Por: Rogério R. 08 de Março de 2018
FIM DO ROMANCE QUÍMICO !
EDUCACIONAL
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Iniciou o fim em meados da década de 1920 com a “nova” mecânica quântica, não se podiam ver os elétrons como pequeninas partículas em órbita; tinham de ser vistos como ondas; não se podia mais falar em posição de um elétron, apenas em sua “função de onda”, a probabilidade de encontrá-lo em um determinado lugar.
Não se podiam medir simultaneamente sua posição e velocidade. Um elétron, ao que parecia, podia estar (em certo sentido) ao mesmo tempo em toda parte e em parte nenhuma.
Tudo isso deixa o estudante em geral zonzo.
A idéia era recorrer a química, à ciência, em busca de ordem e certeza e súbita-mente isso desaparecera.
Essa nova mecânica quântica prometeu explicar toda a química, o que significava que os químicos do futuro nunca mais precisariam manipular realmente uma substância química, poderiam não ver nunca as cores dos sais de metais, nunca sentir o cheiro de um sulfeto de hidrogênio, nunca admirar a forma de um cristal, que poderiam viver em um mundo matemático sem cores e sem odores?
O mundo perceptivo do cheirar, tocar e sentir, situar a si mesmo, aos nossos sentidos desapareceu e com ele o prazer do estudante de aprender química.
Agora, na escola, os estudantes são forçados a assistir às aulas, fazer anotações e provas, usar, quando usado, livros didáticos enfadonhos, impessoais e insuportáveis, com um único objetivo: passar no vestibular!
Texto adaptado do livro: Tio Tungstênio de Oliver Sacks – Companhia do Bolso