Palheta ou dedos: a necessidade do ataque claro
Por: Renato V.
16 de Agosto de 2018

Palheta ou dedos: a necessidade do ataque claro

Guitarra Jazz música brasileira Improvisação Avançado Básico Intermediário Técnica Geral Violão Harmonia

Em meio aos meus estudos de piano que fiz recentemente, me questionei várias vezes sobre algo que parece obscuro para nós que somos instrumentistas da guitarra e do violão: a quantas anda seu ataque?

Digo isso porque, o ataque claro de uma nota é o fundamento de um bom ritmo e de uma articulação que lhe dê liberdade tanto rítmica quanto melódica. Ao estudar teclas, me deparei com a habilidade de executar algumas passagens no piano com maior destreza e por um menor esforço do que normalmente faria se estivesse estudando guitarra. Daí a questão: o que nos atrapalha tanto na guitarra ou no violão? Aliás, qual é a grande diferença entre tocar uma nota na guitarra e outra no piano?

Apesar da óbvia diferença entre os dois instrumentos o toque com os dedos é um ponto comum em ambos. No piano, pressionar teclas enquanto na guitarra puxar cordas, cada qual com a sua dificuldade. Portanto, à parte das diferenças, acredito que os dedos tragam maior eficiência por ser a ferramenta que já nasce com nós e já temos disponível cinco dessas desde nosso nascimento, de todas as quais estamos mais ou menos bem acostumados, certo?

Comparativamente, os dedos não possuem tanta destreza quanto parecem para o violão especificamente quando colocamos lado a lado com o piano. A disposição das cordas em linha, sem ângulo e com direcionamento vertical é um bom fundamento para a nossa inabilidade de executar bem o violão usando os dedos. Começa pelo arqueamento da mão em diagonal, os dedos não possuem o mesmo comprimento ou ao menos a mesma distância um do outro. Posto que se compararmos cordas com teclas, a disposição horizontal de teclas com um tamanho bem definido e regular entre as mesmas é um facilitador. Veja nossa habilidade em digitar em telas de smartphones, computadores e outras quinquilharias, por exemplo.  

Daí surge a necessidade de uma palheta. A palheta nada mais é do que o “equalizador” dos problemas apontados acima sobre os dedos nas cordas. Porém, veja bem, não é o elixir do equilíbrio e a solução de todos os problemas. A palheta por si só carrega alguns vários problemas em seu manuseio. Ainda assim resolve o problema da organização. É importante tocar com a palheta para organizar e automatizar os movimentos de ataque no violão.

Não quero com isso afirmar que a palheta é melhor ou mais fácil que os dedos. Porém, a palheta resolve um ponto fundamental do aprendizado: a clareza do ataque – e de maneira imediata. Um ataque claro é sinônimo de uma intenção clara com instrumento. Naturalmente, a intenção levará a uma rítmica melhor, um som melhor, um músico mais animado com seu instrumento e, em última instância, o progresso com o violão, ou piano, oboé, o que quer que seja.

Ainda, se você não consegue segurar a palheta ou tem preferência por dedos, considere isso: o seu ataque claro às notas é o divisor de águas da sua evolução.

Renato Verissimo é guitarrista, violonista, pianista, educador musical e jornalista.

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