Aprendendo a Aprender
Por: Hamires F.
29 de Novembro de 2020

Aprendendo a Aprender

Dicas de uma Professora em Formação

Pedagogia Dificuldades Aprendizagem Autodidática Vestibular Pré-Vestibular Aprendizado Curso Superior Concurso Público Ensino Médio Vestibular Professor Preparatório Educação Professora Orientação De Estudos

Quando se enfrenta o grande desafio de se preparar sozinha ou sozinho para passar em um processo seletivo muito concorrido, encontra-se diversos obstáculos. A começar por um que um grande número de pessoas ignora: o fato de que estudar e aprender também exige certo conhecimento.

Conhecimento sobre o quê? Sobre como funciona o processo de aprendizagem, sobre si mesmo, sobre a prova em questão.

Nosso currículo nacional do ensino básico, na minha visão, é falho em não priorizar o desenvolvimento de uma autonomia no estudante. Essa autonomia na aprendizagem é essencial para uma ampla gama de atividades de nossas vidas: na faculdade, pois lá o aprendizado depende muito mais do aprendiz do que do professor; na vida profissional, pois o tempo todos somos convocados a obter novos conhecimentos e desenvolver habilidades para executar nossas tarefas; na vida cidadã, em que temos que saber aprender constantemente sobre a sociedade em que vivemos e como podemos melhorá-la, uma vez que ela é dinâmica, ou seja, não funciona de maneira estática, está o tempo todo em movimento.

Sim, você leu certo: saber aprender. Aprender é uma habilidade natural do ser humano, mas que se dá sob influência de muitos fatores. Assim, precisamos saber trabalhar com tais fatores para ter a melhor aprendizagem.

Aspectos psicológicos, cognitivos e biológicos compõem um dos grupos de fatores. Existem condições médicas e até hábitos rotineiros que alteram nossa concentração, memória e raciocínio. Então, neste aspecto, para o que se atentar?

  1. Procure ter um bom descanso. No momento em que dormimos, nosso cérebro processa o que aprendemos durante o dia e transforma isso em memória de longo prazo. Então, não vire a noite se matando de estudar para compensar o tempo que é curto ou que você procrastinou. Simplesmente não vai funcionar.
  2. Não negligencie sua saúde mental se você tiver sintomas de ansiedade ou outros transtornos psicológicos, relacionados ou não à prova que você vai fazer. A ansiedade é muito comum no período pré-vestibular, devido a tantas pressões, expectativas, medos. E ainda por cima estamos no meio de uma pandemia! Se precisar, procure (e aceite) ajuda!
  3. Se conheça. Preste atenção aos horários em que você consegue estudar melhor, por exemplo, e foque em estudar nesses horários. Também analise se você aprende melhor com textos, vídeo aulas, livros, simulados, provas resolvidas, escrevendo resumos etc. O mais provável é que sua forma particular de aprender seja feita de várias dessas modalidades, mas não de todas elas. Outra coisa importante é se você aprende melhor com vídeo aulas de professores mais metódicos ou mais despojados. A maioria das pessoas aprende melhor com um ensino mais despojado, mas NÃO É UMA REGRA. Uma última coisa que é necessário incluir neste item: identifique sua facilidade ou dificuldade. Com quais matérias você se dá melhor? Em quais não consegue entender as coisas direito? Por incrível que pareça, matemática não é a matéria mais difícil pra todo mundo! A nossa inteligência é multifacetada, ou seja, desenvolvemos habilidades em áreas diferentes SEPARADAMENTE. Então, a maioria das pessoas têm uma inteligência ou habilidade mais desenvolvida em uma área e menos desenvolvida na outra, e assim por diante. O que você deve fazer com isso é dedicar mais horas de estudo para suas dificuldades e menos horas para aquilo em que você vai bem, na hora de fazer seu planejamento. Para descobrir tudo isso, você vai fazer vários testes e observar o que acontece. Você pode ir anotando para não se esquecer.
  4. Se alimente bem e, se possível, faça exercícios físicos. Quanto mais saudável o seu cérebro estiver, melhor você aprende. Para ter um cérebro saudável, é essencial a ingestão de nutrientes e água na medida certa, e os exercícios físicos fazem o cérebro produzir substâncias benéficas.

Há ainda um grupo de fatores sobre o qual eu quero falar hoje: o conhecimento sobre o que será avaliado.

  1. Se vai fazer o ENEM, por exemplo, pesquise bastante o método de avaliação e o que cai na prova. O mesmo se aplica para vestibulares. Cada prova funciona de uma forma e você deve focar seus estudos em atender ÀS EXPECTATIVAS DESSA PROVA.
  2. Seus treinos devem levar em conta o tempo da prova. Da mesma forma que os cursinhos fazem simulados, você deve se treinar para ser avaliado sobre aquilo tudo naquele determinado tempo.

Assim, observando esses fatores, você aprenderá a ensinar a si mesmo! Bons estudos e sucesso!

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