
Quando Éramos Peixes

em 17 de Janeiro de 2019
Existem muitas máscaras na sociedade em que vivemos, a maioria delas ocultas. Nós mesmos possuímos máscaras em algum momento de nossas vidas, na verdade o mundo todo está coberto por máscaras. É muito mais fácil se esconder atrás de algo, ao invés de se mostrar ao mundo, e é por isso que usamos máscaras. Essas máscaras, às vezes, são estereotipagens impostas pela própria sociedade, representações sociais que vão se modificando ao longo do tempo. O texto usa como exemplo a juventude. Juventude é apenas um nome que representa algo. Contudo, não é possível decifrar o conceito dessa palavra, pois palavras mascaram a realidade e nem todos os jovens são da mesma forma e caracterizado do mesmo jeito. Assim, a juventude acaba por ser o que se pensa dela e não o que realmente é.
Um dos aspectos abordados no texto é como desmascarar e revelar o que essas máscaras escondem. No entanto, nem todos os símbolos presentes em uma pessoa são máscaras, elas podem ser apenas algo simbólico com significado oculto ao primeiro olhar. O texto também usa alguns estereótipos ao dar exemplos, como na suástica usada pelos punks. Nem todos os punks utilizam a suástica. Da mesma forma, os mesmo símbolos podem ter significados distintos de acordo com contexto.
Nas escolas também existem muitas máscaras. O texto nos fala um pouco sobre as chamadas “escolas do diabo”, assim denominadas por estarem associadas a uma imagem de violência, principalmente relacionada à presença de jovens de outras etnias, como africana e cigana. Nessas escolas, a violência presente é da presunção. Esse tipo de violência também é comum em escolas do Brasil, onde a violência está associada à maneira de ser dos jovens e como essas maneiras são resultantes de suas etnias.
Outra manifestação da violência da presunção é a imputação da burrice (essa, acredito eu, muito mais presente no cotidiano das escolas) onde adultos predizem futuros sombrios para os jovens e esse acabam por acreditar que assim são. Essa violência fica oculta na realidade e apesar de não parecer, pode ferir muito.
Somos todos mascarados, mesmo nas pessoas mais abertas, há sempre uma máscara em algum momento. Máscaras para nos escondermos, máscaras para resistência contra o dominante, máscaras impostas pelo capitalismo, pelo marketing, pela mídia, máscaras as quais nós nos deixamos aderir e que estão presentes também em nossas escolas, locais que deveriam ser de interação e comunicação múltipla e não de solidão.