
Pesquisando sobre a resolução de problemas

em 26 de Janeiro de 2019
Tradicionalmente, o ensino de Matemática tem-se mostrado mais voltado à informação, priorizando conteúdos extensos, com temas tratados de forma isolada, distanciados da experiência cotidiana e das demais disciplinas.
O quadro que se desenha é bastante conhecido: o professor, mediante aulas expositivas, apresenta definições, introduz conceitos e demonstra propriedades; para tanto, utiliza exemplos muitas vezes afastados da realidade do estudante, e com uma linguagem de difícil compreensão. Ao aluno compete resolver exercícios repetitivos, mecanizar processos e memorizar fórmulas que em breve serão esquecidas.
Apesar de os conteúdos serem apresentados de forma completa e aprofundados, não ocorre uma aprendizagem significativa. O aluno sozinho não é capaz de estabelecer as varias relações entre os conceitos para construir as pontes de ligação entre o conhecimento matemático e a vida pratica. Daí o desinteresse e o sentido da incapacidade que levam ao freqüente fracasso dos estudantes nesta disciplina.
Foi apresentada neste trabalho uma proposta de ensino para funções, organizados com inicio meio e fim privilegiando o projeto pedagógico que se desenvolve com um maior senso critico do cotidiano. Os conteúdos escolhidos se associam a assuntos que apresentam maior riqueza no que se refere a aplicações praticas, aproveitando sempre as relações entre conteúdos e contexto para dar significado ao que foi aprendido. A linguagem é simples e correta, sem formalismos excessivos. E embora o enfoque e a abordagem dos temas procurem fugir do tradicional, isso não implica a simplificação ou banalização, mas a adequação à realidade do aluno e aos propósitos interdisciplinares.
A forma de apresentação e desenvolvimento dos temas da proposta de ensino visa o entrelaçamento dos conteúdos, usando a matemática como uma linguagem e ferramenta para resolver problemas diversos sobre funções, assim como base importante também para o progresso cientifico, tecnológicas e sociais do aluno.
O processo de ensino-aprendizagem busca uma mudança cognitiva e comportamental. Uma vez que a avaliação desse processo é complexa e nem sempre imediata, necessitamos de instrumentos que verifiquem em que medida e como acontecem as mudanças.
A escola tem assumido a responsabilidade de preparar nossos jovens para o melhor desempenho em uma sociedade contraditória e desigual, em que os pontos de partida e de chegada nem sempre são os mesmos para todos. Nos diversos momentos de avaliação, a escola deve considerar esse fato e deve estar pronta para percorrer um longo caminho, sempre observando as grandes competências definidas como base curricular comum pelas Diretrizes Curriculares Nacionais para o Ensino Médio.
A proposta de trabalho é de criar também formas alternativas associadas à experiência individual de cada aluno processualmente essa forma de avaliação reiterada pode ser realizada por meio da aplicação das atividades propostas pelo professor. É fundamental que a motivação do aluno para a realização das atividades seja atentamente observada. Esse aspecto talvez seja mais importante do que o produto final obtido. A necessidade e o prazer de aprender superam obstáculos e modificam os modos de agir, ver e sentir o mundo, muito além dos muros escolares.