Platão e sua filosofia
em 08 de Janeiro de 2024
A História da apologia no cristianismo
Patrística é o nome dado aos primeiros cristãos e aos posteriores no século II d.C e vai até o século VIII d.C. Esses formaram um corpo doutrinário de defesa do cristianismo.
No princípio os ensinamentos de Jesus eram baseados em suas pregações e logo em seguida nos escritos de seus seguidores.
O propósito de escrever seus relatos veio da necessidade da própria época.
Vemos que um determinado homem com certa influência em sua época pedi ao Senhor Lucas que era médico e historiador para fazer um trabalho tratando-se de falar sobre a vida de Jesus Cristo, nisso temos o início do evangelho escrito por Lucas e o livro de Atos dos Apóstolos, que inicialmente eram um único volume.
Em breve e poucas palavras acima mencionadas, podemos entender que os seguidores de Jesus, que conviveram diretamente com ele ou não, no caso de Marcos e Lucas que só se converteram depois, portanto não eram apóstolos (não faziam parte dos 12 iniciais).
Estes seguidores colocaram o trabalho de fazer conhecida a vida e obra de seu mestre Jesus, e de uma forma que não se limitava somente a pregar, ensinar, mas também de relatarem os acontecimentos de forma escrita.
Essa necessidade também se deu devido a vários grupos existentes na época e posterior que se opunham aos ensinamentos dos discípulos. O próprio Cristo enfrentou tais problemas com oposições como os fariseus e saduceus.
O início da apologetica cristã veio de conflitos dentro de campos ideológicos, posicionamentos de combater os ensinamentos de Jesus e posteriormente de seus discípulos.
Em meio a esses acontecimentos veio literalmente debates boca-a-boca com opositores, combatidos incansavelmente tanto por Jesus, como por Tiago, Paulo, Pedro, Timóteo, etc.
Nesta época a igreja estava sofrendo ataques internos e externos, como o difícil trabalho de Timóteo na igreja de Éfeso. Ali havia presbíteros com má fé e conduta ensinando errado para os que ali estavam presentes, os congregantes estavam aprendendo errado. Timóteo enviado por Paulo, fundador da igreja de Éfeso, deveria enfrentar essas heresias de frente e as combater. O jovem Timóteo estava com um grande desafio pela frente.
Grupos que atacavam o cristianismo na época apóstolica
Estes grupos e outros são chamados ou conhecidos como Seitas.
Esta palavra trás o significado de pessoas que estão separados ou desligados de determinada comunhão principal, de um sistema religioso, e que não aceita pensamentos de massa.
No princípio do ministério de Jesus já existiam alguns grupos que eram chamados de Seitas como os Fariseus, Saduceus e Essênios, estes três eram grupos religiosos independentes.
Havia também um grupo voltado para a Política, e entre eles partidos como os Herodianos, Zelotes e Sicários. Além destes grupos de destaque, de forma geral havia: Os Escribas, Interpretes, Nazireus, Prosélitos, Publicanos, Samaritanos, o Sinédrio e a Sinagoga.
No início do trabalho empenhado de seus discípulos sem a presença de seu mestre, estes comaçaram a ter problemas internos como no caso dos gregos convertidos que diziam ser menosprezados por não serem judeus.
Assim por diante surgiram outros grupos como: O Ebionismo, Gnosticismo, Marcionismo, Monarquianismo, Sabelianismo, Maniqueísmo, Adocionismo, Pelagianismo, Donatismo, Iconoclasmo, Docetismo, Nestorianismo, Apoliniarismo, Eutiquianismo, Monotelistismo, Albigenes, etc.
Discípulos como Mateus, Marcos, Lucas, João, Pedro, Tiago, Paulo e Timóteo, tiveram grandes dificuldades na propagação do evangelho.
Vemos velhos e novos inimigos constantemente se levantando, sejam eles os sujeitos ou argumentações ideológicas próprias já outrora combatidas.
Vemos no início da escrita de João em seu livro conhecido como o evangelho segundo escreveu São João, uma abordagem em iniciativa na e com apologia, pois há uma dicotomia, uma dualidade nos seus escritos.
Devido há 600 a 700 anos a.C (aproximadamente), surgiram pessoas ou grupos tentando descobrir uma explicação coerente fora da Teogonia da época para demonstrar uma matéria como sendo esta essencial para a criação de todas as coisas.
Já em Mateus vemos o seu empenho em defender Jesus como sendo o prometido profetizado no Antigo Testamento.
Mateus apresenta para os judeus, Jesus como um judeu, por isso inicia com uma Genealogia, demonstrando em seus escritos que Jesus era o Messias, mostrando aos judeus que o Rei profetizado era este que ele apresentava.
Marcos defende a Cristo escrevendo aos Romanos o apresentando como Servo.
Lucas escreve aos Gregos e defende a Jesus como o Filho do Homem, o ligando a várias referências do Antigo Testamento, livro sagrado para o povo que eram seus subordinados mas livres em sua cultura e religião.
João defende a Jesus mostrando através de sua escrita para a igreja que este era o Filho de Deus.
Além de outros defensores. Alguns estudiosos vão falar que de 100% da forma que a bíblia foi escrita 90% é apologética (auto defesa).
Mas com o passar do tempo, e com a morte destes e de outros defensores do evangelho como Clemente de Alexandria (30-100 AD), Policarpo (69-159 AD),e Inácio de Antioquia (117 AD). Com o contínuo investimento de ataques contra o Cristianismo, no Século II levantou-se um grupo de Apologistas, o segundo grupo de quatro mencionados neste trabalho. Estes apologistas vão harmonizar a Filosofia e o Cristianismo, a Fé e a Razão vão começar a andar juntas. Entre estes vão se destacar Tertuliano, Justino o Mártir, Teófilo, Aristides e outros.