MODELO ATÔMICO DE THOMSON
Por: Rogério R.
15 de Março de 2018

MODELO ATÔMICO DE THOMSON

Estrutura atômica (ENEM)

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Passas de um Bolo

 A descoberta do elétron foi realizada em 1897 pelo físico J. J. Thomson. Você pode pensar que pelo fato de Thomson ter feito uma descoberta tão importante ele era muito habilidoso ao trabalhar com as mãos no laboratório experimental. Na realidade, era exatamente o oposto: ele era desajeitado e ficava embaraçado ao trabalhar com as mãos. Por este motivo, quando Thomson realizava seus experimentos, contava com assistentes para manusear o equipamento. Entretanto, a imaginação e a lógica de Thomson moldaram os experimentos e a descoberta resultante.

Em virtude de os elétrons fluírem de todas as substâncias, Thomson estava convencido de que todo o tipo de átomo tinha que conter elétrons. Ao mesmo tempo, era evidente que os elétrons não podiam ser a única parte do átomo. Em primeiro lugar, havia a situação elétrica. Como já vimos, os elétrons possuem uma carga negativa. Mas os átomos são eletricamente neutros. Sabemos disso porque a matéria, constituída de átomos, normalmente é neutra, e não carregada eletricamente. Assim, todo átomo tinha que conter material com carga elétrica positiva também. Os elétrons negativos e o material positivo poderiam se equilibrar e proporcionar uma carga elétrica neutra ao átomo.

Ademais os elétrons tinham um peso muito pequeno (pequena massana linguagem científica) para representarem os componentes principais do átomo.

O material positivo teria que conter a maior parte da massa.

Destes fatos, Thomson formou a sua imagem dos átomos. Ele via o átomo como uma bola de matéria de carga positiva com os elétrons, negativos e muito pequenos, espalhados em sua intimidade, tal como as passas ficam dentro de um bolo.

Esta imagem correspondia a muitos fatos experimentais. Por exemplo, embora a matéria geralmente tenha carga elétrica neutra, pode receber uma carga de várias formas, como através da fricção ou de reações químicas. Utilizando-se o modelo de Thomson, este processo de obtenção de carga pode ser visto como um despojamento dos elétrons dos átomos. Os elétrons que são enviados para fora podem aparecer de diversas formas; como raio beta oriundo da matéria radioativa, como arcos de eletricidade saltando entre os eletrodos de platina, como corrente elétrica fluindo através de um fio de cobre e de inúmeras outras formas. Os átomos que perdem elétrons não são mais eletricamente neutros. Passam a ter uma carga positiva. Em alguns casos elétrons sobressalentes podem ser incluídos nos átomos, conferindo a estes uma carga negativa.

Mas, seja qual for a carga dos objetos, positiva ou negativa, o processo de carregar pode ser visto como uma prova do movimento de elétrons para fora de alguns átomos e para dentro de outros.

Esta parte do modelo de Thomson ainda é verdadeira. No entanto, o modo como os elétrons são configurados no átomo é muito diferente daquele que Thomson imaginou. A idéia de passas em um bolo não havia de perdurar por muito tempo. O modelo de Thomson era apenas um esboço da imagem do átomo. Em algumas situações, sua idéia realmente explicava o comportamento da matéria. Em muitas outras, sua idéia mostrou-se inválida. Seu modelo rapidamente tornou-se obsoleto.

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Rogério R.
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Química Orgânica Química para ENEM Química Básica
Graduação: Engenharia Química (Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUC-RS))
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