Como o assédio atrapalha a vida das mulheres
Por: Lia L.
26 de Janeiro de 2021

Como o assédio atrapalha a vida das mulheres

O medo de sair de casa para estudar ou trabalhar

Antropologia neuroeducação Ensino Superior Atividade complementar

Já sofreu assédio e sentiu medo de andar em espaços públicos?

 

Talvez você já tenha deixado de usar uma roupa, deixado de sair de casa ou até tenha decidido ficar solteira como uma forma de evitar o assédio.

O medo está controlando a vida de muitas mulheres. Mas evitar o medo não é a melhor estratégia para encontrar segurança.

Muitas mulheres atualmente tem medo de serem mulheres, sabem que seu corpo pode ser alvo de assédio ou violência. Não é só o corpo físico não, é também o corpo emocional e psíquico, pois o assédio está também nos olhares, nas falas e nos gestos dos outros homens e também de outras mulheres. As relações humanas hoje estão carregadas de violência e, a depender do ambiente que cada um cresceu, essas relações serão mais ou menos violentas.

Para compreender essa relação é importante saber que o seu corpo se desenvolveu na infância a partir de traumas emocionais e de experiências positivas dando formas e posturas diferentes para cada indivíduo. O formato do nosso corpo é uma estratégia de sobrevivência, ele se molda para nos proteger dos traumas e nos capacitar a agir e se adaptar melhor ao ambiente que nos rodeia. Aqueles que vivem em ambientes violentos desde a infância aprendem que é preciso se defender o tempo todo e resistir e por isso terão corpos mais resistentes e posturas mais defensivas, por exemplo. As mulheres na nossa cultura aprendem cedo que é preciso esconder seus corpos e que não podemos confiar nos homens maus.

Na nossa cultura, por anos o assédio, as cantadas, piadinhas sexistas foram tratados como normal, aceitável e as mulheres eram ensinadas a baixar a cabeça e ficarem quietas. Isso acontece porque nossa cultura ensinou a não falar com estranhos e esperar que alguém nos salve. Pessoas nascidas no milênio passado não aprenderam a viver como mulher em uma cultura tão violenta ao feminino. Se ensinava sobre o lobo mal, mas não ensinavam como andar segura e livre pelas ruas. Agora, na vida adulta esse medo se repete, as mulheres tem medo de andarem em espaços públicos e serem assediadas.

Isso foi revelado na pesquisa feita em 2020 na qual foi revelado que

92% das mulheres que responderam a pesquisa se incomodam intensamente com situações como assédio, machismo e racismo;

78% já passaram por assédio como cantadas, passada de mão, pegaram no cabelo, foram cheiradas, receberam assobios de estranhos;

66% sentem medo de andar em espaços públicos e serem assediadas.

A pesquisa revelou outros dados sobre esse assédio, ele está presente em todas as classes sociais e em todos os níveis de instrução.

A parte boa é que agora a sociedade vem despertando, Mulheres estão percebendo que podem escolher viver em um mundo melhor. Para isso elas tem se empoderado do que é ser mulher, de quais seus direitos sociais e principalmente como o conhecimento vai levar elas a se tornarem livres das violências e preconceitos contra a mulher. Elas tem buscado entender como funciona nossa cultura, como funciona o próprio modo de ver o mundo e aprender a se sentirem seguras nos ambientes que frequentam. Essas mulheres sabem que é possível viver em um mundo confiável e é possível ensinar nossas filhas a viverem nesse mundo. Muitas acreditavam que para serem livres e empoderadas era preciso lutar contra a cultura e contra os homens. Mas descobriram que é mudando a elas mesmas e a própria vida que elas se tornam livres dos preconceitos culturais.

Eu sou Neuroeducadora, mestre em Antropologia, já ensinei muitas pessoas na faculdade a entenderem como a nossa cultura machista e racista funciona. Vi muitas alunas liberarem seus cabelos, passarem seus batons e andarem orgulhosas, livres e seguras por serem mulheres e mulheres negras. Atualmente atendo mulheres que querem perder o medo de ser mulheres. Aqui na plataforma Profes tenho um pacote de 5 aulas para ensinar no particular como a sua mente funciona e o que você pode fazer para mudar a sua realidade.

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Antropologia - Antropologia Para Ensino Médio Antropologia no Ensino Superior Antropologia - Orientação trabalhos acadêmicos
Especialização: Neurociência, Psicologia Positiva e Mindfulness (Pontifícia Universidade Católica PUC/PR)
Professora e terapeuta. Mestre em antropologia, especialista neurociência, psicologia positiva e análise corporal.
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