Especial finanças: como investidor, você é um ótimo médico!
Por: Marcelo G.
03 de Janeiro de 2024

Especial finanças: como investidor, você é um ótimo médico!

Principais aspectos da vida financeira do profissional médico

Coaching Financeiro Autoconhecimento Autodesenvolvimento Desenvolvimento Humano

A carreira médica é conhecida pela possibilidade de bons salários e promoção do status, elementos que, quando postos em combinação, podem ser responsáveis pela fama de “mau investidor” que o médico brasileiro possui. Para não cair nessa armadilha, preste atenção no que está por vir.

Status, redes sociais e o modelo consumista de vida

Ao adentrar a pós-modernidade, marcada pela interação virtual com o comércio, bancos digitais e demais elementos do acervo cibernético, surgem, em especial, as redes sociais, capazes de veicular informações e imagens de forma ampla e democrática. Partindo disso, observe que “viver uma vida feliz” relaciona-se diretamente com a exposição ou encenação de um “modelo de vida ideal” nas redes sociais.

Para a manutenção do status, médicos recém formados são levados a promover um modelo consumista de vida, pautado na aquisição de bens supérfluos, os quais podem atrair os olhares a sua volta e criar a ideia de riqueza baseada nos itens que tal pessoa possui.

Entenda que viver um modelo ostensivo de vida não é errado, e cada indivíduo possui prazeres e necessidades diferentes, mas você já parou para pensar se o motivo da sua compra é realmente o conforto pessoal ou será que você consome apenas para massagear o ego e trazer, com isso, a sensação de falso gozo? Reflita! Não existe um modelo certo ou errado de seguir a vida, mas você precisa pensar se realmente se beneficia com as suas ações.

A necessidade de promover a exposição pessoal ostensiva, como mencionado anteriormente, leva jovens médicos na direção contrária ao sucesso financeiro. Isso ocorre porque, em vez de iniciar a carreira com um planejamento adequado de finanças pessoais e a construção de um patrimônio, vemos o desespero dessa categoria por comprar carros importados, se hospedar nos melhores hotéis e comer nos restaurantes mais renomados, banhando-se em financiamentos e empréstimos e esquecendo de adquirir bens que, de fato, podem lhe atribuir estabilidade no futuro. Esses, dentre outros fatores, trazem a fama de mau investidor que assombra a classe médica.

Planejamento financeiro, sim!

A fim de evitar isso, você precisa parar por um segundo e pensar: “estou fazendo os investimentos necessários para ter uma vida confortável?”. Diante do “não”, você vai perceber que o planejamento se faz oportuno e aí vem algumas dicas de como fazê-lo.

Famoso pelo seu livro “Os segredos da mente milionária”, T. Harv Eker dialoga com os jovens sonhadores em sua obra. Munido de sensatez, seu discurso mescla teorias científicas capitalistas com acontecimentos pessoais, a fim de trazer ao seu leitor uma luz no fim do túnel.

Assim, como grande marco de seu livro, Eker elaborou um método simples chamado “Jars System” e conhecido como “Sistema dos Potes”, o qual categoriza os gastos pessoais de uma pessoa comum a fim de organizá-los e, com isso, exercer maior controle sobre cada um deles. O Sistema dos Potes dispõe de 6 “potes” e são eles:

  • 50% da sua renda será voltada às necessidades básicas, gastos necessários à manutenção da vida como alimentação, aluguel, energia, plano de saúde e transporte; 10% será destinado ao entretenimento, referente a qualquer atividade realizada para fins de diversão como gastos com cinema, bares e festas;
  • 10% irá compor a poupança de longo prazo, a fim de garantir uma aposentadoria confortável ou antecipação de uma, respeitando o seu futuro e suas necessidades de diminuir ou cessar o ritmo de trabalho nele;
  • 10% estará reservado à sua educação, podendo ser ela referente a sua área de trabalho com especializações e cursos que possam aperfeiçoar sua atividade econômica diretamente ou até mesmo sobre o ramo de investimentos, agregando valor e autonomia a sua carreira e podendo otimizar seus ganhos com isso;
  • 10% será alocado às reservas particulares, essa categoria visa subsidiar ações a médio prazo, como uma viagem, uma festa de casamento ou até mesmo um celular novo;
  • 10% deverá ser veiculado à doação de caridade, margem de dinheiro destinada às ações voltadas para a comunidade, ONGs e demais instituições que promovam o bem aos menos favorecidos.


É importante entender que o modelo desenhado por Eker pode ser modificado de acordo com as suas necessidades, logo, você pode renomear, excluir ou incluir jarros, pois o real intuito desse sistema é fazê-lo entender que, para o alcance de objetivos, o planejamento se faz de forma primordial.

Patrimônio, investimentos e (in)decisões

A palavra “patrimônio” na Grécia antiga, patrimonium, referia-se a tudo aquilo que pertencia ao pai (característica marcante do patriarcado). Após muitas mudanças nos modelos de produção, de visibilidade de gênero e de ascensão social, o termo patrimônio referencia todos os bens que uma pessoa física ou jurídica possui e que podem ser mensurados em valor monetário.

Em paralelo, os investimentos vão ser responsáveis pela aplicação de capital financeiro a fim de promover a geração de lucro. Antes de mais nada, você deve ser extremamente humilde e se perguntar: “tenho conhecimento suficiente para realizar meus próprios investimentos?” ou “tenho tempo para me aprofundar nesse assunto?”.

Mais uma vez, diante do “não”, você deve procurar assessoria competente, oferecida pelos bancos ou outras empresas especializadas em investimentos e realizar junto ao seu investidor um plano de metas, deixando claro o patrimônio que você possui hoje e o possível patrimônio que você deseja ter a médio e longo prazo, a fim de garantir um futuro confortável.

Todavia, se você não deseja ou se sente desconfortável em adquirir ajuda, procure investir em áreas que lhe proporcionem estabilidade e segurança.
Aqui vão alguns exemplos de investimentos:

  • Investimentos de baixo risco: caderneta de poupança, fundos de renda fixa e tesouro direto Selic;
  • Investimentos de risco moderado: debêntures, fundos multimercados e fundos de investimentos em ações;
  • Investimentos de alto risco: day trade, ofertas públicas e investidor anjo.

Você pode ainda investir em imóveis ou no comércio, lembre-se que o mercado de investimentos é vasto, tudo vai depender do seu perfil e das suas necessidades.

O que você não pode é esperar de braços cruzados que a sorte lhe traga conforto financeiro, pois, como é mencionado em textos históricos por Alexandre o Grande, “a sorte favorece os audazes”.

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