Dicas para estudar metrônomo
Por: Renato V.
19 de Outubro de 2019

Dicas para estudar metrônomo

A maneira de você abordar o metrônomo pode tornar seu estudo muito melhor

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Primeiramente, antes de começar a estudar com o metrônomo e perceber as falhas que nós temos em relação ao ritmo (e também nos frustrar com isso), é preciso lembrar que: somos seres humanos e não robôs. Por isso, é natural que em um dia você consiga tocar perfeitamente bem junto com o metrônomo e no outro apenas mais ou menos. Isso faz parte do aprendizado. Até músicos muito melhores do que eu e você sofrem com esse problema, ainda que de uma maneira bem menos frequente.

Em segundo lugar, tenha um objetivo ao estudar junto com o metrônomo. O metrônomo é uma ferramenta que te auxilia a se manter constante, mas não é ele que define como você toca. É claro que muitas técnicas são mais bem desenvolvidas quando desenvolvidas em tempos exatos proporcionados pelo metrônomo.

Tocar sem metrônomo é tocar fora do tempo ou errado? De jeito nenhum. Alguns músicos nem precisam de metrônomo para estar perfeitamente dentro do tempo e muitas coisas que você irá aprender não precisará de metrônomo em hora nenhuma para estar certa.

Motivos de estudar com o metrônomo:

  • Consistência rítmica;
  • Desenvolvimento da percepção da divisão dos tempos;
  • Desenvolvimento de mecânicas físicas para execução de músicas.

Se você tiver qualquer um (ou esses três) objetivos em mente, eu tenho certeza de que conseguirá evoluir em qualquer conceito que deseja melhorar junto ao metrônomo. Veja as dicas de como tornar tudo mais eficiente:

#1: Estude a divisão dos tempos e não a pulsação do metrônomo

Todo o benefício de estudar com o metrônomo é conseguir fazer divisões precisas entre os beats e nada mais. A pulsação é uma coisa natural para a vasta maioria das pessoas. Se você consegue acompanhar uma música com o pé, ou dança-la, ou bater as mãos durante um show junto com a plateia, pronto você tem uma boa pulsação interna.

Porém, as divisões entre um beat e outro precisam ser estudadas a fim de tornar seu reconhecimento de variações rítmicas mais rápido e correto. Comece estudando as divisões de duas notas por beat (ou seja, as divisões em colcheias), daí depois divisões em semicolcheias, tercinas, sextinas, tercina de semínima, síncopes de colcheia e semicolcheia e o que mais vier pela frente. Como o foco é a divisão perfeita do ritmo, e não a velocidade em que você executa essas divisões, é bom que você:

#2: Dê preferência para o estudo de pulsações lentas

As pulsações mais lentas são naturalmente mais difíceis de executar do que as velozes, acredite. Acontece que em pulsações mais rápidas é mais fácil maquiar a falta de precisão que em beats mais lentos fica evidente. Articular a dinâmica de um fraseado em pulsações lentas também exige mais controle do seu instrumento de maneira geral.

No entanto,  a sua habilidade em executar bem todas as figuras rítmicas possíveis é o que te define como um bom músico, sendo assim o metrônomo em pulsações lentas te provê a percepção de corrigir os erros de ritmo no momento em que você os cometer. É tocando lento que se percebe várias falhas desde musicais a mecânicas.

#3: Estude também sem o metrônomo

Estudar sem o metrônomo logo após estudar com o metrônomo torna o estudo de qualquer música muito mais eficiente. É sem depender do metrônomo que você conseguirá internalizar as divisões e deixa-las mais naturais. O truque é aprender o se manter no beat do metrônomo mesmo após ele parar de pulsar.

Ao invés de tentar seguir o beat usando o pé, ou a palheta ou contando-o, deixe-me o fluir naturalmente à medida que adiciona notas aos compassos. Se você for treinar uma frase, pense no tempo dela e concentre-se em consegui-la fisicamente possível (contando, cantando mentalmente ou cantando mesmo). Logo que conseguir deixe isso de lado e opte por não ter mais referências mecânicas de pulso. Garanto que assim você vai conseguir um fraseado mais natural.

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Renato V.
Goiânia / GO
Renato V.
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