Para, pra pu prá?

Para, pra ou prá?

            Em nossa Língua Portuguesa, são admitidas enquanto formas corretas para ou pra. Prá, apesar de soar correto e muitas vezes ser utilizado em textos, é termo incorreto e não incluso na gramática.

            Para e pra exercem a função morfológica de preposições. A preposição é uma classe de palavra que tem como característica principal juntar termos, fornecendo a eles uma determinada ideia, como finalidade, inclusão, exclusão, entre outras.

As duas preposições aqui estudadas, para e pra, estão inseridas no contexto da finalidade, já que indicam para quem ou para o que algo é feito, assim como indicam destino, expressando para onde alguém ou algo vai. Veja os próximos exemplos:

- Para ir bem nas provas, é essencial frequentar as aulas, fazer anotações e estudar bastante (para: ideia de finalidade).

- Quando eu viajar para o exterior, farei várias compras (para: destino).

- Comprei um presente pra você. Espero que goste (pra: finalidade e destino).

            A diferença de uso entre para e pra está no nível de formalidade, já que pra é forma contraída de para, sendo, por isso, versão mais informal e devendo ser utilizada em contextos em que haja maior intimidade entre falante e ouvinte.

Já no caso da escrita, gêneros textuais como bilhete, mensagens de texto, publicações em redes sociais (desde que em páginas pessoais) permitem a aplicação de pra. Nas frases que se seguem, é possível perceber que o contexto de aplicação de pra é sempre mais informal.

- Eu não acredito que ela disse isso pra você.

- Eu esqueci minha blusa na escola, mas a Adriana trouxe pra mim.

- Você sabe que eu não posso comer camarões. Por que você fez esse prato justamente pra mim?

            Portanto, percebe-se que a definição de escolha entre para e pra depende muito da análise do interlocutor (com quem se fala) e do contexto de comunicação, se mais ou menos formal.