vista, ainda que cogitássemos algum sentido para a vida, ainda sim seria abstrato. 


O sentido da vida para o filósofo Bertrand Russell era que tudo fazia parte de um teatro cósmico contínuo, aliás, Russell e Darwin pensavam igualmente. Russell acreditava que não precisávamos de Deus e que ao tirar Deus de seu refúgio Teocêntrico, a vida teria mais sentido, no final seu Ceticismo estava certo, vejamos:


Russell disse: ao negar a existência de Deus, na bíblia, em ressurreição, ter fé, entre outros, Russel conclui: “o ser humano é um produto de acasos aleatórios em meio a todo o cosmo e que a vida não chegaria a lugar algum pois não tínhamos de fato a idéia de que estávamos indo de encontro a morte inevitável, ou seja, não importa o que fazemos, o fim é o mesmo para todos, a morte”. Em outras palavras, Russell admitiu que o ser humano sem fé é simplesmente cheio de vazio de significado.


Ainda em Russell: “para viver uma vida com significado é preciso abandonar os interesses particulares e mesquinhos e cultivar um interesse no eterno”. Essa foi uma fala dita por Russel em 1903. Ao fim da vida ainda fala: “chegou a hora de rever minha vida e ver se ela de fato teve algum propósito e significado” (grifado).


Quando se faz uma pesquisa, os pesquisadores chegam a conclusão que conscientemente ou não, muitos mesmo que não professe uma fé em alguma religião, deságuam em dizer que a vida sem Deus não tem sentido. Um exemplo disso foi o filósofo John G. Messerly que ao escrever um livro sobre este tema, pesquisou aproximadamente 100 pensadores tratando da mesma temática, “o significado da vida”. Ao fim de sua pesquisa com base em tantos eruditos chegou a conclusão de que não temos todas as respostas que gostaríamos de ter e que o ser humano esta perdido indo de encontro a um abismo, que o dualismo na humanidade é mais presente que se pensa. Falar do significado da vida ou qual é o propósito dela é algo mais complexo que achamos de fato ser.


A vida para alguns é simplesmente usufruir o Máximo da mesma pois logo morreremos. Vivamos o aqui e agora porque o amanhã não existe, este é o pensamento de muitos após uma pesquisa feita por um grupo de Psicólogos da Universidade do Arizona, ao analisarem 200 pensadores entre os mais renomados existentes.


Para alguns a vida talvez não tenha que ter significado, mais no fim a resposta em si já é dar significado. Outros acreditam que a vida não tem que ter significado para que eu possa dar um.


Outros falam que a vida é um mistério, desviando-se assim de “debates”. Queremos respostas para muitas coisas, no entanto, como disse o filósofo Jagger: “você não pode ter sempre aquilo que quer”.


Para dar um pouco de sentido a vida, vai surgir com o advento do Iluminismo ideologias como as de Freud, Marx, Nietzsche e Darwin.


Para Freud, Deus é um tipo de protótipo de pai castrado. O ser humano “criou Deus” que seria um pai superior porque o biológico era falho e errado demais.


Para Marx, os seres humanos se apegam a idéia de Deus para não tomar posição de decisões difíceis da vida, o crer em uma divindade é uma válvula de escape para fingir que não existem problemas que eu tenho que lidar.


Para Nietzsche, o medo do ser humano em comparação a tudo que existe trás um medo em comparação ao tempo/espaço, mediante a este contraste, o ser humano busca um refúgio “criando Deus”, é o seu trunfo, uma válvula de escape, a sua pequenez agora tem significado. “Olhando com os óculos” de Nietzsche, podemos entender que em comparação a imensidão do universo, nós, seres humanos, não somos nada. O nosso planeta em comparação de uma geografia cósmica também não é nada. Se o nosso planeta não tem significado ou sentido no universo existente, o ser humano nesse planeta é de igual modo, sem valor algum. Tudo o que existe, existe independente de mim, portanto a minha vida não faz diferença alguma na imensidão do cosmo. 
Ainda em Nietzsche. Para este “rejeitar a Deus é se livrar de valores cristãos que são impostos aos que crêem em Deus”. Sendo assim, entendemos que um dos sentidos da vida para este filósofo era se desprender de valores cristãos, este é o sentido da vida para Nietzsche, ser livre.


Para Darwin o existencialismo era um tipo de dança cósmica contínua. Darwin via o que existe como uma catástrofe contínua, e que o ser humano no mundo vivia para digladiar até a morte do mais fraco. 


Essas ideologias supramencionadas veio com o advento do Iluminismo no século XVIII. Esse advento contabilizou como o início da “morte de Deus”. Alguns ainda sugerem a data de 1859, com o lançamento do livro de Darwin “A Origem das Espécies”.


O que podemos entender até aqui é que gigantes do passado ou atualidade, grandes eruditos como: Freud, Marx, Nietzsche, Darwin, Russell, Messerly, Sartre, Kafka, Schopenhauer, Dawkins, Hawking, Jagger, Dostoiévski, entre outros apesar de tentarem falar sobre o sentido da vida, alguns tentaram responder, outros ficaram em dúvida e outros neutros.


Como podemos acompanhar neste simples texto, falar do significado da vida não é tão fácil como muitos supõe. Se abrir um leque aqui para tentar falar da origem da vida, talvez a temática se torne ainda mais complexa, por exemplo: Suicídio, Eutanásia ou Aborto. Apesar de voltadas a morte, para que esta aconteça, as pessoas teriam que estar vivas.


Acima vimos como alguns acadêmicos tentaram dar respostas ao sentido da vida. Agora vamos tentar ver com os óculos da “religião”


O maior propósito da vida humana acima de tudo é adorar a Deus (palavras hebraicas e gregas como: Todah  (Gn 29.35), Yadah (1cr 16.7), Yad (Js 4.24), Shabach (Sl 63.3), Halal (1Cr 23.30), Epainos (Ef 1.6), etc, descrevem um significado de adoração muito mais abrangente), este é o principal propósito da existência humana. Este ser foi criado a imagem e semelhança de seu criador Gn 1.26.
A nossa existência é um reflexo da existência de um ser maior Gn 1.26.


Deus fez o ser humano a sua imagem e semelhança Gn 1.26.
Deus e o homem tinham comunhão Gn 3.8.
Deus fez o ser humano para cuidar de todo o mundo Gn 2.15, uma das primeiras profissões do homem foi a Administração.
Deus fez o ser humano para ser sociável Gn 2.18 ao 23.  (Observação: homem do hebraico ADAMAH que significa; humanidade).
O significado da existência humana na religião do Cristianismo e Judaísmo como exemplo, é ter Deus como o centro de tudo. Podemos ver isso em alguns textos dos judeus e dos cristãos: Mt 6.33, 22.34 ao 40, Mc 12.28 ao 34, Êx 20.3 ao 5, o Shema judaico: Dt 6.4 ao 9, etc.


Nesse sentido podemos entender que um dos principais significados da existência humana é glorificar a Deus, louvar. A própria existência humana em si já é um louvor a Deus (na verdade, no cristianismo e judaísmo mais especificamente, toda a criação em si já é um louvor a Deus, centralizei a humanidade devido a temática proposta).


Juntamente a este buscar a Deus acima de tudo, entendemos o glorificar a Deus, o louvar a este ser divino.
A administração foi uma das primeiras responsabilidades dadas ao ser humano na pessoa de Adão.  Digo no plural porque as atividades ainda que sejam diversas, em si são interdependentes da administração. Cuidar do Éden, dar nomes aos animais, governar sobre os mesmos Gn 1.26 ao 31, 2.4.


Outro propósito da existência humana é: propagar a espécie Gn 1.26, Gn 1.26 ao 31.
Profeta Isaías e Apóstolo Paulo sendo Sarcásticos (Is 22.13, 1Co 15.32). 
Sendo assim, alguns podem escolher viver como nos tempos de Noé e Ló (Mt 24.37,38, Lc 17.26 ao 29). 
Para refletir:


H. Blavatsky e S. Mclaine dizem que o homem é Deus. Já Dostoiévski disse que: “existe um vazio no homem do tamanho de Deus”. Blaise Pascal também vai falar algo parecido como Dostoiévski, “se há um vazio da forma de Deus no coração do homem”. Agostinho de Hipona disse: “nosso coração vai estar inquieto ate que encontremos paz em ti”. Freud admitiu que o ser humano nasce com a carência de um pai cósmico, só não detectou qual. 
Deixo algo para refletirem: se o homem é Deus por que existe um vazio dentro do ser humano como propôs estes grandes pensadores?


Bibliografia:


SILVA, Rodrigo. Evidências: Guia de Estudos: Impressão: Casa Publicadora Brasileira 1º Edição/ 2020. – Rodrigo Silva.
Bíblia de Estudos Plenitude
https://youtu.be/EaIslptrD-g (Luiz Felipe Pondé • Quatro cavaleiros do ateísmo moderno).

 

 

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